Ciúmes
Universidade de Paris, pátio...
Murilo
Eu e meu primo viemos para a universidade, pois meu tio disse que, se eu quisesse realmente morar com ele, eu teria que continuar meus estudos por aqui. Então, após ele conversar com meu pai, explicando sobre a minha vontade de permanecer aqui, junto dele e de meu primo, eu pedi transferência da minha antiga universidade, para poder prosseguir com meus estudos aqui, em Paris. A princípio, meu pai foi contra, porém, não tendo outro jeito, o mesmo deixou. Mas, no fundo eu sinto que ainda virá bomba para o meu lado.
Ao chegarmos ao campus, Camus se juntou aos seus amigos — um altão de longos cabelos azuis, num tom royal, e o maldito Shura a quem eu tenho vontade de esfolar vivo pelo que ele fez com Madelaine. Eu odeio esse desgraçado, e ainda eu vou dar um jeito nele.
— Mu, que bom vê-lo aqui em nossa universidade. — Milo me cumprimentou sorrindo e me estendendo sua mão direita.
— Obrigado, Milo. Hoje eu estarei iniciando meu curso de artes cênicas aqui. — falei animado.
— Que legal, Mu! Você e Yula serão amigos de sala, não é, Yu? — o mesmo se dirigiu a bela ruiva ao seu lado.
— Sim, Mi. Ele e eu seremos amigos de turma. Eu me chamo Yula, e prazer em conhecê-lo. — a bela moça se apresentou para mim.
— Olá, senhorita. O prazer é meu em conhecê-la. Meu nome é Murilo, mas pode me chamar de Mu. — falei enquanto segurava sua mão.
— Boa noite, galera! Vocês viram só a cara de merda do Tierry? — um cara moreno de porte atlético soltava.
— Aiolia, fique quieto! Para de falar mal do Camus, pois o primo dele está aqui. Esse é o Murilo.
— Milo, não se preocupe, pois não me importa que falem do meu primo. E o Aiolia está coberto de razão. — expliquei descontraído, fazendo todos rir de meu comentário.
— Já estou gostando de você, Murilo. — Aiolia soltou sorrindo.
— Obrigado, Aiolia. E a recíproca é a verdadeira, mas pode me chamar de Mu. — sorri.
Do outro lado do pátio...
Camus
Fiquei o tempo todo prestando a atenção no grupinho em que estavam Milo, meu primo, Aiolia e a ruiva que não desgrudava um minuto sequer do Milo, fato que não passou desapercebido por alguns que estavam junto de mim...
— A Yula é muito bonita, não é Camus?! — a morena me indagou de forma direta.
— O nome dela é Yula? — perguntei sorrindo forçadamente.
— Sim, ela é Yula Scarlat, a nova aluna do curso de artes cênicas. Ela está na mesma sala que June e eu. — respondeu sorrindo.
— Realmente, ela é muito bela. Eu quero saber tudo sobre ela, qualquer informação que você tiver, me avise. — eu disse, sorrindo novamente. Porém, logo parei ao ver Milo e Yula se afastando dos demais, e meu primo, em seguida, veio em nossa direção.
— Boa noite a todos. Camus, por favor, eu preciso te dizer algo em particular.
— Sim, primo. Me acompanhe, por favor. — comentei enquanto andamos para nos afastar dos demais.
Saga
— Nossa, quem é esse gatinho?! — Geist perguntou animada.
— Ele é o Murilo Tierry Lauthener, o primo do Camus. — respondei a pergunta da morena.
Camus
Após Mu e eu conversarmos, eu retornei para junto da galera, percebendo a euforia de Geist. A mesma logo veio em minha direção.
— Camy, depois, você me apresenta seu primo gato?! — a mesma soltada toda saliente.
— É, Camus. Se você não apresentar o seu primo chato pra essa oferecida aí, a xana dela vai pegar fogo. — Shura afirmou direto.
— O que você tem haver com isso, Shura Santiago? — questionou brava e de cara fechada. Logo depois, o sinal bateu e cada um seguiu para suas salas de seus respectivos cursos.
Saga e eu fomos para nossa sala do curso de medicina, e os demais seguiram para suas turmas. Ao entramos na nossa sala, a primeira aula seria com nosso professor dinossauro.
As horas passaram e, finalmente, o horário do intervalo chegou. Saí rápido da sala, junto com Saga para descermos pelas escadas e seguir até a cantina, que por sinal estava novamente cheia. Ficamos na fila, aguardando a nossa vez. Meu primo já estava mais a frente, junto de Milo, Aiolia e a ruiva que estava grudada nele igual chiclete. Na nossa frente estava Afrodite, que por sorte nos colocou na frente dele. É que o bixa do Afrodite é afinzaço do meu amigo Saga, porém o Saga é heterossexual, e ele vive tirando o Afrodite.
Finalmente a nossa vez chegou — Saga e eu pedimos o que desejávamos, e em seguida seguimos para nossa mesa de costume. Shura, June e Geist se juntaram a nós, e na outra mesa estavam Milo, a vaca ruiva, o Aiolia, Afrodite e meu primo. Eles pareciam estar se divertindo muito, pois não paravam de rir feito bobos, fato que me fez ir até a mesa deles, para chamar pelo meu primo.
— Murilo, eu quero falar com você! Me acompanhe. — avisei sério.
— Primo, onde está a sua educação?! Você, primeiro, tem que cumprimentar as pessoas que estão presentes aqui. E segundo, eu só irei com você se você usar a palavrinha mágica. — o chato soltou sério e taxativo.
— Me desculpe. E, boa noite a todos. Murilo, me acompanhe, por favor. — pedi, contendo raiva, pois o mesmo queria me dar lições que eu não sou obrigado seguir.
— Está bem. Agora, eu te acompanho, priminho. E é assim que eu gosto! Você se mostrando educado como seu pai te ensinou. — a praga provocou ao se levantar da mesa. Nós dois seguimos até a minha mesa, e após meu primo cumprimentar quase todos, de forma amigável, eu o apresentei para a galera. Porém, ao chegar na vez de Shura, percebi a troca de olhares de ódio entre ambos, e logo em seguida meu primo se afastou de nós.
Enquanto isso, Arco do Triunfo, apartamento de Pandora...
Pandora
Degel e eu chegamos ao meu apartamento, após termos ido num rodízio de pizzas. Nós comemos pizzas tradicionais de quatro queijos, presunto e mussarela, de palmitos, champignon, entre outras — fora pizzas doces de chocolate com morangos, e de Chattily com raspas de chocolate. Para acompanhar as massas, tomamos um bom vinho tinto.
Já estamos no meu apartamento, e meu amor e eu resolvemos assistir um bom filme romântico. Um filme chamado “A cinco passos de você” — ele muito me emocionou, me fazendo chorar, pois sou bem emotiva. Meu amor me abraçou com muito carinho e limpava minhas lágrimas com um lenço branco que ele trazia no bolso de sua jaqueta Jeans.
Em seguida, meu Deg me beijou com muito amor e carinho, e após cessarmos nossos beijos, ele e eu ficamos nos olhando ofegantes, até que recuperamos o ar que faltava em nossos pulmões.
— Eu sou boba, não é amor? — perguntei séria enquanto o fitava.
— Não, Mon Amour. Você não é boba não. Você fica linda demonstrando seu lado doce e emotivo. — ele disse calmamente, enquanto acariciava minha face.
Em seguida, voltamos a nos beijar com extrema paixão e desejo que incendiavam nossos corpos, nos obrigando a nos livramos de nossas roupas e nos amarmos ali mesmo, no sofá da sala.
Enquanto isso, na universidade...
Murilo
— Ei, Camus. Me espera! Por que essa pressa toda?! — o questionei um tanto confuso, enquanto o seguia.
— Não é nada não. Eu só quero chegar em casa, pois estou exausto. — meu primo falava de cara fechada, ao passar perto de Milo e Yula.
— Milo e Yula, tchau, e até amanhã. Fala para o Aiolia que eu mandei um tchau para ele. — eu avisei sorrindo. — Camus, você, de fato, é muito mal educado mesmo. Você bem que poderia ter dado tchau para o Milo e a Yula. Afinal, você deve sua vida a ele. — comentei sério
— Ah! Vê se não me enche, Murilo. E se tem alguém que eu devo a minha vida é a Deus! — ele falou após bufar
— Sim, primeiramente você deve sua vida a Deus. Porém, foi o Milo que pulou naquela piscina para te salvar, seu mal agradecido. — soltei ríspido, estando nervoso e decepcionado ao mesmo tempo com o meu adorável primo.
— Ele pode ter pulado para me salvar, mas foi você que fez a respiração boca a boca. Sem falar que eu não desejo atrapalhar o namorinho dele com a ruiva chiclete. — ele soltou cabisbaixo e contendo tristeza, fato que me fez deduzir que o meu primo estava com ciúmes do Milo com a Yula. Se ele soubesse a verdade entenderia perfeitamente. Porém, não serei eu que irei contar a verdade sobre de quem realmente a ruiva está apaixonada. Vou deixar o Camus sofrer um pouquinho para ver se ele muda, e para ver realmente ele se declara logo para o Milo, que é quem ele ama.
Nós seguimos para a casa do tio Degel, de Uber. Mas antes, vemos Milo e Yula seguindo na moto dele, para suas casas. Meu primo fechou mais ainda a sua cara. Com certeza o mesmo só não veio chorar, pois ele está na frente dos outros.
Após nosso Uber chegar, seguimos até a casa do tio Degel, e ao chegarmos lá, desceu as pressas, seguindo rapidamente para o interior de sua casa, enquanto fiquei aguardando o troco da corrida do Uber.
Logo depois, entrei a casa, e ao entrar na sala, Madelaine estava a nossa espera.
— Boa noite, senhor Mu. Tem bolo de chocolate e leite quentinho, lá na cozinha para vocês. Porém, o senhor Camus não quis. — a bela moça falava sorrindo.
— Obrigado, Mad. Eu vou lá comer sim, pois esse bolo deve estar uma delicia. Ainda mais se foi você quem o fez. — falei a olhando fixadamente, e me dirigi para a cozinha, junto da bela moça que cada vez mais vem cativando e conquistando o meu coração. Ao chegarmos, Mad me serviu, e eu pedi para ela me fazer companhia. E, assim ela o fez. Enquanto comíamos e tomávamos o leite, ficamos jogando conversa fora. Ela tão meiga e doce, desejava saber como havia sido o meu primeiro dia de aula na universidade. Eu lhe explicava tudo. Continuamos nossa conversa por mais um tempo, porém, sem querer eu deixei meu copo de leite cair sobre a mesa. — Minha nossa! Como eu sou estabanado, eu tinha que sujar a toalha que estava limpinha. — soltei, me sentindo mal e um tremendo desastrado.
— Senhor Mu, isso acontece, e a culpa não foi sua, pois acidentes acontecem. — ela dizia docemente, ao me ajudar a limpar a minha bagunça. Fato que fez nossas mãos tocarem uma na outra. Enquanto nos olhávamos de forma fixa, aos poucos nossas faces foram se aproximando, e levemente nossos lábios já se tocando um no outro, fazendo minhas mãos suarem frio e meu coração bater de forma descompensada. Porém, aquele momento único e mágico foi interrompido, com a entrada de Mayana, na cozinha, quase nos flagrando...
— Me desculpem! Cheguei numa hora errada, não é?! — a mesma dizia, dando a entender que ela havia nos flagrado.
Eu já ia me iniciar a dizer, mas a doce Mad falou primeiro.
— Deixe de ser boba, Mayana, pois não estava ocorrendo nada demais. O senhor Murilo e eu só estávamos lanchando e conversando um pouco. — a doce francesa comentou em tom sério.
— Realmente, a Mad... A Madelaine está certa. — fui me levantando da mesa e colocando a louça que sujei sobre a pia.
— Senhor Murilo, pode deixar que Mayana e eu acabaremos de tirar a mesa e guardar as coisas. — Madelaine falava, se sentindo um tanto envergonhada, assim eu deduzi ao ver seu rosto corado.
— Obrigado, Madelaine e Mayana. Me desculpe pela toalha, e deixe que eu mesmo lavo amanhã. Boa noite para vocês. — fui saindo da cozinha, sentindo meu rosto queimar de vergonha.
Ao sair, fui subindo as escadas até chegar à minha suíte.
Enquanto isso, suíte de Camus...
Camus
Ao ter chegado da faculdade, tomei um banho rápido e vesti meu pijama para poder me deitar. Porém, estou tendo muita dificuldade para pegar no sono, pois não sai da minha mente a maldita cena entre Milo e a ruiva.
— Será que eles estão juntos?! — me perguntei em pensamentos e morrendo de ciúmes.
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