O mal- entendido
Residência dos Tyerri, dois dias após o ocorrido entre Mu e Madelaine...
Murilo
Após eu ter ouvido as duras palavras da doce Madelaine, eu me senti extremamente triste e arrasado. E, para piorar, a Eris não me dá uma trégua sequer. Depois daquele beijo que ela me deu, eu estou mantendo uma distância favorável dela, só falo com ela o necessário, a tratando com certa indiferença.
— Meu Deus! O que eu devo fazer para convencer a Madelaine? De fato, que eu gosto dela, e eu preciso dizê-la que aquele beijo não representou nada para mim! — eu me questionava em pensamentos, seguindo rumo a minha suíte.
Enquanto isso, na suíte de Murilo...
Eris
Eu estava deitada na cama do meu amor, completamente nua, pois hoje só estamos Mu, eu e as serviçais. E hoje eu aproveitarei para fisgar o Murilo, de uma vez por toda. Ele é como qualquer outro homem, que não resiste à tentação, e eu duvido que ele não se renda aos meus encantos.
— Eu vou esperá-lo sentada ali, naquela poltrona. — eu pensava comigo mesma, com convicção e na certeza que eu conseguiria o que tanto desejava.
Murilo
Segui subindo as escadas até chegar à minha suíte. Ao entrar na mesma, eu comecei me despir para tomar um banho relaxante.
— Nossa, como você fica mais lindo ainda sem roupas. — uma voz feminina, e um tanto familiar, se dirigia a mim. Ao me virar para o lado da voz, me deparei com a Eris sentada na poltrona branca, com a mesma estando completamente nua. Minha reação inicial foi prestar a atenção no seu corpo alvo e perfeito, que estava completamente desnudo, e para piorar a situação a mesma se levantou e veio de encontro a mim.
Mesmo eu não desejando prestar atenção no seu corpo, eu não pude deixar passar despercebido os seus seios fartos e durinhos, o bumbum empinado e todas as belas curvas desenhadas em seu corpo, como se fosse uma bela escultura.
De fato, ela é uma mulher bela e atraente.
Eris
Pouco a pouco eu fui me aproximando do gatinho do Murilo, e o mesmo me olhava como se estivesse sobre efeito de hipnose. Ao vê-lo dessa forma, só fazia elevar ainda mais o meu ego feminino.
Já bem próxima dele, fiquei olhando-o de forma fixa e penetrante, e com cara de safada, enquanto comecei a acariciar seu peitoral largo e definido, lhe causando arrepios com os meus toques.
— Gosta do que vê, Mu? E os toques estão bons? — questionei após morder meu lábio inferior.
— Eris, por favor, pare e saia da minha suíte. — ele tentava relutar e reprimir seus desejos masculinos e primitivos. Então, eu decidi jogar mais pesado, mordiscando o lóbulo de sua orelha.
— Eu sei que você quer... — sussurrei em seu ouvido. — E você não vai dar conta de manter o autocontrole por muito tempo, Mu. — logo depois dei um chupão em seu pescoço, deixando minha marca. E, devido ao meu ato, o mesmo soltou um gemido grave e rouco, para o meu deleite.
Continuei distribuindo chupões no mesmo; eu também dei atenção para seu pau que devido ao meu estimulo, logo ficou rígido. Enquanto eu estimulava o meu gostoso, o mesmo gemia de forma gostosa, me deixando mais excitada.
Enwuanto isso, na cozinha...
Madelaine
— Mayana, por favor, será que você pode levar esse lanche e esse shake de mamão com mel e aveias para senhorita Eris, lá na suíte dela?! — perguntei a mesma ao lhe entregar a bandeja.
— Posso sim, Mad. Vou lá servir a entojada, asquerosa e metida. — minha amiga soltava de forma taxativa e revirando os olhos, ao mesmo tempo.
— Mayana, não fale assim. Isso é falta de respeito, e você não pode, nem deve ficar falando assim das visitas. Mesmo que elas sejam como a senhorita Eris. — falei cabisbaixa e triste.
— Madelaine, por que você não conversa com ele? Dê uma chance ao senhor Murilo, pois eu tenho certeza absoluta que ele realmente gosta de você, amiga.
— Ele não gosta não. Ele só queria brincar comigo, pois eu os vi se beijando lá no jardim, há dois dias. — expliquei com tristeza e decepção.
— Eu acho que essa Eris, de fato, é uma víbora traiçoeira e mentirosa. Eu sinto que eles não têm nada um com o outro e, provavelmente, ela está mentindo. — Mayana dizia convicta.
— May, por favor, vamos parar com esse assunto, está bem? Eu não desejo me iludir, muito menos me machucar mais do que eu já estou. — avisei ao me virar para a pia, para lavar a louça suja.
Mayana
Após eu ter pegado a bandeja para levar o lanchinho da bruxa feiosa, até a sua suíte, fui subindo as escadas, devagar e passando pelo cumprido corredor. Ao passar perto da suíte do senhor Murilo, eu escutei barulhos um pouco estranhos, parecendo justamente o que eu já desconfiava. Então resolvi bater na porta da suíte do mesmo, só para atrapalhar e melar o plano da vagabunda de quinta.
Eu batia insistentemente na porta da suíte, até que a vadia da senhorita Eris abriu a mesma — a megera estava furiosa, dava para perceber isso.
— O que você quer, garota? — ela soltava com os olhos flamejantes de raiva.
— S-senhorita Eris, eu não sabia que a senhorita e o senhor Murilo estavam ocupados, me desculpe. — me fazia de surpresa e desentendida.
— Boa noite, Mayana! Não se preocupe, pois você não atrapalhou nada. Muito pelo contrário, você me salvou de cometer o pior erro da minha vida. — o senhor Murilo dizia ao sair da sua suíte, vestindo um roupão e deixando Eris e eu a sós.
A mesma me olhava com extrema raiva; era notório em seu semblante.
Na badalada boate, de Moulin Rouge...
Camus
Eu resolvi vir à badalada e famosa boate de Moulin Rouge, devida a muita insistência dos meus amigos Saga, June, Shura e a nova ficante dele que se chama Aurora.
Eu estava me sentindo uma vela humana — eu me preparava para ir embora, porém resolvi ficar ao ver Milo entrando junto da ruiva e do troglodita Aiolia. Eu fiquei os observando, até que vi Milo e aquela mulher irem para pista de dança para dançarem, ao som das músicas eletrônicas de sucesso mundial, como de DJs Davit Guetta, Alok, Marsimello, entre outros. Ver aqueles dois dançarem pertinho, um do outro, daquela maneira, e ela se insinuando para ele da maneira que estava, eu confesso que meu sangue fervia nas minhas veias. Então resolvi pagar na mesma moeda, o provocando ao fazer o mesmo joguinho sórdido e torturante, que ele estava esfregando na minha cara. Enquanto eu estava indo ao bar, para pedir outra dose de uísque, acabei conhecendo uma bela e exótica brasileira, que sabia falar corretamente a língua inglesa, mantendo assim um dialogo fácil entre nós dois. Além da minha língua tradicional, eu aprendi o Inglês da Inglaterra, o grego, alemão e o espanhol.
Depois de muito conversar com Antonieta, a convidei para dançar. Durante a dança, eu fiquei tentando a todo custo provocar o Milo. Mas parecia que ele realmente não estava dando a mínima para a minha provocação. E tal fato me deixou frustrado e decepcionado. Além de triste e arrasado, então eu parei de dançar com a moça, a deixando na pista, sem ela nada entender e sem eu dar nenhuma explicação.
Segui para o banheiro em seguida, para chorar, pois eu estava morrendo de vontade de fazer isso. E já estando no interior do banheiro, me tranquei num dos banheiros individuais e me sentei no vaso sanitário, começando a chorar, me lamentando ali sozinho. Mas logo cessei minhas lágrimas ao ouvir a voz do Milo e do troglodita do Aiolia, do lado externo do banheiro.
Os dois estavam conversando, e eu resolvi ficar em silêncio para ouvir o que eles estavam falando da ruiva, e o Aiolia estava caçoando de mim.
— Milo, você viu só a criancice do Camus, agora pouco? — ele soltava rindo.
— Eu sequer reparei nisso, Aiolia. Eu vim para me divertir, e não para prestar atenção no Camus, muito menos no que ele faz ou deixe de fazer. — meu amor soltou direto e taxativo.
— Realmente o Milo me odeia, e com certeza ele está com a ruiva oferecida. — eu pensava comigo mesmo, me sentindo pior do que eu já estava. Em seguida, tudo ficou em silêncio novamente. Eu fiquei mais uns minutinhos dentro do banheiro, que eu estava, e depois saí do mesmo, constatando que ambos já estavam longe. Depois que parei de frente ao imenso espelho, me deparando com minha imagem totalmente descaída, eu lavei meu rosto, dei uma ajeitada na minha roupa, para poder retornar para junto de meus amigos. Eles não poderiam me ver da maneira que eu estava. E a ideia de ir embora não saía da minha mente, e assim eu fiz ao sair pelas portas dos fundos da boate. Porém, algo me deixou surpreso, boquiaberto e de queixo caído, pois eu flagrei uma cena inusitada, vendo o Aiolia e a ruiva se pegando no escurinho, se beijando como se fossem engolir um ao outro, fato que me deixou extremamente confuso, pois eu pensava que ela e o Milo estavam ficando juntos. Mas agora essa! Ela com Aiolia? — Ela deve estar chifrando o meu amor. — assim eu pensei, sentindo muita raiva.
Se isso for verdade, Milo está sendo um trouxa, e eu irei avisá-lo, pois ele não merece isso.
Em seguida, os dois retornam para interior da boate, ao passarem perto de mim. Mas eles não me viram, pelo fato de eu estar escondido. Logo após ambos adentrarem novamente ao interior da boate, eu segui até o meu carro, destravando o mesmo. Depois de desligar o alarme, entrei, colocando o cinto de segurança, seguindo para minha casa.
Residência da família Adamastor...
Kardia
Saori veio pousar aqui em casa novamente. Ela e eu estávamos as sós, pelo fato de meu filho ter ido à boate com seus amigos. Após ela e eu termos feito amor, por horas, seguimos para tomarmos um banho juntos, e depois do banho fomos preparar uns lanches para comermos, pois de fato estávamos com muita fome, pelo fato de termos feito amor por horas. Ela me ajudou a preparar os lanches, e enquanto preparávamos os mesmos, ficamos conversando.
— Meu amor, eu estou achando você um pouco estranho, o que foi? O que está lhe preocupando, além do estado de saúde de Sara? — minha ágapite me questionava preocupada.
— Amor, realmente não tem como eu esconder nada de você. — falei enquanto a abraçava por trás.
— Eu te conheço bem, querido. Vamos, pode se abrir comigo. — disse ao passar uma de suas mãos no meu rosto.
— Querida, eu estou muito preocupado com o Milo, em duas questões. Uma, é pelo fato da perda de Sara, a outra, é que eu sinto que meu filho esta sofrendo por amor. Eu o conheço muito bem... Ele comentou algo com você, nesse sentido? — perguntei ao relatar minhas preocupações.
— Amor, eu te entendo, porém o Milo não fala sobre essas coisas comigo. — minha linda dizia triste. Logo depois, a nossa conversa foi interrompida com a chegada de Milo, assim eu deduzi ao ouvir a porta da sala se abrindo e o nosso cachorro fazendo festa.
Eu resolvi ir até a sala, e meu filho estava deitado não chão com o cachorro em cima dele — uma cena linda e divertida de se ver. Minha ágapite logo se juntou a nós.
— Já chega, Zeus! — Milo dizia, ao tentar se safar do mesmo, fazendo Saori e eu rirmos.
— Será que dá para parar de rir de mim e me ajudar aqui? — ele soltava sério.
Me aproximei do meu filho, e após ralhar com o nosso cachorro, que é da raça Pastor belga, eu estendi minha mão direita para ajudá-lo a se levantar. Ele segurou a minha mão, e logo com o impulso de seu corpo, já estava em pé.
— Vamos comer, rapazes? Os lanches nos esperam. — Saori dizia seguindo para a cozinha. Milo e eu seguimos a minha amada, e ao adentramos a cozinha, sentamos todos à mesa para lancharmos e depois dormir. Afinal, no dia seguinte teríamos que acordar cedo para trabalhar.
Enquanto isso, na residência dos Tyerri...
Camus
Cheguei à minha casa por volta das 21:35, e ao entrar no interior da mesma, e seguir até a cozinha, escutei uma desordem geral, parecendo uma terrível decisão entre Eris e as minhas empregadas — meu primo tentava apaziguar sem obter resultado algum.
E, ao eu entrar na mesma, percebi que os ânimos de todos estavam exaltados, pois Madelaine saiu correndo para o jardim dos fundos, e o meu primo saiu atrás da mesma enquanto Eris e Mayana se ofendiam com palavras de baixo calão, obrigando-me a me intrometer nessa discussão desnecessária.
Eris começou a relatar o seu lado, e depois Mayana fez o mesmo.
No jardim dos fundos...
Murilo
— Madeleine, por favor, me escute! Eu posso lhe explicar. — eu falava a seguindo.
— Eu não desejo ouvir mais nada do senhor. Por favor, me deixe em paz. — a bela moça soltava num tom seco.
— Mad, eu juro! Eris e eu não fizemos nada, lá na minha suíte. — expliquei com a voz embargada e me sentido triste e aflito.
— Me poupe! O senhor acha mesmo que eu sou uma verdadeira imbecil, não é? — indagou triste e com raiva.
— Eu estou falando a verdade. Eu não transei com ela. Por favor, acredite em mim, pois é de você que eu gosto. — eu já estava com os meus olhos marejados.
— Se você transou com ela ou deixou de transar, isso não me diz respeito algum. Afinal, ela é a sua namorada. — a doce moça soltava taxativa, estando de costas para mim.
— Mad, a Eris e eu não temos nada, e nunca tivemos. Ela está mentindo. — afirmei chorando.
— E por que ela mentiria? Por favor, eu não quero ouvir mais nada de você. Vai lá com ela e me esqueça de vez. Eu não serei seu passatempo, senhor Murilo. — soltou convicta e direta.
— Mad, espera! Por favor... — eu a suplicava e implorava sem obter êxito, pois a mesma partiu, me deixando falar sozinho e envolto com a minha dor. Não tendo outra escolha e já sem argumentos, resolvi me dirigir para minha suíte, me jogando na minha cama e desabando em lágrimas doídas. Após esgotar minhas lágrimas, eu decidi arrumar minhas malas para retornar para minha casa.
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