O ciúme me corrói
Inglaterra, Londres, quarto de Hospede...
Shion
— Aonde será que eu estou? E que terrivel dor de cabeça é essa? — questionei a mim mesmo, confuso. Em seguida, me sentei e me levantei da cama em que dormia, e ao ver minha imagem refletida no espelho, levei um baita susto, pois eu estava completamente nu. Então comecei a procurar pelas roupas que eu usava na noite anterior. E, enquanto eu procurava, fui surpreendido com a entrada da minha ex-mulher ao quarto.
— Que bom que você já acordou, Shion. — comentou evitando me olhar.
— Luna, o que houve? Como eu vim parar aqui no seu apartamento? E o que você fez comigo, sua maluca? — perguntei sem pausar a minha fala.
— Primeiro, por favor, se vista, pois realmente precisamos conversar. — ela disse estando de costas. — E não fui eu que tomei a iniciativa para o que ocorreu ontem entre nós.
— Mas onde estão minhas roupas? Eu não as achei. — avisei sério e um pouco confuso.
— As suas roupas continuam aonde você as deixou... Estão lá na sala junto das minhas. — comunicou permanecendo ainda de costas.
Eu peguei um roupão que estava pendurado e o vesti.
— Pronto, pode se virar agora. — soltei sério e sentindo uma baita dor de cabeça.
— Vamos até a cozinha tomar café, e lá conversamos. — disse séria e taxativa, enquanto seguia à minha frente. Ao passarmos pela sala, eu pude constatar que o que ela dizia realmente era verdade. E na minha mente eu já deduzia o que realmente havia acontecido. Porém, eu ainda não estava conseguindo assimilar o devido fato em que tudo ocorreu. — Sente-se. Eu vou servir o nosso café. — avisou num tom sério, me servindo uma xícara de café.
— Então, Luna. Não me diga que aconteceu o que eu estou pensando? — indaguei temeroso pela resposta.
— Se você estiver pensando que passamos a noite juntos, sim, foi exatamente isso que aconteceu. — revelou o que eu já temia.
— Como isso aconteceu? — perguntei confuso. Porém, após ela me explicar tudo, eu pude compreender. Depois que tomamos café, ela me pediu para ir embora e esquecer o que houve entre nós. Afinal, agora nos relacionamos com outras pessoas, e que era melhor esquecermos o que houve. Enquanto eu estava em frente do seu edifício, a espera do Uber que eu havia chamado, eu fiquei pensando na noite anterior, e cada detalhe daquela noite agora estava gravada nitidamente em minha mente, fato que me deixava um pouco inquieto e cada vez mais confuso. E mesmo que eu estivesse sobre efeito de álcool, todas as minhas atitudes foram pensadas. Depois, saí de meus pensamentos, pois o Uber havia acabado de encostar, e eu o pedi para me deixar na minha empresa. Ao chegar à mesma, segui para a minha sala para poder trabalhar, porém eu não estava conseguindo me concentrar no trabalho. Primeiro, porque as imagens daquela noite não paravam de povoar a minha cabeça. Segundo, minha cabeça estava doendo muito, pois eu estava com uma tremenda de uma ressaca. — Hannah, eu vou para casa, pois não estou me sentindo muito bem. Qualquer coisa que você precisar, peça ajuda ao Dokho. — avisei a minha secretária antes de ir embora.
E ao chegar o Uber novamente, segui até a minha casa. Chegando lá, adentrei ao interior da mesma, dando de cara com Ártemis.
— Onde você passou a noite? Pois Eris e eu retornamos para cá após termos discutido e você não se encontrava. Fora que passou a noite fora de casa! — seus gritos ecoavam na minha cabeça que estava doendo, mesmo que Luna tenha me dado um remédio para dor de cabeça.
— Por favor, não começa. Eu já não estou mais aguentando o seu destempero. Eu não quero discutir mais! E se me der licença, eu preciso de um tempo sozinho. — eu disse na tentativa de evitar uma nova discussão.
— Escute aqui! Você não vai a lugar nenhum, sem antes me dizer onde você passou a noite! — gritou raivosa.
— Eu saí para espairecer minha cabeça e acabei dormindo no apartamento do Dokho. — menti.
— Será mesmos? Ou você passou a noite com alguma vagabunda? Shion Tyerri Lauthener, se você estiver mentindo para mim e eu descobrir, você vai se ver comigo!
Eu nada disse. Me calei e segui em direção as escadas, começando a subir os primeiros degraus, mas a loira veio atrás de mim feito uma fera, começando a me dar tapas e arranhadas. No auge da discussão, sem querer a segurei com força e a afastei de mim.
— Chega! Eu não estou mais te aguentando. Pare com esse chilique, e vê se vai dar uma volta e me deixa a sós um pouco! — gritei com extrema raiva. Em seguida, a mesma saiu descendo apressadamente as escadas, vindo se desequilibrar e cair. Eu segui apressado para ajudá-la, pois temia a mesma ter se machucado gravemente. — Ártemis, você está bem?! — indaguei preocupado.
— Ai, ai... Ai... Está doendo muito meu tornozelo e o meu braço. — gemia de dor. Eu a peguei no colo e a deitei no sofá. Depois, comecei a chamar por minha governanta.
— Larissa, por favor, providencie gelo. — pedi aflito.
— Aqui está o gelo, senhor Shion. — avisou entrando na sala.
— Por favor, coloque no tornozelo da Ártemis, enquanto eu vou ligar para o doutor Leonard. — pedi enquanto discava o número da clínica do mesmo.
Enquanto isso, Paris, França, residência da família Tyerri, suíte de Camus...
Camus
Acordei bem cedo, e após ter feito a minha higiene matinal e ter tomado um banho refrescante, eu comecei a me arrumar para o meu primeiro dia de trabalho, no hospital central de Paris. Enquanto calçava meu sapato social, fiquei pensando no meu amado grego e na maravilhosa surpresa que ele fez para mim.
Cada detalhe estava gravado em minha mente.
Já estando devidamente pronto, peguei meu celular para ligar para o meu belo e amado Milo.
— C-Camy, bom dia... — sua fala se interrompeu a seguir.
— Bom dia, meu amor. Desculpe eu te acordar tão cedo. — comentei feliz da vida.
— Não tem problema, querido. Eu amo ser acordado por você. — soltou com a voz ainda de sono.
— Amor, eu vou desligar agora e deixar você dormir mais um pouco. Só liguei para lhe desejar bom dia e ouvir sua maravilhosa voz de sono. — avisei antes de desligar. Ao término da ligação, peguei meu celular e coloquei dentro da minha mochila que eu iria levar para o trabalho. Depois a coloquei nas costas e segui para tomar meu café da manhã. Ao adentrar a cozinha, meu pai e meu primo já se encontravam por lá. — Bom dia, pai. Bom dia, primo. — cumprimentei a ambos.
— Bom dia, doutor Tyerri. — responderam em uníssonos.
Depois me ajuntei a eles para o café.
— Camus, quando você vai inaugurar a sua clínica? — meu pai indagou me olhando.
— A semana que vem. — avisei sorrindo.
— Eu estou muito orgulhoso de você, filho. Aliás, de vocês dois. — falou com satisfação, olhando para mim e depois para o meu primo. Murilo irá começar hoje seu primeiro dia de trabalho, como professor de teatro; ele irá ensinar as pessoas encenar.
Ao terminarmos o nosso café, nós três seguimos para os nossos respectivos trabalho, e ao chegar ao hospital, eu encontrei meu amigo Saga que também estava iniciando seu primeiro dia no mesmo.
— Bom dia, Saga. Tudo bem? — o cumprimentei abraçando.
— Bom dia, Camus. Eu vou bem, e você? — disse retribuindo meu abraço.
— Eu vou bem, graças a Deus. — soltei após termos nos desfeito do abraço. Em seguida, seguimos para nossos respectivos setores, pois eu desejo me especializar na área da cardiologia e Saga na área de neuro cirurgião. Porém, todo médico antes de ter sua área especifica, antes é clínico geral.
Enquanto isso, no Apartamento de Afrodite...
Afrodite
Sigfried e eu estávamos tomando nosso café da manhã quando Aiolia ligou para me avisar que Milo havia retornado a Paris.
— Que bom, Olia. O Mimi já voltou de sua viagem a Inglaterra. Ele chegou ontem à noite. Eu vou fazer uma visita a ele lá na lanchonete mais tarde. Obrigado, e fala para a ruiva aí parar com esse fogo na periquita. — soltei antes de desligar o telefone.
— Amor, o Milo voltou? — Sig questionou me olhando.
— Sim, amor. Ele voltou ontem. E que tal mais tarde passarmos lá no trabalho dele, para visitá-lo e comer alguma coisa? — indaguei sorrindo.
— Claro, moor. Vamos sim. — afirmou com um baita sorriso no rosto.
— Vamos agora, Sig? Pois teremos um dia cheio de trabalho. — comentei ainda sorrindo. Logo depois de fecharmos o apartamento, ele me deixou no ateliê em que eu trabalho, e ele seguiu para o seu trabalho.
Sigfried
Depois de ter deixado meu namorado no trabalho dele, eu segui para o meu, em uma escola de danças a qual eu trabalho como instrutor de danças. Ao chegar à mesma, minha nova colega de trabalho já estava preparando sua turma para a aula de balé, e ao passar perto de sua sala eu desejei um bom dia para ela e suas alunas.
Geist é uma excelente professora e uma bailarina nata. Ela está namorando meu amigo Lune, que se formou em direito. Ele veio para cá para trabalhar, e acabou conhecendo a bela e exímia bailarina Geist. Pelo fato dele estar namorando a bela morena, ela e eu nos tornamos colegas, e ela também é amiga do Dite, o meu namorado.
Sala de artes...
June
— Bom dia, turma. Eu sou June Landenberg, e eu serei a sua nova professora de artes. — me apresentei com satisfação aos meus alunos. Logo em seguida, após eu pedir para eles se apresentarem, dei início à aula. Estou me sentindo tão entusiasmada, pois enfim consegui me formar, e meu namorado disse que hoje fará uma surpresa para mim. Eu estou muito ansiosa para saber o que o meu belo grego está planejando.
Fórum de Paris...
Pandora
Depois que Alana foi a minha sala, para me avisar que havia alguém à minha espera, eu segui até a mesma. E ao entrar, eu tive uma imensa surpresa ao ver meu amado francês que trazia junto a si um lindo buquê de rosas vermelhas. Porém, a minha imensa surpresa não parou por aí.
— Pandora, você aceita se casar comigo? — fez o pedido de casamento, diante de alguns colegas de trabalho.
— Sim, Degel. — eu disse me sentindo imensamente feliz.
— Eu ia fazer o pedido no jantar, mas eu não estava me aguentando de ansiedade. Por isso, me antecipei em vir aqui fazer o pedido na frente de seus colegas. — comentou sorridente. Depois que meu amor colocou a aliança no meu dedo e ele colocou a sua também, todos nos aplaudiram e nos desejaram felicidades. Mas depois meu amado teve que se despedir de mim e retornar para a sua empresa.
Hora do almoço, na lanchonete que Milo gerencia...
Milo
— Afrodite e Sigfried, que surpresa vê-los por aqui. — falei os abraçando.
— Eu falei para o Sig que eu desejava vê-lo. O Aiolia me ligou mais cedo avisando que você já tinha retornado de sua viagem da Inglaterra. Uma viagem que deve ter sido muito custosa, afinal, aguentar o metido e esnobe do doutor Tyerri não deve ser nada fácil. — Dite soltou sem papas na língua.
— A viagem foi boa. E o Camus é uma pessoa incrível. — comentei sorrindo.
— Nossa, eu acho que esse mauricinho está fazendo macumba para ter você como amigo. — falou despojado.
— Dite, vamos deixar o Camus quieto. Afinal, é errado falar mal de quem não está presente para se defender. Por favor, sente-se, vou pedir para servi-los. — eu disse estando meio sem jeito e tentando disfarçar.
— Obrigado, Mi. Mas nós não vamos ficar para comer, só viemos te ver. — Afrodite soltou sério. Nós nos despedimos, e eles foram embora.
20:00 Horas, restaurante Tripavdisor...
Pov Autora
Degel e Pandora, junto de Camus, Milo, Mu e Madeleine oficializavam o noivado com os quatro presentes — o jantar seguia animado e todos estavam felizes. Depois de ficarem um pouco junto do pai e da madrasta, Camus e Milo resolveram sair juntos para ficarem a sós, deixando só o pai, Pandora, Mu e Madeleine.
Uma semana após o retorno dos quatro a Paris...
Autora
Sigfried passou a semana toda indo até a lanchonete aonde o grego trabalha. Porém, numa típica sexta-feira, por volta das 17:00 horas, após sair de seu turno no hospital, Camus, o belo francês, resolveu ir até a lanchonete para buscar Milo. Ele desejava levar seu amado grego para a casa dele, para assim o belo e exótico azulado se arrumar para acompanhá-lo no coquetel de inauguração de sua clínica.
Porém, ao adentrar ao interior da lanchonete aonde seu amado trabalha, o homem de longos cabelos negros e intensas órbes azuladas, de um azul mais escuro, ficara cego de raiva ao se deparar com o castanho beijando seu amado grego, que fazia o possível para se desvencilhar das investidas do atrevido castanho.
Estando totalmente cego de raiva e tomado pelo ciúme que o corroíam, Camus partiu para cima de Sigfried lhe dando uma baita surra que deixou o mesmo totalmente machucado. O francês só parou de espancar o castanho, pelo fato de Milo implorar para ele parar de fazê-lo. Porém, o castanho, após ter levado uma baita surra, estava caído no chão, totalmente inconsciente e ensanguentado — a surra dada pelo francês no atrevido e saliente foi tanta que conseguiu quebrar seu braço, deixar ele com escoriações, olho roxo e até com alguns dentes quebrados. Mas o doutor Tyerri, após ter espancado o Sigfried, ele mesmo ligou para o pronto socorro, solicitando uma ambulância para atender um rapaz que foi vítima de um assalto.
Após a ambulância chegar, o levaram as pressas.
Milo
— O que você fez, não foi certo, Camus. Você poderia ter o matado. — comentei sério e um pouco decepcionado.
— O que você queria que eu fizesse? Você acha que eu ia ver o desgraçado te beijando e ficaria por isso mesmo? — indagou taxativo.
— Está bem, eu no seu lugar ficaria com ciúmes também. Mas você agiu errado, e sua atitude me decepcionou. Fora que essa sua atitude impensada pode manchar seu lado profissional. Já pensou na hora que ele vier abrir a boca, até a sua CRM pode ser caçada. — eu disse com seriedade e sinceridade.
— Me desculpe, amor. Eu sequer havia pensado nisso, mas ele que não se atreva tentar abrir aquela maldita boca contra mim ou eu o calarei para sempre. — soltou convicto.
— Você não seria capaz de fazer com ele o que eu estou pensando, né? Pois se você tentar contra a vida dele mais uma vez, ou de qualquer pessoa que seja, pode estar certo de que nosso relacionamento já era, Camus Tyerri. — avisei taxativo e de cara fechada.
— Amor, por favor, nunca mais diga uma coisa dessas, pois se eu ficar sem você eu prefiro morrer. — comentou com os olhos marejados.
— É só você não fazer mais besteiras. Agora vamos, pois você precisa se limpar desse sangue e se arrumar para a inauguração de sua clínica.
Depois, seguimos para nossas casas para nos arrumarmos para o coquetel de inauguração da clínica do meu esquentadinho.
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