A despedida
Briana fica surpresa ao ver o Lorenzo na sua frente. - Ah, então o Rogério estava errado. Você voltou... - ela vira para o lado oposto do malhado. - Vamos, Patrícia. Sair daqui.
Lorenzo põe sua mão no ombro de Briana. - Desculpa tá. Eu estava errado, estava com raiva e fui grosso com você. Fiz sem pensar, e isso é instinto meu, quando estou com raiva eu consumo agir por impulso. E por esse problema eu acabei brigando com a pessoa que mais amo na vida. Me perdoa Briana - Lorenzo falava enquanto a Briana estava ainda de costas.
Virando seu rosto para o cacheado, Briana sorrir. - Desculpado.
Lorenzo abraça ela chorando. - Briana, eu te amo demais. E não vou te trocar por nada, nem por uma briga boba ou um amor bobo. Você sempre vai ser minha prioridade - ele estava se tremendo, fazendo Briana retribuir o abraço, e deixar ele mais calmo.
- Amiga, acho que vou deixar vocês a sós um pouquinho - Patrícia fala vendo o abraço deles.
Saindo do abraço, Briana olha para a sua amiga. - Ok Patrícia. Vou para o refeitório depois, tá?
- Ok, vou esperar lá - ela sai deixando os dois sozinhos.
Olhando para Lorenzo lacrimejando, Briana pergunta. - O que você queria conversar comigo?
Gaguejando ele fala. - M-minha mãe foi a-ameaçada de morte. Eles sabem onde ela trabalha, e agora estou com medo - rapidamente ele pega seu frasco, estava tenso e ficando sem ar, aparentando está em um ataque de pânico.
Briana fica surpresa, e vendo seu amigo desesperado cheirando aquele frasco, que ele carregava em seu peito, deixava ela nervosa. - Meu Deus, Lorenzo! Não imagino o que ela deve está passando agora.
- A gente vai se mudar para longe daqui, iremos mudar para Tocantins.
- O quê? Lorenzo... - sem pensar ela dar mais um abraço no seu amigo. Eles estavam emocionados, mas se controlavam para não desabar e chorar sem limite.
Uma tentativa falha. Os dois começam a chorar. - Me desculpa... Sério, me desculpa por tudo. Não era para eu sair do seu lado. E eu não quero ver você partindo daqui.
- Eu sei... Eu não sei o que vai acontecer daqui para frente, não tenho mais controle nem um. Eu estou realmente na palma da mão daqueles miseráveis - sobe uma raiva nele e o malhado grita - MISERÁVEIS COVARDES! -, e continua chorar, mesmo com o efeito do frasco calmante.
- SIM, MISERÁVEIS, MALDITOS! - Biana o acompanhar gritando para o nada.
Lorenzo sorri, vendo que ela estava fazendo o possível para que ele se sentisse um pouquinho melhor. - Obrigado Bri.
Briana sorrir, e sai do abraço. Os dois se olham, um olhar de que tudo iria mudar daqui para frente. - Quer ir almoçar?
- Quero - Lorenzo fala e Briana ergue a mão para que ele pegue, e andem juntos. - Briana, na verdade, eu só entrei novamente aqui no plenário para fazer as pazes com você - ele pega na mão da sua amiga.
- Lorenzo, eu te amo demais.
- Eu também te amo muito Briana. E espero que você e Mike sejam muito felizes juntos. - eles vão andando até o elevador.
- Obrigado amigo - Briana dá um sorriso sincero, enquanto chegava no elevador.
- E queria avisar que o Mike não é mais um suspeito para mim.
- Por quê? Não é porque ele é meu namorado, né? - Briana aperta o botão do elevador.
- Não. É que ele estava com você. E os sequestradores estavam juntos quando ligou para minha mãe quando ameaçou ela. Mas isso não importa mais, iremos se mudar amanhã a noite.
- Amanhã? Não amigo! Você não pode ir amanhã - a moça fica triste com a notícia.
- Meus pais conversaram comigo. Era para se mudarmos próxima semana, mas com a ameaça que minha mãe teve, eu e eles decidimos ir o mais rápido possível. - o elevador chega, e eles entram.
- Sério, estou ficando muito triste com isso. Então amanhã será o último dia que vou te ver aqui?
- Eu estava pensando em não aparecer amanhã aqui, mas vou vir para passar um tempo com você - Lorenzo olha para os olhos de Briana, que não se conteve e deu mais outro abraço.
- Não, isso só pode ser um pesadelo... - a porta do elevador se abre.
- Infelizmente não - Lorenzo ver as pessoas paradas esperando o elevador se desocupar. - Briana, precisamos desocupar o elevador.
Os dois saem e vão para o refeitório com as mãos dadas, o clima tenso e pesado deixava eles sem dialogar até chegar na mesa.
Na mesa estava, Mike e Patrícia. Eles comiam uma feijoada com arroz e salada, com um pudim de acompanhamento.
- Oi amor! Peguei seu prato no refeitório - Mike fala vendo a Briana se sentar na mesa.
- Obrigado, você é muito gentil - ela pega seu prato e espera o Lorenzo sentar.
- Oi, gente... - ele fala ainda em pé.
- Olá, tudo bem amigo? - Patrícia lança um sorriso acolhedor.
- Oi Lorenzo, como você está? Senta um pouco - o Mike fala vendo o nervosismo do rapaz.
- Estou bem. E acho que vou pegar meu prato lá no refeitório - fala o Lorenzo sorrindo.
- Quer que eu vá com você? - pergunta a Briana.
- Não quero incomodar, vou sozinho.
- Ok, ver se não se perde - fala a sua amiga.
- Não irei me perder. Deixa eu ir logo pegar antes que vocês terminem de comer - ele sai e vai para o local do refeitório.
A onde os funcionários almoçavam era imenso. Mas mesmo sendo grande, as mesas eram todas ocupadas. O Lorenzo não entendia como eles conseguiam manter o cardápio bem rico com tanta gente trabalhando, era bem raro os patrões pagarem a comida dos funcionários, mas lá não era um trabalho qualquer, eles trabalhavam para manter a ordem do Brasil, então era justo eles pagarem o almoço e a passagem.
Chegando na fila para pegar a comida, Lorenzo ver o Rogério pegar seu prato de comida, e chama a atenção dele. - Ei Rogério!
Rogério olha para ele de longe, e vai com passos longos de encontro com seu namorado, estava aparentando tá um pouco preocupado.
- Por que você está aqui? - Rogério fala ao se aproximar de Lorenzo.
- Não entendi essa pergunta. Eu voltei a trabalhar...
Olhando de um lado a outro, ele fala. - Vamos ali, preciso conversar com você - Rogério parecia está desesperado em ver o Lorenzo no plenário.
- Você está me assustando Rogério.
- Desculpa... É que o assunto é sério - Rogério fala mais calmo.
- Eu ainda não peguei minha comida. Estou a espera de pegar o meu - ele fala olhando a fila, que tinha umas dez pessoas na frente dele.
- Pode ficar com o meu. Perdi a fome - ele da a comida dele para o malhado.
- Calma aí, você vai ficar com fome? - Lorenzo encara o barbudo desconfiado.
- Eu não estou com fome, pode confiar. Agora vem - ele se vira de costas, e anda para um local longe do refeitório.
Lorenzo não teve o que fazer, foi atrás do seu namorado. Estava desconfiado dele. Passando por um corredor, eles vão para uma sala vazia.
Rogério olha de um lado a outro o corredor, e depois fecha a porta.
- Vamos logo para o ponto principal... - ele dá uma pausa dramática deixando o Lorenzo tenso. - Você está correndo perigo aqui dentro.
- É o quê? - pergunta o Lorenzo chocado com a informação.
- Os sequestradores estão aqui dentro, e acho que sei quem é. Ele falou que está atrás de você, e falou que se eu ajudasse você, eu iria morrer, mas tudo por telefone - Rogério fala o que estava acontecendo.
- Amor, não sabia que estavam te ameaçando também... - ele vai para perto de Rogério e o abraça. - minha mãe também foi ameaçada.
Rogério se enrola em seus braços e fala. - Eles vão pagar! Quando eu pegar eles não vou ter perdão.
Nessa hora o malhado lembra que iria sair de Brasília amanhã. - Acho que precisamos fugir do que lutar contra eles. Você poderia ir comigo. Vai eu, minha família e sua irmã para Tocantins.
- Não. Não posso ir, se você sair daqui eles vão atrás de outro bruxo grande que tenha o poder da hipnose aqui, e por fim vai acontecer o fim do mundo de qualquer jeito. Preciso parar essas pessoas de um jeito ou de outro - ele fala, ainda em seus braços.
Lorenzo é tomado pelo medo. Medo de perder seu namorado. - Merda! Eu odeio essa situação - Lorenzo não queria se desprender do Rogério.
- Lorenzo, olha para mim - Rogério fala olhando um pouco para baixo.
Lorenzo inclina um pouco seu rosto para cima, e ver o rosto do Rogério na sua frente. - Promete que não vai morrer?
- Prometo, e prometo que você vai estar protegido - ele põe sua mão em seu rosto o acariciando.
- Rogério, estou com medo de te perder - ele fala sentindo as carícias do seu namorado.
- Eu também estou, mas vamos ficar bem - o Rogério diz.
- Não vamos não, amanhã vou para Tocantins, pra casa da minha vó - Lorenzo olhava para ele, ainda segurando na cintura do malhado.
Os seus olhos se arregalam - Como assim? Amanhã?
- Sim - ele vira seu rosto para aquele escritório qualquer, que tinha um sofá acolchoado. Dava para ver que era para conversar com as pessoas que chegavam para resolver o problema pessoalmente. - Rogério... Sabe o que eu queria?
- Eu já precinto só vendo você olhando aquele sofá. Mas você não acha que agora seria uma ideia ruim? - Rogério tira suas mãos da cintura do Lorenzo.
- A gente só ficou uma única vez. E eu quero te sentir novamente, talvez a última vez - Lorenzo ver ele dando um sorriso fofo. - E se você não fazer, eu te hipnotizo para fazer.
Rogério rir alto. - Você não precisa fazer isso - ele ataca, beijando o Lorenzo na boca e empurrando para a direção do sofá.
Lorenzo cai no sofá e ver o Rogério por cima dele. - Rogério, você tem preservativo aí?
- Ando sempre com dois na minha carteira - revela o Rogério, enquanto tirava sua carteira do bolso da calça.
- Para usar com quem? - Lorenzo fica desconfiado. Já que ele não sabia disso do Rogério.
- É um costume meu. Fui ensinado a sair sempre com uma, e olha só, serviu! - ele tira uma camisinha tamanho M. - Pois vou usar com você...
Lorenzo sorrir e abre seu zíper e abaixa sua calça, ficando somente de cueca. - Só que temos que ser rápidos. Não sei que horas os funcionários daqui vão chegar.
Rogério sorrir e beija o Lorenzo. Um beijo tão intenso, que sentiu sua língua tão quente que ficou excitado sem mesmo tocar em nada.
O barbudo afasta da sua boca e arranha seu pescoço com sua barba, e dá um chupão, para marcar o momento. - Vai me marcar mesmo?
Ele olha para o Lorenzo e dá um sorriso fofo. - Você é meu, e tem que ser marcado - Lorenzo sorrir e se levanta, colocando para o Rogério ficar em baixo dele.
- Agora é minha vez - Lorenzo ataca o pescoço do seu namorado, deixando uma marca nele também. Enquanto seus corpos se roçavam com suas roupas.
Olhando para o rosto do moreno, o pretinho põe seu dedo do meio na boca. Rogério dá um sorriso safado, já sabendo o que o seu preto queria fazer.
Descendo suas mãos para a calça do Rogério, ele abre o zíper. - Vamos ver se você aguenta esse dedo do meio.
Rogério sorrir. - Vamos ver se você aguenta o meu "dedo maior" em você - ele dá um olhar sedutor para seu namorado, enquanto tirava sua cueca.
Lorenzo tira a cueca dele e sorrir, olhando para seu moreno.
Depois do ato, que seria o último das vidas deles, Rogério pega a camisinha que ele tinha usado, e descarta no lixo. - Ainda bem que ninguém entrou para estragar o que aconteceu aqui - Rogério dá um selinho no Lorenzo em pé, colocando suas calças.
Dando mais outro beijo depois de colocar sua calça, o Lorenzo fala. - Que loucura a gente fez! Pena que não vai mais acontecer...
Rogério ergue a mão para que o Lorenzo pegue. - Vamos sair, antes que nos peguem aqui dentro.
Saindo do escritório, eles dão de cara com um funcionário entrando nessa sala.
- Olá, como posso ajudar?
- Nada, a gente já estava de saída - o Rogério fala sorrindo, e indo o mais rápido possível para fora dali.
- Tchau! - fala o Lorenzo sendo puxado pelo barbudo.
- Lorenzo! Ele vai ver a camisinha no lixo! - Rogério rir, e contagia seu namorado.
- Culpa sua, deveria guardar no bolso. E eu esqueci até o prato de comida lá - Lorenzo continua rindo.
- Que nojeira. Eu nunca ia fazer isso, e sobre a comida, acho melhor você comprar algo no lado de fora - Rogério se desprende da mão de Lorenzo ao chegar no refeitório.
- Não precisa, acho que consigo ficar sem comer até dar o horário de ir para casa - Lorenzo sorrir.
- Nem pensar. Agora o refeitório está fechado, mas eu levo um lanche lá na sua sala. Qual a ala e o número?
- Ala B número 120
- Vou aparecer lá depois - Rogério vira para o lado oposto de Lorenzo
- Será que ele vai lembrar - pensa o Lorenzo vendo ele andar.
- Claro que lembro, eu tenho memoria boa! - Rogério grita.
Lorenzo rir, e vai para a sua ala.
Chegando lá ele senta no seu devido lugar. E antes de começar a mexer no seu computador, Lorenzo dá uma olhada no seu celular, e ver as mensagens de Briana preocupada.
- Lorenzo?
- O que aconteceu? Você sumiu.
- Oi Briana, estou bem.
- É que o Rogério veio falar comigo, e acabamos comendo juntos - ele dá um sorriso sabendo que era mentira.
- Ah sim. Hoje eu vou ir para casa com o Mike. Minha mãe chegou hoje.
- Não acredito!
- Nem eu vou conhecer sua mãe, mas o Mike vai conhecer ksksks
- Sim, vou apresentar ele como meu namorado.
- Espero que dê tudo certo - Lorenzo olha que seu supervisor passou pela mesa dele agora.
- Sim, tomara que dê.
- Briana, preciso ir agora. O supervisor passou agora pela minha mesa.
- Tchau, e amanhã a gente se ver.
- Viu, até amanhã!
Passando um tempinho, o Rogério aparece na sala do Lorenzo, como ele tinha prometido, com uma quentinha na mão.
- Eu falei que sou bom de lembrar - ele coloca a quentinha na mesa do Lorenzo, e olha ao redor para ver se alguém estava vendo.
Lorenzo sorrir, e antes de falar qualquer coisa, ele é surpreendido com um selinho. - Uau.
- Desculpa, não consegui resistir.
O malhado fica tímido, com as bochechas queimando. - Sem problemas, e muito obrigado por trazer.
- De nada, até depois, ok? Tchau e te amo - ele vira para o lado oposto de Lorenzo e sai pela porta.
- Também te amo - Lorenzo sussurra vento o sua quentinha na mesa. Ele iria sofrer tanto quando se mudasse.
Trabalhando duro até anoitecer, Lorenzo sai e vai para a portaria pedir um Uber.
Após o Uber chegar na garagem, Lorenzo entra e cumprimenta seu motorista.
Alguns minutos sem falar nada no carro, somente dirigindo, o motorista fala um pouco nervoso. - Noite linda, não?
- Sim, muito linda.
O homem rapidamente desvia o caminho para a casa de Lorenzo, que olha um pouco assustado para o motorista.
- Não se preocupa Lorenzo, isso aqui é só um atalho.
- Como você sabe meu nome? - Lorenzo fica em pânico.
- Seu nome fica aqui em cima do aplicativo - ele mostra no seu celular o nome dele.
Lorenzo fica aliviado. Mas ver que o local onde ele estava levando o carro era um lugar de floresta deserta, onde não tinha nada no local.
O motorista vai reduzindo o carro, e o malhado fica apavorado, até ele parar completamente.
- Sai do carro! - o homem ordena.
Lorenzo sai tremendo. - É um dos sequestradores - ele pensa.
Vendo o malhado na frente do seu carro, ele começa a falar. - Então Lorenzo... Foi uma sorte encontrar a pessoa que o Gabriel estava procurando no meu carro, infelizmente ele morreu em uma troca de tiro. Mas o seu irmão está pagando bem para levar sua cabeça para ele. Sabe, a nossa gangue não perdoa ninguém, né? Então vou ter que te matar.
- Calma! Podemos resolver conversando - Lorenzo ergue a mão para ele ficar calmo.
- Infelizmente preciso desse dinheiro amigo. Eu não estou no Uber por escolha, eu queria um trabalho que não fosse tão cansativo. Toda minha grana vai para o tratamento de câncer ósseo da minha filha. Você não tem ideia de quanto é caro esse negócio - ele fala se emocionando, com lágrimas nos olhos.
- Você não quer fazer isso. Podemos resolver de outro jeito - Lorenzo não via arma nem nada do tipo. Talvez ele estava escondendo uma faca em algum lugar.
- Como? Eu estou nessa gangue justamente para não perder minha filha para essa peste! - ele dá uma pausa, para se recuperar. - Me desculpa!
- Minha mãe é médica! Ela pode ajudar, ela é uma feiticeira da cura - Lorenzo tenta tirar a ideia dele de matar ele, mas estava preparado também para entrar naquele carro que ainda estava aberto e fugir.
- Feiticeiros da cura não conseguem curar o câncer totalmente, mas os tratamentos deles estão ajudando ela a sobreviver por anos... - Lorenzo ver que ele ia começar a contar a história dele e se prepara para correr.
O homem ver o que ele estava fazendo e fecha a porta sem mesmo tocar. - Telecinese - Lorenzo olha para o rapaz agora com raiva.
- Você acha mesmo que se eu não tivesse poderes iria te confrontar? Isso seria estupidez. Não ia me arriscar à toa.
- Não precisamos brigar, a gente pode resolver isso. Podemos fazer um acordo - o malhado estava ainda mais horrorizado.
- Não. Eu quero o meu dinheiro na minha mão, não posso perder essa oportunidade - ele suspende o malhado, para o mesmo não fugir.
Lorenzo fica flutuando perto do carro, mas é jogado para frente da pista, a onde ele estava em pouco segundos.
Tomando um tombo, ele rala seus braços e fica deitado no chão.
- Desculpa, mas eu preciso fazer isso por minha filha - ele estava lacrimejando.
Levantando novamente o Lorenzo, ele vai apertando suas mãos que já estava fechada, para que ele conseguisse quebrar o pescoço do malhado.
Lorenzo fica sem ar, e vendo que não tinha a onde tocar, pois estava sobre o ar, ele olha para cima e ver as estrelas.
As estrelas estavam tão brilhantes aquela noite, mas a cada segundo que se passa elas começavam a ficar embaçadas, e suas pupilas começam a ficar cansadas.
- Me desculpa - o rapaz continua a apertar suas mãos e sussurrar.
Lorenzo por fim fecha seus olhos, e começa a perder suas forças aos poucos. Estava sentindo já que seu pescoço ia quebrar.
Mas uma voz entra em sua cabeça. - Você precisa resistir, Lorenzo! Resista! Deixe-me entrar...
Lorenzo abre seus olhos, que já estavam roxos, e a mesma sensação de está flutuando em volta de uma áurea roxa o toma.
O rapaz fica em choque e dá um passo para trás. - Não é possível... - ele estava com medo e para de controlar o Lorenzo, só que o mesmo continua flutuando. - Quem é você?!
- Prazer, Romeu - Lorenzo olha para o lado. - Como você entrou em mim?
O homem fica confuso, ele estava vendo algo impossível de acontecer na sua frente.
- Não sei, acho que quando você fica fraco eu consigo entrar em você - Romeu fala virando o corpo de Lorenzo para o outro lado.
- Mas porque logo em mim? - Lorenzo olha para o outro lado.
- Não sei, deve ser o fato que eu fugir da onde me prenderam, e estou a todo momento querendo me conectar com você.
- Isso é esquisito - Lorenzo fala sabendo que ele estava falando para si mesmo.
Vendo que o rapaz estava falando com ele mesmo, o homem tenta sair daquele lugar, correndo para sair de carro.
- Sendo esquisito ou não, ele está fugindo!
- Deixa ele fugir - Lorenzo rebate para Romeu.
- Claro que não - o corpo de Lorenzo vai descendo devagar, e o Romeu controla o rapaz, fazendo ele dar ré e ir para um barranco. - Quero brincar de controle remoto.
- Você tá doido - Lorenzo para de controlar o rapaz, mas não adiantou muito para que o Romeu controlasse novamente.
- Ele tentou te matar! Um acidente de leve será o suficiente - o rapaz continua dando ré, sendo controlado pelo Romeu
Lorenzo coloca para ele acelerar para não despencar do barranco. - Ele não é do mal, só estava fazendo isso para salvar sua filha. Não podemos matar ele.
O corpo de Lorenzo dá um suspiro de decepção. - Mas posso brincar com ele? Eu quero saber como é brincar de carro de controle remoto.
- Não! Nada de brincar, eu preciso ir para casa - Lorenzo tenta parar com a ideia do seu animal ancestral.
- Você é muito chato! Não sei como fui ter um laço logo com você - Romeu para de controlar o rapaz e começa a flutuar.
- O que você vai fazer? - Lorenzo pergunta confuso.
- Vou te levar para casa - ele começa a voar, deixando o rapaz sozinho naquele lugar abandonado. - tomara que dure até chegar na sua casa, caso não aconteça você vai morrer caindo.
- O quê? - Lorenzo fica desesperado, e acaba desconcentrando o Romeu, que já estava voando sobre os prédios imensos daquela cidade.
- Não me desconcentra! - Romeu grita para o Lorenzo.
- Ok, vou ficar calado - Lorenzo cala a boca, enquanto seu corpo estava sendo controlado por uma pessoa que não era ele.
- Ótimo - o Romeu continua voando, enquanto o Lorenzo observava de baixo os prédios com suas luzes acesas e o céu estrelado a sua frente.
Era assim como os feiticeiros do vento se sentia ao voar, mas não entendia como ele estava conseguindo fazer isso. Sabia que quando ele se fundia com seu gato ficava mais forte, mas não sabia que era tanto assim. E isso fez ele perceber que talvez esse poder de fazer uma áurea roxa em suas mãos, e no seu corpo, ele podia fazer, só não tinha a capacidade de conseguir sozinho.
Chegando em sua casa, ele pousa na grama. - Ainda bem que conseguimos. Mas acho que é hora de eu ir agora. Gastei muita energia - Romeu fala.
Virando o seu rosto para o lado esquerdo, o Lorenzo diz. - Obrigado por salvar minha vida, eu não sei o que seria se você não estivesse lá.
- Você tem que agir mais e parar de se importar com as pessoas. Treine isso daqui em diante - seus olhos param de ficar roxo, deixando sua cor dos olhos normais. Marrons por conta da lente.
Sua cabeça estava pegando fogo, e ele se sentia fraco. - Eu não preciso ser frio, e eu não vou treinar isso - Lorenzo estava confuso, mas aquela última frase o pegou de surpresa.
Olhando para a porta da sua casa, ele vai andando, e bate na porta, para que alguém o atendesse.
Jordan abre a porta com um semblante de preocupado. - Graças a Deus - ele abraça o Lorenzo.
- Pai, o que aconteceu? - pergunta o Lorenzo um pouco preocupado.
Jordan para de abraçar o Lorenzo, e olha de um lado a outro e manda ele entrar.
Lorenzo entra e fecha a porta, estava um pouco preocupado. - O que aconteceu, pai?
- Sua mãe ainda não chegou em casa, eu estou preocupado. Ela chega mais cedo que eu - o Jordan fica nervoso.
Lorenzo fica tenso. - Pai, ela deve estar chegando. Você já ligou para ela?
- Eu liguei, mandei mensagem, mas nada chega até ela - Jordan põe suas mãos na cabeça e lamenta.- Culpa minha! Ela para eu mandar a sua mãe não sair de casa até amanhã, e não era nem para você sair também. Foi um milagre não acontecer nada com você, já que eles estão atrás exatamente de você.
- Pai, não é culpa sua! Não vamos pensar nessas coisas. Vamos esperar ela chegar, ok? - Lorenzo põe suas mãos no ombro do seu pai e o acompanha até a sala de estar.
- Eu fui burro filho! Muito burro! Não sei como deixei isso passar! - ele continua se lamentando chegando na sala de estar.
- Não se culpe. Ela está bem, e vai voltar já - o malhado põe para seu pai sentar, e ele se senta perto dele.
- Lorenzo, se sua mãe morrer, eu não vou me perdoar.
- Vamos assistir? Vamos nos acalmar... - Lorenzo pega o controle remoto e liga a televisão, para que os dois se acalmasse, tanto ele quando o Lorenzo estavam aterrorizados.
Passando o tempo, os dois pegam no sono.
Lorenzo é acordado ao som da TV. Após acordar, ele desperta seu pai, e ajuda o Jordan a ir para cama.
Colocando seu pai na cama, Lorenzo vai para seu quarto. Estava ainda mais tenso. Ligando seu celular ele manda mensagem para o Rogério.
- Oi?
- Tá aí?
Mas a mensagem não chegava nele. - muito estranho, o que será que está acontecendo?
Ele vai agora para o chat de Briana.
- Bri, você está aí? - em poucos minutos ela responde.
- Oi Lorenzo.
- Não posso falar agora, estou na delegacia para fazer meu depoimento do caso de Fabrício.
- Sério?
- E sua mãe?
- Está aqui também, a polícia veio na minha casa para me buscar.
- Estou com meus pais e o Mike.
- Que pena, pensei que daria tudo certo - depois de digitar isso, sua mãe liga para Lorenzo.
Lorenzo dá um pulo da cama levantando de emoção. Atendendo ele fala. - Mãe! Porque você não veio para casa, a gente ficou preocupado com você.
- Aqui não é sua mãe, mas ela está bem por enquanto... - era uma voz de um homem, um dos sequestradores. - Escuta aqui. Queremos você, e não ela, então segue as instruções para a gente não matar a sua mãe - ele ameaça o Lorenzo, que escuta sua mãe gritar no fundo da ligação.
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