Capítulo 1 - O homem da balada
Sentado na mesa e observando a pista de dança da balada, o Lorenzo esperava a sua colega chegar, com as duas caipirinhas de limão.
— Era lá naquela pista de dança que conheci ele, maldito! Por que ele não sai da minha mente? — Lorenzo relembrava o seu ex que tinha terminado com ele por ligação faz quatro dias.
O cacheado não tinha superado ainda, fazia três anos que eles estavam juntos, e por um vacilo do Lorenzo ele acabou com a relação. Ele não usava muito os seus poderes, mas o que aconteceu com os dois não teve perdão.
Lorenzo usou seus poderes sem a permissão e a conscientização dele. Ele era um bruxo grande, e o seu dom era da hipnose. Fazia todos obedecer o que ele queria.
Hoje ele estava na balada, por conta da sua amiga, que não aguentava mais ouvir suas lamentações. Com sua calça jeans preta, cinto, sapato branco, camisa roxa e outra camisa social desabotoada por cima, o Lorenzo tentava de todas as formas se sentir bem.
Refletindo tudo o que tinha acontecido com ele esses dias, Lorenzo abaixa a cabeça e olha para o copo de cerveja que estava na mesa. Era só o que ele tinha agora, bebidas alcoólicas para tentar esquecer aquele amor.
Mas tudo que o álcool fazia era lembrar dele mais ainda. Pegando o copo de cerveja na mão, e olhando o líquido amarelo dentro, ele sussurra. — Maldito!
O som estava muito alto, que mesmo se ele gritasse não daria para escutar. Olhando a onde ele estava naquele momento, e vendo que ninguém estava ligando para ele. O cacheado grita mais uma vez. — Merda! Não sei o porquê eu aceitei vim aqui com a Briana, esse maldito macho não sai da minha cabeça! — ao gritar, Lorenzo sente um alívio, e se recompõe com um gole de cerveja.
Ao terminar de beber e por o seu copo na mesa, uma mão feminina toca em seu ombro.
Lorenzo não entendia porquê as mulheres pensavam que ele era hétero, sempre pensava que estava na cara que ele era gay. Mas o que ocultava isso era a sua estrutura física e a sua voz grossa e aguda.
Isso dificultava os homens de chegar nele, pois tinham medo dele ser hétero, e isso era um problema para o cacheado. Sempre quando tinha oportunidade se vestia com cores chamativas e fazia penteados no seu cabelo, para equilibrar esse empasse.
— Cuidado para não ficar bebo antes da hora — A mulher fala com a sua mão esquerda apoiada no ombro do cacheado.
Com um movimento brusco, ele sacode os ombros e vira rapidamente para saber quem era. Ao se virar e olhar para a pessoa, ele ver a Briana, com duas taças com caipirinha na mão direita. — Tá assustado? Calma, sou eu! — ela coloca as duas caipirinhas sobre a mesa que eles estavam.
— Por que demorou tanto? Me deixou sozinho esse tempão aqui.
Briana era uma colega de trabalho do rapaz. Eles trabalhavam no palácio do plenário como administrativos. Diferentemente do Lorenzo, a moça teve que lutar para está no lugar a onde ela está hoje.
Já o Lorenzo tinha o seu pai, que já trabalhava lá como assistente do presidente, e o mesmo encaixou seu filho no trabalho.
A sua amiga estava linda, a onde ela passava todos paravam para olhar. Ela estava com um vestido tomara que caia preto, batom vermelho e salto alto.
Sabendo do seu charme, Briana gostava de flertar com as pessoas, dificilmente ela receberia um não. Tinha muitos homens bonitos ali hoje, mas ela não podia recair a isso, pois se comprometeu ajudar seu amigo a superar esse momento tão difícil. — Lorenzo! Pare de ser dramático. Você não está sozinho, olha o tanto de gente ao seu redor... Tem muita gente aqui! — ela senta ao lado dele e repara que ele estava com um semblante triste.
— Amigo, ele não te merece, para com isso. A gente veio aqui para esquecer ele, não lembra? — Briana pega a taça com caipirinha e entrega na mão do Lorenzo e fala. — Anda, bebe aí! Você vai gostar! Limão, do jeitinho que você pediu.
Lorenzo pega e toma um gole grande, deixando o líquido na metade da taça. — Isso aí! Agora vamos curtir! — Briana olha para a pista de dança, estava tocando nave espacial, olhando para o Lorenzo ela fala. - Vem, vamos dançar — ela levanta, pega o cacheado pelas suas mãos, e tenta suspendê-lo.
Ele rir vendo o esforço da sua amiga tentando levantá-lo. Após isso, ele se levanta. Briana estava ainda segurando a mão do malhado, e o guia para a pista de dança. — Maldita pista de dança — ele pensava.
Os dois Dançam e se distraem com o som da batida, estava tão alto o som que batia feito um soco na mente dos dois.
Mas mesmo dançando bem colado com a Briana, o malhado ainda estava pensando no seu ex. — Droga, não sei porque vim para essa balada, isso não vai fazer eu superar ele nunca nessa vida — Depois de alguns minutos, ele percebe que alguém estava observando ele. Olhando para o lado, Lorenzo ver um rapaz sentado em um sofá preto, que tinha na balada.
Ele era moreno, e estava usando um short jeans, camisa polo preta e um tênis. A onde o Lorenzo ia, os olhos daquele moço iam junto.
Foi aí que Briana percebe também, e vai na direção da orelha do seu amigo — Ei, acho que aquele cara ali está a fim de você -, e aponta.
— Abaixa a mão — ele fala para Briana nervoso, enquanto ela abaixava. — Eu vi também. Já tem uma cota que ele tá olhando para mim. O que será que ele quer?
— Ele está a fim de você, né! Vai até ele, ver o que ele quer! — Briana incentiva o seu amigo.
— Não. Eu não quero. Talvez seja só impressão da gente.
— Ah, para de besteira e vá logo! — ela pega o braço de Lorenzo e empurra para a direção do homem.
Lorenzo olha para ela atrás dele, que continua empurrando o malhado. — Calma Briana, eu vou! — a moça dá um sorriso genuíno, falando algo que ele não escutou, por conta da música.
Ele dá um sinal de positivo e vai andando na direção do rapaz. Na metade do caminho, Lorenzo olha para trás novamente e ver ela acenando com a mão para ele ir. Ele suspira fundo e continua andando.
Se aproximando, Lorenzo vê o rosto do homem. — Que cara bonito! Olha que olhos lindos ele tem, parecem que estão brilhando no escuro, e olha essa boca! Rosinha, gente! E esse bigode com sua barba sensual! Aí, senhor, me dê forças. - ele pensava.
O moço estava desviando o olhar para não ver o Lorenzo, e, ao mesmo tempo, disfarçando para olhar o malhado se aproximando. Lorenzo percebe que ele estava inquieto.
Quando o Lorenzo chega perto dele, ele se ajeita no sofá. — Oi, tudo bem? — o cacheado pergunta para ele.
— Olá. Estou bem, e você? — ele pergunta pegando um copo de refrigerante.
Meio sem jeito, o Lorenzo responde observando ele com o copo de refrigerante na mão. — Eu estou bem — após falar ele pensa. — Será que ele não está bebendo? Talvez eu esteja incomodando.
O moço dá um sorriso de canto de boca com o silêncio que rolou, e para quebrar o gelo ele olha fixamente para o Lorenzo e diz. — Eu vi você dançando na pista de dança. Você dança muito bem, sabia? — ele finaliza dando um sorriso meigo para o cacheado.
Lorenzo retribui o sorriso. Ele fica muito contente de receber um elogio daquele moço, então se ajeitando na frente dele ele fala. — Eu percebi. Você não tirava os olhos de mim.
O moço sorrir e toma um gole de refrigerante.
Lorenzo olha ele terminar de tomar o gole de refrigerante e pergunta meio sem jeito. — Eu posso sentar aqui ou está esperando alguém?
O Sofá onde o moço estava na balada
— Estou a espera de alguns amigos... Mas pode sentar aqui. Seria um prazer dividir essa mesa com uma pessoa tão linda quanto você.
Lorenzo fica envergonhado. O cara sabia mesmo flertar. — Obrigado. Você também é muito bonito por sinal — Lorenzo fala se sentando ao lado dele.
— Quer um pouco de refrigerante?
— Claro — O cacheado pega um copo vazio que estava em cima da mesa do moço, e ergue a mão, para que o mesmo derrame o líquido dentro.
Depois de se servi, Lorenzo vira seu olhar para a pista de dança, a procura da Briana. Ao encontrar com os seus olhos, ele ver a safada se pegando com um homem qualquer da balada. — Gente... Briana não perde tempo em! — pensa.
O moço segue o olhar onde o Lorenzo estava observando e ver a mesma cena que o cacheado, com uma voz sutil ele fala. — Sua amiga é ligeira.
Lorenzo olha para o moço surpreso com o que ele acabou de falar, com um sorriso no rosto ele fala. – Sim, ela é muito serelepe. Aliás, como eu devo te chamar?
— Rogério, e você? — ele pergunta com um olhar intimidador para cima do Lorenzo, que fica tenso.
— Meu nome é Lorenzo – o malhado tenta não demostrar que estava nervoso.
— Seus olhos são lindos Lorenzo — elogiando, ele dá um sorriso safado e vai se aproximando do cacheado.
Envergonhado, com suas bochechas queimando, o Lorenzo põe a mão na boca para tapar o seu sorriso que saiu automaticamente. Ele estava gostando da companhia do Rogério, e com aquelas palavras que saía da sua boca o deixava mais atraído no tal.
Tirando a mão da boca, o malhado agradece o elogio. – Obrigado!
Se aproximando mais ainda do Lorenzo, o atacante fala. – São lentes ou é de verdade?
— São de verdade, eu sou um bruxo grande. — Lorenzo revela, e ver o Rogério se espantar com a notícia. O moreno para de se aproximar, deixando os dois com menos de um palmo de distância.
— Olha que coincidência, eu também tenho poderes. Não sou um bruxo grande, mas sou um feiticeiro — sorrir.
O cacheado arregala os olhos, não estava esperando essa informação. — Interessante, qual o seu dom?
O Rogério nada diz, ele somente sorrir, esbanjando seus dentes lindos para o Lorenzo, que automaticamente pensa. — Que sorriso lindo ele tem. Os dentes dele são perfeitos, como pode isso?
— Meu dom é de ler pensamentos. E obrigado, eu sempre vou ao dentista cuidar dos meus dentes.
Lorenzo é pego de surpresa. Trêmulo ele fala — Uau —, com um sorriso amarelo o malhado continua em pensamento. — Sério que o dom dele é esse? Que vergonha. Eu pensei tantas coisas erradas sobre ele! Até da barba dele! Aí merda, eu preciso sair daqui o mais rápido possível.
Rogério ri alto e pega na mão do Lorenzo que estava apoiada no sofá, e com um olhar penetrante ele fala olhando fixamente nos olhos do desesperado. – Lorenzo. Calma, eu não vou te morder... Só se você pedir, é claro.
Finalizando a frase, o Rogério da mais uma risada fofa e se aproxima mais do Lorenzo, deixando eles colados. Lorenzo fica mais calmo ao saber que ele estava gostando, então rir também.
— Se quiser pode tocar na minha barba — o safado fala com uma voz melosa.
Lorenzo sente uma leve excitação e nervosismo. – Sério, eu posso tocar mesmo?
Nessa hora o Rogério já estava se inclinando para chegar seu rosto um pouco mais perto no do pretinho.
Lorenzo sente seus lábios abrirem automaticamente vendo o rosto do moreno de perto. Eles ficavam ainda mais excitados e com muito calor nesse momento
Indo em direção ao pescoço do cacheado, o de barba encosta seu nariz na pele do Lorenzo e respira suavemente. Fazendo o malhado sentir cócegas.
Com muita calma, o Rogério vai subindo arranhando sua barba entre o pescoço e as bochechas do Lorenzo, deixando ele no estado de êxtase.
Completamente relaxado, o Lorenzo inclina sua cabeça um pouco para cima e revira seus olhos, possuídos por desejos diversos. Ele estava gostando de sentir aquela barba magnífica arranhando sua pele negra.
Subindo mais um pouco sua cabeça, Rogério chega seus lábios rosa próximo da orelha do cacheado, sussurrando o barbudo fala. — Claro que pode pegar na minha barba, o quê é que você está esperando?
Lorenzo treme ao ouvir essas palavras, enquanto os lábios do Rogério estava tocando sua orelha redonda. Com sutileza ele vira seu rosto lentamente para o safado.
Como o rosto do Rogério estava de lado para o do Lorenzo, o nariz do malhado garra ao lado da mandíbula do moreno. Aproveitando a oportunidade, o mesmo cheira, e sente um aroma suave de lavanda.
Centralizando seus rostos, eles finalmente ficam um de frente para o outro. Ao se olharem, a intensidade dos sentimentos ficam mais forte. Os lábios de Rogério estavam chamando os do Lorenzo constantemente.
Fechando seus olhos, o Lorenzo tenta aproximar seus lábios no do dele. Mas rapidamente o Rogério se afasta, deixando o Lorenzo com os lábios comprimidos no ar.
Lorenzo não ver nada acontecer e abre seus olhos desconfiados. Ao abrir, ele ver o Rogério afastando do seu corpo. Após segundos sem intender nada, o cacheado fica constrangido.
Rogério com muita vergonha fala tentando desviar o olhar do Lorenzo. — Não posso fazer isso.
Lorenzo fica surpreso, estava sem reação nem uma. Com um semblante de preocupado, ele fala. — Como assim? Você tem namorado?
— Não é isso... Eu não tenho namorado... — de repente três pessoas aparece próximo dos dois, duas mulheres e um homem. Rogério se afasta mais do Lorenzo e mantém postura.
O rapaz, com roupas de marcas caras, estava com o seu braço direito entre os ombros de uma das mulheres, enquanto a outra vai em cima do Rogério e senta rapidamente em seu colo, deixando o próprio constrangido com a situação.
— Rogério! Até que enfim te encontrei, já estava preocupado! — o homem fala, tirando o braço em cima dos ombros da sua companheira.
— Verdade, meu amor. Eu já estava contando os minutos para a gente se ver de novo. Estava com saudade da sua boca gostosa – a mulher que estava no colo do Rogério fala, pegando na bochecha dele.
Lorenzo fica imóvel, sem reação ou pensamentos no momento.
O homem se aproxima da mesa e fala. — Rogério. Não vai apresentar o seu amigo?
Rogério olha para o Lorenzo. — Esse é o Lorenzo. Eu conheci ele hoje na balada.
— Oi, tudo bem? — o cacheado fala com um tom de frustração.
— Tudo sim. Cuidado com Rogério, ele vai te levar para um mal caminho. Espera a namorada dele saber disso — o rapaz dá uma risada demorada.
Rogério ri sem graça e olha para Lorenzo, que não estava gostando nada disso.
Lorenzo dá um sorriso amarelo e pensa propositalmente olhando para cara do barbudo que já tinha parado de rir, e agora estava sorrindo. — Por que você fez isso comigo? Por que não falou que tinha namorada?
Rapidamente o sorriso do Rogério sai do seu rosto, então decide virar seu rosto para o lado da mulher que estava sentada no colo dele. Tudo para não ver o rosto do pretinho irritado.
Após ver a atitude do Rogério, ele decide sair logo de lá. — Acho que tenho que ir. Vou procurar minha amiga que ficou aqui na balada sozinha.
— Por quê? Fica mais um pouco docinho – a moça que estava no colo de Rogério fala, pela cara dava para ver que estava bêbada.
Saindo do colo do Rogério, Mirella vai rapidamente engatinhando no sofá luxuoso até chegar próximo do malhado, ao chegar, ela pula rapidamente em cima dele.
Lorenzo se assusta ao perceber que ela já estava em cima dele, para uma bêbada ela era muito rápida.
Desengonçado, o Lorenzo tenta sair daquela situação. O rosto dela estava próximo ao dele, e dava para sentir o bafo de vodca bater em seu nariz.
Ela pega no pescoço do malhado rapidamente, e quando vai encostar seu rosto no do dele, Lorenzo põe a mão no rosto dela. Mas ela não se incomoda, estava completamente fora de si.
— Moça, por favor. Pare! — Lorenzo toma controle da situação, tirando a moça em cima dele, ele levanta devagar do local onde estava sentado. Pelo olhar, dava para ver que o malhado estava bastante irritado. Com fúria, ele olha para o Rogério, que tinha feito absolutamente nada para ela parar.
— O que foi? Eu fiz alguma coisa de errado — ela diz sentada no sofá, ajeitando sua roupa.
— Não. É que eu não gosto de mulheres... Eu sou gay — Lorenzo fala, e olha para o Rogério com desprezo. O de barba foge do olhar, e tenta disfarçar.
O casal que estava a espera do Rogério fica surpreso, e com olhares de julgamento eles olham para os dois.
A mulher bêbada, que estava sentada, decide levantar, para ficar de frente com o Lorenzo. Abalada com a situação, ela fala. — Vixi, eu não sabia. Mil perdões. É que você não parece ser gay, você me entende? — ela se aproxima novamente para se desculpar.
— De boa, eu já estou acostumado.
Quando ela estava bem próximo do Lorenzo para dar um abraço de desculpas, ela tropeça e cai no chão ao lado dele. Lorenzo, Rogério e o casal foram ajudar ela a ficar de pé novamente.
O moço segura ela de um lado e o Lorenzo do outro, enquanto a amiga dela ficava ao redor com o Rogério.
— Mirella, você está muito mal. É Melhor a gente ir logo para casa — a colega dela fala.
— Eu pensava que sua amiga aguentava beber. Ela só bebeu um pouco e já está embriagada – O homem fala segurando o braço direito da Mirella em seus ombros.
— Mas você achou o quê? Ela só tem dezenove anos — ela explica para seu namorado.
Lorenzo então coloca o braço esquerdo da jovem no ombro do Rogério, que estava super preocupado com ela.
Depois de apoiar o braço da garota, o Lorenzo se despede. — Tchau gente. Eu tenho que ir. E Boa sorte com ela — ao se virar e andar ao lado contrário deles, Lorenzo escuta um som de vômito. Só podia ser a Mirella que estava embriagada. Ao se virar ele ver a nojeira que ela fez no chão. — Tadinha dela, tomara que fique bem — pensa.
Saindo e indo em direção à pista de dança, o Lorenzo procura a Briana, mas não encontra ela. O cacheado tenta ligar, só que caía na caixa postal. – A onde aquela doida está?
A caipirinha já estava fazendo efeito, e sem paciência ele resolve ir logo para casa. Com seu celular ele pede um Uber para buscar ele.
O coitado não estava mais aguentando ficar em pé naquele lugar, e a música estava deixando ele com dor de cabeça. Assim ele decide ir para fora da balada.
Saindo da balada, ele decide sentar no chão da garagem ali perto para descansar e esperar o Uber, mas o que ele não esperava era o grupo do barbudo passar justamente a onde ele estava.
Lorenzo tenta tampar o rosto para eles não verem quem era que estava sentado no chão, mas não dava para esconder, seu cabelo grande e roxo sinalizava que era ele.
Rogério passa segurando Mirella bêbada com o amigo dela, e a mulher atrás acompanhando os três.
— Rogério, não é seu amigo ali?! — o rapaz fala um pouco alto, e o Lorenzo escuta.
— Ah droga! Eles vão parar aqui — sussurra o cacheado.
— É sim, vou ali conversar com ele. Pega ela aqui — Rogério apoia o braço de Mirella no ombro da amiga dela.
Chegando próximo do Lorenzo ele fala. — Oi Lorenzo?
— Oi – Lorenzo responde enquanto pensava. – Impressionante, ele ainda sabe o meu nome a essa altura.
— Eu sou bom em memorizar nomes.
— Droga! Esqueci que você pode ler pensamentos – fala chateado.
Rogério dá uma risada fofa e pergunta. – Cadê a sua amiga?
— Eu não sei. Ela desapareceu na balada. Estou aqui a espera do Uber.
— Humm... Eu posso te dar uma carona. a onde você mora mais ou menos?
— Por que você está sendo tão gentil comigo? – Lorenzo fala olhando fixamente para o Rogério.
— Só queria te recompensar de alguma forma por hoje, não foi minha intenção fazer isso com você — ele fala dando a mão para o Lorenzo levantar do chão.
— Acho que não vou, é melhor eu esperar meu Uber — o cacheado vira a cabeça em reprovação.
O homem que estava segurando a jovem perto do carro grita. — EI, VOCÊS VÃO FICAR AÍ OU VÃO EMBORA!?
— Vamos Lorenzo... É melhor do que pagar uma fortuna no Uber — ele fala com a mão erguida ainda na direção do Lorenzo.
— Tá, eu vou, mas não por conta do dinheiro do Uber. Só vou para você levar a menina bêbada logo para a casa, olha como ela está. – eles viram a cabeça para o lado do carro e ver a cacheada. Ela já estava dormindo em pé.
— Tá bom então – Rogério sorri e puxa Lorenzo do chão.
Chegando no carro, o Rogério abre o automóvel e vai ao banco da frente, no volante. Lorenzo, Mirella e a amiga da Mirella vão atrás, e na frente foi o amigo dele.
Ligando o carro para dar a partida, Rogério coloca uma música baixa, a música era de Mars Bruno (When I was your man)
Ao tocar a música, Lorenzo relembra do seu ex-namorado. — Logo essa música! Como eu vou superar ele, se tudo que eu faço eu lembro dele? — ele pensa.
Rapidamente o Rogério percebe que a música não era adequada para o momento e muda, ele põe uma eletrônica da Medusa (Lose control)
Depois de pôr a música, ele olha para o Lorenzo pelo espelho dentro do carro e sorrir, o malhado ver, mas vira seu rosto para o lado tentando não demostrar sentimentos.
Rogério para de olhar para o Lorenzo pelo espelho e fala. — Ótimo! Estão todos com o cinto de segurança? — todos se lembram do cinto e a colocam, enquanto o de barba dava a partida para segui viagem.
Para evitar acidentes, não bebam e dirijam. Dica: Liguem para o Uber, ou mande algum amigo sóbrio te levar até em casa. E sempre que entrar em algum carro, use cinto de segurança, esse Sr.Segurança salvam vidas.
Saindo da balada
Lorenzo estava no carro de um estranho que tinha acabado de conhecer na balada, e tudo por conta da Briana que deu um chá de sumiço.
O malhado passou o tempo todo sem falar nada, só escutando as músicas eletrônicas e as conversas diagonais das pessoas que estavam no carro.
Depois de alguns minutos, eles chegam na casa da Mirella. O casal tira ela do carro e leva ela para a casa dela.
E dentro do carro o Rogério olha novamente para o Lorenzo pelo espelho do carro e fala. Ei! Você não me respondeu a onde você mora.
— Opa. Desculpa, estava distraído. Eu moro na ponta do papagaio.
— Longe em? Vai me dever uma — ele fala com uma cara de safado.
— Até parece que a gente vai se ver de novo — o cacheado ri.
— Anota meu número aí — Rogério intimida Lorenzo.
— Meu celular descarregou — mente.
— Sem problemas, eu coloco seu número no meu.
— Não sei o meu número de cor.
— Eu anoto o meu número no papel — o insistente pega uma caneta e um papel, que estava perto dele. Após anotar seu número, ele entrega para o Lorenzo.
Lorenzo pega o papel e guardando no bolso, e desconfiado ele pergunta — Por que quer tanto me ver de novo?
— Eu gostei de você Lorenzo.
Lorenzo sorrir e vira o rosto, foi quando ver a Mirella sendo levada por uma pessoa mais velha. — Que bom que ela chegou bem em casa.
— Sim. Agora só falta três pessoas. Graças a mim vocês têm motorista, eu não bebi quase nada hoje.
— Que bom, né? Pensei que você não bebia.
— Eu bebo pouco. Tenho medo do que eu posso fazer. Por isso gosto mais de refrigerante. — Depois da fala questionável do Rogério, o casal entra novamente no carro e os dois param de se falar. Rogério da partida no carro e vai para o destino do Lorenzo.
Chegando na casa dele, o cacheado sai do carro e fala — Obrigado por me trazerem aqui! Tchau pessoal —, e todos se despedem do malhado.
— Tchau, e depois me chame no Zap. Não se esqueça — o barbudo fala.
— Ok — ele sai do carro.
Vendo o carro sumir pela pista, ele entra em casa e ver a sua mãe esperando-o.
A Valéria era feiticeira da cura, e trabalhava em um hospital no bairro próximo onde eles moravam. — Eu estava preocupada com você, demorou demais. E não respondeu as minhas mensagens.
Na hora das mensagens o Lorenzo estava no carro do Rogério, e não pôde responder, para o Rogério não descobrir que ele estava mentindo. — Desculpa mãe, eu estou muito cansado agora. Vou subir para tomar banho e dormir, ok?
— Tá, mas amanhã eu quero conversar com você, é algo sério — a expressão facial dela era de preocupação.
— Sem falta, eu vou conversar com você — ela assente com a cabeça e o Lorenzo sobe para tomar banho.
O pai do malhado estava dormindo a essa hora, pois a porta do quarto dele estava fechada.
O seu pai tinha o poder da sabedoria, o mesmo poder que a antiga feiticeira Hipácia tinha. Esse poder foi adotado na república para melhorar as condições dos habitantes de cada país. Tinha vários feiticeiros com poderes da sabedoria trabalhando no plenário.
Os feiticeiros mesmo tento muita força na república, eram impedidos de se candidatar a presidência, que os feiticeiros lutavam para mudar isso. Quem estava no comando do país era um humano chamado David. Ele comandava muito bem, mas os feiticeiros queriam mudanças nas leis, principalmente essa.
Entrando no banheiro, e ensaboando o corpo, Lorenzo relembra o rosto do Rogério, com seu charme, sua ousadia e persistência. Além de ser muito gostoso. Mas em um piscar de olhos ele acaba recaindo aos pensamentos dele com o ex.
Com um grito baixo ele fala. — Merda! — ligando a transmissão do chuveiro, o malhado deixa o tempo passar, acalmando ao sentir as gotas mornas da água escorregando sobre seu corpo nu.
Ao sair do chuveiro e ir para seu quarto, Lorenzo estava ainda sobre efeito de álcool. Por impulso, decide adicionar o Rogério em seu celular.
Vestindo um pijama para dormir e botando uma touca de cetim, ele pega seu celular e adiciona o número. Lorenzo olha a foto de perfil do Rogério e se depara com um sorriso lindo que ele tinha. Tomando coragem, ele chama o de barba.
Na conversa, o Lorenzo percebe que o Rogério estava realmente a fim dele. Isso deixava ele com medo, não queria se iludir com o homem que conheceu naquela noite. E pelo visto ele deveria ter namorada. Para não prolongar a conversa, o cacheado decide finalizar o diálogo para ir dormir.
Lorenzo dormia às 21:00 da noite, e nesse momento já tinha passado a hora dele dormir. Quando colocou sua cabeça no travesseiro, capotou imediatamente..
— Lorenzo. Acorda! — Jordan grita batendo na porta do quarto de Lorenzo. Já eram 6:00 horas da manhã, eles já estavam atrasados.
Lorenzo levanta em um pulo assustado, enquanto o pai continuava gritando. — Se arrume logo! Vou está te esperando no carro.
— Ok, pai! — o cacheado vai se arrumar. Coloca uma camisa branca, terno azul, calça jeans e um anel de namoro, do ex dele, arruma o cabelo e faz as suas higienes matinais, e se apressa para sair.
Indo para a cozinha, ele pega um lanche na geladeira e corre para a garagem. Entrando no carro, o Jordan dá partida em direção ao trabalho.
— Bebeu muito ontem, viu?
— Eu sei. Acho que não vi o despertador apitar — Lorenzo fala, e pega as três fatias de pão integral com patê de atum de recheio e um copo gigante de achocolatado.
Ele toma seu café dentro do carro, até chegar o estacionamento do plenário. Saindo do carro, eles vão até a porta principal do palácio. Lá o bruxo se depara com o Rogério parado na porta principal, a espera de algo.
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