Capítulo 5: Departamento de Investigação
Ladies and gentleman and others! And aliens too!
Mais um capítulo saindo do forno. Obrigada a todas as visualizações e votos... Fico feliz que esta história esteja sendo agradável.
{Este capítulo contém conteúdo +18}
Sinalizem erros.
As noites nas últimas duas semanas foram intensas para ele.
O Departamento de Investigação Criminal de Hefei permanecia em um estado caótico de análises, com novos integrantes chegando o tempo todo para perturbá-lo.
Não era considerado um chefe ruim, mas sabia que haviam muitas histórias mal contadas sobre ele vagando de boca em boca. Em sua presença, ninguém era capaz de confrontá-lo.
De qualquer forma, isso não lhe fazia alguma diferença. Poucos casos que passaram por seus agentes não tinham solução. Em seu coração, se orgulhava de sua equipe, que nos últimos 5 anos se tornara sua família.
Encarando seu reflexo uma última vez no espelho, Nie Mingjue suspirou frustrado. Considerava-se um homem atraente, porém os anos marcavam seu rosto de uma forma dura e deselegante. Sua pele bronzeada trazia consigo linhas fundas sobre as bochechas e bolsas escuras ao redor dos olhos. Em sua testa, algumas rugas apareciam quando ele arqueava as sobrancelhas.
Seus trinta e seis anos começavam a pesar sobre suas costas.
Ajeitou a camisa escura, dobrando duas vezes as mangas e encaixando o botão no pequeno espaço acima dos cotovelos. Vestiu o colete sobre a roupa e checou suas armas. Para sua sorte, ambas estavam carregadas e limpas.
Seus longos cabelos negros estavam presos em um coque mediano, no centro da parte traseira de sua cabeça. Algumas vezes ele pensou em cortá-los, assim como Huaisang fizera quando completou 16 anos. Entretanto, seu irmão mais novo o aconselhara a manter os cabelos como estavam, pois os fios longos deixavam sua expressão mais séria para o trabalho. Nie Mingjue nunca foi um homem descontraído, o que não o ajudou a compreender o que as palavras do irmão significavam.
Quando tudo estava em seu devido lugar, discou o número do irmão; um costume diário antes de todo o estresse e os perigos que ele poderia vir a enfrentar após sair de casa.
–Dage? -uma voz sonolenta respondeu do outro lado em meio a um bocejo.
–Huaisang! Você estava dormindo? Já deveria estar estudando! -seu tom era forte, decepcionado.
–Dage... São oito da manhã...
Nie Mingjue checou o relógio no pulso esquerdo. De fato, eram oito horas.
–Eu estou acostumado à isso. Huaisang, eu estou saindo para trabalhar e...
–Tenha cuidado, tranque as portas, não atenda telefonemas desconhecidos. -interrompeu o irmão. -Você diz isso todos os dias, Dage.
–Isso. -o mais velho respondeu envergonhado. Não imaginou que ele fosse tão previsível.
–Eu sei me cuidar, dage. Se cuide também. Vou voltar a dormir.
–Está bem. Huaisang...
–Eu também amo você, dage. Me ligue quando sair.
E assim ele encerrou a chamada.
Nie Mingjue preocupava-se com seu irmão acima de todas as outras pessoas. Ele criara Huaisang sozinho, por dezoito anos. Agora, seu único desejo era mantê-lo o mais seguro possível e longe de tudo o que envolvia o seu trabalho. Nisso, Huaisang vivia sozinho em um dos campos destinados ao Programa de Proteção à Testemunha, secreto aos olhos de todos os outros habitantes de Hefei. Esta era a única visão que o irmão mais novo usufruía.
Poucos quilômetros de Hefei, Nie Mingjue o deixara em uma grande casa de campo, numa espécie de conjunto de chalés da Polícia Internacional. Todo fim de semana, ele o visitava e checava se a vida de seu irmão estava sendo a mais agradável possível.
Ele sabia que não. Todas as vezes que chegava ao conjunto, notava como os olhos dourados de Huaisang perdia seu brilho aos poucos. Sua mente pesava tentando encontrar uma solução.
Em uma hora, estacionou seu carro na vaga destinada de seu departamento.
Os elevadores estavam vazios, para seu alívio interno. Quando as portas de metal se abriram, rumou para sua sala pessoal, assentindo por educação aos poucos policiais que encontrou nas mesas.
–Bom dia, chefe. -a mulher falou sem entusiasmo. Seus olhos estavam cansados e pesados.
–Bom dia, Jia Li. Onde estão todos?
Não era comum que o Departamento de Investigação de Homicídios estivesse tão vazio como agora.
–Conhecendo os novos policiais, chefe. Separando-os para enviá-los ao trabalho nas ruas. -a mulher digitava em um notebook com extrema agilidade, sequer olhando diretamente para ele.
Isso não o incomodava. Jia Li era a melhor especialista em tecnologia do departamento e pouco gostava de se comunicar. Não tão surpreendente, suas análises em evidências digitais eram rápidas e conclusivas.
–Algum prodígio?
–Ainda não os conheci. Provável.
–Alguém para minha equipe? -estava curioso. -Quase um ano desde que Wen Qing entrou.
–Três. Estão com o Detetive Ye.
Nie Mingjue assentiu, caminhando entre os corredores para o escritório.
Ye Han era, sem sombra de dúvidas, o seu melhor amigo.
As lembranças da academia o deixavam extasiado muitas vezes, fazendo-no sorrir ao recordar os momentos tão alegres vividos por sua equipe.
Ye Han sempre carregaria o título de prodígio do departamento. Um homem com uma memória brilhante de fatos e acontecimentos, um perito de campo especialista em análises comportamentais e análise de perfil. Seu talento para a profissão o levara de assistente de laboratório para perito em poucos anos, levando o amigo ao auge como Detetive de Homicídios antes de completar seus vinte e sete anos.
Nie Mingjue sentia imenso orgulho por ele, assim como afeição.
Jamais seria capaz de esquecer como o melhor amigo se arriscara várias vezes por ele, inclusive salvando sua vida duas vezes.
Sua equipe um dia poderia mudar e ele jamais deixaria Ye Han de lado.
Bateu duas vezes, adentrando o escritório após permissão.
-Soube que temos três novos companheiros este ano.
O sorriso brilhante de Ye Han iluminou o ambiente. O homem tragou uma última vez seu cigarro, apagando-o no porta papel de pedra e jogando-o na lata de lixo.
Sentou-se na beirada de sua longa mesa, encarando seu melhor amigo com uma expressão conturbada.
–Há dois bons assistentes para Wen Qing. Ela ficará feliz.
Não ouvir as reclamações de Wen Qing analisando os corpos já era para ele uma grande vitória.
–E para nós? -o mais alto perguntou desconfiado.
–Um especialista em artefatos explosivos e armas. Jiang alguma coisa. Eu sequer me lembro do nome.
–Isso me parece ruim para a mente mais brilhante de Hefei.
O homem de olhos claros gargalhou alto, tirando dos lábios de Mingjue um riso contido.
–Você tem um concorrente então.
–Não vejo dessa forma, A-Jue. Ele pode fazer as análises de artefatos, assim eu terei mais tempo.
–Mais tempo para que? Não é como se você tivesse alguém, A-Han.
–Eu gostaria de ter, mas sequer tenho tempo de procurar alguém.
Ye Han torceu o rosto em uma triste expressão, os olhos brilhando em desgosto. Nie Mingjue revirou os olhos. Conhecia o amigo muito bem para confiar nisso.
–Você não tem cara, A-Han.
O mais baixo esboçou um sorriso doce, retirando um outro cigarro da carteira e acendendo-o.
–Temos um caso. Quase me esqueci.
–Fale.
–Um homem foi encontrado morto em um banheiro na loja de conveniência do posto de gasolina. Wen Qing está analisando o corpo.
–Quantos agentes foram enviados ao local?
–Quatro. Dois policiais que estavam fazendo a ronda do local e dois dos nossos agentes.
–Vamos direto para lá. Traga sua maleta e largue esse cigarro.
O homem mais baixo revirou os olhos tornando-os brancos. Apagou o cigarro pela metade e cruzou os braços.
–Está feito. Agora esconda essa marca em seu pescoço. Nada profissional.
Nie Mingjue arregalou os olhos em confusão, retirando um pequeno espelho de seu bolso. Uma grande marca roxa de mordida aparecia pela gola da camisa.
–Droga.
–Você está fodendo com vampiros? Seu gosto já foi melhor.
–Cale a boca e peça para Jia Li uma daquelas maquiagens esquisitas.
–É claro, boneca.
Com uma ligeira piscadela, Ye Han deixou seu escritório aos risos.
–Detetives... Sempre insuportáveis.
⊹⊱✫⊰⊹
Wei Ying se revirou de aqui para lá no sofá, atraindo a atenção de Xiao XingChen que tentava sem sucesso dormir.
–Está desconfortável? -perguntou preocupado.
–Claro que não, tio. Durma, você precisa.
–Wei Ying... -se levantou, sentando-se na pequena cama do quarto. -Você já saiu com alguém?
A pergunta pegou Wei Wuxian de surpresa, fazendo-no levantar-se em um sobressalto.
–Por que está perguntando isso? É claro que sim! Eu saí com muitas pessoas.
Xiao XingChen sorriu quando o sobrinho torceu os lábios em um beicinho, coçando o alto da cabeça em confusão e surpresa.
–Ah... Eu nunca saí com ninguém. -confessou, sentindo as maçãs do rosto tornando-se quentes.
–Você está interessado em alguém, não é? Quem é ele? -perguntou curioso, se levantando e se aproximando da cama do tio.
–Não estou interessado em ninguém, Wei Ying!
Wei Wuxian riu descontrolado da feição vergonhosa que tomava todo o rosto de seu tio, deixando sua pele vermelha como se ele estivesse febril.
–Hum, certo...
–Eu apenas tenho visto alguém algumas vezes. Quero dizer, tenho olhado apenas.
–Aaaaaah, seu sem vergonha!
–Wei Ying! Ah, eu não deveria ter falado nada. Esqueça. Como foi seu primeiro dia?
–Muito silencioso. Meu chefe não fala muito, se quer saber. Só fica me olhando aquela forma estranha.
–Como?
–Ah, deixe.
Xiao XingChen sorriu, acariciando os cabelos de Wei Ying com ternura e apreço.
–Durma aqui, eu ficarei com o sofá hoje.
–Obrigado, tio! Er, quero dizer...
–Você é como sua mãe.
⊹⊱✫⊰⊹
Seu corpo tremia a cada nova investida do outro. Não compreendia como ele poderia se manter em pé após tanto tempo na mesma posição.
As mãos fortes ao redor de seu quadril se firmaram, puxando-o contra seu membro latejante e empurrando-o até que estivesse completamente preenchido. Ele arfou, as costas arqueando enquanto usava as mãos para obter algum apoio no colchão.
O calor cercou todo o ambiente, elevando a temperatura de seu corpo e o fazendo suar. Seus cabelos grudavam em seu rosto e seus lábios soltaram um longo e rouco gemido.
–Você é macio e quente.
O homem empurrou com mais força, apertando as nádegas delgadas do outro entre os dedos.
–Eu estou exausto...
Ele gemeu de êxtase, atingindo seu clímax rapidamente enquanto o outro continuava a entrar e sair da fenda úmida.
–Você nunca reclamou antes. Está cansado de mim?
De seus lábios não saíam qualquer palavra, apenas gemidos incapazes de serem contidos.
O homem mais alto esfregou a ponta do nariz fino na parte de trás do pescoço do amante, beijando a curva entre o pescoço e seus ombros. Reivindicou o corpo do outro lentamente, de forma profunda até atingir seu próprio orgasmo.
Quando enfim as mãos soltaram seu quadril e o outro escorregou para fora, seu corpo desabou sobre os lençóis.
Permaneceu imóvel, sentindo os espasmos tomar todo seu corpo.
O mais alto percorreu o corpo pálido e suave com as mãos, beijando a extensão da coluna e os ombros tão magros. Virando seu amante para si, depositou um beijo nas bochechas quentes e vermelhas, lambendo o lóbulo de uma das orelhas e mordiscando a carne macia.
–Você melhora a cada dia. Apenas sinto que você deveria deixar de fazer isso.
O homem mais alto se levantou, recolhendo as roupas espalhadas pela pressa em tomar seu amante. Vestiu sua camisa e a calça, fechando os botões e o cinto de couro.
–Você sabe que eu não posso. -disse, a voz fraca e a boca seca pelo ato quente minutos atrás.
–Você sabe que se precisar de ajuda eu...
–Eu sei. Vá logo. Se o virem aqui...
–Certo. -interrompeu o homem mais alto, terminando de calçar os sapatos.
Vestiu o terno e encarou a beleza do homem deitado com tanta elegância na cama.
–Cuide-se, A-Yao.
⊹⊱✫⊰⊹
Quem será que estava com o A-Yao hein? 7w7
Espero que o capítulo tenha agradado vocês! Como sabem, é a primeira vez que escrevo algo mais moderno e ainda estou me acostumando.
Se tiverem dicas, fiquem a vontade!
Agradeço todos os votos e comentários, vocês são demais! ❤️
Sexta feira tem outro capítulo!
Nos vemos no fim de semana, bebês ❤️
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