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Capítulo 24

📖Recomendação para revisão 📖
DarTaLivros, desde já agradeço.

Após horas de viagem, finalmente chegamos ao Reino com o qual Bromo formará aliança, e eu não podia estar mais grata por tal fato, não aguentava mais ficar com a bunda parada naquele estofado. E a primeira coisa que notei, foi que diferente do Reino Sul, que é o reino onde vivo e que a estação predominante é o inverno, este possui um aspecto próprio, e parece que a estação que nele predomina é o outono.

Estava admirada com a beleza do lugar e com as paisagens que este oferecia, constituídas por diversas planícies, montanhas e florestas. As casas que eram pintadas com cores neutras, traziam uma áurea do tempo da vovozinha, com um clima fresco e agradável.

— Rosalho, chegamos. – Informou Bromo que esperava por mim, na porta da carruagem com a mão estendida para ajudar-me a descer da mesma.

Olhei para ele por alguns segundos, para então levantar ligeiramente o vestido para não correr o risco de tropeçar, porque sinceramente... Ninguém merecia esse mico; e peguei na sua mão para descer.

Minha atenção fora presa pelo o castelo, que sem dúvida alguma, era imenso, o lugar possuía um aroma medieval enlouquecedor, estava encantada com a miscelânea de aromas e cores que pareciam dançar perante a minha visão.

Bromo segurou a minha mão para que entrássemos no castelo, e sem sequer falar com os guardas, ele simplesmente entrou no edifício.

Certamente, ele já deve ser conhecido por aqui.

Quando entramos no castelo, para a minha surpresa, diferente do castelo do Reino Sul que possuía uma áurea sóbria, neste eu sentia-me acolhida, como se estivesse verdadeiramente no seio familiar, e isso fazia com que sentisse uma áurea calorosa envolver-me.

Na recepção do castelo, um casal nos aguardava. A mulher aparentava uma aparência pálida, com belos olhos âmbar, como também cabelos castanhos escuros, corpo esbelto e alta estatura, ou seja, ela tinha uma aparência fascinante, o que tornava impossível não se deixar fascinar por tal beleza. Com toda certeza se ela vivesse no meu mundo, seria modelo.

Assim que nos aproximamos deles, ela veio rapidamente cumprimentar-me com um forte abraço, nada delicado para a sua aparência.

— É um prazer conhecê-la, não imaginava que viria com o seu companheiro. – Sua fala soara cordial.

Timidamente, assenti com a cabeça, e havia ainda o fato de todos estarem a olhar para mim, que deixou-me nervosa. Discretamente, dirigi o meu olhar ao homem que estava do seu lado. Ele parecia bem mais sério que a moça, e possuía longos cabelos loiros, olhos azuis-escuros, a pele levemente bronzeada, porte forte e alto.

— Seja bem-vinda, Luna. – Disse sútil.

Estava totalmente sem graça, com todos aqueles olhares direcionados a mim, mas felizmente, graças a Deus, com seu tom monótono Bromo começou.

— Vamos para o seu escritório. – E dito isto, como se fosse o dono da casa direcionou o homem para o escritório. Tendo assim, ficado apenas nós duas na sala.

— Vou mostrá-la o quarto em que ficará. – Informou seguindo em frente e subindo a imensa escada.

Sem pestanejar, ou pensar duas vezes, segui a mulher. Ao adentrar no imenso quarto, fiquei encantada com a beleza e delicadeza do local, diferente do quarto de Bromo, este não possuía demasiado luxo, pelo contrário, sua sutileza e delicadeza era algo que sem dúvida alguma agradava os olhos. As paredes tinham o tom pastel, havia uma cama enorme no centro do quarto com colchas grossas em uma tonalidade escura marrom, as janelas possuíam cortinas que condiziam com a cor das paredes, todavia para acrescentar, havia também alguns bordados na cor salmão a adornar as mesmas. Havia também uma mesa para refeições no quarto, que era de vidro e era forrada por uma toalha de renda salmão. Como havia constatado antes, era uma decoração sutil e delicada, mas que, no entanto, ainda assim possuía o seu encanto.

A mulher abriu uma porta que revelou ser o banheiro, que era um cômodo espaçoso e que tinha o piso revestido com azulejos brancos e utensílios na cor pastel e salmão, combinando com o quarto, o exemplo de um deles, era o tapete com uma estampa florida, maravilhosa com o tom pastel.

Acompanhei-a para fora do banheiro, entrado assim em outra porta que mostrou-se ser um closet médio com um espelho de corpo inteiro e prateleiras de madeira.

— Bom, este é o closet, só um momento irei chamar a serva para arrumar as suas coisas. – Disse simpática.

Antes que ela saísse do quarto, parei-a e com sorriso disse:

— Não é necessário, eu mesma arrumarei as minhas coisas.

— Tem certeza?

— Sim, obrigada. – Dei um meio sorriso.

— Ok, daqui a pouco os empregados trarão as suas malas. – Informou ela e assenti com a cabeça.

Pronto agora estava sem assunto.

Ficamos assim por alguns minutos, até que ela resolve quebrar o silêncio.

— Estava curiosa para saber qual era a outra companheira de Bromo.

Outra companheira, como assim? – pensei.

— Outra? Ele teve, mais alguma? – Perguntei sem esconder a minha curiosidade.

Espantada, ela olhou-me, percebendo que havia falado de mais.

— Não! Que dizer, sim. Não... Cala-te boca. – Gaguejou e falou palavras sem nexo, para consigo mesma.

Quando terminou de ter o seu próprio momento e de falar aquelas palavras sem sentindo, tentou sair do quarto, mas a segurei pela mão antes que fizesse.

— Espere! Me explique direito... – Pedi olhando em seus olhos para que ela tivesse consciência de que me deixou interessada e deixando a frase no ar para que ela percebesse que ainda não havia se apresentado.

— Selina. – declarou. – E não tenho nada para falar-te. Esqueça o que eu disse. – Dito isto, saiu imediatamente do quarto, sem que eu pudesse segurá-la.

Que saco! – pensei frustrada.

Mas não adianta pressioná-la, ainda mais tendo em conta que não a conheço. Ao invés disso, preciso descobrir mais sobre o assunto.

Enquanto pensava sobre o tema, os empregados bateram à porta do quarto deixando as malas e logo após a sua saída, tive de arrumar as roupas, tanto as minhas como as de Bromo. Fiquei duas malditas horas naquele closet.

Após terminar a arrumação, peguei no diário e escrevi a pergunta que tanto me deixava curiosa.

Qual é a outra companheira de Bromo?

Escrevi isso e fiquei esperando uma resposta.

Esperei e esperei, mas não venho nenhuma resposta. Era só o que me faltava, agora teria que espera a vontade do diário para dar-me a resposta.

Resignada, escondi o diário na gaveta do closet atolada com as minhas roupas, na esperança de que ninguém descobrisse da sua existência ali.

Estava a ir para a janela, quando vi tudo escurecer e apaguei.

Novamente, apareci naquela mesma montanha de sempre, porém diferente da última vez, desta vez havia uma grande lua vermelha no céu chamando por mim. Iria pular do penhasco, e de repente ouvi uma voz suave chamar-me com carinho.

Espero que gostem.

Não esqueçam de votar e comentar, criticas construtivas são bem-vindas.

Obrigado pela leitura.

Até a próxima. 😉

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