Capítulo 39
- Luna. - a chamei enquanto ela estava vigiando.
- O que foi? - perguntou preocupada - Está doendo muito?
- Não é isso, chame Rocket e acorde Tara. - falei séria - Quero falar só com vocês.
- Sério?
- Sério, vai logo.
Luna saiu e voltou com Rocket e Tara meio sonolenta.
- O que foi Clarisse? – bocejou Rocket.
- Seu braço está doendo? – perguntou Tara.
- Melhor vocês irem embora. – fui direto ao ponto.
- O quê? – falaram todos juntos.
- Vocês correm perigo enquanto estiverem aqui. – suspirei – Principalmente o Raoni, se os Sombrios descobrirem que ele está aqui com uma perna quebrada, vão está loucos atrás dele.
- Pior que ela tem razão. - disse Rocket - Ele gastou muita a energia animal e muitos ossos foram quebrados, então a perna vai demorar pra se curar.
- Você vem conosco.– disse Luna.
- Eu tenho que buscar os remédios e prometi que eu ia volta na aldeia com eles.
- Você usou toda sua energia animal e seu braço vai demorar pra se curar. – disse Tara e perguntou bem séria – Como vai enfrentar os Sombrios com braço machucado?
- Eu vou me esconde até o braço melhorar e voltarei na missão.
- É muito perigoso. – Luna levantou a voz.
Apontei pra Azula e Raoni e falei:
- Raoni corre perigo e Azula também. – falei bem séria – Vocês são os únicos que podem protegê-los, eu imploro pra vocês irem pra aldeia são e salvos.
Luna ia falar alguma e olhou pra Tara.
- Ela está certa. - suspirou Luna.
- Você ficou maluca? – gritou Tara.
- Maluca sim, mas tonta não. - disse Luna indo ao meu lado - Por isso que vou ir com Clarisse.
- Não vai...
- Seu braço está machucado. - interrompeu Luna - Seu cheiro de sangue atrairá os Sombrios bem rapidamente, por isso precisa de mim pra ajudá-la.
- Mas e a Tara? - falei quase gritando - Ela precisa de você.
- Por isso mesmo. - respondeu - Estou fazendo por você, Tara, meu clã e pela aldeia. Então só sairei aqui com os remédios, a equipe e você.
- Luna. - disse Tara quase chorando e abraçou Luna - Não... Não quero perder a Clarisse, principalmente não quero perder você também.
- Eu sei, amor. - disse Luna a abraçando de volta - Por isso que a Clarisse está certa, precisam volta pra aldeia e nos esperam enquanto estão salvos na aldeia.
- Você... - Tara se afastou e deu leve tapas pra Luna - É loba mais teimosa do mundo.
- Eu sei, querida. - Luna limpou as lágrimas da Tara e beijou seus lábios.
Essa Luna, uma loba que nunca mudar de ideia.
- Rocket. - o chamei - Protege eles e prometo que voltamos com os remédios e todos da equipe.
- Não tenho outra escolha, gata doméstica - disse dando sorriso.
- Luna... Clarisse. - Tara segurou minha mão e as mãos da Luna - Por favor, protegem uma a outra e voltem todos pra casa.
- Juro pela minha alma animal - jurei.
Tara pegou uma bolsa e colocou comida, água e as armas e esperamos até está quase amanhecendo, Luna e eu fomos nos preparando.
- Pronta por perigo, gatinha de gente? - perguntou Luna.
- Mais que você, loba fedida.
Tara entregou uma adaga pra Luna.
- Boa sorte. - beijou a testa dela.
Depois Tara me abraçou e sussurrou na minha orelha:
- Boa sorte, Clarisse.
Agradeci e entreguei a chave do carro de policia.
- Vai ajudá-los pra irem à aldeia.
Nos despedimos e corremos pela frente sem olhar pra atrás. Senti algo no meu pescoço e vi que é minha corrente com pingente do coração com asas.
Como?
Eu deixei com a Lisa.
Raoni (Humanimal Rei Leão)
Acordei sendo carregado pelo Rocket.
- O que está aconteceu? – perguntei, vi Tara na frente e Azula ao nosso lado.
Mas cadê a Clarisse e Luna?
- Cadê a Clarisse?
- Luna e ela foram buscar os remédios, sozinhas. – respondeu Tara.
- O quê? – fui no chão e Rocket me segurou – Vocês não podem fazer isso, vamos volta e busca-las.
- Ordens da Clarisse, e... – Tara virou mostrando os olhos chorando e gritou – Por culpa sua, temos que ir embora e deixar a Clarisse e Luna sozinhas. Acha que nós não estamos preocupadas?
- Minha culpa?
- Sim, porque ela se preocupou por você e por nós. - limpou as lágrimas - Quando os Sombrios te descobrirem, ficaram loucos pela sua cabeça, então não vamos deixar a decisão delas irem em vão.
Clarisse se preocupou comigo?!
***
Três dias se passaram enquanto fomos num caminhão, pelo que Tara disse, pegaram pra viajarem. Paramos num mato cheio de árvores e encontramos um carro de policial, depois de uma longa explicação, voltamos na estrada.
Ainda fiquei pensando que o Coração Brilhante sumiu depois que senti cheiro da Clarisse, e me perguntei onde ele está agora.
Suspirei olhando por céu e rezando que Clarisse, Luna, Léo e resto do grupo voltem a salvos.
Clarisse (Humanimal Tigresa)
Dois dias em cima das árvores, meu ferimento está começando cicatrizar, Luna foi ajudando caçando coelhos e vigiando. Graças o cheiro forte das folhas das árvores, conseguimos cobrir nos cheiros e nenhum sinal de Sombrios.
Pior que essa noite é segunda noite de lua cheia, a noite que Luna virar uma cidadã completa. Fiquei vigiando enquanto Luna ficou sentada nos galhos com folhas que tem cheiro bem forte.
- Está parecendo uma simples cidadã mesmo. - ri pouco baixo pra tentar animá-la.
- Clarisse... - rosnou - Esperar só quando o sol nascer.
Quase não consegui dormir por causa do cheiro das folhas, mas valeu a pena quando o sol nasceu, a alma loba da Luna voltou e meu braço se curou completamente, significar que minha energia está completa.
- Está na hora de irmos. - falei olhando o sol.
- Tem certeza que está tudo bem? - perguntou Luna.
- Com certeza.
Antes de irmos encontrar a equipe, peguei um urubu que estava em uma das árvores e o matei, nós cobrimos com o sangue dele nos nossos braços, pernas e pescoço, para disfarça nossos cheiros enquanto andamos na floresta.
Não gostei, mais era único feito pra que os Sombrios não nos acharem.
- Depois disso, vou tomar maior banho na minha vida. - resmungou Luna.
***
Luna rasteou o cheiro da equipe até uma estrada de terra e ouvi alguém se aproximando, rapidamente subimos em uma árvore e lá em baixo vimos dois Sombrios conversando:
- Que tédio. – disse Sombrio muito magro – Onde está uma equipe de resgate quando precisa?
- Cale-se sua hiena. – rosnou o mais musculoso – Esqueceu por que estamos aqui?
- Até agora, não achamos nenhuma presa deliciosa.
- Seu idiota. – musculoso bateu a cabeça do Sombrio Hiena – Nós estamos aqui porque a Humanimal Tigresa pode chegar qualquer momento para salva-los e então vamos acabar com a raça dela de uma vez por todas.
- Lembra que o próprio Sean quer mata-la e ouvi dizer que ela é bem perigosa para uma cidadã completa.
- Que cheiro é esse?
- Eca. – gritou musculoso – Parece que um urubu morreu há cinco dias.
- Ah, devem ser morcegos caçando. – as vozes se afastaram.
Descemos da árvore e continuamos bem escondidas, depois de vários caminhos, a Luna parou e se abaixou cheirando.
- Eles passaram aqui. - aprontou em frente - Estão aqui por perto.
Luna me guiou até encontramos uma casa bem velha e coberta de plantas bem grandes.
Fui em frente enquanto Luna foi vigiando por trás, achamos uma porta bem fechada e um tronco de árvore o bloqueando. Com força tirei o tronco e abri a porta bem devagar, mas quando entrei, uma faca foi apontada na minha cara e vi o rosto do dono da faca.
- Clarisse. – disse Itambé chocado e abaixou a faca.
- Itambé. - Luna chamou atenção dele.
- Luna, até você?! - disse mais chocado - Como vocês...?
- É uma longa história. – o interrompi – Onde estão os outros?
Itambé nos deixou entrar e encontramos os outros, onde estava Léo deitando, Rômulo sentado perto de uma bolsa térmica e Victor pouco afastado.
- Clarisse. – Léo levantou e veio perto de mim e me abraçou sem se importa com o cheiro. - Até você, Luna.
- Como chegaram aqui? – perguntou Rômulo curioso.
- Vimos ajudar vocês. - respondi e perguntei - Estão bem?
- Todos estão bem. – Itambé se aproximou de mim – Quem mais veio com você?
- Só nós.
Rômulo riu como louco.
- E como vai nos ajudar se vocês vieram sozinhas?
- Viemos pela aldeia, precisamos entrega remédios mais rápido possível. - disse Luna séria.
- O problema é que tem muitos Sombrios lá fora – disse Victor.
- Se pensamos um jeito de sair daqui...
Rômulo bateu o pé e me interrompeu.
- Como você vai nos ajudar?
- Bem, Sombrios agora estão esperando uma equipe de resgate, se a gente ir onde tem menos Sombrios, podemos fugir. - expliquei - Perto de um penhasco tem uma estrada, tem poucos Sombrios lá.
- Dois de nós vamos carregar os remédios e resto distraia os Sombrios. - continuou Luna.
- É ideia mais ridícula que já ouvi – Rômulo me olhou de raiva – Eu sou líder da equipe, nós vamos ficar aqui até que uma equipe de resgate de verdade venha.
- Até lá, a maioria das crianças e pessoas da aldeia vão está mortos. - falei bem alto - Vocês preferem se esconderem como ratos assustados, é isso que os Sombrios querem. Pelos menos, me deixa levar os remédios.
- Clarisse está certa, eu não vou me esconde como um bicho medroso como você. - disse Léo indo ao meu lado.
- Então vai morre com ela. – disse Rômulo – Vocês três não tem como sobreviverem.
- Nós quatro. – Itambé se juntou comigo e Léo.
- Nós cinco. – Victor também.
Rômulo olhou pra nós bem nervoso e deu longo suspiro:
- Ficar parados e encarar a situação, vai dar a mesma coisa. - se levantou - Então podem contar comigo e nos preparamos pra esse plano maluco.
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