Capítulo 17
- Meninas, muito obrigada. – agradeci - Mas não precisam fazer essa tarefa por mim.
- Imagina. – Indira sorriu – Nós somos quem devíamos te agradece pelo que fez, esse é nosso agradecimento e favor pelo treinamento.
- Isso mesmo. – Íaça pulou e foi na minha frente com olhos brilhantes – Você foi tão incrível, além de quase derrota Rocket, protegeu Indira do Flash e me ajudou a vencer Ryan. Enfrentando três adversários ao mesmo tempo, foi tão máximo, como esperado da Humanimal Tigresa, principalmente me ajudou. Nunca vou esquece esse melhor dia por resto da minha vida.
- Que bom que gostaram. – falei meio rindo e lembrei-me do Rômulo – Mesmo que algumas pessoas não gostaram e por isso entrei na lista negra deles.
- Lista negra?! – perguntou curiosa Indira.
- É lista que as pessoas fazem quando odeiam alguém que os deixou bravos.
- Então isso é com Rocket. – disse Íaça meio resmungando – Mas foi bem feito por ele ser humilhado pelo próprio mentor, ele se achar por ter grande mentor e que ser achar mais forte que outros aprendizes.
- Não se preocupa pelo Rômulo. – disse Indira – Ele é assim com todos aprendizes, pode ser durão e bravo por fora, mas no fundo faz isso por nós pra seremos fortes por nosso futuro.
- Mas ele é tão mal humorado, foi culpa por meu mentor está ocupado demais e me mandar de repente por Rômulo, mesmo sabendo que não gosto dele. – depois de reclamar, ela abraçou meu braço e disse com sorriso – Se você fosse guerreira, eu imploraria de joelhos por líder pedindo pra ser minha mentora. Sendo aprendiz da Humanimal Tigresa, isso deixaria muitos aprendizes com inveja e serei grande guerreira.
- Não exagere Íaça. – disse Indira séria – Primeiro lugar, você já tem mentor, não pode mudar. Segundo lugar, Clarisse só pode ser guerreira quando for adulta ou ganhar conquista de nomeação.
- Conquista de nomeação?! – perguntei curiosa – Como assim?
- Nossa aldeia tem regras, os homens treinam pra serem guerreiros, mas pra mulheres é diferente. Os aprendizes que conseguiram avançar suas habilidades são realizados sua cerimônia de nomeação, maioria só quando viram adultos ou tem sorte serem nomeados cedo pelas suas habilidades e conquistas. – Indira foi explicando enquanto caminhamos.
– As mulheres têm escolhas de sua função: ser guerreira, coletora ou protetora. O líder e os guerreiros escolherem essas funções pra você de acordo das suas habilidades, guerreira é pra mulher que conseguir ser grande lutadora e pode ir pra patrulhas e batalha com os guerreiros, maioria são Humanimais Predadoras. Coletora só que são responsáveis pela caçada de alimentos e ajudar com plantação de verduras e outras plantas comestíveis ou medicinas, só não podem ir a batalhas, essa são Humanimais Herbívoras. E protetora são responsáveis pra proteger são aldeia quando não tem muitos guerreiros, como mulheres, crianças e territórios, isso tem para as Humanimais Predadoras, mas só pra defensa e patrulhas, nada de participar das batalhas.
- Nossa. – deixei escapar minha reação de surpresa pela vida das mulheres Humanimais.
- Que bom, mesmo. – disse Íaça enquanto olhar por buracos das árvores – Antigamente, as mulheres proibidas de serem guerreiras. Foi graças ao vovô do líder que cancelou essa lei e criou essas funções pra nós.
- O que você quer ser Íaça? – perguntando e ela já ficou toda orgulhosa de si mesma.
- Eu tenho certeza que vou ser guerreira, mas os meninos ficam zombando de mim falando que eu vou tiver chance pra ser protetora. – finalizou quase gritando – Vou provar pra eles que vou ser guerreira, estou esforçando muito em treinamentos pra impedir de ser protetora.
- Que bom ouvi isso. – sorri e perguntei pra Indira – E você, o que querer ser?
- Acho estou mais apta pra ser coletora. – respondeu sincera – Não gosto muito de lutas e não consigo me defende dos golpes. Afinal eu vou Humanimal Cisne, fomos mais que gostamos de ficar na água e pescando peixe.
- Mas você Clarisse, já está comprometida para ser guerreira. – comentou Íaça.
- Mas estou só começando os treinamentos e não estou muito confiada pra isso.
- Bobagem, você é forte e corajosa. – Íaça foi falando bem sincera e tentou me animar – Hoje você provou pra nós que será grande guerreira.
- Não acham que estão confiando demais?!
- Nossos ancestrais cresceram bem ansiosos pra verem primeiro Humanimal Tigre que foi extinto por séculos. – explicou Indira – Você aparecendo é como a heroína que saiu nas grandes histórias sobre os Humanimais Tigres.
- Mesmo sendo Cidadã que não nasceu na floresta, e só tem sangue de Humanimal por ser descendente deles. – sussurrei lembrado dos comentários das pessoas.
- Não importa pra que outros falam. – Indira tocou no meu ombro – É que maioria esperou que fosse alguém nessa aldeia e não esperavam por sua chegada e origem, eles sempre acham que os mestiços são fracos por ser parte Cidadãos. Não acho problema nisso, você nasceu dentre dois mundos e mesmo isso é uma Humanimal bem rara, maioria queriam ser Humanimais Tigres.
- É verdade. – concordou Íaça – Desde que ouvimos sobre histórias deles, nós torcemos pra receberem almas tigres. Rocket, por exemplo, ouvi dizer pelos aprendizes mais velhos, quando ele tinha 12 anos, implorou por ancestrais para que ele receber alma tigre e que até prometeu que protegeria todos os Humanimais e que mataria todos Sombrios.
Ela riu como louca:
- Ele ficou tão mal raivoso quando viu que ganhou alma gorila e gritou até por ancestrais. Por isso que vai ser conhecido como Rômulo Segundo, só que mais mal humorado e bravo. – ela olhou pra mim – Ele ficou bravo com você porque está com inveja e não aceitar que é uma de nós.
- Não zombar dele assim. – discordou Indira – Lembrar que ele era só uma criança que perdeu seu sonho. Por isso acontece como se você não conseguir ser guerreira e se tornando protetora, e não poderá ir as batalha, só ficar na aldeia.
- Isso não vai acontece. – resmungou e disse determinada – Só tenho 13 anos, esperar só alguns que serei guerreira e lembrar pra você que errou.
- Mesmo assim, estarei torcendo pra você. – fez sinal de promessa no peito – Eu prometo.
- Parando pra pensar... – Íaça já perguntou pra mim – Qual é sua idade?
- 16 anos.
- Oba, temos mesma idade. – Indira bateu sua palma na minha.
- Claro... – Íaça ficou bicuda – Pra vocês faltam dois anos pra serem adultas enquanto eu só falta cinco anos.
- Não se preocupa Íaça. – acariciei seus cabelos tentando anima-la – Tenho certeza com esse tempo vai ser grande guerreira.
- Muito obrigada. – ela me abraçou com tudo e com força – Vou rezar todos os dias por ancestrais que você ser torne guerreira rápido, assim eu implorei por Raoni para ser minha mentora, mesmo que ele ficar negado.
- Íaça – Indira e eu falamos ao mesmo tempo e rindo.
Achei que não conseguiria fazer amizade com os aprendizes, e fiquei muito feliz conhece Indira e Íaça. Fomos por Sul achando melhor pra pescar, Indira mostrou caminho enquanto Íaça não parava fazer perguntas sobre vida na cidade e adorou parte sobre escolas e parques de diversão, chegando onde é lago que tem mais peixe, Indira e eu ficamos dentro no lago pegando enquanto Íaça explorando pra pegar frutas nas árvores, como desculpa pra não entra na água.
Adorei a Indira, ela é gentil e sincera, me ensinou melhor forma de pegar os peixes só com as mãos e hora certa pra pega-los. Depois de uns minutos conseguimos pegar sete peixes, os limpamos enquanto esperávamos pela Íaça e voltou com os braços cheiros de quatro mangas e três galhos com açaí.
Voltamos à aldeia quase na hora do almoço, Indira me disse que os alimentos sempre são levados para alguém que cuidar dos alimentos, fomos até cabana com barraca ao lado e no meio das frutas estava uma mulher pele morena, meia idade e cabelos negros bem longos.
- Oi Dona Alice. – Indira a chamou e acenou – Chegamos com alimentos.
- Olá Indira, que bom... – ela estava falando até ficar surpresa a me ver – Ora quem estou vendo, seu nome é Clarisse, não é?
- Sim.
- É uma honra conhecê-la. – se aproximou de mim pra cumprimentar e com beijo na bochecha. – Eu quis me apresentar antes. Mas como supervisora dos alimentos, eu ando muito ocupada.
- Dona Alice é responsável pelos alimentos e cuidar as tarefas das coletas. – Indira falou por ela.
- Minha nossa, você é mais bonita de perto. – Dona Alice foi me olhando e sorrindo – Aposto que muitos homens da cidade flertavam você toda hora.
- Dona Alice, não assuste a coitadinha. – Indira viu minha reação de vergonha e reclamou pra ela, disse sussurrando pra mim – Não tenha medo, ela é assim mesmo, gosta de brincar com as garotas por causa da aparência.
- Não fale como se eu fosse assim. Falei isso por que os homens estão já começando fofocar sobre você, sua aparência, forma tigresa humana... E jeito que lutou com os aprendizes. – disse enquanto ria – Alguns guerreiros até estão apostando pra quem ficar com você.
- Como assim?! – falei meio chocada.
- É que esses guerreiros Humanimais Predadores têm queda por mulheres fortes.
- Pior que isso é verdade. – murmurou Íaça – Minha mãe sempre me contar quando ela conheceu o papai. Ele confessou dizendo que ela é melhor protetora e muito bonita, isso nunca entendo.
- Menina, você muito nova pra isso. – a lembrou Dona Alice.
- Assim como você sempre diz Ursão isso e Ursão aquilo, ficar bem louca quando falar dele. – disse Íaça como se quisesse ver reação dela.
Fiquei bem surpresa vendo reação da Dona Alice, cara dela ficou envergonhada de repente.
- Sua baixinha sem vergonha. – foi gaguejando – Isso não é coisa que uma criança teve dizer.
- Principalmente porque a aprendiz dele está ouvindo isso. – Indira segurou meus ombros enquanto ria e disse pra mim – Ver se não contar por seu mentor sobre isso.
- Não a envolve nisso. – quase gritou.
- O que ela não pode ser envolvida? – assustamos ouvindo a voz da Tara e para Dona Alice parecia que tinha visto um fantasma, ela estava atrás de nós, com cara curiosa e cruzando os braços – O que vocês falando que pararam de repente? Não me digam que estão contando coisas estranhas pra ela, não estão a assustando, não é?
- Claro que não, Tara querida. – Dona Alice falou como alguém escondendo criminoso – Nós só estamos falando sobre como Clarisse quase se saiu bem no treinamento.
- Sim, eu soube. – disse Tara – Flash até agora gritando de dor das costas por causa dos espinhos, está na cabana do Curandeiro.
- Sério?! – depois a Íaça perguntou animada – E Ryan?
- Está com um pouco de dor muscular depois de tanto esforço pra Flash dos espinhos dele.
- Que pena, eu não poder ver isso acontece. – disse meio rindo. - Não posso esperar pra ver a cara deles.
- Depois, seus pais estão te procurando pra almoçar. – disse Tara.
- Droga, eu queria almoçar com Clarisse e continua com nossa conversa sobre...
- Menina, aprendizes não podem negar os pedidos dos mais velhos. – rapidamente Dona Alice tapou a boca dela e disse com ar quase de ameaça. – Principalmente porque seus pais estão te esperando, entendeu?
- Tudo bem. – murmurou, antes de ir ela me abraçou – Até mais, Clarisse e boa sorte na patrulha noturna.
- Obrigada Íaça.
- Estou vendo que é boa com crianças. – disse Tara vendo Íaça indo embora – Além de dar grande show no treinamento. Saiba que Ursão acabou de mandar eu te acompanhar pra patrulha noturna.
- Tara. – Indira pediu atenção a chamando – Tudo bem eu ir com Clarisse? Afinal ela está recebendo minha punição.
- Você sabe muito bem que é só um aprendiz por patrulha, vai ser Clarisse, mentor dela, um guerreiro e eu. – acrescentou Tara - Infelizmente não vai dar, entendeu?
- Sim... Bem, minha mãe já teve está me esperando. – antes de ir, se despediu de mim – Até mais e obrigada por hoje.
- De nada, até.
Antes de ir, Dona Alice fez sinal de silêncio pra mim, com certeza sobre sua paixão secreta por Ursão, pisquei pra ela com sinal de juramento que não contaria. Tara e eu fomos ao centro da aldeia pra almoçamos, depois de pegar comida, nos juntamos com Azula nos esperando de abaixo da árvore que sempre sentamos.
- Soube que vai fazer patrulha noturna. – disse Azula enquanto chupava uvas – Precisa tomar muito cuidado, principalmente aquele território.
- Por quê? – perguntei estranhando.
- É que fomos pra território Norte. – respondeu Tara – Os Sombrios sempre aproveitam à noite pra invadir nosso território, por isso precisa muitas patrulhas noturnas.
- E mandam os aprendizes pra isso?! – falei quase chocada.
- É pra conhecimento e experiências para que os aprendizes saibam sobre os Sombrios, antes que eles tentam atacar os aprendizes. – tocou no meu ombro pra me acalmar – Não se preocupar, eu, Ursão e mais um guerreiro vai está com você se acontece alguma ou pode ser não encontramos nenhum Sombrio.
- Espero mesmo que eu não encontre nenhum Sombrio. – torci pra que isso aconteça.
***
Ajudei à tarde toda com Tara e as mulheres, ajudando com plantação dos vegetais e legumes, e pouco tempo livre Tara me treinou pouco pra defensa com uso das garras e dentes. Esperamos até noite só que não vai ter lua, então tremi sobre escuridão na floresta, Tara falou que nossa patrulha vai começa depois que maioria das pessoas dormirem que são às 23h30min.
Quase nossa vez, chegaram Ursão e um homem jovem e moreno.
- Esse é Itambé, ele vai esta com nossa patrulha. – Ursão o apresentou.
Pela cauda ele é Humanimal Leopardo, Tara sussurrou pra mim adivinhando minha pergunta e disse que ele é recém-nomeado guerreiro. Ao nosso lado pareceram Rômulo com Rocket indo pra floresta, antes de irem o Rocket me encarou com olhar de raiva.
Patrulha anterior chegaram.
- Vamos agora. – Ursão deu sinal e o seguimos na floresta.
Quase chegando ao território Norte, Ursão foi liderando patrulha enquanto Tara e eu andamos lado a lado e Itambé atrás de nós de vigia. De repente estranhei meu corpo, aparecia que sentia tortura e Agatha está bem quieta.
Ursão parou do nada e paramos também.
- Pai, está tudo bem? – perguntou Tara séria.
- Sinto cheiro de sangue... É recente. – disse Ursão e aprontou em frente. – Perto da fronteira.
- Verdade. – Tara cheirou – É dois de nós, muito sangue... E energia maligna.
- Sangue?! – tentei cheira, mas estranho que não consigo e não sinto nada – Que energia que está falando?
- Não está sentindo?! – Tara ficou nervosa e estranhando – Nem sente um tipo de energia?
Neguei.
Eu até estranhei, realmente sinto cheiros de longe e então Ursão e Tara olharam um por outro, esse me fez senti um mal pressentimento.
- Tara, volta para aldeia com Clarisse. – disse Ursão com mandado – Avise por Raoni.
- Não quer fomos com vocês? – perguntei.
- Não... – negou Ursão quase gritando que me assustou. – Volte pra aldeia com Tara... E não saíram de jeito nenhum.
- Mas... – eu ia pergunta até se interrompida.
- Mas nada, vão. – Ursão deu grito forte.
- Vamos Clarisse. – ela me puxou leve e disse séria – Eu explico quando chegamos.
Então Tara e eu corremos pra aldeia enquanto Ursão e Itambé foram por norte. Estranhei o comportamento deles, como se eu estivesse perto do perigo, tentei pergunta pra Tara, mas ela ficou só calada só dizendo pra correr. Estava pra atrás dela correndo até ouvir que parecia um grito e bem forte.
- Ouviu isso? – perguntei e Tara parou.
Grito voltou bem alto, dessa vez bem alta... E reconheci muito bem a voz.
- É Rocket.
- O cheiro de sangue está muito forte. – sussurrou baixo.
- Precisamos ajudá-lo. – gritei antes se correr em direção do grito.
- CLARISSE, VOLTE AQUI. – Tara gritou atrás de mim apavorada – Não podemos ajuda-lo, precisamos ir pra aldeia antes de...
"Sair da floresta agora, rápida."
Até Agatha está implorando pra ir embora, mas o que está acontecendo hoje? Mas Rocket está correndo perigo e então não posso deixa-lo, chamei Agatha e entrei na forma tigresa humana pra correr muito rápido e afastando da Tara.
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