Capítulo 2: A-Jue, A-Cheng & Wangji
Hi, ladies and gentlemen and others! Mais um capítulo prontinho pra vocês. Eu espero que gostem.
Como eu disse antes, os dois primeiros capítulos são sobre alguma cena específica dos personagens principais, para ajudar na compreensão futura de alguns capítulos onde só há menção.
Mas chega de falar. Nos vemos no fim do capítulo.
Todas as suas noites por anos foram a mesma: deixava seu trabalho e buscava alguma diversão nos braços de algum desconhecido por toda uma noite.
Revirando-se de um lado ao outro em uma cama de hotel, o homem despertou suando frio e sentindo seu corpo inquietante. Divinamente, o homem que desta vez o acompanhava dormia tranquilamente como um bebê. Ele possuía uma boa aparência e isso sempre facilitou todos seus "encontros noturnos", como seu irmão mais novo costumava dizer.
Desde que fora transferido e se tornara o chefe de QingHe, o Departamento de Investigação Criminal no centro de Hefei, sua vida nunca mais voltou a ser tão tranquila como antes. Em alguns momentos, sentiu falta de toda a paz que um dia pode desfrutar em seu trabalho como policial.
Assumir a liderança de um órgão tão importante como esse apenas o deixava mais frustrado e irritado. Seu temperamento tornava-se instável em cada novo dia que amanhecia.
A prova disso era o corpo pálido do homem ao seu lado, que agora estava coberto por marcas vermelhas e arroxeadas em toda extensão. Ele não o conhecia e mesmo se já fossem velhos amantes, jamais desejaria feri-lo como ele o fez. Ainda que o outro não pareceu se importar enquanto os lençóis dobravam em calor, sua mente o traía a cada novo companheiro que passava a noite.
Sua única felicidade era ver Huaisang em suas folgas semanais. Seu irmão mais novo era o refúgio de todas as suas angústias, e apenas ele vira todos os lados que Nie Mingjue possuía.
Saiu de seus devaneios noturnos pela vibração constante de seu celular acima do móvel do hotel. Felizmente havia sido rápido o bastante para atender seu celular antes do homem acordar.
–Nie Mingjue. –falou, baixo como um suspiro rouco.
–A-Jue. Temos uma cena para investigar.
A voz do agente especial de seu departamento era a última coisa que ele desejava ouvir no momento.
–Fale.
–Uma camareira encontrou um homem morto na banheira de um motel não muitos quilômetros daqui. 46 anos. Estrangulado.
Por um momento, o homem pensou no desespero da mulher encontrando uma cena como esta. Afinal, nas primeiras semanas de seu trabalho, ele não pode dormir.
–Envie dois agentes e um perito para examinar e me encontre em dez minutos.
–Como queira.
Não era necessário mais do que meia dúzia de palavras entre eles, e no fundo, agradeceu por ter um amigo entre toda a loucura de sua profissão.
Vestindo-se depressa, observou uma última vez o belo homem que dormia como uma pedra. Eles nunca se veriam outra vez.
Ele nunca saberia seu nome. E tudo devia ser assim.
Deixou uma quantia em dinheiro no móvel e saiu em passos lentos rumo à outra madrugada de trabalho excessivo.
⊹⊱✫⊰⊹
O dia quente de verão apenas elevou sua irritação rotineira. Usar o uniforme do departamento era ainda mais insuportável nos dias que o sol brilhava tão alto às 7h da manhã.
Olhando-se uma última vez no espelho do restaurante, ajeitou a gravata que estava milímetros fora do lugar. O problema era que seus cabelos permaneciam bagunçados independente do que fizera para mantê-los no lugar.
–Porra, que merda. –cuspiu para fora dos lábios, revirando os olhos em descontentamento.
Ele nem mesmo teria tempo de uma refeição decente como prometera para a irmã. Vestiu o colete e checou a munição pela última vez.
–A-Chen, você prometeu ter um café da manhã hoje. –sua jiejie era sempre doce e nunca se importava por suas expressões ruins.
–Eu sei. Infelizmente vou quebrar isso mais uma vez... Tenho uma ocorrência. –proferiu, beijando a testa da mulher que ele considerava a mais incrível que existia. –E você precisa dormir melhor.
Os olhos de Jiang Yanli possuía bolsas escuras pelas noites mal dormidas, fosse cuidando de Jin Ling ou da administração do restaurante.
–Se comer melhor, eu dormirei melhor.
Entregando um pacote ao irmão, Jiang Yanli sorriu como um girassol beijado pelo sol e nada poderia ser mais bonito.
Tomando o pacote em mãos, Jiang Cheng deixou o restaurante e seguiu para o departamento.
Algumas vezes, desejava não ter de ver alguns colegas de profissão. Suspirou fundo antes de pisar no elevador e ir de encontro ao que poderia ser uma pequena ocorrência criminal ou um grande problema, como no mês anterior.
–O que houve com seus cabelos? Você foi eletrocutado? –a voz que fazia dele um mero deboche soou. Hoje não seria um dia de sorte.
Diferente do restante dos dias, ele apenas ignorou; mas seus olhos brilharam com uma raiva contida, como se ele pudesse a qualquer momento de encontro ao pescoço do outro e enforcá-lo até que não pudesse mais respirar.
Esconder o corpo não poderia ser tão difícil.
Quantas vezes os criminosos o faziam e eles encontravam apenas os ossos tantos anos depois? Ele poderia se refugiar em outro país.
–Você não ouviu o que eu disse? O chefe vai te destruir.
Outra vez ignorou, apertando o botão do sétimo andar como se sua vida dependesse disso. Quando as portas se abriram, sua sorte rara definitivamente piorou.
–Você está atrasado e seu cabelo me lembra um ninho de pássaros. –a voz grossa e enojada ecoou em seus ouvidos.
–Desculpe-me. Os dias tem sido difíceis. O que devo fazer?
–Preciso que vigie uma galeria de arte localizada na avenida sul.
–Por que eu?
–Eu não sei. O chefe ordenou. Pertence ao irmão mais novo dele.
Jiang Cheng estagnou em sua posição e só acordou após as portas baterem de encontro aos seus pés. Ele nem mesmo havia saído!
–Eu nunca soube que Mingjue tinha um irmão.
–Não é algo que todos devam saber.
Ótimo, pensou. Ele quem deveria resolver os problemas de família de seu superior. Não poderia piorar...
Era melhor nem pensar nisso.
⊹⊱✫⊰⊹
Ele não suportava a forma traiçoeira de seu coração bater todas as vezes que o outro se aproximava demais, fosse para lhe dizer um segredo de algum cliente ou irritá-lo com seus truques e flertes. As vezes os flertes não eram o real problema, e sim não serem unicamente para ele.
Tentou de todas as formas afastá-lo, mantê-lo longe, focá-lo no trabalho designado e não nele. E ainda tudo parecia desmoronar quando o outro sorria de forma clara e animada. No fim do dia, ele ia embora feliz e Wangji fechava a loja sozinho.
Como ele gostaria de manter aquele sorriso por mais horas, mais perto... Como ele gostaria de beijar aqueles lábios!
Ser quem era foi um obstáculo maior para si do que para qualquer outro. O fato de estar se apaixonando por aquela figura energética e falante não significava que o sentimento era mútuo. Em seu coração, sabia que isso não era possível.
Wei Ying gostava de flertar e ele o fazia com toda e qualquer pessoa que atravessasse as portas da loja, não se importando se iria ser repreendido. Para seu azar, ele nunca foi.
Cada novo dia era um novo martírio para sua avassaladora paixão. Sua devoção aquele rapaz de olhos azuis o estava consumindo e atolando-o em um lamaçal de emoções contidas.
–Lan Zhan! Lan Zhan!
Seu coração errou todas as batidas e seu sangue parou de fluir quando aquela voz penetrou em sua cabeça. Ele estava enlouquecendo.
–Ei, Lan Zhan! Pare de me ignorar!
Soube que era real quando o outro se agarrou em seu braço, fazendo-no rodar para encará-lo. O toque enviou ondas elétricas por todo o seu corpo e seus lábios se entreabriram em surpresa.
–Meus pais foram visitar o meu tio e eu não tenho ninguém com quem passar a noite.
Seus olhos saltaram em seu rosto.
O que ele queria dizer com aquelas malditas palavras?
Me perdoa lyu_dnjm pela demora! ❤
Os próximos capítulos sairão mais cedo, eu prometo.
Se encontrarem erros, sinalizem. Eu escrevo em outra plataforma e faço o possível para corrigir por lá.
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