Cela quebrada
Em meio aos tiros, todos se abaixam para se proteger, e Patrique vai engatinhando até um dos armários onde tinha armas lá dentro.
Não era só um que estava lá, tinha mais de onde vinha ele, Rogério já tinha ideia de quem eram eles.
Rogério via Lorenzo e Valéria abaixados no chão, estavam tremendo de medo, assim como Mayara e Fabrício. Mas a sua irmã estava chorando de dor e sangrando bastante.
Terminando a rajada de tiros, o cara fala. — Encontramos os canalhas, agora é só matar de um a um.
— O que estamos esperando? — o mais alto fala e entra da sala, enquanto Patrique estava sendo cauteloso para não demostrar que ele estava tentando abrir o armário.
Quando Patrique consegue abrir o armário, o maior aponta a arma nele. — O que você está fazendo?
Rapidamente ele pega uma arma qualquer lá dentro. Então o homem dispara um tiro.
Só que Patrique com seu poder foi mais rápido, voando para o canto da sala, subindo para o teto e desaparecendo dali.
— Covarde, nem se quer tentou lutar — o atirador falou. — Então vamos brincar com as outras pessoas — Pegando a chave, perto de Diana, que estava prendendo de todas as formas, sua dor, para não gritar. Ele olha para a direção da cela, com paredes de vidro.
Arremessando para o seu companheiro, a chave, o outro pega e abre a porta da cela e aponta sua arma para os cinco que estavam lá dentro. — Daniel disse para matar todos que estiverem aqui, sem exceção. Depois que vocês provocaram nosso chefe, matando um integrante da nossa gangue, os dois querem vocês todos mortos — ele aponta a arma para Fabrício, e dispara.
Gritos na sala começam, por ver uma pessoa no chão baleada, e sangrando bastante.
Era Mayara, ela tinha passado na frente do Fabrício para proteger ele. Agora seu amigo estava em cima dela chorando, por ela fazer isso. A moça tinha chegado tão rápido para salvar seu amigo que acabou recebendo um tiro no lado esquerdo do seu peito.
Com seus olhos marejando, Fabrício se ajoelha perto da Mayara, que estava cuspindo sangue e se debatendo. — Meu Deus, por favor... — ele chora.
— Que fofo, um sacrifício — o atirador fala vendo a cara de desespero de todos ali. — Ei parceiro! Você viu isso?
O rapaz entra na sala e se depara com o sangue no local. — Você começou a festa sem mim? — ele fala com um olhar de julgamento.
Os dois começam a ri juntos, vendo todos com medo deles.
— Eu posso te deixar brincar agora — ele aponta sua arma para Lorenzo e Valéria no canto da sala, chorando e tremendo de medo.
— Por favor! Não faz nada com a gente! — Valéria súplica para os rapazes.
— Pode brincar com os dois ali — ele fala para o mais alto, que aponta a arma na direção dos dois que estavam abraçados.
— Não ouse atirar neles! — Rogério fala no tom de autoridade, fazendo os dois prestarem atenção nele. — A culpa de tudo isso está acontecendo é por minha causa, então se vocês querem matar alguém, vocês deveriam matar eu.
O menor aponta a arma para ele. — Então foi você? Por que está preso aqui nessa sala, e está tão acabado? Não importa, você vai morrer mesmo.
Rogério fecha seus olhos, e espera os tiros serem direcionados para ele.
Dois tiros são disparados.
Na direção do rapaz que estava ameaçando Rogério de morte.
Foram diretamente na cabeça dele, seu corpo cai no chão, e Rogério olha para ver quem foi que disparou a arma. Ao ver a pessoa ele sorri.
Patrique estava na sua frente, e o rapaz que estava apontando a arma para Lorenzo e Valéria ver seu amigo ser baleado, e os miolos do cérebro saírem e o sangue escorrer por todas as partes daquele lugar. — Puta que pariu! — assim ele recebe um tiro certeiro na testa.
Valéria e Lorenzo grita ao ver o rapaz cair lentamente sem vida perto deles. O terror estava em toda a parte, então os dois se afastam do corpo, com passos lentos.
— Rogério! Levanta logo que tem mais três pessoas na frente da nossa porta, e depois de poucos minutos eles já deverão está desconfiando o porquê os seus companheiros não voltaram — Rogério, mesmo com seu rosto sangrando, levanta, e pega a arma que o rapaz que tinha morrido deixou para trás.
Com as pancadas nos olhos que Mayara tinha feito, iria ser difícil se concentrar nos alvos que iriam vir, mas ele não estava preocupado, pois Patrique era bom no que ele fazia.
Rogério e Diana tinham conhecido ele em uma situação muito caótica na vida deles.
Os irmãos estavam se restabelecendo na vida, Diana estava fazendo planos para conseguir se vingar, e Rogério a ajudava. E com a ajuda da Gwendoline, e seus poderes do futuro, isso seria muito mais fácil.
Só tinha um problema, Gwendoline era do bem, e se contasse o que os dois queriam fazer, com certeza ela ia rejeitar.
Gwendoline conseguia sair do lugar a onde ela ficava e ir para o mundo dos humanos, as únicas pessoas que não podia sair do segundo mundo era a Bridget e os animais, já que ela estava aprisionada e os animais tinham esse bloqueio depois do trato feito com a Bridget.
Em umas dessas saídas, ela conhece um feiticeiro que fica apaixonada. Nunca tinha se apaixonado na vida, pois vivia a maioria do tempo com animais no segundo mundo.
Essa paixão repentina fez ela amar e fascinar os feiticeiros, e humanos. Mesmo os humanos não vendo ela fisicamente, os seus atos a deixava encantada.
Seu romance com o tal feiticeiro ficou cada vez mais profundo, que Rogério e Diana viraram parte da sua família, ela a visitava os dois sempre, mas não sabia de absolutamente nada do que eles estavam planejando.
Ela falava sempre dá resistência dos feiticeiros, que tinha de fato nesse mundo. Onde seu símbolo da resistência era uma raposa, já que a Gwendoline virava uma raposa gigante, e era líder da resistência.
Enquanto tinham o grupo oposto, que eram da Bridget, onde o símbolo era uma borboleta cadáver. Onde o principal foco era retirar a Bridget da prisão.
Diana e Rogério nunca tinha conhecido nem um e nem outro. Parecia que a resistência não existia, assim como o grupo da Bridge também não existia. Pois nada de interessante acontecia.
Com um tempo, o plano de Diana de se disfarçar de um feiticeiro qualquer, e tirar informações de Gwendoline foi cumprida, ela resolve fazer o que achava que era certo.
Gwendoline não tinha ideia sobre isso, e em um dia qualquer, Diana, que estava se passando pelo rapaz, diz que queria conhecer Bridge. Na verdade, ela já sabia onde a Bridge ficava, e já tinha se encontrado com a bruxa a muito tempo, onde ela prometeu diversas coisas se o ajudasse, ela só precisava sondar Gwendoline e descobrir uma maneira de tira-la ela prisão.
Diana descobriu como poderia fazer isso, um feitiço, onde poderia trocar de corpo com a pessoa. Era perfeito, já que não tinha descoberto como de fato destrancar a cela.
E foi isso que aconteceu, Diana consegue fazer o feitiço sem Gwendoline perceber. Fazendo as duas mudarem de corpo.
— O que você fez!? — Gwendoline fica pasma, com várias correntes presas nela, onde não podia se movimentar, pois uma espécie de armadura de ferro não deixava andar, e uma cela com aço bem potente a protegia.
Foi quando ela ver o seu amado se transformar na Diana, a pessoa que ela mais confiava naquele mundo. — Desculpa Gwendoline, mas eu preciso fazer isso por meus pais — Bridge coloca sua mão no ombro de Diana e dá um sorriso para a nova prisioneira.
— Por que você está fazendo isso comigo? — ela pergunta vendo as duas se distanciarem.
— Ela quer poder! Assim como eu — a Bridge sai com sua nova companhia.
Gwendoline estava agora no corpo da Bridge, e os poderes que ela tinha agora era de se transformar em qualquer pessoa, assim como ela, poder do presente, que era completamente inútil em uma prisão, criar chamas e voar. Só que isso não importava, já que os poderes que Bridge tinha foram tiradas por ela própria, e só ela sabia como dar os poderes de novo.
Bridge agora tinha o poder do futuro, limitado, pois só podia ver 5 anos da vida dela, e das pessoas ao seu redor. Ela tinha uma chance de enfim conseguir sair. Só tinha um problema, a passagem para ela ainda estava bloqueada para o mundo dos humanos, ela só conseguia andar no segundo mundo. E assim ela fez, todos os animais começaram a temer a nova Gwendoline. Os únicos animais que ela não mexia era o corvo da Diana e o leão de Rogério, o resto para ela eram escravos.
Até por fim ela se revelar que era Bridget para os animais, já que todos desconfiava dos seus atos. A Bridget não conseguia ficar mais forte sugando energia dos animais, já que estava no corpo da Gwendoline. Suas chamas mudaram desde o dia da mudança de corpo, mas suas ações não, o corpo da Gwendoline recusava Bridge fazer isso, já que ela era um animal também. — Droga! Maldita seja!
Diana e Rogério descobriu que a resistência visitava a Gwendoline a cada 5 anos. E todos da resistência eram do exército, e viviam em vários lugares do mundo.
Patrique era da Alemanha. Os membros da resistência eram muito bons no que faziam, combatiam todos os outros bruxos com cautela. E eram sempre treinados para fazer seu trabalho.
Todos os sinais de pessoas querendo salvar a Gwendoline eram exterminados na mesma hora. Não dava nem uma chance deles tentarem, pois quando o segundo bruxo grande morto aparecia na televisão, os membros da resistência já descobriam quem era a pessoa que estava fazendo isso.
Para Bridge isso era um problema, mas em uma das suas idas para o futuro, ela pensou em um plano. E depois viu se o plano ia dar certo. Por incrível que pareça deu, ela se via livre depois de 3 anos.
No dia da reunião com os membros da resistência, onde cada pessoa entrava na sua caverna e ia direto para a fonte. Ela decidiu ameaçar todos de morte. Lá no segundo mundo aconteceu uma guerra. Entre animais e feiticeiros, e por Gwendoline ser mais forte lá dentro, com suas ilusões e tudo mais, o restante da resistência decidiram ajudá-la em troca das suas próprias vidas.
E Patrique estava no meio daquilo tudo, ele com mais duas pessoas ficaram responsáveis de ajudar o Rogério e Diana a cumprir a tal profecia.
O moço teve uma lavagem cerebral da Bridge. Tudo o que ele nasceu para defender e proteger agora era outra coisa, isso foi algo que o chocou. E chocou mais ainda ao ver seus dois companheiros morrerem também por desobedecer ela, e por isso resolveu entrar na linha.
Ajudando Diana e Rogério a matarem os bruxos, ele começou a se aproximar dos irmãos. E essa aproximação virou afeto, até virar amor, pela Diana. Já que eles conviviam todos os dias.
Rogério sabia que Patrique era bom de mira, pois veio do exército. Isso era bom, pois assim ele aprendeu algumas coisas com ele também.
Saindo da cela, Rogério olha para Lorenzo preocupado. — Fiquem todos juntos, e não se separem.
Todos assentam com a cabeça, enquanto o Patrique ajudava a Diana, pegando ela com muito esforço no colo, pois ela era gorda, e colocando para dentro da cela também. — Vai ficar tudo bem meu amor
Ela confirma com a cabeça, estava chorando bastante vendo o sangramento sair da sua perna, assim como a Mayara, que parecia já está morrendo. Só que o Fabrício estava prendendo o sangramento com suas mãos para estancar o ferimento dela.
Fechando a porta da cela, Patrique pega a chave, guarda no bolso e vai de encontro com Rogério, que estava agachado atrás de algo para ficarem de olho nos invasores que iriam descer a qualquer momento.
Indo para o outro lado, ele se agacha atrás da estante das armas.
— Patrique. Tira essa merda de algema do meu pulso — Rogério sussurra para o Patrique.
— Não, você vai nos trair se eu tirar.
— A gente vai ter mais chance de sobreviver se você tirar
Patrique pensa melhor, tira suas chaves do bolso, e joga para o Rogério que estava bem longe dele.
Quando o Rogério ia pegar as chaves, as luzes queimam do local, deixando eles totalmente no escuro.
— Feiticeiro da eletricidade! — Rogério tateia o chão a procura da chave.
Mas não acha nada, só escuta tiros e raios em locais específicos, assim o vidro da cela quebra, e a gritaria começa de novo. Voltando sua concentração e tirando o foco da chave, Rogério tenta saber de onde estava vindo a rajada de tiros, e a onde estava o feiticeiro da eletricidade.
— Vocês iram pagar por matar meus companheiros — uma voz feminina falava, enquanto lançava raios na direção do Rogério e Patrique.
Um raio cai bem próximo do Rogério, que se assusta, e ver o local que caiu o raio queimar, e depois a chama sumir.
— Patrique, quando ela lançar o raio, podemos ver onde ela está, assim como os outros que estão atirando.
— Certo! — Patrique fala para o Rogério, em meio a escuridão.
Uma risada debochada ecoa no local. — Vocês ainda tem esperanças que vão vencer? — ela lança um raio na direção do Patrique, fazendo a arma dele cair para longe.
Rogerio ver, e percebe que tinha outra pessoa perto do Patrique com uma arma apontada para ele, e já estava prestes a atirar.
Rapidamente Rogério atira várias vezes naquela direção, acertando a perna do rapaz.
Enquanto o rapaz sentia a dor, Patrique dá um golpe voador no rosto dele, e voando vai atrás da sua arma, enquanto ouvia risadas e raios o perseguindo.
— Você não vai se safar dessa! — Rogério gritava enquanto ainda disparava no homem que era o foco dele. Como estava no escuro, não sabia se estava atirando no lugar certo.
Até ouvir um barulho de um corpo caindo, certamente era do rapaz que ele estava tentando acertar. E as suas munições estava prestes a acabar.
Ainda rindo, a mulher joga todos os raios na direção do Rogério, que estava fazendo muito barulho no local. — Ele está ali — ela fala para seu companheiro.
Os dois vão se aproximando do Rogério, para matar o impasse de uma vez por todas. — Vamos ver se suas munições vão durar para sempre, ela ri e joga um raio na direção de Rogério, que após o ato da dois tiros na direção dela. — Você não tem chance contra nós agora.
Rogério percebe que não tinha chance mesmo, e sai correndo para outro lugar, mas longe dali. O rapaz que estava com a arma atira várias vezes, vendo uma movimentação estranha a frente, e acerta o Rogério de raspão no braço esquerdo.
Desesperado, ele começa a atirar para todos os lados, na tentativa falha de acertar um dos dois. E com tantas tentativas a munição acaba. — Merda! Ele se esconde atrás de outra estante dali.
— Você não desiste? — rindo ela vai se aproximando e saltando raios. — Vamos matar ele logo, vai para lá, ele tá sem munição.
O rapaz assente com a cabeça e corre na direção do escuro, onde a mulher saltava seus raios, que a cada segundo iluminava um pouco do local.
Rogério sente um frio na barriga, e colocando sua mão em seu sangramento, suspirava fundo para controlar a tensão que estava sentindo, enquanto ele se aproximava cada vez mais. Ele estava com uma submetralhadora DGP-30, e a cada passa o Rogério sentia o medo em suas veias.
Chegando mais ou menos um metro de distância de Rogério, se ouve um tiro, que atingiu a cabeça do rapaz. Após um fleche de luz do raio.
O rapaz morre com o dedo no gatilho, apontado para frente, onde o tiro foi disparado. Fazendo o vidro que já estava quebrado, quebrar mais ainda.
Depois dele ter morrido, um grito de choro chega no ouvido de Patrique e Rogério. — MEU FILHO NÃO! — Valéria gritava e chorava.
— Lorenzo! — Rogério grita em forma de desespero. — Desgraçada! — ele sai da onde estava e pega a arma do cara que morreu perto dele.
A mulher continua rindo, e ver várias rajadas indo na direção dela. Rapidamente se esconde.
Era o Rogério, estava com sangue nos olhos, estava querendo matá-la logo, para ver o que tinha acontecido com o seu Lorenzo. — Você é sua gangue, vão todos morrer! — ele continuava atirando e andando na direção dela.
Enquanto Patrique ia atrás do Rogério, esperando o momento certo de atirar, ele não podia errar dessa vez.
Ela ri. — Eu não vou morrer para vocês, são todos fracos — na oportunidade que teve, quando o Rogério parou para recarregar a submetralhadora, ela sai do seu lugar e lança um raio na direção do peito de Rogério.
Que automaticamente cai no chão, com o impacto do raio.
Foi quando Patrique dispara dois tiros na cabeça da moça, que cai rindo com um sorriso no rosto.
Era macabra aquela cena, pois parecia que ela fazia isso por que gostava de fazer, e quando morreu, o seu sorriso não saía da sua cara, assim como seus olhos não fechavam.
— Rogério! Você está bem? — Patrique vai na direção dele e se agacha.
Os olhos de Rogério estavam fechados, aparentando ter morrido. — Merda — os olhos de Patrique marejam, até ver um sinal de vida dele.
Suas mãos começam a mexer, e seus olhos se abrem. — Lorenzo?
O rapaz que estava em cima dele rir, e o abraça. — Você me deu um susto rapaz!
Rogerio geme de dor. — Está doendo meu peito, por favor não me abraça.
Patrique coloca ele no chão de novo. — Desculpa... — olhando para a direção da cela, ele pergunta. — Tá todo mundo bem!?
— O meu filho foi baleado! — Valéria grita chorando.
— Rogério, fica aí, vou ver o que aconteceu lá — Rogério assente com a cabeça, e fica muito preocupado com o Lorenzo, mas não conseguia se levantar, só conseguia ver o de dread se afastar dele.
Com seu celular, Patrique liga a lanterna, e entra na cela e aponta para o lado, onde ele ver os dois corpos mortos dos rapazes, e sangue por toda parte.
Chegando para perto do grupo, se via três pessoas feridas. Diana, Mayara e Lorenzo. — Meu Deus! O que nós vamos fazer?
Em cima do corpo do seu filho, Valéria suplicava. — Tira minha algema para eu salvar a vida do meu filho!
— Ah, bem lembrado! Você é feiticeira da cura! — ele corre para procurar as chaves perdidas lá dentro.
Estava uma bagunça, muito vidros espalhados no chão, e sangue por toda parte. Até ele encontrar a chave. Pegando, ele corre para libertar a Valéria.
— Me liberta também — Fabrício fala pressionando o ferimento da Mayara, que só estava viva por conta disso.
— Você não — Patrique sabia que o Fabrício podia trair ele a qualquer momento, então não quis se arriscar.
Apontando a lanterna para a direção de Valéria, ele via ela retirar a bala que estava grudada na carne do Lorenzo. A bala estava alojada no ombro do coitado, que grita de dor, nessa hora ele sente sua alma sair do seu corpo. — Calma, filho, vai ficar tudo bem — sua mãe chorava, enquanto concentrava todo seu poder no ferimento de seu filho. Com suas mãos, ela coloca no sangramento e fecha seus olhos.
Diana estava sem forças nesse momento, mas observava a cena sem dizer absolutamente nada, esperando chegar a vez dela. Enquanto Patrique mantém a lanterna do seu celular erguida para os dois.
Uma luz branca preenche o ferimento, e por ser muito grande, Valéria acaba concentrando bastante poder nele. Ela ficou ali por mais de 10 minutos, até que tudo cicatrizase.
Lorenzo está bem melhor agora, e é recebido pelo abraço da sua mãe. — Você está aqui, meu bebê, você está bem.
Lorenzo chora no abraço da mãe. — Me desculpa, eu fui fraco, vim te ajudar... Mas estou só atrapalhando... Romeu tinha razão, eu sou muito fraco...
— Não chore, você não é fraco. Nunca foi fraco — sua mãe tentava acalmar seu filho
Enquanto Patrique se emocionava vendo aquilo, passando a mão no olho, para não deixar suas lágrimas caírem, mas sorria vendo os dois.
Com muito esforço, sua namorada fala. — S-socor-rro! — Diana estava perdendo muito sangue, ninguém estava estancando o sangue dela, e estava muito fraca.
— Diana! — Patrique lembra da sua namorada, e aponta sua lanterna para ela. — Agora salva ela, antes que perca mais sangue — Valéria assente com a cabeça e deixa seu filho de lado. — E você não tente nem uma gracinha, se não sua mãe morre — Patrique se referia a Lorenzo, e saca a arma na direção da sua mãe.
Lorenzo não fala, só observava tudo. Se ele agisse agora, sua mãe poderia morrer, então resolve não fazer nada.
Valéria chega perto da Diana. — Meu Deus, vou ter que demorar bastante aqui, não sei se vou conseguir curar todos, estou ficando muito fraca — Valéria fala já pensando na Mayara, que estava junto do Fabrício.
— Vai dar tudo certo, mas primeiro vamos por partes, salva ela primeiro — Patrique fala.
Valéria observa o ferimento, e por fim coloca suas mãos. Não tinha bala alojada em lugar nem um, por isso estava sangrando demais, e isso era o problema para Valéria.
Concentrando todas suas forças, o ferimento começa a ficar branco. — Talvez dure uma hora ou menos que isso.
— Meu Deus! — Patrique fica preocupado com as outras pessoas, principalmente o Rogério.
Ao decorrer do tempo em que eles ficavam ali, a Diana começava a reagir. — Está doendo muito! — ela fala.
— Isso é bom! Sinal de que sua sensibilidade está voltando — A Valéria fala sem olhar nos olhos dela.
— Muito obrigada — Diana agradece pelo que a Valéria estava fazendo.
Só que não recebe o retorno, pois Valéria estava sendo obrigada a fazer aquilo. Se dependesse dela, ela não ajudaria em nada para salvar a Diana. Depois de alguns segundos a paciente recebe retorno. — Estou fazendo isso sendo obrigada, uma arma está apontada na minha cara, então não venha falar "obrigada" para mim...
Diana fica calada, daí soube que se não fosse o Patrique, ela estaria talvez morta após horas sangrando. Olhando para seu namorado, ela dá um sorriso, que é facilmente retribuído.
Passando o tempo restante para que o ferimento parasse, a Diana dá um sorriso, vendo que não estava sentindo dor nem uma. — Ao se levantar, tenha cuidado, você perdeu muito sangue e continua fraca, mesmo com o ferimento sarado.
Diana assente com a cabeça, e se levanta rapidamente, e sente a perna que foi sarada falhar um pouco. Então ela para um pouco para descansar. E seu namorado o abraça. — Amor, você está bem?
— Estou. Muito obrigada! — ela dá o obrigado para a pessoa certa.
— Não precisa agradecer, eu te amo e faria de tudo para te salvar — Patrique fala no abraço.
— Ei! Falta a Mayara! — Fabrício grita.
Valéria corre para perto dos dois, Patrique para de abraçar sua namorada, e depois aponta sua lanterna para a médica.
— Pode tirar sua mão do ferimento dela — Valéria fala para o Fabrício, que rapidamente tira sua mão, e ver o sangramento aumentar. A médica ver a cara de desespero do seu companheiro. — Fique tranquilo, eu vou salvar ela — Valéria sabia que talvez não salvasse, pois praticamente ela estava viva por conta do que Fabrício estava fazendo. Provavelmente ela já estava morta, nem os olhos estava abrindo, sua respiração estava fraca, assim como seu coração.
— Tem certeza? — ele pergunta se afastando do corpo, e chorando bastante.
— Tenho — mente a Valéria. E começa a analisar o sangramento, tinha uma bala alojada dentro, que ajudava ela a não morrer rápido, mas se ela tirasse, era certeiro que a moça ia morrer. — Merda! Não posso curar com uma bala dentro dela. Mas também não posso tirar, ela vai morrer se eu arrancar.
Fabrício começa a chorar. — Não, ela não pode morrer!
— Na verdade, ela tem que morrer de qualquer jeito — Diana vai para perto das duas. — licença — ela fala para a Valéria, que dá espaço para ela passar.
Falando algumas palavras estranhas, agachada perto do corpo, Patrique fala. — tem certeza que vai fazer isso? — pergunta ele.
— Ela só não morreu para o coração não ficar fora de seu corpo, você sabe que depois de 10 dias ele não presta fora do seu hospedeiro... — ela continua recitando suas palavras estranhas.
Valéria vai se afastando, não sabia o que ia acontecer, mas o Fabrício tinha ideia, e começa a gritar. — Vocês não podem fazer isso com ela! — ele vai correndo para parar a Diana, só que já era tarde.
O coração de Mayara já estava na mão dela, estava brilhando e cintilando aquele lugar. Pois o coração parecia de cristal. — Temos que pôr nele agora! — ela aponta para o Lorenzo.
— Meu filho não! — Valéria fala olhando para Lorenzo que estava com medo.
— Calada! — Patrique fala apontando a arma na cabeça de Valéria.
Diana vai andando para perto de Lorenzo, recitando um feitiço. E ao se aproximar rapidamente, o coração dela se funde com o dele, sem ela nem mesmo encostar nele.
— Merda — Lorenzo pensa, não sabia o que estava acontecendo.
— Agora só nos resta fazer o final do nosso plano — Diana sorri para Lorenzo realizada.
O malhado estava com um semblante de aterrorizado. Então a Diana olha novamente para o Patrique. — Vamos terminar isso logo amor, vamos para o carro e ir para a caverna.
Diana estava indo na direção do Patrique sorridente para o abraçá-lo, até que ver o Fabrício com um caco de vidro erguida no pescoço do seu namorado.
— Vocês mataram a Mayara! Sem remoção nem uma! Vocês não têm coração — Diana levanta as mãos, para que o Fabrício fique calmo.
— Calma, não faz isso — ela fala, enquanto Patrique observava o caco de teia sobre sua garganta o ferindo.
— Solta a merda da sua arma! — Fabrício grita para Patrique.
Lorenzo ver aquilo, e sente que seria agora a hora de revidar. Diana estava de costas para ele.
Andando devagar atrás dela, ele prepara para render a moça.
Colocando os braços dela para trás, os dois começam uma luta corporal, onde ela tentava se saltar da imobilização. E ele tentava de todas as formas, não saltar ela.
Valéria começa a gritar, vendo a luta corporal dos dois.
— Me salta! Seu vagabundo! — ela gritava enfurecida.
— Solta a merda da arma! Eu estou mandando — Fabrício fala mais uma vez. E dessa vez Patrique solta, junto com seu celular que iluminava o local, deixando tudo escuro.
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