Capítulo 27
Desculpe gente, o traço do diálogo no Wattpad deu um bug, mas amanhã vou concertar.
— Nem todas as respostas que você deseja serão respondidas.
— Têm coisas que você não precisa saber.
— Apenas faça aquilo que foi pedido.
— Não se intrometa.
— Salve-os, da sua própria ganância.
Não sei o que está acontecendo.
Tudo se encontra escuro, só consigo ouvir vozes falando comigo, frases que não fazem o mínimo sentido.
— Mesmo que o mar esteja bravio ao seu redor, não se entregue.
— Mesmo que a noite pareça não ter fim, não desista.
Quando acabei de ouvir essas duas frases, de repente me vi no meio daquela guerra novamente, só que dessa vez enquanto todos os soldados vinham para minha direção, via a mesma mulher dos outros sonhos falando as palavras que jamais esquecerei.
— Não esqueça, fui a outra, não consegui amá-lo, após ele matar toda a minha família deixando minha mãe quase louca. – dizia se aproximando, me deixando assustada com as suas palavras. – Mas você é diferente, não tenha medo. Diferente de mim você o atraiu. Ele pode parecer sombrio, não... – passando a mão na cabeça ela pausou, já perto de mim. – Ele é sóbrio, mas você pode mudá-lo. Não se engane, você ainda não o mudou, tudo é fachada. Mas ainda haverão muitas oportunidades pela frente, você vai saber quando acontecer. – explicou tocando o meu ombro, enquanto estava paralisada. – O principal não desista, vai doer, mas você é forte. – acrescentou abraçando-me. – Vou sempre está aqui por você.
Assim que ela acabou de falar, tudo girou em uma velocidade tremenda, apagando tudo ao meu redor. De repente, me vi com os olhos cheios de lágrimas, me perguntando quando tudo aquilo acabaria? Quanto mais sofreria para impedir uma guerra, que nem mesmo tinha a ciência, para evitar que milhares de pessoas morressem?
À medida que esse pensamento pairava pela minha mente, fui recobrando a consciência.
§
Calmamente, abri os meus olhos. Estava em um lugar macio provavelmente uma cama, me sentei nela e observei o local. Ainda era o quarto do reino que estava visitando.
Sentei na cama, colocando a mão na cabeça.
O que mais precisava acontecer para completar a maré de azar que venho atraindo nesse mundo? – perguntei-me mentalmente. – Tenho apenas três meses nesse mundo, e já sofri o suficiente para a minha vida toda.
Suspirei abaixando a cabeça apoiando-a no joelho e massageando o meu coro cabeludo. Ainda na mesma posição, ouvi a porta ser aberta e passos dirigindo-se a cama e alguém sentando nela.
— Está melhor? – A voz de Bromo soou, fazendo o questionamento.
Levantei a cabeça para encará-lo, ele estava sério, mas podia ver um lampejo de felicidade em seus olhos. Felicidades? Qual é o motivo?
— Estou. – Respondi me endireitando na cama e, encostando a minha cabeça na cabeceira da cama.
— Preciso te contar algo, você sabe que costumo ser direto. Então, você está grávida. – E BOOM!!! Ele jogou isso na lata, com o rosto completamente sério. Como se estivesse a me informar que o céu é da cor azul.
Tudo caiu como um balde de água fria na minha cabeça.
Mas..., mas... como? – espera, não sou burra, sei como aconteceu, porquê?
Praga infeliz – amaldiçoei.
Não acredito! – me neguei. Isso não pode ser verdade, é uma brincadeira, só pode.
— Você é muito engraçado, tenho que dizer, quase acreditei. – Disse entre risos, dando um toquinho no seu ombro.
— Não estou brincando, Rosa.
O olhei desesperada, não parecia que estava brincando pelo seu semblante.
Não, não, não! Isso não pode está acontecendo. – pensei atordoada.
Lágrimas sem permissão caiam dos meus olhos, enquanto continuava estática no local olhando abismada para o seu rosto imparcial.
— Eu... eu... – naquele momento não conseguia formular nenhuma frase. Estava acabada, como isso foi acontecer comigo?
Não, não.
Estava acabada, não me importava de parecer uma louca na frente dele, enquanto balançava o corpo e a cabeça compulsivamente, chorando igual a uma desesperada. Não o olhei mais, não sabia qual era o seu semblante, nem o que estava pensando. Só estava preocupada com a minha dor.
Foi quando cai na real, canalha é tudo culpa dele.
— Foi você, tudo isso não teria acontecido se você não tivesse existido, estou nesse mundo idiota por sua causa. Você... você... – Falava enquanto batia no seu peito o mais forte que conseguia.
Teve uma hora em que acho que ele cansou de apanhar, ou provavelmente já estava cansado da minha histéria. E então, ele me puxou para junto de si me abraçando, enquanto eu chorava compulsivamente.
Algum tempo depois, acho pelo cansaço do choro acabei apagando.
§
Uma semana se havia passado desde a descoberta da minha suposta gravidez. E sinceramente? Não consegui levar meu plano a diante, me recusava a falar uma palavra que fosse com ele, e pelo visto, ele entendeu muito bem o recado, porque depois da terceira tentativa, ele finalmente desistiu de tentar falar comigo.
Agora estou aqui, sentada na cama pensando na vida como fiz durante essa semana. Não tinha mais lágrimas para chorar já esvaziei as minhas reservas. Me sinto uma tola, parece que a única coisa que faço desde que vim para esse mundo é chorar.
— Oi Rosa, que tal saímos hoje, você está tão pálida. – Saudou Selina entrando no quarto e sugeriu.
— Não, obrigada. – Respondi dando um meio sorriso para disfarçar a minha angústia.
Claro que eles deviam saber sobre a gravidez, mas disfarçavam para não me deixar triste.
Não quero esse embuste. Vou impedir essa guerra, irei embora e deixarei esse feto aqui, se ele nascer.
— Você não precisa sair do castelo só iremos passear pelo jardim. – Insistiu Selina.
— Já falei que não. – Declarei começando a me irritar com a sua insistência.
Um suspiro deixou os lábios da mulher e então ela prosseguiu dando-se por vencida.
— Tudo bem, não vou insistir mais. Logo o bebê nascerá já que nossas gravidezes duram oito luas correspondente a mais ou menos sete meses no seu mundo.
Ótimo, tenho que sair desse mundo assim que isso nasça. – pensei.
Vendo a minha relutância ela ficou mais uns minutos no quarto e depois saiu.
Os dias foram passando e em meio a tudo isso, eu já havia perdido bastante peso, e não só, um voluminho na minha barriga já começava a crescer.
§
Fazia um mês que estávamos nesse reino, e ontem Selina veio para o quarto para me avisar que iríamos embora hoje. Estava claro que com isso meu sossego acabaria, pois Bromo não me via desde que me recusei a falar com ele, e morando no seu Castelo, isso seria inevitável.
Vesti um vestido, verde água levinho de manga que desenhava minha pequena barriguinha. Como também, deixei os meus cabelos soltos com seus grossos cachos caindo em cascata sobre os meus ombros até a minha cintura. Ao me olhar no espelho, constatei que minha pele outrora morena, estava agora pálida e sem vida, e meus olhos caídos pelas noites mal dormidas, resumindo não estava me sentindo nem um pouco atraente.
Saí do quarto pois os empregados já haviam levado as malas, e enquanto andava pelos corredores, os empregados e soldados que por ali passavam não disfarçavam nem um pouco as suas olhadas nada discretas a mim direcionadas.
Desci as imensas escadas me apoiando no corrimão, pois, não queria tomar um tombo em uma escada desse tamanho, pois se o fizesse, seria morte certa.
Quando cheguei na saída Bromo estava em pé perto da carruagem me esperando, ele estava diferente, seus cabelos brancos estavam mais compridos e, sua pele pálida estava fazendo um lindo contraste com seus olhos azuis gelo. Pelo o que vi, esse tempo aqui fez bem a ele mais do que imaginava.
Selina rapidamente venho ao meu encontro.
— Rosalho, você está linda. – elogiou passando a mão em minha barriga e me abraçando. – Espero que você venha aqui mais vezes. Não esqueça de mandar uma carta quando ele nascer. – Disse me abraçando novamente.
Apenas assenti com a cabeça, não esperava ver aquele feto assim que ele nascesse.
Assim como a mãe, as crianças também vieram despedir-se de mim.
— Volte logo. – Pediram em uníssono, me encantando.
— Prometo. – Respondi brincando com as crianças, despedindo-me delas.
— Irei informar sobre o acordo com o outro reino. – afirmou o soberano do reino apertando a mão de Bromo. – Até logo Luna. – Disse afastando-se.
Após entrar na carruagem, acenei para as crianças enquanto está começava a mover-se. Quando estava longe o suficiente do Castelo, encostei a minha cabeça no estofado da carruagem, fechando os olhos e para o meu alívio, Bromo não puxou nenhum tipo de assunto.
§
Já haviam passado algumas horas desde que deixamos o Castelo e eu estava faminta, afinal... Querendo ou não, estava agora a comer por dois.
Olhei para o lado, e como o usual, ele estava concentrado em alguns documentos em sua mão.
Bom não estou falando com ele, mas preciso pedir comida afinal isso também é culpa dele. – pensei.
— Tem alguma comida por aqui? – Perguntei em um tom baixo.
Ele colocou os papéis sobre o colo e virou-se para me encarar.
— Se não reparou, tem uma pequena mala com comida para você bem na sua frente. – Respondeu ironicamente voltando para os seus documentos.
Bom, pelos vistos ele está irritado.
Peguei a pequena mala e, abri-a, avistando algumas frutas, docinhos, salgados e bolos. Tendo optado por comer primeiro uma maçã, e logo depois alguns docinhos e salgados, e terminei com uma grande fatia de bolo de laranja, o meu favorito.
Não sei se foi porque comi demais ou se foi pelo balanço da carruagem, o único que sei, é que logo após de estar farta fiquei enjoada e veio a vontade de colocar tudo para fora.
— Bromo para essa carruagem. – Falei com a mão na boca.
Ele olhou para mim, mandou o cocheiro parar e abriu a carruagem.
Nem esperei ele me ajudar a descer, dei um pulo da carruagem, corri para vomitar tudo o que havia comido.
Enquanto colocava toda a comida para fora senti alguém segura os meus cabelos, não precisava pensar muito para saber que era Bromo quem o fazia. Quando acabei de vomitar, me levantei, pois estava abaixada e alguém tocou o meu ombro para não me deixar cambalear para trás.
— Está melhor? Não sabia que ainda ficava enjoada. – Disse Bromo me levando para perto da carruagem e me dando um pano para limpar a minha boca.
— Estou. Não com tanta frequência como no início. – Respondi limpando minha boca e meu vestido pois havia ficado todo sujo de grama, enquanto dois olhos azuis me encaravam.
— Vamos subir, estamos perto do reino. – Falou calmamente enquanto olhava para minha barriga.
Entrei na carruagem e dormi a viagem toda.
Espero que tenham gostado desse capítulo, até a próxima. E claro se quiserem podem votar e comentar.
😘😘😘
💭 Recomendação para revisão, DarTaLivros, com os agradecimentos.
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