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Capítulo 4 - A perseguição

- Cara, você viu aquela morena correndo na esteira rolante? Nossa, que gata! - o maromba entra no banheiro, com seus dois colegas.

- Sim, ela deve ser nova por aqui, nunca vi ela. - quando o segundo fala, o feiticeiro desconfia da conversa. Eles poderiam está falando da Mirella.

Rogério e Lorenzo estavam ainda dentro do banheiro pequeno. A porta que estava lá era de madeira, chegando até em baixo, sem deixar nenhum espaço para ver os seus pés. E tinha um trinco de ocupado, que nesse momento estava aberto.

Automaticamente, o Lorenzo olha para o trinco aberto e o fecha, fazendo um grande barulho no ambiente.

Os caras que estavam lá escutam. - Eita mano. Esse cara deve está de caganeira - o mais alto dos três fala.

- Será? - o grupo se encaram por alguns segundo, e o mesmo continua a falar. - OH MANO?! VOCÊ ESTÁ DE CAGANEIRA?! - ele pergunta gritando.

Os dois se olham nervosos, e quase na mesma hora eles falam, se embolando na resposta. O Lorenzo fala que sim, enquanto o Rogério fala que não.

- O quê? - o de cabelo liso fica desconfiado ao ouvir duas vozes falarem quase na mesma hora.

Para tomar controle da situação. Rogério aponta para ele mesmo, sinalizando ao cacheado que ele iria responder. Lorenzo entende e balança a cabeça em confirmação.

- Não estou! É que esqueci de fechar o trinco.

- Agora entendi. Fique de boa, ninguém vai cagar com você não - o mais forte dos três fala, e os outros começam a rir. Enquanto o Lorenzo e o Rogério se olham, sentindo vergonha alheia dos caras.

Continuando a conversa paralela entre os palhaços do banheiro, o casal espera pacientemente os caras saírem dali.

Quando a rapaziada saiu, os dois também saem do mine e minúsculo banheirinho, que eles estavam se pegando.

- Que loucura - Lorenzo fala em frente a pia do banheiro, lavando as suas mãos e passando um pouco no rosto, para amenizar o calor.

- Realmente. Aliás, aqueles caras estavam falando da Mirella. Eu tenho certeza. - fala o Rogério colocando sua roupa. Depois joga a camisa do Lorenzo, para que ele se vista também.

Lorenzo pega a camisa no ar. E olhando para o Rogério, ele se questiona, preocupado com a amiga do barbudo. - Será?

- Acho que sim. Vamos lá ver se ela está bem - o de barba espera o malhado vestir a roupa.

- Vamos? Quer sair mesmo comigo do banheiro? - Lorenzo levanta suas sobrancelhas, nessa hora ele já estava vestido.

- Claro. Não tem nada de mais nisso. Digo para mim, né! Não sei para você... Está tudo bem se sairmos juntos? - Rogério olha para o Lorenzo fixamente, parecia que estava tentando de alguma maneira ver se vinha algo na mente do malhado.

- Bom... Eu não tenho. É que as pessoas geralmente fazem isso para ninguém desconfiar, sabe? - ele responde pondo a mão direita na bancada da pia, e o encarando da mesma forma.

Lorenzo estava agindo assim porque ele não queria ser descriminado de novo. Pois além da cor da sua pele, ele tinha medo de ser descriminado por conta da sua sexualidade.

- Isso daí é besteira para mim. Podem pensar no que quiser sobre mim. - Lorenzo admira as palavras que saíram da boca do rapaz que estava na sua frente. - Mas vamos sair logo daqui - Rogério anda até chegar na porta do banheiro, abrindo a porta ele espera o cacheado passar na sua frente, antes que ele feche novamente.

Lorenzo fica feliz por saber que o Rogério era uma pessoa de mente aberta, e que não sentia vergonha do que os outros iriam pensar. Na sua mente, pessoas bissexuais são bem mais fechadas para isso. Pois os bis que ele se envolveu tinha essa preocupação, seja a aceitação dos seus familiares a como as pessoas iriam reagir ao ver eles em uma cena de afeto na rua.

Lorenzo sabia desde o momento em que viu o Rogério na balada que ele era diferente dos outros. Sua áurea transmitia liberdade, e isso dava um pouquinho de medo no malhado. Não medo dele, mas medo das outras pessoas.

Lorenzo ver o Rogério fazer uma gentileza ao segurar a porta para ele passar. Dando um sorriso, ele anda na direção da porta do banheiro e sai.

Quando ele sai, o safado que estava segurando a porta, dá um tapinha de leve no bumbum durinho do Lorenzo.

O cacheado vira o rosto, e olha para o Rogério, que estava dando um sorriso. - Você gosta de brincar, né? Te digo nada - o próprio dá um sorriso rápido.

Rogério rir rapidamente e fala - Desculpa, eu não resisti.

Lorenzo continua sorrindo, besta de ver a risada do barbudo. Depois que seu companheiro para de rir, ele fala. - Acabou? - Rogério assente com a cabeça. - Ótimo, vamos logo procurar a sua amiga. Aquela lá...

- Mirella - Rogério fala fechando a porta do banheiro.

- Sim. Ela mesmo - Lorenzo afirma.

- Quando você falou que era horrível com nomes, não sabia que era tão sério assim - Rogério da outra risada, e tenta pegar a mão do Lorenzo para andar de mãos dadas.

O malhado ver o que ele queria, e se afasta da mão do Rogério, que fica um pouco desconfortável.

Lorenzo sabia que se pensasse qualquer coisa agora o telepata iria saber, então decide falar de uma vez. - Vamos esperar um pouquinho antes de andar de mãos dadas? Eu conheci você recentemente, e seria mais interessante se a gente se conhecesse melhor antes. Você não acha? E já que você trabalha no mesmo local que eu, vamos poder nos conhecermos bastante nesse meio tempo.

Rogério escuta atentamente, e depois do Lorenzo terminar de falar, ele confirma com a cabeça. - Eu te entendo perfeitamente. Isso é bom, tanto para nem um de nós se machucar... Aliás, falando em se conhecer, tenho um convite para te fazer.

- Convite? - Lorenzo levanta um pouco sua sobrancelha, e olha com um semblante de curioso para o de barba.

- Um convite para ir a um passeio, no lago dos vaga-lumes, sabe? Aquele famoso que fica no centro de Brasília, aonde todos vão para passar o fim de semana - Rogério falava gesticulando as mãos, aparentando está nervoso.

- Ah sim! Sei onde fica, que dia seria isso?

- Amanhã. Já que vai ter bastante gente lá. Terá uma banda boa tocando, e a Roberta com o seu namorado também vão.

- Amanhã? Amanhã eu não vou poder ir, estarei com a Briana. É aniversário dela, e ela marcou para a gente ir para uma balada próximo à praia - Lorenzo explica. Ele não queria ir para o lago com o Rogério, e mesmo se quisesse não ia conseguir por conta da Briana.

- Ata. Briana... Aquela sua colega, né? - Rogério lembra da colega do cacheado.

- Correto, ela mesmo. Aquela serelepe vai ficar mais velha amanhã. Não posso faltar - Lorenzo sorrir.

- Ok, mas posso te pedir uma coisa - Rogério fala com um olhar penetrante, fixados nos olhos do Lorenzo.

Lorenzo ver o Rogério com esse olhar de novo e fica nervoso. Cruzando seus braços para dar a sensação de força e confiança, ele fala - O quê?

- Me convidar para ir com você na festa - ele dar um sorriso safado.

Lorenzo dá um sorriso, por estratégia. Ele não pensa nada para não sair nem um pensamento ruim da cabeça dele. Pois o sorriso dele foi de desconforto. - Eu posso fazer isso depois, vou ver se ela concorda, daí eu te dou um toque no celular.

- Perfeito! - ele parecia muito feliz com a resposta do malhado. - Vamos lá ver a Mirella. Ela já deve ter terminado de correr. - Rogério olha para a direção onde a Mirella estava.

- Vamos.

Andando um pouco afastados um do outro, o Lorenzo com Rogério observa três homens em cima da Mirella.

- O que é aquilo ali? - o Lorenzo pergunta, vendo estranho aquelas pessoas arrodeando a cacheada, que estava ainda na esteira rolante.

- Deve ser aqueles escrotos do banheiro - o de barba aumenta os passos.

Chegando mais perto, eles escutam um dos homens falando enquanto a Mirella andava na esteira rolante. - Você é muito bravinha, sabia? Quero ver você ser brava na minha cama - Ele se aproxima de Mirella.

- Sai seu nojento - Mirella desliga o aparelho e sai de cima, com firmeza ela vai andando para o lado oposto dos homens.

Mais os três continuavam a seguir ela, e falar palavras ofensivas. - Nojento não, gostoso. Olha só o meu corpo... Tenho certeza que você vai amar quando eu estiver em cima da sua cama - O mesmo homem fala, pensando que estava arrasando, mas o que estava fazendo era deixando a mulher com repulsa e ranço dele.

Enquanto a Mirella andava para se afastar deles, o babaca maromba chega mais perto dela e dar um tapa na bunda, e o abraça por trás.

A cacheada se assusta ao ver a ação inconsciente do mesmo, e fica irritada. Virando para trás, ela dá um empurrão no abusivo.

Ele é empurrado, mas não desiste. Com um sorriso no rosto, ele tenta abraçá-la novamente, mas dessa vez ele recebe um tapa na cara. - Se afasta de mim, seu canalha!

Colocando sua mão no local do tapa, sua aparência muda, de babaca feliz para babaca com raiva. Com sua testa franzida, ele pega um dos braços de Mirella com agressividade, e fala. - Você está doida? Sua vadia!

Os outros dois que estavam com ele só ficavam olhando o ódio que o seu amigo transmitia, enquanto o maromba apertava o braço da cacheada com força.

- Me solta! Está me machucando... - ela a tenta sair da agressão do assediador.

- Você me bateu, agora é minha vez de te bater... Direitos iguais. - ele levanta sua mão grande e grossa, para fazer o mesmo na Mirella.

Foi quando os seus amigos chegaram por trás do grupo. Rogério chega bem perto do covarde pegando na regata fina dele e puxando para trás com força, fazendo o homem saltar a Mirella e cair no chão, por está sendo puxado por um lado onde ele não tinha visão do que estava acontecendo.

Ao soltar a mão do braço de Mirella, se via o sinal da agressão. Estava vermelho. E mesmo vendo que ela não estava bem, os dois que estavam com o escroto vão ajudar o homem agressor a levantar.

Lorenzo vai para perto da Mirella, para ajudá-la. Estava com medo do que poderia acontecer daqui para frente.

- Ela disse para soltar. Você não escutou? - Rogério fala olhando o homem se levantar, com ajuda dos seus colegas.

Já de pé, o maromba que era mais forte do que os dois colegas de Mirella fala. - Quem você pensa que é, falando desse jeito comigo? Tá querendo apanhar também?

- Sou o namorado dela. Ela já é comprometida. E é melhor você sair daqui, não quero criar confusão - Rogério estava sério, e com um olhar de raiva.

- Não sabia que ela tinha namorado, essa safadinha não contou nada - ele dá um sorriso nojento para a moça, que olha ele com desdém.

- Pois ela tem. E peço respeito ao se dirigir a palavra a ela - Rogério fecha seus punhos, ele estava se controlando para não dá um socão na cara daquele babaca.

- Desculpa aí, irmão, mas é a verdade... E outra, não vou aceitar o que você fez comigo. Não é mesmo manos? - ele fala olhando para os dois que estava com o próprio. Os dois assente, em confirmação do que o maromba falou.

Lorenzo ver a tensão crescer, e resolve se intrometer na confusão. - Galera, tem um personal bem ali. Ele pode expulsar a gente daqui se rolar briga - todos olham para o local que o cacheado falou, e lá está o personal observando o grupinho onde eles estavam. - Ninguém quer ser expulso daqui, né? - Lorenzo finaliza a frase.

O cara olha novamente para Rogério - Não vai ser a primeira e nem a última vez que vou te ver por aqui. Boa sorte da próxima vez - Rogério o encara confrontando rapaz.

Após a ameaça, ele da a última encarada para Mirella, e se vira para retira daquele lugar, com os seus amigos,

Depois dele desaparecerem dali completamente, a Mirella fala. - Obrigado Rô e Lorenzo. Não sei o que seria sem vocês.

Lorenzo lembra agora do relato da sua amiga Briana. - De nada, não sei o que eles têm na cabeça. Minha amiga sempre dizia que ela era assediada constantemente quando era da academia, mas só agora que estou vendo com meus próprios olhos.

- Aqueles doentes não têm respeito com ninguém, deveriam estar presos - Rogério fala irritado.

- Concordo. Olha o que ele fez comigo... - ela mostra o seu braço, que estava com uma marcha enorme vermelha, da agressão. - O que eu vou falar para meus pais?

- Merda, Mirella! - o Rogério se assusta ao perceber aquilo. - Devemos falar com a coordenação desse local, eles devem tomar alguma providência contra isso. Não é possível isso acontecer e eles saírem impunes.

Lorenzo estava em choque, o braço dela não estava nada bom. Mas ver o Rogério ajudar a Mirella, viu que ele era uma pessoa boa, por está realmente preocupado. Olhando para o lado, o Lorenzo lembra onde é a coordenação da academia. - Gente a coordenação é ali.

- Vamos lá então.

A cacheada fica com medo e se sente culpada por toda aquela confusão. - Rô, é melhor deixar para lá. Não vai valer a pena - ela tampa o braço vermelho com sua outra mão.

Lembrete

(Se você for alvo de abuso sexual, seja homem ou mulher, mas principalmente as mulheres. Não se sinta culpada(o), abuso sexual é crime, e isso é coisa para se resolver com as autoridades, ligue 181 e denuncie. #Diganãoaoabuso #Diganãoassédio)

- Vale a pena sim. Isso foi uma agressão física, além de ter abuso sexual envolvido no meio. Precisamos tomar as providências. Não vou deixar ninguém fazer isso com você. - o de barba diz.

Mirella abre um sorriso genuíno, estava se sentindo acolhida naquele momento. - Ok então...

Lorenzo sorrir ao ver que iria acabar tudo bem, mas ao ver novamente a cacheada, com aquele sorriso, aquele olhar, e os gestos que fazia quando conversava com o Rogério, deu a entender que ela ainda gostava do barbudo. - Ótimo. Não poderei ir com vocês, preciso ir para casa - ele fala por impulso.

- Mas tão rápido assim? Está cedo, não? - Rogério pergunta desconfiado.

- Preciso ir para casa, vou me arrumar para ir para o apartamento de Briana - ele dá uma desculpa, mas era verdade. Estava montando uma surpresa para ela, com uma visitinha.

- Entendi. A gente se fala depois. E não esquece de perguntar a ela sobre aquilo - Rogério sorrir.

- Aquilo?

- A festa Lorenzo - ele dá uma risada curta.

- Meu deus, como eu sou lerdo - o cacheado bate de leve na sua testa, e depois fala. - Viu, irei contar sim. Tchau Mirella, espero que dê tudo certo no final.

- Obrigada! Até depois - ela dá um sorriso simpático.

- Tchau - o moreno dá um sorriso, e olha para o malhado, deixando ele intimidado.

- Lá vem ele de novo com esse olhar, senhor, preciso de forças! - ele pensa, e ver o Rogério rir. Envergonhado, ele fala - Tchau, já vou indo.

- Me chama no WhatsApp para a gente conversar depois - Rogério diz.

Lorenzo assente com a cabeça e sai com suas pernas desengonçadas, pensando um trilhões de coisa.

Saindo da academia, e se aquecendo, para voltar a sua casa, ele ver um carro cinza, era um Ônix com uma cor meio desbotada, e tinha um arranhão, bem perto do farol do carro.

O homem que estava dentro, parecia está observando o Lorenzo se aquecer. Só que não dava para ver, por conta do fumê preto na janela do carro.

Com um susto, o Lorenzo desvia o olhar daquele carro, e começa a correr em direção ao seu domicílio, correndo normalmente, como ele fazia toda a vez que voltava da academia para casa. Mas hoje ele sentia que aquele mesmo carro estava seguindo ele.

Virando a cabeça, ele ver o carro, e realmente estava atrás dele. - Merda, por que esse carro está me seguindo? - o cacheado aumenta a constância dos passos, ele começa a correr um pouco mais rápido, e o carro começa a acelerar também.

Ele fica em pânico, e então tenta ver se não era coincidência. Ali perto tinha uma virada onde dava na outra rua, naquele caminho era mais longo de chegar ao seu objetivo, e não era na rua principal, então se ele tivesse certo, o rapaz iria seguir ele entrando naquela rua.

Ele entra na rua ainda correndo, e espera um pouco para virar seu rosto, e de novo ver o mesmo carro lá atrás. - Meu Deus, eu vou ser sequestrado! - ele pensa

Eufórico, ele corre muito mais rápido, e sempre olhando para trás, em sinal de desespero. Só que o carro corria ainda mais rápido.

Até que... - Aí! - se ouve um grito.

Lorenzo se choca com uma pessoa.

- Meu Deus. Cadê meu óculos? - o moço tateava no chão, tentando achar seu acessório.

Lorenzo não estava preocupado com o rapaz, ele estava mais preocupado agora em saber onde estava o carro que o perseguia. Olhando a pista na sua frente, ele e ver o carro desaparecer.

Dando um suspiro de alívio, ele fala. - Desculpa, eu não te vi... - ao perceber quem é, ele dá um sorriso. - Ah, é você Gael? O que está fazendo aqui?

- Oi? Quem é você? - Gael continuava a procurar seu óculos.

Lorenzo pega o óculos e a bíblia, e entrega para seu amigo. - Perdão, eu estava um pouco distraído.

O Gael pega suas coisas, e depois de colocar seu óculos ele ver o Lorenzo. - Ah! É você Lorenzo... - ele sorrir.

- Sim, sou eu, você está bem?

- Estou sim. Não foi nada. Isso acontece - o de óculos fala passando a mão na camisa, para tirar a poeira do chão.

- Aliás, o que aconteceu? Você não está próximo do seu grupo... A passeata terminou?

- Não. Não acabou, eu passei mal. Aí eu fui comprar um remédio para minha cabeça. Está doendo demais. Deve ser porque eu não sou acostumado a andar no sol, me mandaram eu ir para casa, mas vim comprar logo o remédio. E Agora estou indo para casa - explica o Gael.

- Complicado. Quer que eu te acompanhe? Estou indo para a casa também - Lorenzo olha de um lado para o outro, na intenção de localizar o carro que estava o seguindo.

- Seria bom.

- Ótimo, vamos então - o cacheado se ajeita para começar a andar.

Eles vão andando devagar. A movimentação da rua estava baixa. E por está no fim de semana, aquele lugar ficava cheio de gente. Mas hoje o Lorenzo sabia o porquê estava vazio, era por conta da igreja. Feriado de nossa senhora Aparecida, por isso estava tendo passeata. Os bares hoje ficariam movimentados só a noite.

Eles andam, até chegar em uma virada, onde o carro que estava seguindo o Lorenzo estava esperando ele. O malhado observa o automóvel parado e continua andando, com o Gael ao seu lado.

Os dois passam pelo carro, e quando se distanciaram da virada, o Lorenzo percebe que o carro tinha dado partida para sair do local. Assim confirmando que ele seria sequestrado. - Ainda bem que o Gael apareceu nessa hora - o cacheado pensa e suspira aliviado.

- Lorenzo, eu tenho uma pergunta - Gael puxa assunto, enquanto os dois passavam por uma rua arborizada.

- Pode falar.

- Você tem curiosidade de visitar alguma igreja?

- Olha Gael, para falar a verdade não. Me desculpa falar assim na cara, mas tipo assim. Tem pessoas que não são como você, as pessoas vivem me desrespeitando por eu ser feiticeiro, imagina só um feiticeiro que é considerado um demônio entre vocês entra na igreja? - a fala de Lorenzo transmitia sinceridade, enquanto eles estavam na metade do caminho de volta para casa.

- Demônio? Não Lorenzo. Quem foi que te chamou de demônio? - questiona o Gael.

Lorenzo abaixa a cabeça e fala baixo. - Vai dizer que nunca ouviu alguém falar isso?

- Para falar a verdade, já ouvi sim. E eu acho um absurdo, essas pessoas não sabem o que falam

Religiosos desde a idade média, sofriam bastante perseguição por conta de sua religião. Milhares de religiosos já morreram por conta disso, assim como os feiticeiros também, mas a religião foi mais normalizada do que os feiticeiros. Os religiosos ainda sofrem perseguições na sociedade, mas são pouco comparadas com as dos feiticeiros, e por conta disso, muitos religiosos acabam descontando toda sua fúria nos feiticeiros, já que eles são grupos rivais por séculos. E o que fazia os religiosos não gostarem nada dos feiticeiros, eram os feiticeiros do mal, que usava seu poder para matar, roubar ou passar por cima do outro. Isso estava passando constantemente nas notícias da televisão.

- Eles vivem me chamando de demônio na rua, e o pior é que moro perto da igreja. Já não basta minha cor? - Lorenzo levanta a cabeça, e encara o Gael.

- Eu sei como é. Eu também tive muita perseguição por ser religioso, mas eu acho que não é igual a que você passa - Gael fala entrando na rua em que os dois moravam.

- Isso é horrível. Eu sofri a minha vida toda por conta disso. Eu acho que você nunca sofreu isso, você é perfeito. O padrão da sociedade; branco, cabelo liso, olhos verdes... Enquanto eu sou o destratado. Eu sei que hoje está melhor do que antes, mas isso dói muito em mim, eu lembro até hoje na escola quando me chamaram de macaco - Lorenzo fica bravo ao lembrar do dia que ele foi expulso.

- Eu lembro, estudava lá. Era da sua sala, ainda bem que não estava naquele dia... Mais assim... Não liga para essas pessoas, você não é e nunca vai ser um demônio, você é uma pessoa boa, uma das melhores pessoas que já conheci - Gael consola seu amigo. Nessa hora eles passam em frente da igreja.

O Lorenzo observa a igreja, tinha muita pessoa com terno e bíblias nas mãos pregando o evangelho na rua. Eles pareciam felizes fazendo o que eles acreditavam. - Obrigado. Eu queria mais pessoas que nem você nesse mundo Gael, tem cada situação que acontece, que parece que a gente nem é ser humano mais - ele relembra do caso da academia, e se perguntava como a Mirella estava agora, enquanto atravessava a rua.

- Pois bem, o fim do mundo está próximo... Lorenzo, quer ir comigo visitar a igreja? Eu estarei com você o tempo todo - convida o Gael, estava com um sorriso acolhedor no rosto.

- Posso tentar. Que dia mais ou menos você vai? - pergunta o Lorenzo.

- Amanhã a noite - o Gael fala já chegando perto do seu portão.

- Vixi... Não vou poder ir, estarei com Briana. Ela vai fazer aniversário amanhã.

- Que pena, então deixa para a próxima?

- Sim. Mas só se for com você - Lorenzo dá um sorriso.

- Claro. Pode me avisar que eu te levo. E obrigado por vim comigo, tchau! - o de óculos se despede

- Tchau Gael. E que sua dor de cabeça melhore logo - Lorenzo fala, se distanciando do portão de Gael e indo para ou outro lado da pista, a onde a casa dele era.

- Obrigado - ele agradece e fecha o portão

- De Nada

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Ao abrir a porta e entrar em casa, o Lorenzo desconfia, pois não ver ninguém ali gritando para saber quem chegou. Com calma, ele decide ir até a sala de estar. Para ver se o Jordan estava lá.

Chegando na sala de estar, lá estava seu pai, assistindo televisão. - Oi pai. Tudo bem? Como você está?

- Estou bem, foi a academia? - ele ainda estava concentrado na televisão, que estava falando sobre futebol. Ele amava futebol.

- Sim. Eu ia com você, mas minha mãe disse que você estava cansado por conta da reunião de ontem

- Estava Realmente cansado, está acontecendo várias coisas lá no plenário. Mas não vamos falar isso agora, já almoçou? - o Jordan parecia esta um pouco triste.

- Não. Eu vou almoçar agora - o cacheado fala, olhando os repórteres gritando gol na televisão.

- Sua mãe deixou a comida na geladeira, o restante da lasanha - Jordan avisa.

- Obrigado por me dizer. E você, já almoçou? - Lorenzo estava preocupado com o Jordan, pois ele não era assim. Não costumava a ficar sentado no dia de sábado, ele gostava de se movimentar.

- Já - seu pai olha agora para o Lorenzo, e continua - E sua mãe falou que você desobedeceu ela, era para você ficar em casa, sabe que não está bom esses dias para os bruxos grandes? Você viu na televisão? -, em um tom rigoroso

- Agora sim ele está voltando ao normal - Lorenzo pensa - Eu sei, mas eu estou aqui agora. Bom... Vou ter que sair a tarde para ir à casa de Briana, é aniversário dela.

- Sério? Que bom! Briana é legal, eu gosto bastante da sua amiga. - o Jordan dá uma pausa para pensar no que iria falar depois.

- Eu sei disso, você sempre fala isso. Vou ali comer agora. - Lorenzo se vira para ir à cozinha.

- Espera! - o cacheado para e volta para ver o que seu pai queria. - Quer que eu te leve de carro até lá, só por segurança?

- Claro. Seria mais seguro mesmo - Lorenzo sorrir, mas lembra dele fugindo do suposto carro que o perseguia.

- Que horas você vai?

- Umas três horas, por aí. - o malhado demostrava incerteza. - Irei para dormir, só voltarei amanhã.

- Ok. Tenha muito cuidado, viu? - o careca não questionava o fato do Lorenzo sair para dormir na casa de outra pessoa, ele já era adulto, tinha que fazer as próprias escolhas dele, mas a Valéria era diferente, sempre o questionava, porque gostava bastante dele.

- Obrigado pai - Jordan nada fala, ele só vira seu rosto para a direção da televisão.

Lorenzo ver a reação dele, e não fala mais nada, somente sai de lá e vai para a cozinha.

Ele pega o seu almoço e esquenta. - acho que vou levar um pedaço de lasanha para Briana - Lorenzo pensa. A lasanha da Valéria estava ótima. Ele coloca em uma vasilha para por na mochila.

Depois comer, ele sobe em seu quarto para arrumar sua mochila. Logo após arruma suas coisas, o mesmo ajuda o Jordan nas tarefas de casa.

(++_++)

Quando terminou de fazer tudo o que ele devia fazer, Lorenzo desce para ver as horas na televisão, que ainda estava ligada.

Descendo e indo para sala de estar, ele se senta em um sofá dali, e olha a hora na TV.

Na televisão:
Primeira apresentadora: - Agora é 14:30 da tarde, horário de Brasília. E vamos para um caso que está aterrorizando a vida da população. Três pessoas estão sequestrando bruxos grandes em Brasília.

Segundo apresentador: - Nesse momento, já foram 4 bruxos grandes nesse mês, 3 corpos desses bruxos grandes apareceram na cidade aleatoriamente com o seu coração arrancado. Polícias suspeitam de o assassino ser um serial killer, que usa um Ônix para sequestrar as vítimas. O Ônix nas câmeras de segurança não tem placa, e as polícias estão a procura desses criminosos até hoje, vamos ver a reportagem juntos.

Reportagem passando
Repórter: - Vejam agora a câmera de segurança que flagrou o exato momento do sequestro da quarta vítima, chamada Mayara da Silva, ela tem 24 anos e é uma bruxa grande do vendo.

Nas imagens, aparece o mesmo Ônix que o Lorenzo viu perseguindo ele há pouco tempo, com o arranhão no mesmo lugar.

- Meu Deus! Eram eles. O que eu vou fazer agora? Eu não quero morrer com um coração arrancado. - Lorenzo pensa desesperado, estava aterrorizado.

Olhando novamente para a televisão, ele ver a menina tentando voar para longe do carro, só que um deles também sabe voar, e acaba prendendo uma algema na perna da mulher. Certamente a algema era ante isolante de poder. Assim ela caiu feito uma jaca madura no chão.

Depois da tentativa falha de escapar, outro sequestrador ajuda pegar ela, e a coloca dentro do carro.

Repórter: - Como vocês podem ver, são um grupo de criminosos que estão usando máscara cobrindo todo seu rosto. Acreditamos que todos são feiticeiros, abram os olhos, eles estão na cidade a solta a procura de mais vítimas como a Mayara da Silva.

Depois da repórter falar, o Lorenzo levanta do sofá, mas não consegue ficar de pé, então senta novamente. Em um momento de agonia, ele começa a perder o ar, ao saber que hoje seria o último dia de vida dele.

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