Capítulo 27
No dia seguinte, todas as pessoas se reuniram no centro da aldeia, incluindo os Humanimais Lobos, onde estão Raoni e Alfa Jorge chamando atenção de todos e falando bem alto:
- Meu clã e eu agradecemos a sua aldeia, por nos salva. - se curvando na frente do Raoni. - Estamos muitos honrados.
- Não agradeça só a mim, e sim pois guerreiros e principalmente Clarisse. - Raoni fez sinal por Ursão e eu aproximar deles – Ursão, junto com outros guerreiros, salvaram e ajudaram muito os Humanimais Lobos. Clarisse, você ajudou muito salvando as crianças e seus colegas guerreiros.
- Muito obrigado, Ursão. - disse Alfa Jorge - E agradeço pra todos seus guerreiros.
- De nada. - assentiu Ursão.
- Clarisse. - se aproximou de mim e tocou meu ombro - Muito obrigado, todos os Humanimais Lobos reconhecerá sua coragem, sendo nossa aliada e amiga dos lobos para sempre.
- Eu que fico feliz por ajudar o Clã dos Lobos e digo ao todo clã... - falei firme - Que sempre os ajudarei e proteger os Humanimais Lobos quando eles precisarem.
Alfa Jorge sorriu e uivou, todos os Humanimais Lobos também uivaram bem alto, menos o Mercúrio que ficou me encarando.
***
Chegando à noite, com permissão do Raoni, os Humanimais Lobos fizeram uma festa de agradecimento para as pessoas da aldeia, com comida, fogueira alta, pessoas dançando em pares e músicos cantando sem parar com instrumentos de músicas. Enquanto eu me juntei com a Tara, Luna, Azula e Lisa, nós ficamos comendo, conversando e rindo bastante.
Tara e Luna estão bem mais próximas e conversando uma com outra, isso me fez senti alegria de vê-las juntas. Lisa ficou sentada no meu colo, aos poucos sentiu sono e encostou sua cabeça no meu ombro, eu ia levantar pra levá-la para cabana das crianças.
- Deixar que eu a levo. - disse Azula a pegando devagar.
- Obrigada. - agradeci.
Na minha frente, Ash se aproximou meio tímido.
- Quer dança comigo? - perguntou quase gaguejando.
- Nossa... - disse Tara rindo - Então é verdade que Clarisse ganhou um admirador.
- Ash. - o chamou Luna - Quantas vezes eu já falei, ela é muito velha pra você.
- Tudo bem, Luna. - falei meio rindo e dando minha mão pra ele.
Ele pegou minha mão com grande sorriso no rosto, aproximamos das outras pessoas dançando. Ash e eu dançamos em círculos e rindo sem parar, depois de minutos de muitas danças, ele ficou cansado. Carreguei ele até na cabana das crianças e dormiu com sorriso no rosto.
Ele vai ser um grande amigo, depois vou de que falar com ele que nós vamos ser só amigos, mesmo que isso o magoe e que seja só uma paixonite passageira.
Depois de deixá-lo, sai da cabana e vendo de longe que a Tara e Luna estão dançando juntas. Sorri e fui indo pra nossa cabana para dormir, até que algo me puxou pelo meu braço.
- Agora é minha vez. - disse Léo sorrindo e estendendo seu braço - Quer dança comigo?
- Mas, sua perna...
- Tá tudo bem. – disse pegando leve a minha mão e se aproximando de mim - Não está doendo muito, esqueceu que os Humanimais se curam mais rápido que os humanos comuns?
É mesmo, sempre esqueço isso.
Olhei pra sua perna e está se curando bem rápido, só ainda tem um inchaço pequeno e aparece que o osso da perna se curou.
Aceitei e nós dançamos pouco longe do grupo, com todo cuidado por causa da perna dele. Ainda estou bem surpresa ele quer mesmo que nós sejamos amigos, no começa ele me odiava e agora está bem gentil comigo.
Quando terminamos, falei que queria descansar.
- Espera. - disse Léo se aproximando mais de mim, demorou um pouco pra falar - Boa noite, tigresa irritante.
Segurei meu riso achando isso bem engraçado e fofo, aproximei e sussurrei no ouvido dele.
- Boa noite, leão chato. - falei rindo e sai correndo, fiquei com medo que riria como louca vendo a reação dele.
Parei até ficar longe dele e apareceu Azula na minha frente e me olhou com sorriso, parecendo que está rindo.
- Que foi? - perguntei curiosa.
- Nada. - respondeu revirando os olhos - É primeira vez que Léo dança com alguém.
- É, que estou feliz que Léo está sendo legal comigo - respondi - Mesmo ele me odiava.
- Ele não odiava você, ele só não gostava que você era cidadã antes. - disse meio suspirando - Eles não gostar de Cidadãos.
- Por quê?
- Eu não posso falar. - disse indo embora bem rápida, parecendo uma ave bem assustada.
Aquilo me estranhou muito e uma grande dúvida na minha cabeça.
Por que Léo odeia os cidadãos?
4 Dias Depois
Os Humanimais Lobos ficaram na aldeia por quatro dias, cuidando das crianças e esperando que território deles estejam seguros pra volta. Depois daquela noite do ataque, Raoni e Alfa Jorge aumentaram patrulhas e nenhum sinal dos Sombrios.
Por isso que eles voltaram por territórios deles nessa manhã, Luna disse pra eu sempre visitá-la no tempo livre e sussurrou na minha orelha pra levar a Tara também.
Essa tarde o Ursão falou que iremos fazer a patrulha da tarde por leste da floresta, decidi levar Sábio conosco.
Cheguei onde Ursão está me esperando.
- Pronta? - perguntou e assenti.
- Ursão, hoje eu acompanho a Clarisse. – disse Raoni nos assustando – Os guerreiros precisam da sua ajuda.
- Tá... Tudo bem. – disse Ursão bem surpreso e foi embora.
Também fiquei bem surpresa.
Raoni queria patrulhar comigo?!
Fomos ao leste da floresta, Sábio foi andando na nossa frente enquanto nós andamos, e dizendo nada um por outro.
- Você está gostando da aldeia? - Raoni perguntou de repente.
- Sim, Raoni. - falei meio nervosa.
- Você não está pensando em voltar pra cidade e ver sua família?
- Bem, claro que penso neles todos os dias e sinto muita saudade, mas preciso treinar para que eu volte pra protegê-los. - falei pensando nos meus pais - Agora que os Sombrios sabem sobre mim, tenho medo que meus pais correm risco por minha causa, por isso que eu sempre penso que isso é pela segurança deles.
Raoni tocou no meu queixo e me fazendo olhar pra ele.
- Prometo que você está em nossa proteção, e que um dia, poderá voltar pra sua família. – disse Raoni e isso fez meu coração bater muito rápido.
"Esse macho é gentil, além de ser forte e bonitão.", disse Agatha na minha mente.
Agatha, rosnei por dentro.
De repente ouvimos som de um cavalo, Sábio se aproximou correndo e disse mentalmente:
"Tem um cavalo amarrado numa árvore, e está ferido."
Já corri depois que ele terminou de falar, Raoni me seguiu com Sábio. Corremos até que vimos um cavalo branco, todo corpo dele tem marcas de feridas e marcas de chicote, está amarrado numa árvore. Quando cavalo nos viu, ele fez muito barulho pra gente ir embora.
Sábio se aproximou e traduziu que ele disse:
"Ele disse que foi maltratado por humanos e o deixaram aqui, está aqui há dois dias."
Raoni tentou se aproximar do cavalo pra acalmá-lo, mas o cavalo gritou pra ele ir embora. Aproximei indo pra árvore e o cavalo ficou ainda mais agitado e batendo as patas com força no chão.
"Ele está com medo de vocês, está sentindo suas almas animais carnívoros", traduziu Sábio.
Assumi minha forma tigresa humana e mostrei por cavalo as minhas garras, os usei pra cortar a corda. Ele ficou parado me encarando, voltei na forma humana, mais uns passos pra frente, fiquei parada e esticando minha mão pra ele.
- Sábio, falar pra ele que nós não vamos machucá-lo. - falei por Sábio e ele traduziu por cavalo.
Bem devagar, aproximei mais e ele ficou parado, o abracei e podia senti seu coração batendo rápido.
- Calma. - falei enquanto desamarrei a corda no pescoço dele e fiz carinho na sua crina.
- Nós precisamos cuidar das suas feridas. – falei enquanto Sábio falava pra ele - Deixaria cuidar de você?
"Ele disse que sim, mas quer homem leão pouco longe, o poder dele é assustado."
- Raoni. - o chamei - Podemos levá-lo pra aldeia?
- Claro. - disse chocado e animado - Ele pode ficar no estábulo.
- Obrigada. - falei aliviada - E ele quer que você ficar longe dele.
- Eu entendo - disse suspirando - Os animais têm medo de mim por causa do poder da minha alma leão.
O cavalo nos seguiu até chegamos à aldeia, Raoni mandou por Rafael (Humanimal Cavalo) pra cuidar do cavalo, mas cavalo não deixou ele se aproximar e então eu fui ajudando enquanto Rafael foi cuidando dos ferimentos.
- Parece que você é única que pode se aproximar dele. – disse Rafael. - Pode me ajudar por mais alguns dias?
- Sim, eu posso.
- Ótimo, só até ele se acostumar daqui, vamos cuidar muito bem dele.
Coloquei cavalo no estábulo e Rafael trouxe comida e água, ajudei a alimentá-lo. À noite eu quis olhá-lo pra ver se estava bem, e levei Sábio pra me ajudar na comunicação com ele. Quando chequei o cavalo levantou animado e encostou sua cabeça no meu ombro.
- Você precisar de um nome. – pensei enquanto fui fazendo carinhos na sua cabeça. - Que achar de Coração Brilhante? Mesmo com corpo todo machucado, tem coração brilhando.
Ele colocou a cabeça em cima da minha.
"Ele gostou", disse Sábio rindo.
- Ok, Coração Brilhante. - o abracei.
Deitei ao lado dele para se acalmar, já que é sua primeira noite num local desconhecido e acabei dormindo também.
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