manifestação incivilizada
Lorenzo olha para a Briana com um susto, e fala. — Você está vendo o mesmo que eu?
— O quê? Não estou vendo nada. Aconteceu alguma coisa? — pergunta a Briana desconfiada.
Indo bem perto do ouvido de Briana ele sussurra. — Olha quem tá aqui, bem lá na frente — a Briana centraliza o olhar em Gael e Mirella, que estavam no mesmo lugar.
— Porque eles estão aqui?
— Não sei, mas eu vou ver o que está acontecendo, pois o Gael além de saber de mais, ele tá escondendo alguma coisa. Eu estou sentindo isso. — Lorenzo fala decidido a ir lá perto para tirar satisfação do porquê eles estavam aqui, já que o Gael não aparentava ter nenhuma aproximação com o Guilherme.
— Você não está pensando em ir... Ou tá? — Briana fala preocupada com o que iria acontecer.
— Eu não vou brigar Bri. Só vou tirar satisfação.
— Se for assim, então tá bom... — alguém que estava no velório para na frente dos dois, deixando eles assustados.
Era o Mike, ele estava todo de preto, e seu cabelo branco estava reluzindo no sol, junto com seu sorriso, que rapidamente olha para a Briana com um olhar intimidador. — Briana, você aqui?
— Te pergunto o mesmo, você aqui?
— Ah sim, eu conhecia o Guilherme, era um dos meus amigos de infância, aliás... Tudo bem com vocês?
Lorenzo da um sorriso sem graça e fala. — Estou bem sim, só preciso ir ali rapidinho... Briana, vem comigo?
Briana fica indecisa, ela não queria ir com o Lorenzo e deixar o Mike sozinho. Ela deveria falar para Lorenzo o que estava acontecendo com eles, só que não tinha coragem por conta da "investigação" do Lorenzo, onde o Mike também era um suspeito.
— Briana?
— Oi, desculpa, estava viajando aqui! Eu posso ir depois Lorenzo? Preciso falar com o Mike um pouquinho.
Lorenzo fica surpreso, ele sabia que Briana gostava do Mike, e que ela tinha uma vida sem ser com ele por perto, mas não estava acreditando que ela estava trocando ele pelo Mike. — Ok, depois você vai lá para eu não ficar sozinho.
O Lorenzo sai com passos largos para perto do Gael e Mirella. Enquanto com a Briana, o Mike a olhava de cima para baixo. — Você está linda.
— Para — Briana olha para ele envergonhada. — Então você era amigo de infância do Guilherme?
— Sim, eu fiquei muito triste quanto tive a notícia que ele morreu. Eu gostava muito dele.
Briana observa ele falando, o principal suspeito de ter matado o Guilherme era o amigo de infância dele. Não podia ser o Mike de jeito nem um, a não ser que ele esteja se vitimizando.
— É bem complicado isso, espero que ele esteja em um lugar melhor. — olhando para o Lorenzo ela pensa, questionando os passos do Mike.
Esses dias que estavam com o Mike era maravilhoso, ele estava indo na casa dela, ela estava indo na casa dele, mas sentia que estava errada e que estava falhando com o Lorenzo. Estava pensando em terminar tudo com o Mike ou contar a verdade para o Lorenzo, que logicamente não ia gostar nada da notícia, isso era uma situação muito delicada.
— O que será que eles estão falando agora? — Briana fala para o Mike em seu lado, olhando para o Lorenzo e companhia.
— Não sei, quer ir lá?
— Não, vamos ficar aqui um pouco — a Briana tenta se distrair de seus pensamentos, enquanto o Lorenzo questionava o Gael ali próximo.
— Não sabia que você conhecia o Guilherme...
— Ah sim. Eu não conheço... Só vim por conta da Mirella, ela não quis vim sozinha...Aliás como você conhece a Mirella? — ele pergunta desconfiado.
— Em uma balada a noite, ela sem querer sentou no meu colo... — ela rir e fica envergonhada.
— Isso é verdade Mirella? — o Gael fala um pouco envergonhado também.
Ela da uma risada, e por fim fala. — Sim, eu sentei, mas foi sem querer...
— Sim, foi sem querer. Aliás Gael, sobre aquele dia que você viu eu controlando... Você sabe né... — ele assente com a cabeça. — Então....
— Não precisa explicar, eu não quero me meter em nada desse tipo, desculpa não falar nada... — ele fica nervoso, enquanto a Mirella olhava para eles sem entender nada — Eu queria falar algo sério com você, sobre uma coisa que eu descobrir...
— Eu sabia que ele estava escondendo algo! — o Lorenzo pensa sorridente.
— Mirella, tem como deixar a gente a sós por um momento? — o Gael ajeita seu óculos no rosto de da um sorriso amigável.
— Claro — ela sai e vai para o lado contrário deles.
Depois de ver a Mirella sair o Gael fala. — Sobre o que eu queria falar... Era sobre a igreja.
— Ele novamente vai me convidar para ir para essa tal igreja? Ele não desiste mesmo viu, nem no velório — o Lorenzo pensa com um sorriso amarelo no rosto balançando a cabeça em confirmação.
— Eu acho que tem pessoas ruins lá dentro, e com essa agitação na república eles estão se revelando... Me chamaram para fazer parte de um grupo secreto, onde o principal foco é derrubar os bruxos... — o Lorenzo estava chocado, e por conta da revelação do Gael ele ficava só escutando.
— Sim Lorenzo, eu fiquei com medo, era como se fosse uma civilização de fiéis corrompidos pelo ódio em busca de vingança, já que as igrejas a cada dia que passa estão fechando uma por uma. Eu fiquei uma reunião desse grupo, e quem é o líder desse movimento é o pastor de lá, mas pelo visto tem alguém além dele que está comandando todas as igrejas, já que não é só na minha igreja.
— Uau. eu não estou acreditando do que você está me contando — Lorenzo fala ainda chocado com as informações dadas pelo Gael.
— Sim, acredite. E o foco deles é eu ser do grupo, ou seita... Sei lá o que aquilo. Para eu contar sobre você, já que eles sabem que eu moro perto do bruxo que apareceu em diversos locais da internet. Mas agora que você mudou seu visual eu posso dizer que você se mudou de lá da rua — Gael olha de um lado ao outro para certificar que não tinha ninguém ouvindo ele.
— Gael, obrigado por me avisar, eu não sabia nada disso. Agora vou me alertar mais sobre esse crentes que você está falando.
— Que bom, eu só não contei nada sobre você, porque você é meu amigo.
— Eu te agradeço muito por não fazer isso — o Lorenzo dá um abraço no Gael, para agradecer a lealdade do amigo dele, e se sentiu culpado por ter colocado ele como suspeito.
Saindo do abraço, o Gael continua falando. — Eu até saí da igreja que estava. Acredito que não é necessário ir mais. Já tenho Deus no meu coração. Aliás, não sei se você sabe, mas desde pequeno, quando eu e você eram melhores amigos na escola, onde você foi expulso, eu... — antes de falar qualquer coisa, uma voz feminina corta o Gael.
— Lorenzo! Que bom que você está aqui... — era a Michele, a mãe do Guilherme.
Se virando, o Lorenzo dá um abraço apertado na Michele. Fazia dias que ele não tinha visto ela de perto. — Como você está Mi?
— Eu estou bem. Aliás nem ia te reconhecer, está a cara do seu pai, lindo! — ela continua no abraço.
O Gael fica sem jeito, e quando o Lorenzo e a Michele param de se abraçar ele diz. — Preciso ir Lorenzo, depois a gente se fala...
— Tchau Gael, e muito obrigado novamente — Lorenzo dá um sorriso sincero.
Gael assente com a cabeça e sai, indo na direção da Mirella.
— Que menino bonito aquele, quem é? — pergunta a Michele.
— Um colega meu...
— Ah sim. cuidado viu. Sobre o que você contou pra mim — ela fala baixinho.
— Estou tomando cuidado... Aliás você está bem? — Lorenzo muda de assunto.
O humor dela muda, o sorriso do seu rosto some. — Não estou bem... Eu chorei bastante hoje, e está complicado fingir que está tudo bem, tudo o que eu queria mesmo é chorar bastante... — ela vira o rosto para ver seus dois filhos perto da cova do Guilherme. — Olha só eles... Estão sofrendo mais do que eu, a falta do Guilherme desestabilizou a nossa família, até o traste do meu ex marido veio ver o nosso pequeno. Mas com o tempo a gente melhora.
Lorenzo não soube o que falar nesse momento, e tinha uma pontada de culpa nas costas dele. Então ficou calado, só observando os irmãos de Guilherme. Guilherme tinha uma irmã caçula e o irmão do meio, tinha quase a mesma idade de Guilherme.
— Acho importante você vim aqui, já que ele gostava bastante de você... — ela para de falar ao ver uma das suas parentes mais distante chegar. — Lorenzo, depois a gente se fala, minha irmã acabou de chegar agora, vou lá para receber ela.
Lorenzo ver ela se distanciar, e chegando perto da irmã da um abraço apertado. A Michele não merecia passar por isso, e o Lorenzo estava decidido de si mesmo que iria encontrar a pessoa que matou o Guilherme.
Em um susto, uma pessoa cutuca ele por trás, ao se virar ver o ex de Guilherme, o mesmo que estava na festa a beira da praia junto com ele.
— Oi? — Lorenzo fala, já se perguntando o porquê ele estava na sua frente.
— Oi, tudo bem?
— Eu estou bem sim, e você? — Lorenzo já tinha esquecido o nome do rapaz de topete que estava na sua frente.
— Vou bem... Bom, eu vim aqui só para te mostrar uma coisa que o Guilherme falou para mim, sobre você. Não era para eu fazer isso, mas eu preciso, já que não temos tanta aproximação assim — o Lorenzo levanta as sobrancelhas e franze a testa.
— Me deixou curioso, o que é que você quer me mostrar? — o Lorenzo vai para perto dele, que estava tirando o celular do bolso.
Ele põe um áudio do Guilherme, que tinha mandado para ele. Encostando o celular do homem no seu ouvido, Lorenzo escuta atentamente o áudio.
— Sim, eu fiquei com raiva dele por ter te hipnotizado, mesmo você dizendo que não foi nada, pois não temos realmente nada... Mas sabe... Eu preciso falar com você sobre outro assunto. Eu estava pensando em terminar com o Lo, para ficar com o carinha que eu te disse. Eu me sinto culpado de está mentindo para o Lorenzo, ele não merece ser traído... Então vou usar essa desculpa para terminar o relacionamento. Mas acho que vou me arrepender bastante depois, já que eu amo demais o Lo, e talvez esse cara só seja um lance momentâneo. — o áudio para. E Lorenzo fica em choque com o que acabou de escutar, uma lágrima sai do seu olho direito, que rapidamente ele seca com a mão.
— Eu aconselhava ele a dizer a verdade para você, eu não gosto de traição, e nunca ia induzir ele a fazer isso, mas mandei ele seguir o coração dele. E olha o que deu, ele terminou com o carinha que ele estava gostando e foi atrás da pessoa que ele realmente gosta, que no caso é você. Você foi a pessoa que ele se apaixonou. — ele fala e põe outro áudio para o Lorenzo escutar.
— Obrigado Riam por está me aconselhando nesse momento tão difícil, eu vou fazer isso, vou ir atrás do meu amor de volta, isso que eu fiz foi uma loucura, burrice! Eu realmente gosto do Lo, e só agora percebi isso. Vou contar tudo a ele, sobre a traição, e a desculpa do término. Eu real me arrependi, agora só falta a coragem, pois alguns dias atrás eu fui bastante grosso com ele. Disse até que eu não ia casar mais com ele, e mandei ele jogar o anel fora. BURRO QUE EU SOU! E o pior, eu que dei a ideia do casamento... — Ao finalizar o áudio o Lorenzo não se aguenta e chora.
— Eu sei que ele foi um babaca, mas ele se arrependeu. Eu só estou mostrando isso para você não se sentir culpado, eu vi que você está com um namorado novo, e talvez por você está com ele esteja se culpando por não ser fiel ao Guilherme, mas ele também não era tão fiel a você.
Na emoção, o Lorenzo abraça o Riam. — Obrigado! Muito obrigado mesmo. E me desculpa por ter te hipnotizado aquele dia...
— Sem problemas — ele da dois tapinhas de leve nas costas do Lorenzo de consolo.
— Se não fosse por conta disso, acho que seríamos bons amigos — Lorenzo fala se afastando do Riam.
— Sim, tenho certeza — ele diz dando um sorriso.
Após a fala do Riam, o irmão de Guilherme aparece rapidamente ali.
— Lorenzo? É você?
— Sou, tudo bem? — pergunta o Lorenzo sorridente.
— Estou bem, mas você parece que não né — Lorenzo não entende o porquê ele falou isso — Cortou o cabelo, tá de lente... Tá fugindo de alguém?
— Não, é que... — ele é cortado pelo irmão de Lorenzo.
— Aqui entre nós, você que matou o Guilherme, né? Por isso está tão diferente, para as autoridades não te prender — Lorenzo e Riam ficam surpresos com a fala dele.
— Kaique, calma — o Riam tenta acalmar a situação.
— Cala boca Riam! A conversa é eu e esse... Essa bicha aqui na minha frente! — ele se exalta, e continua falando. — Não sei porquê minha mãe aceitou esse assassino aqui no velório do meu irmão, quem deveria está morto na verdade era ele!
Todas palavras que o Kaique falou, atingiu o Lorenzo como uma faca. — Eu não estou querendo confusão.
— MAS EU QUERO! SUA BICHA! TA COM MEDO DE APANHAR? — ele grita, e a Michele ver que estava acontecendo algo de errado.
A Briana junto com o Mike, que estava observando o Lorenzo de longe, vai para perto para ver o que estava acontecendo.
— Kaique, essa atitude foi homofóbica. Acho melhor a gente sair um pouco daqui — o Riam tenta pegar ele pelos braços para distancia-lo de Lorenzo.
— HOMOFÓBICO É O CARAIO. MEU IRMAO MORREU POR CONTA DESSE DIABO AQUI! — ele solta a mão do Riam, e a Michele então chega nessa hora, junto com a Briana, que vai para o lado de Lorenzo e o segura na mão, para que ele saísse daquele lugar.
— Kaique! Pare com isso! Olha o tanto de gente que você está trazendo para cá por conta da suas desavenças — ela olha para a multidão que estava em volta dos dois.
— AH, E MÃE! NÃO SEI O PORQUÊ CHAMOU ELE PARA COMPARECER NO VELÓRIO DO MEU IRMÃO, VOCÊ SABE MUITO BEM QUE FOI ELE QUE MATOU O GUILHERME — Olhos surpresos e murmúrios toma o local.
Lorenzo então sai de lá com a Briana levando ele para fora da muvuca.
— CHEGA! VÁ AGORA PARA CASA! NÃO QUERO BRIGA AQUI — Michele se exalta. E o Lorenzo ver os dois gritando um pouco distante do local.
O Kaique então sai todo irritado do local. — Lorenzo, você está bem? — fala a Briana saltando ele de suas mãos.
— Não, eu não estou bem... Olha... O povo está me olhando estranho. Estão pensando que eu realmente sou um assassino — Lorenzo fala sentindo que iria começar um ataque de pânico. Rapidamente pega o frasco do seu pescoço e cheira suavemente.
— Quer sair daqui? Eu te levo para casa — Briana da uma solução para seu amigo.
— Não quero ir para casa, quero ficar sozinho um pouco, eu quero sair na rua para pensar. Eu posso? — Lorenzo fala, estava querendo um momento só com ele.
— Você está em perigo só de está na rua... Acho melhor a gente ir para casa — Briana tenta por a cabeça do Lorenzo no lugar.
— Eu já sou adulto! E não vai acontecer nada, caso seja necessário eu te ligo — o Lorenzo diz, ele estava realmente precisando ficar sozinho.
— Tá, e quando chegar em casa me liga! — Briana avisa.
— Ok, deixa eu ir agora... — ele sai de lá e vai na direção do portão, saindo ele vai vagando pelas ruas.
A rua estava deserta. Os comércios estavam todos fechados, mesmo em fim de semana, onde o fluxo era maior. — O que será que está acontecendo nessa cidade?
Passaram-se trinta minutos na rua, algo atrás do Lorenzo começa a fazer um barulhao, gorgonzola e gritaria na rua.
Era a manifestação dos feiticeiros, eles iam fazer manifestação a semana toda, como o Mike falou, e não era só no campo do plenário, era nas ruas de Brasília também, por isso estava tudo fechado.
Lorenzo via de longe, feiticeiros do fogo lançando chamas nas coisas públicas, feiticeiros da terra retirando asfalto, feiticeiros do vento voando e atirando pedras de cima para baixo, atingindo os carros que estavam estacionados, os da água fazendo algazarra, jogando jatos de água por todos os lados, e os da eletricidade quebrando as lâmpadas públicas, enquanto alguns feiticeiros pichavam os muros da cidade. — Isso com certeza não é uma manifestação civilizada — Lorenzo pensa olhando para a frente para ver se encontrava algum lugar para se esconder.
Ele correu para o lado contrário da manifestação, chegando mais a frente, ele encontra uma mercearia aberta, mas infelizmente, os feiticeiros do vento chegam primeiro, passando voando bem rápido na direção do Lorenzo, e pousando na sua frente.
— Opa, um humano! — um dos feiticeiros falam olhando para o Lorenzo.
Lorenzo da um passo para trás. — Não sou humano, sou um feiticeiro como vocês...
— Até parece que é! — zomba o mais alto, e continua. — Porque estava correndo?
— Eu não queria confusão, por isso eu corri. Sabia da manifestação, mas isso o que vocês estão fazendo é bagunça — Lorenzo já se prepara já para o pior, enquanto atrás dele vinha a multidão.
O do meio que parecia o líder dos feiticeiros fala. — Se você é um feiticeiro, prove. É feiticeiro da velocidade? Teletransporte? Super-força? — cada poder de saia da boca dele, ele dava um passo para perto de Lorenzo.
— Sou feiticeiro do hipnotismo — Lorenzo responde.
— Não existe feiticeiros do hipnotismo a séculos, só se você for um dos bruxos grandes do hipnotismo... — o menor do lado esquerdo fala.
— Ae?! Então ele deve está mentindo mesmo — o do meio fala para o grupo.
— Pois vou provar — Lorenzo deixa seus olhos roxos e controla o do meio, e ordena que ele ajoelhe diante dele.
O mesmo obedece. — Uau, ele realmente é feiticeiro da hipinose — o mais alto fala.
— Impossível, só existe bruxos grandes do hipnotismo... — o do lado esquerdo fala impressionado com o Lorenzo, enquanto seu amigo está sendo controlado.
— Eu sou um bruxo grande... Eu só estou usando lente, por isso vocês não acreditaram — Lorenzo tira o amigo deles da hipnose, enquanto os vândalos chega perto dele, acabando com tudo o que tinha pela frente.
No meio da confusão o menor fala. — Agora está tudo explicado! Porque você não quer participar da manifestação?
— Eu não gosto de brigas, acho que não é necessário acabar com tudo só para conseguir o que queremos — o Lorenzo se explica. — Olha ao redor, onde nós bruxos passamos deixamos um rastro de destruição — os três olham e ver coisas pegando fogo, rua totalmente molhada e carros apitando por conta das pedras arremessadas contra eles.
— Eu sei, mas só assim eles vão nos respeitar — o do meio fala, e quando desviava das pessoas furiosas que estavam ali.
— Vocês estão deixando eles com medo, querem mesmo respeito acima do medo? — Lorenzo olha uma casa de três andar, onde a família toda estava no último andar vendo a manifestação com medo de acontecer algo com elas.
Os três não falam nada, sabiam que o Lorenzo estava certo.
Depois de segundos o do meio fala. — Vamos deixar ele ir, já que não está nos incomodando — os três concordam e saem voando, deixando o Lorenzo no meio da baderna.
Olhando de um lado a outro, o Lorenzo só via coisas terríveis, e voltando a atenção na mercearia que estava aberta, ele tenta entrar, já que os donos estavam fechando por conta do caos que estava no lado de fora.
Correndo para entrar dentro do mercadinho, o Lorenzo ver uma bomba de fumaça se alastrar lá em baixo na manifestação. Certeza que era bomba de fumaça das polícias, com algemas anti-isolação de poder, para prender todos que puderem.
Com certeza ele não queria está lá, antes de conseguir entrar no mercado, alguém tomba com ele, fazendo o celular que estava no bolso do Lorenzo cair, e por fim ser pisoteado por várias pessoas.
Aquele celular com certeza não prestava mais, então ele continuou correndo e conseguiu entrar antes do dono fechar.
Entrando para dentro, o dono pula de susto. — O que está fazendo? A manifestação é do lado de fora, eu não fiz nada a vocês, sou inocente. Ele põe a mão sobre o rosto para se proteger de qualquer ataque direto.
— Não, eu não vou machucar ninguém, eu só entrei para passar a manifestação aqui.
O dono fica em silêncio olhando para o Lorenzo, e uma pessoa dentro grita ele.
— Ok, vocês podem ficar aqui... — ele diz, e a pessoa que estava gritando ele aparece na porta, que conectava a mercearia a casa dele.
A frase que o dono falou não fez sentido, só tinha o Lorenzo ali dentro, mas o questionamento ficou para trás quando viu quem o chamou.
Era o irmão de Renan, o maromba que estava no hospital. Ele estava com uma perna mecânica, já que o Lorenzo tinha quebrado ela. — O que aconteceu aqui?
— Nada filho, eu só vou deixar esses dois cidadãos aqui dentro , até parar a guerra no lado de fora — uma rajada de tiro acontece nessa hora, com um estouro de bomba muito forte.
— Dois? Como assim dois? — Lorenzo pensa, e quando olha para o lado, ver o Rogério.
— Obrigado senhor — o Rogério agradece.
— Rogério, o que você está fazendo aqui? — Lorenzo pergunta, e recebe só um sorriso.
— Ah, então vocês se conhecem? — pergunta o rapaz mas velho.
— Sim, somos... — os dos se olham por um instante, e o Lorenzo completa. —Amigos...
— Ah sim, entendi, vou ficar aqui com vocês, caso aconteça alguma coisa — o dono fala, indo na direção do balcão.
Antes de pensar qualquer coisa, sobre o porquê o Rogério estava ali, o Lorenzo pergunta para o mais novo ainda na porta, o seu nome. — Ei, acho que te conheço...
— Está falando comigo? — o tatuado fala, com uma marra de mal.
— Sim, seu nome é Gabriel?
— Como você sabe meu nome? — ele desconfia olhando diretamente para o Lorenzo — ele estava sem camisa, e com bermuda jeans rasgada.
Alguém aparece atrás do Gabriel para saber o que estava acontecendo. — O que está acontecendo aqui? — era o Renan, ele estava ainda se recuperando do braço que tinha quebrado, estava com gesso.
Ao ver a cara do Rogério, ele toma um susto. Pois foi ele que quebrou o braço do tal.
Com um murmúrio o Rogério fala. — Merda...
Lorenzo já sabia que ia acontecer coisa ruim ali dentro, então só vê o Renan puxando o Gabriel para dentro de casa.
Na mercearia fica o pai dos dois, Lorenzo e Rogério. Os dois trocavam olhares de suspense. Chegando na orelha do Lorenzo, o Rogério fala. — Vamos ter que bolar um plano para fugir daqui, pois se ficarmos vamos morrer.
Depois de vinte minutos de suspense, o Gabriel abre a porta com uma mine metralhadora. — Pai, sai daqui... — ele ordena.
— O que está acontecendo? — o dono da loja fala sem entender nada.
— Só sai, e fecha a porta.
O velho corre, e faz o que o filho mandou. Ficando só o Gabriel e as duas vítimas dele, ele fala. — Ninguém que machuque meu irmão vai sair vivo dessa.
— Por favor, não faz isso, podemos resolver na conversa — Rogério implora, só que não adianta, ele atira contra os dois, que estavam perto do balcão.
Lorenzo e Rogério correm para se abaixar no balcão da mercearia, enquanto ele continuava lançando rajadas de tiro.
Lorenzo colocava sua mão nos ouvidos e abaixava a cabeça. Ele estava em uma maré de azar, desde quando conheceu o Rogério, e lá estavam eles prestes a morrer.
— Por favor, vamos conversar! — O Rogério grita.
— Não gosto de conversar, eu gosto de matar pessoas — o Gabriel fala andando na direção do balcão onde os dois estavam.
— Eu não queria fazer aquilo com ele, eu falei para não fazer isso com ele — Rogério fala tentando se defender.
— Mas você fez, e o preço para isso é a vida! — ele chega no balcão e ver os dois sentados, carregando a metralhadora, ele atira.
Rogério corre junto com o Lorenzo, saindo das balas por pouco, enquanto o Gabriel carregava novamente a mine metralhadora, o Rogério e o Lorenzo entra em um dos corredores do mercadinho.
— Lorenzo, eu preciso que você use seus poderes... Ele não vai desistir até nos matar — Rogério fala pegando um martelo na prateleira de material de construção.
— Eu não consigo, já quebrei o braço dele uma vez, não posso fazer novamente — o Lorenzo estava ficando nervoso, e o ataque de pânico volta a atacar, e então ele cheira novamente o frasco.
E dessa vez foi exagerado, que acabou retirando o medo que ele estava no momento.
— Sem problemas, só tenta distrair ele, eu faço o restante — Rogério diz com o martelo em mãos.
Lorenzo concorda com a cabeça, respirando fundo ele se levanta da onde estava agachado, e então ver o Gabriel entrando no corredor onde ele estava.
A criança cheia de raiva dentro dele, Lorenzo conseguia visualizar, assim como via nos olhos do Guilherme o menino que sofreu ao cair do segundo andar, esse era o reencontro dos dois após anos.
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