Capítulo 32
Manhã seguinte começou chovendo pouco forte, ontem á noite depois de me acalmando, Léo me convidou pra assisti-lo na corrida que os guerreiros predadores fazem pra testar a habilidade de correr. Azula e Tara estavam ocupadas ajudamos as mulheres arrumando cabanas e a horta por causa da chuvas, então Indira, Íaça, Lisa e eu sentamos nos troncos e os guerreiros se preparando.
- É corrida favorita dos garotos pra provar quem é mais rápido – murmurou Íaça.
Havia 10 participantes incluindo Léo e Itambé, participantes eram com Humanimais felinos como leopardos, onças e dois outros tipos de Humanimais, incluindo Rômulo. Todos já formaram linha de partida quando teu sinal, todos correram loucamente pra floresta, eles tem que correr toda parte leste da floresta e voltar, as pessoas gritavam e Humanimais Águias falaram a corrida.
Uma meia hora depois um deles falou que Léo, Itambé, Rômulo e Thomas (Humanimal Chipanzé) estavam voltando, Léo e Itambé apareceram correndo lado a lado, Rômulo atrás deles e deixando Thomas pra bem atrás.
- Vai Léo – gritei. - Vai Léo.
No meio do caminho da corrida perto da linha de chegada, vi Lisa pegando um coelho. Ela saiu e nem vi, Léo e Itambé estão quase chegando chegada, Lisa não está vendo e pode se machucar. Corri na direção da Lisa e consegui tirá-la no caminho por poucos segundos. Pela gritaria, vi que Léo ganhou, as pessoas gritaram nome dele e Léo foi até mim.
- Vocês estão bem? – perguntou Léo.
- Sim – falei e Lisa assentiu, ainda estava segurando o coelho.
- Mandou bem Clarisse. Eu quase nem vi Lisa.
- Tudo bem – dei abraço forte – Parabéns Léo.
- Obrigado – disse sorrindo e pegou minha mão – Será que você pode me acompanhar no jantar, o guerreiro mais rápido de todos.
- Claro – sorri.
Léo se juntou com os guerreiros, acompanhei Lisa com as garotas.
- Na próxima vez, Lisa – ajoelhei na sua frente – Olhar bem antes ir lá.
Lisa assentiu e tossiu baixo.
- Eu levo Lisa pra cabana – avisei as garotas e levei Lisa na cabana das crianças – Melhor se aquecer, se não pegar resfriado.
Sai procurando a Tara pra ajudar as mulheres, até ouvir uma voz conhecida.
- Tudo certo com você, gata domestica – é Ellen com sua voz sádica.
- Meu nome é Clarisse – virei e encarei Ellen.
- Desculpa, Clarisse – Ellen deu sorriso malvado – Ou melhor... Mestiça.
Fabíola e Carmem aparecem atrás da Ellen e elas riram. Fiquei parada pra me preparar pra qualquer coisa.
- Avisando que não tenho nada pra conversa com você - falei pensando que ela ainda brava que eu estava quase vencendo ontem na luta.
- Não fingir que se achar importante e que faz parte dessa aldeia – murmurou Ellen – Vocês, cidadãos não nos entender e fracos como seus pais.
- Falar dos meus pais de novo, e acabo com você – rosnei forte.
- Deixa-la em paz – gritou Tara vindo na nossa direção e está acompanhada da Azula. - Ellen, será que tenho que lembrar que Raoni disse sobre você chegar perto dela?
- Só queria conversar um pouco – Ellen encarou a Tara – Você pode ser como a irmã do Raoni, mas não de sangue.
- E você pode ser comprometida do Raoni - disse Tara segurando meu braço - Mas isso não significar que pode fazer o que quiser sem a permissão do Raoni.
Tara me puxou leve pra me afastar da Ellen, enquanto a ouvimos rosnando.
- Nossa. – Azula quebrou o silêncio. – Que bom que você não brigou com ela.
- Por que vocês deixam que Ellen fale assim com vocês? – perguntei curiosa.
- Ela nem sempre foi assim, era uma moça gentil e alegre – suspirou Tara – Desde que Ellen morou aqui está se esforçando pra ser uma boa futura esposa. E ela é bem sensível por está perdendo numa luta.
Gentil e alegre. Ela não é nada disso e nem merece ser futura esposa.
- Melhor se afastar dela – me avisando – Por seu próprio bem.
- Tudo bem.
No jantar sentei junto com Léo, me contou várias piadas de morrer de rir, eu quase me explodia de tanto ri. De repente Nicolas caiu no chão e tossindo muito, a mãe dele correu o levou no colo foi até Curandeiro.
- Essa foi quarta criança – sussurrou Léo.
Nani correu na minha direção.
- Clarisse – gritou apavorada – Lisa está tossindo muito.
Corri pra cabana e encontrei Lisa deitada na cama tossindo forte e estava suando muito.
- Chamar o Curandeiro – falei e Nani correu.
Lisa tossia sem parar e depois tossiu sangue.
- Lisa – falei apavorada e ela olhou pra mim.
Curandeiro chegou e ficou olhando a Lisa.
- Levá-la na minha cabana.
Quando a peguei no colo, vi lado da cama dela que está o coelho e está morto, Curandeiro também viu e quando se aproximou, se afastou assustado.
- Foi isso que causou.
- O quê?
- Levá-la pra cabana – gritou.
Levei Lisa pra cabana do Curandeiro e está lotado pelas mães no lado dos filhos, todos eles estão tossindo.
- Clarisse – Azula foi até mim e quando viu Lisa – Coitada, até ela.
Azula falou que está ajudando Curandeiro, mandou colocar Lisa uma das camas vazias. Lisa está tossindo sem parar e estava ficando quente.
- Tudo bem – gritou Curandeiro – Mães, é melhor me esperem na fora, eu cuido das crianças e vou fazer todo possível pra ajudá-los.
Todas as mães preocupadas saíram, Azula falou pra eu também sair, fiz carinho na bochecha da Lisa, antes de eu saí, Curandeiro rapidamente segurou meu braço e perguntou sério:
- De onde saiu aquele coelho?
- Lisa achou coelho e o levou pra cabana – respondi preocupada.
Curandeiro suspirou.
- Me chamou Curandeiro? - perguntou entrando o Felipe(Humanimal Tatu) um dos guerreiros.
- Tira as criança aquela cabana e não deixar ninguém entrar - mandou Curandeio - E depois queimar a cabana toda, até o coelho morto.
Felipe saiu correndo e Curandeiro disse pra eu sai, depois encontrei Léo me esperando.
- O que aconteceu? – perguntou Léo preocupado.
- Eu não sei. - suspirei.
Fiquei sentada na entrada da cabana do Curandeiro á noite toda. Queimaram a cabana das crianças, e as crianças não doentes dormiram nas cabanas dos guerreiros, na madrugada a Nani também tossiu forte e ficou com Curandeiro. Sentindo sonolenta e vi Raoni aparece na minha frente.
- Vai dormi Clarisse.
- Não posso, a Lisa...
- Tudo bem, ela está com Curandeiro.
- Mas...
- É uma ordem. - disse bem sério.
Suspirando eu me levantei e fui andando. Quando ele entrou na cabana do Curandeiro, andei bem devagar atrás da cabana e consegui ouvi a conversa deles.
- Como eles estão? – perguntou Raoni.
- É uma doença parasita, na cabana das crianças achamos um coelho morto e esse coelho estava cheio de parasitas. É parasita da morte, quando pegar no ser vivo, ficar tossindo sangue, sofrer de dor de cabeça, vômitos e quando parasita ficar muito tempo no corpo do ser vivo, causa até a morte. E as crianças pegaram as parasitas no coelho e podem passar pra outros.
- Qual é a cura?
- Preciso do remédio para matar as parasitas, não remédio comum, é bem especial que matar até parasitas de classe gigante – suspirou Curandeiro – O problema é que não tenho mais esses remédios, preciso comunicar com um Pajé do Acre, ele faz esses remédios.
- E quando as crianças?
- Vou passa ervas medicinas para que os parasitas não se multipliquem nos corpos delas, mas não vão durar muito tempo, no máximo um mês... As crianças vão sobreviver.
Saiu lágrimas nos meus olhos, corri na minha cabana e deitei na rede, chorei pensando na Lisa e as crianças, sem os remédios, eles só têm poucas semanas pra sobreviver.
Eu preciso fazer alguma coisa pra salvar as crianças.
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