Pedido de desculpas
Paris, França, Quarta-feira, por volta das 12:00, Empresa Tierry, Sala do senhor Degel...
Degel
Devido ao fato de eu descobrir tudo o que meu filho fez com Milo, o filho de um funcionário meu, eu fiquei pensando que dessa vez, Camus havia ido longe demais. Resolvi ligar em casa para saber dele e, Madelaine me avisou que ele havia ido ao dentista, para implantar prótese no lugar dos seus dentes arrancados, na briga de ontem à noite.
Antes de eu encerrar a ligação, agradeci a ela e, em seguida resolvi ir até o dentista, para buscar o Camus, para depois podermos ir almoçar juntos, num restaurante perto da catedral de Notre-Dame. Saí da minha empresa por volta das 12:15, chegando ao dentista em pouco tempo.
Estacionei meu carro e adentrei a clínica. Fiquei o aguardando sair do consultório, fato que o deixou surpreso ao me ver a sua espera.
Eu aproveitei e lhe fiz o convite para irmos ao restaurante. De início, ele não desejava ir. Mas graças a Deus, consegui convencê-lo. Depois, saímos juntos da clínica, entramos no meu carro, partindo rumo ao restaurante.
Chegamos lá por volta das 13:00 horas em ponto. Eu já tinha feito a reserva pela internet.
Novamente estacionei o meu carro numa vaga próxima da catedral. Depois, atravessamos a rua para entramos no restaurante. O rapaz que recepciona os clientes do restaurante, nos levou até a nossa mesa e nos entregou o menu, para assim escolhermos o que íamos comer e beber.
Camus optou por um caldo de ervilha com champingnon, já que o mesmo só poderia comer caldos, devido a implantações de suas próteses dentárias.
Eu escolhi um canelone e, para bebermos, pedimos suco de abacaxi com hortelã.
Logo o garçom trouxe nossos pedidos.
— Camus, qual é o nome do rapaz que te bateu? — eu perguntei de forma séria, após começarmos a comer, desejando ouvir dele a revelação do nome do rapaz.
— Pai, eu não vejo necessidade alguma de novamente termos que tocar nesse assunto um tanto desagradável. — me olhou com o semblante fechado, virando depois o seu rosto para o outro lado, evitando me olhar. Porém, eu desejava ouvir da boca dele, o nome do rapaz que lhe deu uma baita e merecida surra. Mesmo que isso doa em mim, ele mereceu.
— Por favor, me diga o nome do rapaz que lhe deu essa surra, pois eu preciso saber para poder conversar com o reitor. — eu dizia, tentando me manter calmo, pois o que eu queria mesmo era lhe dar umas merecidas palmadas que ele nunca levou quando era pequeno e adolescente.
Camus
Após engolir a terceira colher do meu caldo sonso, olhei para meu pai e lhe revelei o nome do vadio do Milo Adamastor.
— Camus, sabe o que você fará agora?! — ele indagou de semblante fechado, me deixando curioso.
— Eu, pai? Terei que fazer o quê? — lhe perguntei, ansiando por sua resposta.
— Você fará duas coisas simples: Primeiro, você irá pedir desculpas a esse rapaz, pelo o que você e Shura armaram para ele na questão da moça que ele namorava. — falava em um tom sério e ríspido.
— Me poupe, senhor Degel! Eu não pedirei desculpas a esse desqualificado e filha da puta. Nunca! O senhor me ouviu?! Fui claro?! — eu falava furioso e aos berros.
— Acho bom você abaixar seu tom de voz comigo. E, você, querendo ou não, pedirá desculpas ao Milo. — soltou em tom firme, me olhando de forma fixa no fundo dos meus olhos.
Eu, que já estava em pé — pois eu havia me levantado da cadeira em que eu estava sentado antes. — comecei a falar extremamente nervoso e furioso.
— Eu estou indo embora, pois não sou obrigado a ouvir mais nada de você, pai! – em seguida, saí, lhe dando as costas, até chegar do lado externo do restaurante. Entrei logo depois no Uber, que estava a minha espera na porta do restaurante.
Degel
— Por Deus! Aonde foi que eu errei?! A cada dia que passa, Camus me decepciona mais e mais. — eu pensava cabisbaixo.
Devido a minha tristeza e decepção, nem havia conseguido mexer na minha sobremesa. Solicitei a presença de um garçom, para pedir a conta, pedindo também para o mesmo embrulhar a sobremesa que eu nem havia mexido. Mas antes, aproveitei e lhe pedi mais duas para poder levar para viagem.
Após o garçom me entregar o grande embrulho, lhe dei sua merecida gorjeta e segui para pagar minha conta no caixa. Segui até a porta, para assim chegar ao lado externo do restaurante. Logo após isso, entreguei o embrulho, que eu trazia em mãos, para um senhor que pedia esmolas junto de duas crianças pequenas, que eu deduzi serem seus netos.
O pobre senhor, todo maltrapilho, agradeceu meu gesto enquanto ele e as crianças se deliciavam com a gostosa sobremesa. Ficamos conversando um pouco e, o pobre senhor me contou a sua vida dura e o quão difícil estava sendo cuidar e alimentar seus netos, pelo fato dele estar desempregado e ninguém lhe dar uma nova oportunidade de trabalho.
Confesso que me comovi com sua história e, prometi ajudá-lo em tudo o que eu puder. Fato que o fez chorar, emocionado, segurando em minha mão direita. Deixei meu cartão, com telefone e endereço da empresa, para que ele pudesse me procurar.
Depois, me despedi do senhor Jean e de seus netos Poul e Pablo, seguindo assim para minha empresa. Ao chegar à mesma, conversei com meu sócio Piere, na intenção de quem sabe arrumarmos um emprego para o senhor Jean.
Pierre
— Degel, eu até entendo que você deseje ajudar esse senhor, porém, nosso quadro de funcionários já está completo. — eu falei de forma direta e taxativa. Em seguida, meu aparelho celular começou a tocar. Eu pedi licença para o meu amigo, para atender o mesmo. Ao atender a ligação, contrastei ser minha esposa Melissa. Então, pedi para ele me liberar, pois era um assunto particular. O mesmo me liberou, estando cabisbaixo e, em seguida saí de sua sala, o deixando sozinho.
Degel
Após meu sócio e amigo ter saído de minha sala, meus pensamentos preocupantes com meu filho invadiram por completo a minha mente, me deixando disperso, sem nem sequer perceber a presença da minha secretária, que me chamava para poder me entregar a mais documentos para eu assinar. Só percebi sua presença e, que a mesma me chamava, pelo fato de Pierre ter retornado a minha sala...
— Você pode entregar esses documentos, por favor? — Lucila questionou a ele.
— Eu os entrego ao Degel. Agora, por favor, você pode ir. Muito obrigado. — meu sócio dizia a moça, fato que me fez despertar. Em seguida, ele veio até a minha mesa para me entregar a mais uma pilha de documentos. — Degel, você não me parece muito bem, amigo. Aconteceu alguma coisa?! — ele perguntava com seu semblante preocupado.
— Pierre, meu filho está cada vez mais custoso. Camus não para de aprontar. — eu falei ao meu amigo de longa data, após erguer novamente a cabeça, o olhando ao respirar fundo.
— Eu não tenho filhos, pois você sabe o problema que eu tenho... Sabe o que eu faria, se eu fosse você: Eu arrumava outro filho com minha namorada, pois seu filho ama exclusividade e se acha o centro das atenções.
Ficamos conversando mais um pouco e, Pierre aproveitou para convidar a minha namorada e eu, para irmos à festa de sua esposa Melissa, que será nesse final de semana.
Agradeci meu amigo pelo convite e, lhe disse que falaria com a minha namorada.
***
Residência da familía Tierry...
Camus
Depois da briga que tive com meu, pai no restaurante, passei no shopping e comprei uma cesta de café da tarde, pedindo para a moça entregar no endereço que eu mostrei. Junto da cesta, escrevi um cartão para ser enviado a pessoa.
Depois que saí do Shopping, vim direto para casa, convidei Shura e duas prostitutas, para passarem à tarde conosco, aqui em casa, nas piscinas.
***
Residência da familía Adamastor...
Milo
Eu estava assistindo TV após o almoço — eu assistia minha série favorita e comia pipoca. Eu até que estava me sentindo feliz, por um lado, pois meu pai me disse que hoje, eu poderei retornar a universidade, já que seu chefe, que é pai do desgraçado do Camus Tierry, já havia resolvido tudo com o puxa saco do reitor. Eu só estava um pouco triste também, pelo fato de Shoko estar lá no Japão. Nós agora só nos falamos pelas redes sociais, porém, ela disse que querendo o não, ela terá de se casar com o filho do amigo de seu pai, ao terminar a faculdade.
De repente, a campainha tocou e, eu fui atender, dando de cara com um moço que me perguntava se era aqui, que Milo Adamastor morava. Eu lhe respondi que sim e, que essa pessoa era eu. O rapaz me entregou uma linda cesta de café da tarde e, logo depois ele foi embora.
Retornei para dentro de casa, com a cesta, fato que me deixou surpreso, pensando em quem me mandaria uma cesta dessas, que eu já deduzir ser bem cara.
Ao entrar na sala, sentei no sofá e fui ler o cartão que estava na linda cesta.
Cartão On
Esta cesta é para você. Espero que você goste, querido Milo! Pois eu acho que nela tenha tudo o que você gosta. Eu a escolhi especialmente para você.
Agora, vou ser direto e parar de enrolação: esta cesta bem montada aí, na verdade, me custou bem caro. Por isso, eu acho que eu mereço, pelo menos, uma, uma não, umas noites com você, Milo Adamastor!
Ass: Camus Tierry
Cartão Off
Ao terminar de ler o cartão, fiquei tão furioso que rasguei o mesmo. Em seguida, me levantei do sofá e levei a cesta para o meu quarto, para assim devolver para aquele desgraçado que pensa que eu sou um garoto de programa.
As horas passaram rapidamente e, finalmente chegou a hora de ir para a universidade. Ao chegar à mesma, fui em direção ao Camus e um grupinho de puxa sacos que estavam junto dele.
— Camus, aqui está à cesta que você me mandou! Eu estou te devolvendo, porque eu não estou à venda! Sem falar que eu não desejo nada de você. — eu lhe dizia ao lhe entregar a cesta. Antes mesmo dele me dirigir a palavra, saí lhe dando as costas.
Camus
— Era só o que me faltava! Esse petulante audacioso vir me fazer pagar mico... — eu dizia a mim mesmo, em pensamentos, até que Laila já começou com suas perguntas chatas.
— Camus, foi você que deu essa cesta àquele rapaz? — ela me perguntava um tanto curiosa.
— Laila, deixe de ser boba. Eu jamais gastaria meu precioso dinheiro para mandar uma cesta, pra alguém que eu não suporto. E, tem mais: você está vendo algum bilhete meu aí?! — eu menti. A mesma me perguntou se poderia ficar com a cesta. Para não ter mais que aguentar essa chata, eu lhe dei a cesta que era do vadio.
Deus é prova que eu tentei pedir desculpas para o vadio e petulante do Milo Adamastor...
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