Segundo mundo
Se aproximando deles, o Rogério e a Mirella os cumprimentam.
— Uau, você está lindo — Rogério fala olhando para o Lorenzo de cima a baixo. Dessa vez ele não estava usando um polo, estava de regata de maia fina branca, com um short de tecido fino e um sapato preto.
Lorenzo dá um sorriso envergonhado, e olha para o lado e ver a Mirella constrangida.
— Aí senhor! Como vocês são fofos juntos! — Briana da um ataque de nervos perto deles.
— Briana! Calma! — o Lorenzo que estava mais nervoso que ela, tenta parar ela com a mão.
Mirella rir vendo a cena, em seguida o Rogério rir também, enquanto os dois bagunceiros se entreolharam sem entender nada. — Briana, essa é a Mirella. Mirella, essa é a Briana — o de barba apresenta elas.
— Prazer — a Mirella fala sorrindo e ergue a mão.
— O prazer é todo meu — a Briana sorrir, e aperta a mão da cacheada.
— Ótimo, todos já se conhecem, que tal a gente ir logo para a caverna? — Lorenzo sugere, impaciente com a situação.
Antes dele e a Briana irem para o local, os dois tiveram um plano também. Como na lista atualizada de suspeitos que o Lorenzo estava na mão, ele poderia interrogar a Mirella, já de terceira suspeita, como não sabiam o gênero do terceiro assassino.
Então ele tinha que puxar assunto com a Mirella para saber um pouco mais sobre ela.
— Bom, estão todas prontas? — Rogério pergunta para as duas.
— estou pronta — Briana ajeita a mochila dela que estava nas costas, onde tinha coisas de útil, como guarda chuva, sandália e um lanche.
— eu também — Mirella falava, com sua bolsa de alcinha pequena em seu ombro.
— Perfeito, então vamos lá — o Rogério fala e vai guiando todos para o lado contrário do lago dos vagalumes. — E não se afastem de mim.
Se afastando do lago, eles iniciaram uma trilha, que dava para o meio da floresta daquele local. O lago dos vagalumes era um lugar preservado contra caça e desmatamento, mas essa parte do lago era pública, assim como a trilha.
Ao anoitecer, aquilo se enchia de vagalumes. E era por isso que o lago tinha esse nome, era um dos lagos mais famosos de Brasília.
Na frente o Lorenzo via o Rogério, e do seu lado a Mirella. Eles estavam conversando, e isso o incomodava o Lorenzo. E atrás dele, a Briana andava devagar, estava com salto alto, e tinha se arrependido de ter ido com isso. — Briana, anda rápido, a gente vai atrasar tudo! — Lorenzo grita.
— Não consigo, eu vou cair se tentar andar rápido! — rebate ela.
— Eu avisei para não vim de salto! — ele continua gritando vendo ela parar.
— Eu pensei que era uma caverna perto do lago, onde os turistas iam para tirar foto. Aquela que te mostrei, mas pelo visto fui enganada — ela abre sua mochila, enquanto o Lorenzo observava.
Ela retira a sandália, para tirar o salto. Enquanto ela tirava o salto, o Lorenzo escuta a voz do Rogério distante. — Tudo bem aí atrás?!
— Está sim, só espera um pouco.
O Lorenzo anda para mais perto da Briana, pra tentar ajudar. Ela estava sentada no chão colocando sua sandália. Se agachando ele fala para a Briana. — Precisamos separar aqueles dois para eu conversar com a Mirella.
Briana olha para o Lorenzo e diz. — Ah sim. Esqueci do nosso plano, ainda bem que você lembrou — ela pensa em algo para tentar fazer o que o Lorenzo estava pedindo. — Já sei! — ela levanta com seu salto na mão.
Lorenzo levanta também, e observa o que ela ia fazer. — Rogério! Tem como me ajudar? — ela fala, e o Lorenzo suspende as sobrancelhas desconfiado.
— Claro, o que você quer!? — o Rogério pergunta vendo o Lorenzo com a Briana andando pra perto deles.
— Tem como guardar meu salto na sua mochila? A minha não tem como por mais coisas dentro — Briana finaliza a frase, e o Lorenzo sorrir, era isso a ideia dela.
— Claro — ele espera os dois chegarem perto para pegar o salto. Pegando o salto ele coloca dentro da sua mochila.
— Eu também queria saber de uma coisa sobre os sábios das cavernas — Briana põe sua mão no ombro do Rogério, para que a Mirella não ande no lado dele.
Rogério olha para a sua amiga que fica agora atrás, perto de Lorenzo. — pode falar...
— Então, sobre esse tal sábio. Tem como ele saber se a pessoa vai casar? Eu real estou com medo de nunca casar na vida — mente a Briana, e o Rogério rir.
E enquanto o Rogério explicava sobre os sábios, o Lorenzo anda do lado da Mirella.
— Como vou puxar assunto com ela? — o rapaz pensava. — Ah, já sei!
— Oi, Mi... — Lorenzo esquece o nome dela nesse momento.
— Mirella.
— Ah, perdão — Lorenzo fica envergonhado. — Ótimo começo para uma conversa! Eu e meus problemas de esquecimento — Lorenzo pensava, e do nada uma gargalhada na frente o assusta.
Era o Rogério. Lorenzo tinha certeza que ele tinha escutado o pensamento dele. Mesmo ele estando longe. — Tranquilo Lorenzo. Eu estou acostumada com isso — pelo visto ela já tinha decorado o nome dele, e isso o deixava ele envergonhado.
— Aah... Bom. Tenho uma pergunta para você — Lorenzo tenta tirar ele dessa situação constrangedora.
— Pode perguntar.
— Queria saber como você e o Ro se conheceram.
Ela arregala os olhos, e olha para o Lorenzo um pouco desconfortável. — Tem certeza que quer saber?
— Estou ficando com medo da sua expressão — Lorenzo fala vendo ela voltar ao normal.
— Não, eu posso contar... Mas como vocês... Tipo, estão juntos, acho que você vai ficar com ciúmes — a Mirella diz tentando recuar o que ela começou a falar.
Mais ciúmes do que o Lorenzo já estava sentindo dela, não ia piorar, pois ele sabia que os dois tinha uma “amizade colorida”, como o amado dele falou para ele na academia. — Pode contar, eu aguento.
— Ok então... Conheci ele quando se mudou para perto da minha casa, junto com sua irmã.
— Calma, irmã?
— Sim. ele não te contou? — ela olha desconfiada.
— É a Roberta? — pergunta o Lorenzo.
— Roberta? Não, nem sei quem é essa. Estou dizendo da Diana
— Estou sabendo disso agora — Lorenzo olha para Rogério mais a frente, ele estava rindo junto com a Briana. Voltando sua concentração na morena ao seu lado, ele fala. — E você, tem irmãos?
— Tenho três, uma irmã e um irmão — ela fala sorrindo.
— Ah... Queria ter um irmão — as informações estavam vindo muito rápido para o Lorenzo. E ele não podia anotar no papel agora.
— Quer que eu continue a história? De como eu e o Rogério se conhecemos...
— Claro, pode continuar — Lorenzo falava, enquanto caminhava.
— Eu de cara fiquei interessada nele, pois sério mesmo, quem não ia ficar impressionada com a beleza desse homem — ela fala sorrindo, fazendo o Lorenzo sorrir também.
— Disso eu concordo.
— Pois eu como gosto de flertar, eu fui conversar com ele, né. Já que na época ele era um novo vizinho. No primeiro contato com ele, não sabia que ele era um feiticeiro da mente, e ele acabou vendo meus pensamentos pervertidos que estava tendo na frente dele.
Isso fez lembrar no o dia da balada, tinha acontecido a mesma coisa com o Lorenzo, então ele acaba deixando escapulir uma risada baixa. — Aconteceu a mesma coisa comigo
Rindo ela fala — Isso me deixou envergonhada, mas depois daquele dia eu e ele tivemos uma relação. Mas só de sexo. Não o sinto nada por ele —, e tenta não deixar impactante a informação.
Lorenzo fica calado, o tom da voz dela dizia outra coisa. Ele sentia que ela tinha um pouco de sentimentos dentro dela. Mas se controlava para não acontecer o mesmo que aconteceu com o Guilherme.
— Bom... Eu não queria contar, mas já foi... — ela diz se arrependendo do que falou.
— Não. Fica tranquilo, eu sabia que vocês dois tinha relações. Ele me contou antes de ficar comigo — Lorenzo fala, deixando ela aliviada.
— Mas mesmo tendo algumas relações com ele, pode ficar tranquila, eu não quero nada sério com ele, pois já tem uma pessoa que estou querendo ficar — ela sorrir.
— Olha, não sabia... É um menino ou uma menina? — Lorenzo pergunta, para cortar o clima pesado.
— Ah sim, por enquanto eu não estou ficando com meninas. Mas a sua amiga ali, é bem gatinha — Lorenzo rir, acompanhado por ela. — Na verdade estou querendo ficar com o Gael, o seu amigo — revela.
— Não acredito! Sério isso? — Lorenzo abre um sorriso imenso.
— Sim. Tinha entrado na igreja dele justamente para tentar ficar com ele, só que ele enrola demais. Acho que ele não quer nada sério comigo — Mirella abaixa a cabeça.
— Ah sim. Ele é devagar mesmo. Na verdade muito devagar, nunca vi ele namorar na vida, mas deve ser por conta da religião dele — Lorenzo tenta defender o amigo. — Mas não desiste dele, ele é uma pessoa legal, você vai gostar.
— Eu sei disso, ele é muito fofo — Mirella brilha os olhos ao falar do Gael.
— Aliás, falando no Gael. Como você conheceu o Guilherme?
— Não conheço, minha irmã que conhecia, e eu fui só de acompanhante dela, e chamei o Gael.
Isso era estranho. —Ela simplesmente quis ir para um funeral onde não sabia quem seria enterrado? — Lorenzo se perguntava. —Entendi — fala o Lorenzo com um sorriso amarelo. Quando ele olha para frente, ver a tal caverna perto deles. — Até que fim chegamos na caverna — ele fala para a cacheada, e via os dois serelepes esperando eles dois lá na frente.
Chegando perto do seu grupo, o Lorenzo fala. — então essa é a famosa caverna?
— Sim, está pronto? — o Rogério pergunta sorrindo, com aqueles dentes perfeitos.
— Nasci pronto — Lorenzo fala com um semblante de animado.
— Então vamos — a primeira a sair do lugar correndo é Briana.
O Lorenzo rir e vai atrás dela, junto com o Rogério e Mirella.
Entrando na caverna imensa, não se via nada. Lá dentro estava tudo escuro. Pegando uma lanterna máxima em sua mochila, o Rogério liga e aponta para o túnel da caverna onde eles estavam. — Temos que ir mais fundo para ouvir a voz, então não podemos nos afastar, quando chegar em um local especifico, eu poderei apagar a lanterna.
— Ué, por que? — Lorenzo pergunta.
— Por que tem uma biblioteca escondida aqui. Onde tem uma luz, e essa luz nunca se acaba.
— Uau, sério isso? — Briana pergunta.
— Sim, mas é uma biblioteca muito velha, não toquem em nada — avisa o Rogério seguindo o túnel, e os outros acompanhando atrás dele.
Eles andaram, passaram por vários túneis, onde com certeza o Rogério sabia onde estava passando. A cada túnel, se via runas na parede, em linguagem estranhas. E parecia que alguém fazia com suas unhas.
Algumas runas a Briana tirou foto para ficar de recordação, mas para traduzi-las depois também.
Chegando a onde o barbudo falou, todos ficam maravilhados. Tinha realmente uma biblioteca escondida ali, com livros velhos e acabados nas estantes de madeiras velhas daquele local. E no meio das pilhas de livros, tinha uma chama verde, com tons de branco em um poço imenso, era algo inimaginável. O local estava todo iluminado, mas ninguém sentia o calor do fogo queimando.
— Chegamos gente, esse é o local onde vivem os sábios das cavernas — o Rogério fala dando um breve sorriso.
— Como você descobriu isso? — a branquinha pergunta.
— Como eu disse, tenho contato com os sábios das cavernas desde pequeno.
— Ótimo. Um amigo de fantasmas — o Lorenzo zomba do Rogério.
— Eles não são fantasmas, e vou te mostrar que eles são reais — ele fala, e vai em direção ao poço com fogo verde. — Ah, Meninas. Vamos ficar em transe por alguns segundos, mas vocês podem conversar entre si, por isso eu trouxe mais de uma pessoa, pois não sei quanto tempo iremos ficar em transe. Então podem ficar aí explorando tudo — Rogério explica o que irá acontecer daí por diante.
— Entendi, espero que não demore, e pergunta para ele aquilo, referente o que falei — a Briana sorrir.
— Ok, pergunto sim... Lorenzo, vem aqui — Rogério chama seu amado para perto do poço. Chegando perto do tal, o Lorenzo pega na sua mão.
— O que devemos fazer agora? — o mesmo pergunta.
— Só segura minha mão, e não solta — com a mão que ele estava livre, Rogério põe sua mão no poço de fogo. Onde um portal se abre, e eles são sugados para um local novo.
Um local branco, onde não tinha nada, mas os dois estavam ainda com as mãos dadas. — Rogério, quanto tempo — uma voz feminina suave bate no ouvido de ambos.
— Oi sábio — o Rogério fala olhando para o Lorenzo, que não estava acreditando nada do que estava acontecendo.
Algo começa se materializar diante dos seus olhos. Era um campo de flores. Como no antigo sonho de Lorenzo. Mas dessa vez tinha algo diferente. Uma pessoa estava na frente dos dois. Só que não mostrava o rosto, pois a pessoa que estava na sua frente estava toda em chamas, isso deixava o Lorenzo arrepiado. — Lorenzo! É você?
— Como sabe meu nome? — Lorenzo fala, e solta a mão do Rogério com medo.
— Como não ia saber o nome da minha criação? Todos os feiticeiros que tem nesse mundo eu conheço o nome — a pessoa que estava na sua frente vira uma chama qualquer, mas andando rápido, como se fosse uma cobra, onde deixava seu rastro de fogo. — Conheço seu animal ancestral, e ele da muito trabalho nesse mundo onde eu estou. Mas já estou cuidando dele.
Lorenzo fica confuso, não entendia nada o que estava acontecendo. Ao se virar, ele ver o Rogério perto de um leão gigantesco.
— O que está acontecendo aqui? — Lorenzo continuava assustado.
— Esse é o tal Lorenzo que você diz que está apaixonado? — o leão fala, com uma voz muito grave.
— Sim Simão, ele e a pessoa que me apaixonei.
— Parece uma pessoa boa. Mas agora ele está assustado — o leão da um pulo e pousa na frente do Lorenzo.
Lorenzo cai no chão com o susto, e o Simão começa farejar, enquanto o Lorenzo se rastejava para trás aterrorizado. — Simão, não assuste ele — Rogério rir vendo o Lorenzo tremer de medo.
— Sim Simão, deixe ele em paz — o fogo ardente que estava arrodeando aquele campo fala, com o mesmo timbre da voz que o recebeu, suave e calmo.
— Tá, eu irei ir — ele da uma lambida no rosto de Lorenzo, deixando ele um pouco molhado na parte direita do rosto. Depois ele sai rapidamente dali. — Tchau para vocês, irei deixa-los em paz.
— Tchau Simão, depois a gente se fala — Rogério sorrir, vendo o seu animal sair disparado, em meio ao nada. Olhando novamente para o Lorenzo, o Rogério ajuda ele a levantar.
— Estou todo lambido. Mas eu gostei. Seu animal ancestral é aterrorizante e fofo ao mesmo tempo. — o Lorenzo fala se levantando e sorrindo, olhando para o Rogério.
— Sim, ele tá me ajudando bastante esses dias. — Rogério limpa a baba que estava na bochecha do Lorenzo com a sua mão, e limpa na sua camisa. — E desculpa pela lambida dele — ele rir.
— Não se preocupem, quando vocês voltarem, nem uma sujeira vai está em vocês — o fogo continuava na frente deles, dando volta e círculos, como se fosse uma dança.
— Que ótimo! — Lorenzo fica tranquilo.
— O que vocês dois estão fazendo aqui? — a chama falava.
— Na verdade o Lorenzinho quer saber mais sobre a feiticeira do apocalipse, a Bridge Bishop — o de barba explica.
— Sim, eu estou sendo perseguido. E meu animal ancestral está falando comigo em sonhos para eu tomar cuidado com todos a minha volta
— Então, vamos começar do inicio de tudo — o fogo ao finalizar a frase, cresce em forma de espiral, ao redor deles, preenchendo todo o espaço. Ao mudar todo o cenário, a chama diminui de tamanho.
Eles estavam em outro mundo, onde tudo era de ouro, onde você olhava os tons das coisas em volta via o dourado como principal. O céu era preto com estrelas e nuvens rosa.
Em um local no meio daquele lugar lindo e mágico, tinha um tipo de lugar espiritual, onde tinha cinco paredes suspensa separadas com dez metros de distância, e alternava a rota para formar um círculo, e estava sem cobertura em cima.
Tinha algumas runas, escritas nas paredes do lugar, com a mesma língua que eles viram na caverna. Mas o incrível era no meio daquele círculo de paredes tinha uma bola imensa de energia, onde parecia ser a galáxia inteira. Lá tinha três pessoas em pé.
Lorenzo e Rogério chega perto, para escutar o que eles estavam conversando.
— Então vamos dividir meio a meio, como mestre mandou — o homem fala observando a galáxia em uma bola.
— ótimo Nicholas, eu posso ficar com o segundo planeta. Os animais de lá são interessantes. E bem avançados em conhecimento — a mulher fala. Depois da fala, a chama ardente verde reaparece ao lado dos dois. — essa sou eu, a Gwendoline.
— Entendi. Pensei que você era fogo desde sempre — Lorenzo acaba pensando alto.
— Não, ela pode se transformar em qualquer coisa. Mas ela gosta de ficar em forma de fogo — o Rogério explica.
— Mas eu posso me materializar em uma pessoa como vocês, se preferirem — o fogo se transforma em uma criança pequena, com seus cabelos longos voando pelo ambiente e um vestido branco. — Está melhor?
— Ah sim, está bem melhor... — Lorenzo olha para ela, e lembra do seu sonho, onde a pessoa conseguia se transformar em qualquer pessoa também. Isso o intrigou. Mas continuou ouvindo o diálogo.
— Posso ficar com o mundo um... A terra, não é? — a Bridget fala, ela era magnífica, com um vestido dourado, e “tatuagens verdes” por todos seu corpo o fazia brilhar mais ainda.
— Isso Bridget, e eu fico com o terceiro menos desenvolvido — o Nicholas Culpper fala desanimado. — Então é isso! Vamos nos separar agora!
Os três viram uma bola de poder brilhante, e vão em direção a galáxia no centro. Como se fosse mágica eles vem a rota da bola dourada, que seria da Bridget. — Ela passou dos limites na terra, e foi presa pelos mestres. Com ajuda de nós dois, eu e o Nicholas, as divindades que trouxe a magia para os planetas.
Lorenzo escutava atentamente, e acabou vendo algum erro nessa história. — Se a Bridget está na terra, por que você também está?
— Não estou. Estou no meu segundo mundo, a onde você está agora. Mundo dos animais ancestrais. Eu e a Bridge fizemos uma aliança, que não deu muito certo — a garotinha olhava a rota da luz, que agora tinha chegado na terra.
— Sim, ela está presa, só que como diz a profecia, ela vai se libertar — o Rogério fala olhando para o Lorenzo, e põe sua mão na dele, e o agarra, para não ficarem separados.
A Bridge pousa em um lugar de montanhas, e estava exatamente em Salém. — Sim Lorenzo, quando nós três chegamos a terra, as três chamas pretas, roxas e verdes saíram da gente. Fazendo a magia florescer na nossa galáxia. Mas infelizmente na terra não foi muito aceito, pois as pessoas que receberam a magia foram nomeadas de bruxas, e sofreram para o resto da vida.
— Uau, estou impressionado — Lorenzo ver a chamas verdes tocarem em todos os escolhidos da terra nesse exato momento, dando poderes a todos que tocaram. E a primeira linhagem eram de bruxos grandes.
— Bruxos grandes na verdade são pessoas que tem o poder mais concentrado, e os outros feiticeiros nasceram a parti da mistura deles com humanos. Quando feiticeiros se relacionam entre si, a linhagem continua normal — ela explica uma curiosidade.
— interessante!
— Bridge Bishop era uma pessoa boa, mas a maldade desse mundo acabou transformando ela em uma coisa que muitos não imaginavam — a menina olhava a cena que estava se passando no seu redor. A bridge estava vendo sua criação sendo queimadas na fogueira, enforcadas e acusadas de bruxaria. — Ela enlouqueceu, e isso irritou os mestres. Ela criou uma aliança minha como a dela. Onde animais poderiam dialogar com os humanos, e se materializar da onde eles estavam para a terra, assim como os feiticeiros poderiam vim para esse mundo.
— E o que tem a borboleta de caveira dentro dessa história? — o Lorenzo olha primeiro para o Rogério, e depois para a menina de cabelos lisos, que voava constantemente como se fosse mágica, pois não estava fazendo vento.
— A borboleta de caveira é uma resistência, você vai entender quando ela explicar.
— Com a aliança, muitas coisas saíram das ordens. Como a borboleta que a própria Bridget o carregava. Antes a borboleta era linda, mas com um tempo com muitos experimentos da própria Bridget, ela foi mudando. Parecia está ficando fraca e sem vida. Isso me fez questionar para ela o que ela estava fazendo, mas ela nada dizia. Sabia que estava fazendo algo de errado ali — a criança para um pouco para respirar, vendo a imagem na sua frente que era a própria Bridget fazendo uma magia muito forte no seu animal ancestral. — Ela estava sugando a magia do seu animal ancestral para ficar mais forte.
— O quê! Ela matou seu animal ancestral? — o Lorenzo pergunta curioso.
— Matou, mas ela não morreu totalmente. Virou um zumbi, sem falar nada após esse acontecimento. — a borboleta voava atordoada, sem dizer absolutamente nada.
— Que horror — o Lorenzo via tudo com um semblante de terror.
— Ela estava querendo mais poder para governar aquele mundo. Pois isso ela não conseguia, já que todos odiavam a magia. E ela pensava em que se matasse os que começaram a ter essa ideia de que magia era do mal, isso iria acabar. Mas ela estava enganada.
Agora se via ela retirando o coração de bruxos grandes, fazendo a mesclar com o coração dela, deixando ela mais forte. Além de sugar os poderes dos animais ancestrais dos bruxos que ela matou. — Ela virou do mal, assassinando sua própria criação para ficar maior e mais forte, executando a sangue frios as mesmas pessoas julgavam a magia e apontavam o dedo. E cada vez mais ela ficava com sede, De sangue e poder.
Lorenzo fecha os olhos, ao ver os assassinatos que ela fazia, principalmente a pessoas religiosas, onde já acreditavam em um Deus. A cada assassinato, ela estava com um rosto diferente. Rogério percebe que o Lorenzo está com medo e o abraça.
— O que ela não sabia, é que tanto ódio não ia gerar paz. E com isso, até a própria criação dela se revoltaram contra ela. E isso acabou virando uma bola de neve, e o mundo onde vocês conhecem agora virou uma bola de fogo cheia de tragédia, um acima da outra. Ela tinha conseguido o que queria, a dominação do mundo — nas imagens a frente se via o mundo do céu em ruínas, queimando constantemente.
— Não acredito o que ela fez. Ela é louca — o Lorenzo falava, chocado com o que estava vendo.
— Mas graças ao mestres, junto com eu e o Nicholas, a terra volta ao normal. Cortei nossa aliança, e com o poder do Nicholas, de reverter o tempo. Ele faz com que a Bridget voltasse para o começo. Salém. Sim, lá em Salém os mestres decidiram matar ela, mas de uma forma onde os humanos não desconfiassem em divindades. Fez um ser humano, que era feito de argila, e não tinha nem um controle do seu corpo, só quem tinha eram os mestres, que matou ela. Antes de ela se fortalecer, no meio da praça de Salém, eles o acusaram de bruxa, assim queimando na fogueira. E foi assim que na história atual da terra, ela é conhecida como a primeira bruxa a ser morta em Salém. Mas antes de morrer naquela fogueira ela fez um ritual forte. Trazendo uma profecia para aquele povo. A profecia dizia que ela ia voltar, e que iria matar e aniquilar a raça humana.
A imagem dela gritando de dor, e fazendo o ritual no meio da fogueira, Ficava se repetindo no ouvido do Lorenzo.
Tampando os ouvidos, o Lorenzo desprende a mão do Rogério, os gritos dela estava aumentando. Fechando seus olhos e agaixando ele fala. — Para, por favor!
O som para, e o Lorenzo sente uma mão sobre seus ombros, era o Rogério — Eu estou aqui com você. Não precisa ter medo.
Lorenzo dá um sorriso, e se levanta.
A menina então aparece novamente, e em seu lado a borboleta cadáver estava voando. — Mas mesmo voltando no tempo, os animais que morreram para Bridget não voltaram. Eles viraram zumbis ambulantes, onde só se via a caveira deles. Mas o bom é que eles não fazem mal a ninguém e não tem consciência. E em forma de homenagear a borboleta, ela virou o símbolo da resistência dos feiticeiros que se propôs derrotar todos aqueles que estavam querendo ressuscitar a Bridget. Pois muitos feiticeiros para cumprir a profecia, arrancavam os corações dos bruxos grandes para ressuscita-la. Com 5 corações de bruxos grandes, sendo o primeiro, disfarce seguindo a sequencia de assassinatos; Teletransporte, telecinese, voador e por último, hipnose. Com isso eles conseguem retirar ela da terra para a vida.
— Eu sou o último? Eles estão atrás de mim? — Lorenzo fica tenso.
— Sim Lorenzo. E eu não vou deixar, estou te protegendo desde o começo — o Rogério fala, tentando lembrar das vezes que ele apareceu do nada para salvar ele, não era coincidência de jeito nem um. — Eu sou um membro da resistência, e estou atrás das pessoas que te querem fazer mal.
— Calma aí, eu estou mais perdido que bala perdida
— Eles estão atrás de você Lorenzo. Você é o último. Tem que tomar muito cuidado — a criança falava com a voz ainda mais calma, fazendo aquele bosque imenso aparecer novamente.
— Não acredito que fui enganado o tempo todo — o Lorenzo olhava para o Rogério.
— Eu não te enganei... Na verdade te enganei sim, mas a aproximação que tive com você me fez perceber que era você, sempre foi você. Como Gwendoline falou... Ela disse quando morava ainda com meus pais que eu iria conhecer alguém que eu iria amar. E você é essa pessoa, eu não estou mentindo dessa vez — Rogério falava segurando nas mãos de Lorenzo, e olhando no fundo dos olhos dele.
— Sim, eu vejo um futuro brilhante em vocês, foram feitos um pro outro — ela fala.
— Mas isso não muda o fato de você ter mentido. Você me usou Rogério, naquele dia da balada você não sentia nada por mim, ou sentiu? — Pergunta o Lorenzo, saltando da mão do Rogério.
— Claro que senti — Não acredita em mim?
— Como posso acreditar? Você nunca contou nada sobre você, e nem da sua família, soube da sua amiga que tinha até irmã, e eu nem sabia.
Rogério fica assustado com as informações que o Lorenzo diz. — Me desculpa — ele abaixa a cabeça
— Rogério, eu quero sair daqui — Lorenzo fala com olhar de fúria.
— Vamos, mas antes preciso saber uma coisa da Gwendoline — ele olha para a mesma, com sua forma de garota.
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