Capítulo 25
OLÁ, BEM VINDOS A MAIS UMA LEITURA.
Recomendação para revisão, DarTaLivros. Muito boa.
Sem mais delongas vamos aos capítulos. PS: não esqueçam de comentar e votar, beijos.
— Rosa. – ouvi uma voz soar ao fundo, chamando por mim. – Rosa...
Lentamente, meus olhos abriam e fechavam, todavia não tinha forças para mantê-los abertos, razão pela qual deixei-me mergulhar no mundo dos sonhos, novamente.
Tive a impressão como se tivesse dormido por horas...
Como um toque de veludo, senti uma mão acariciar meu rosto. Era uma sensação tão boa que mantive os olhos fechados por mais algum tempo. No momento em que o carinho cessou, abri os olhos com certa dificuldade, devido a claridade que tomava o quarto, e fora apenas na terceira tentativa que finalmente consegui mantê-los abertos avistado Bromo com as feições serenas.
— Finalmente acordou. – Falou calmamente.
Apressadamente, levantei da cama e como resultado de tal ação acabei ficando tonta.
— Deite-se, você ainda não está bem para ficar em pé. – Afirmou Bromo, me ajudando a sentar na cama e colocando o travesseiro nas minhas costas.
Estranho, porque ele estava tão gentil comigo? – perguntei-me mentalmente.
— Está melhor? – Questionou olhando diretamente para mim, com sua mão acariciando o meu rosto.
Desviei o olhar e tirei sua mão do meu rosto.
Estranho...
— O que aconteceu? Como vim parar aqui? Por que você está aqui? – Perguntei olhando para todos os pontos do quarto menos para ele.
— Aparentemente, tu desmaiaste, encontrei você caída no chão quando entrei no quarto e a coloquei na cama.
Olhei para as minhas mãos entrelaçadas enquanto ele falava. Não sei porquê, mas estava a sentir-me estranha perto dele. Após ouvir sua explicação, não disse mais nada, simplesmente, olhei para o nada enquanto ele encarava-me.
— Tu estás a sentir algo que não queres contar-me? – perguntou, mas não ouvia o que ele falava. – Rosa, estou falando com você. Pode me dar atenção? – Disse voltando ao seu "eu" habitual... Estressado.
Recobrei minha consciência com a voz enraivada de Bromo, e olhei para ele.
— Posso ficar sozinha? – Pedi com a expressão séria e o olhar fixo nele.
Um longo suspiro soou dado por ele e logo após respondeu:
— Pode, mas me informe se senti algo.
Dito isto, levantou-se e deixou o quarto.
E assim que isso aconteceu, foi a minha vez de soltar um suspiro, e coloquei a cabeça no travesseiro que estava antes apoiado em minhas costas.
Era altura de colocar o meu plano em prática! Não entendo o que está a acontecer comigo, no entanto, toda vez que ele se aproxima, ao invés de agir pela razão hajo pelo coração. Tinha que controlar-me, ou então colocarei tudo a perder. Assim sendo, aproveitarei a oportunidade que surgiu com o meu desmaio e colocarei o meu plano em prática.
Lentamente, levantei-me e segui para o banheiro, onde fiz as minhas higienes. Depois disso entrei no closet, vesti um vestido verde água levinho e calcei uma sapatilha simples.
Estava perto de sair do quarto, quando a minha barriga começou a roncar. Provavelmente, já passaram horas desde que comi pela última vez, pois era manhã, e se não me engano eu havia desmaiado no período da tarde, ou seja, no dia anterior.
Ao sair do quarto, perguntei a um servo que por ali passava onde ficava a cozinha tendo ele prontamente respondido, me dando as direções da mesma. Enquanto andava pelos corredores em direção a cozinha, esbarrei em alguém, literalmente. Quase caí, e isso só não aconteceu porque esse alguém me agarrou chocando nossos corpos.
Quando olhei para cima, dei de cara com um par de olhos azuis como o gelo, que estranhamente tinha uma luminosidade quase que imperceptível, como nunca havia visto antes.
Não conseguia desviar os olhos dos seus, parecia que um ímã me atraía a ele. Não sei quanto tempo ficamos ali parados, um olhando para o outro. Até que finalmente, caí na real, quando vi seu rosto aproximar-se do meu e uma súbita raiva tomou conta de mim ao lembrar de tudo o que ele tinha feito comigo.
Empurrei-o bruscamente, me afastando do mesmo.
— O que faz aqui? – Perguntei ainda meio aérea.
— Vim buscá-la para tomar o café. – Respondeu dando um sorrisinho, por perceber o que sua aproximação me causou.
Revirei os olhos e sai andando a sua frente, ninguém merecia isso. Mas essa era a minha oportunidade de me aproximar, não posso perder essa chance.
Ele me alcançou e começou a andar calmamente ao meu lado.
— Quero conhecer essa cidade. – Disse casualmente tentando puxar assunto.
— Posso levá-la amanhã, hoje não tenho tempo. – Ofereceu-se normalmente.
Assenti com a cabeça sem ter nada mais para falar.
Sou péssima em fazer amizades, ainda mais em puxar assunto. No meu mundo só tinha uma amiga por causa da minha personalidade fechada. Só éramos amigas porque eu fazia alguns favores a ela, se não fosse por isso tenho certeza que ela já tinha me abandonado, como os outros. Sou uma péssima companhia. - pensei me sentindo triste.
— Você está bem? – Perguntou examinado meu rosto parecendo preocupado.
— Estou. Por que da pergunta? – Indaguei o olhando.
— Por nada, seu rosto pareceu abatido. Pensei que estivesse sentindo alguma coisa.
— Estou bem, só estava pensando em algo.
— Em quê?
— No meu mundo. Percebi que posso ter mudado de mundo, mas as coisas não mudaram. – ouvi-me falar isso, sem perceber. E quando dei por mim, lágrimas caíam pelos meus olhos sem pedir permissão. Abaixei minha cabeça para que ele não percebesse que eu estava chorando, mas não funcionou, pois ele entrou na minha frente impedindo-me de andar.
— Venha vamos voltar para o quarto. – Disse levando-me para o quarto.
Não contestei, porque não queria que outra pessoa me visse chorar. Por mais que parecesse que era só isso o que sabia fazer nesse mundo. Sentia-me uma inútil.
Já no quarto, Bromo acomodou-me na cama e sentou-se a meu lado, levantando a minha cabeça e olhando meus olhos banhados pelas lágrimas.
— O que aconteceu? Por que de uma hora para outra você chorou? – Perguntou limpando as minhas lágrimas que teimavam em cair.
Ele estava agindo de uma maneira que nunca havia agido comigo antes, e que nem eu sabia que era capaz disso. E em meio a tudo isso, não consigo pensar em alguma mentira para respondê-lo, não quero dar nenhuma dura nele pois sei que ele é instável, como também que essa não é a hora de atiçar a sua raiva.
— Acho que preciso aliviar a cabeça. – Respondi afastando o meu rosto de suas mãos.
Ele deu um longo suspiro e saiu do quarto.
Sinceramente, não imaginei que essa seria sua reação. Estava à espera de algo mais... Sei lá, mas não... Não que ele simplesmente deixasse o quarto.
Deitei na cama e comecei a imaginar tudo que me levou até aqui. Tinha que impedir uma guerra, mas não fazia a mínima ideia de como fazer isso; E como se isso já não fosse uma responsabilidade enorme por si só, ainda precisava ter um bom relacionamento com Bromo para que meu plano tenha sucesso. E bem... Eu não estava nem um pouco perto de alcançar nenhum dos dois objetivos.
Suspirei.
Não sei quanto tempo fiquei ali pensando, tanto que nem sequer ouvi quando a porta foi aberta.
— Vamos comer, trouxe o nosso café. – Disse pegando meu braço para me levantar.
Levantei sem pestanejar, pois, estava faminta.
Na mesa havia suco de laranja, um chá amargo daquele mundo, que na minha opinião era um café. Pães caseiros, salada de frutas, biscoitos e salgadinhos para o café.
A mesa estava farta, e ao sentir o aroma delicioso de toda aquela comida minha barriga começou a roncar em sinal de alegria, pelo banquete que tinha diante dos meus olhos.
Sentei-me e comecei a comer apressadamente, parecia que não me alimentava a dias.
— Acalme-se a comida não irá fugir. – Falou dando um pequeno sorriso, pelo meu desespero.
— Eu sei, mas parece que tem dias que não como.
Por incrível que pareça, comemos sem nenhuma discussão em um silêncio agradável, pela primeira vez em sua presença.
Acho que o meu objetivo já começava a ser alcançado.
Desde já agradeço por acompanharem a historia.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro