A reconciliação entre Saga e June
Terça-feira á noite na universidade de Paris...
June
Eu cheguei à universidade bem mais cedo do que de costume. Enquanto eu aguardava os portões da universidade se abrirem, resolvi ir até uma lanchonete que fica em frente do campus. Adentrei na mesma me deparando com Saga e Geist, minha melhor amiga, comendo lanches e conversando.
Ao ver os dois ali conversando, eu resolvi me esconder atrás de uma pilastra para tentar ouvir a conversa deles, que eu mesma achei um tanto estranha, por parte da minha amiga.
— Saga, você não precisa ficar assim, se sentindo mal e culpado por conta da discussão com a June. Afinal, ela está errada, e pra ser sincera, eu acho muito estranho ela ficar contra você e sair em defesa do Camus. — a cobra traiçoeira destilou seu veneno para o meu namorado.
— Geist, me desculpe, mas eu não vejo maldade nessa questão da June defender o Camus, pois eles são amigos. — meu amado e belo namorado falou de forma séria e direta.
— Não seja ingênuo! E se eu fosse você, eu ficaria mais esperto, pois eu já flagrei a June e o Camus em algumas situações estranha. — a amiga da onça e falsa contou mais mentiras para o meu amor.
— Eu já volto. Irei até o banheiro para a gente poder ir para o Campus, pois os portões já se abriram. — avisou com sua bela, sexy e rouca voz, num tom sério, fato que deixou a piranha falsa um tanto sem graça. A vadia, após meu namorado se levantar da mesa, já ia se levantando também, dando a impressão de que ia atrás dele no banheiro. Porém, eu cortei seu barato, ao aparecer à sua frente.
— Oi, Geist. Aonde você vai? — perguntei, percebendo que a mesma havia se assustado, pois ela deu um pulinho pra trás.
— Oi, June... Boa noite, tudo bem? Faz tempo que você está aqui? — a falsa me questionou surpresa.
— Não, amiga! Eu acabei de chegar e nem sequer imaginava que você estaria aqui. — tentei me manter calma, para não vir enfiar a minha mão na sua cara de falsiane e talarica, pois a mim ela não engana mais. Ela é só mais uma como um milhão de periguetes loucas pelo meu namorado. Eu aproveitei e comprei um espeto de queijo, e após pagar pelo mesmo, eu arrastei a falsa junto de mim. E, assim, seguimos para entrar na universidade.
Saga
Saí do banheiro, e após ter pago pelo que Geist e eu comemos e bebemos, segui até a mesa em que nós estávamos antes. Porém, não vi nenhum sinal da morena pela lanchonete, então eu segui até a universidade, adentrando a mesma.
Ao estar no interior do Campus, fui até o bebedouro para tomar água, e de repente, avistei Camus conversando com a minha loira. E, ao ver tal cena já coloquei caraminholas na cabeça. Então, eu já estava me preparando para ir até eles, mas Milo e Aiolia vieram de encontro a mim, e ambos começaram a conversar comigo até que o sinal bateu e nós nos separamos — eles seguiram para sua sala da turma de administração, e eu para o anfiteatro. Iremos ter palestra com um renomado neurocirurgião, vindo da Inglaterra.
Ao entrar no anfiteatro, me sentei numa das cadeiras da frente, pois essa palestra será de suma importância para mim. Ainda mais que eu desejo me formar e me especializar na área de neurocirurgia.
Camus, como sempre, chegou atrasado e foi se sentar numa das últimas fileiras, pois todos os demais lugares já estavam ocupados. Logo após todos estarem acomodados nos seus devidos lugares, a palestra enfim se iniciou com um vasto e riquíssimo conteúdo, durando duas horas.
Ao término da riquíssima palestra, alguns alunos saíram para beber água e irem aos banheiros, para assim retornarem ao mesmo lugar, aonde teremos uma aula teórica sobre tudo o que aprendemos na palestra do doutor Shao Smith.
Eu aproveitei a deixa de que muitos haviam se ausentado da imensa sala e segui até o lugar onde Camus estava sentado. O mesmo lia um manga Hentai, fato que só o fez perceber a minha presença, ao lhe dirigir a palavra...
— Boa noite, Camus. Tudo bem? Será que você poderia me dizer o que tanto você e June conversavam, na hora da entrada, lá no pátio?! — indaguei sério, com o mesmo interrompendo sua leitura e prestando atenção em mim.
— Boa noite para você também, Saga. Agora, sobre o que eu e June falávamos, não era nada de mais. Só assuntos corriqueiros e sobre você. — respondeu seriamente, me encarando nos olhos após fechar e guardar seu mangá.
— Vocês falavam de mim? — questionei surpreso. Ele me explicou tudo, e o quanto a loira estava sofrendo e sentia a minha falta. Ao mesmo tempo, meu amigo me encorajou a pedir desculpas para a loira...
Eu expliquei a ele sobre as várias ligações, mensagens entre outras várias tentativas inúteis, em tentar fazer as pazes com ela.
Mas por outro lado, ele mesmo disse que aquele era o melhor momento de eu fazer as pazes e pedir desculpas à loira. O Camus disse também que se necessário, me ajudaria nessa questão. Afinal, ele se sentia culpado por causa dessa situação entre June e eu, pois ele mesmo se conscientizou de que ele havia contribuído para nossa discussão. Porém, no momento em que eu lhe perguntei se ele iria contar a verdade de seus atos ao reitor, o mesmo me respondeu de forma direta e convicta que isso ele não iria fazer, e falou também que eu estava lhe pedindo demais.
Nossa conversa teve de se encerrar por ali, pois tanto o professor quanto os alunos retornaram com todos entrando novamente à imensa sala do anfiteatro e, eu retornei ao meu lugar para prestar a atenção na aula.
As horas passaram voando e finalmente o momento do intervalo chegou. Camus e eu seguimos juntos para a cantina, para enfrentar a fila que, graças aos deuses, hoje estava bem menor que o de costume. E, ao chegar nossa vez, pedimos o que queríamos. Pagamos por nossos pedidos e nos sentamos a nossa mesa de costume, para podermos lanchar e jogar conversa fora.
Depois, resolvi segui até o banheiro e no momento que eu ia rumo ao meu destino, eu vi minha namorada jogando vôlei com outras moças. Então, me aproximei bem perto dela e das demais, com todas as moças me olhando. Uma delas apontou para mim ao mesmo tempo em que falava alguma coisa, que não deu para escutar, para a minha bela loira que virou em minha direção.
Eu a chamei para conversarmos, e por sorte, ela aceitou o meu pedido. Nós nos afastamos das moças e seguimos para uma parte isolada do Campus.
— June, meu amor, eu sei que agi muito mal com você e sei que fui um pouco grosso naquele momento. Porém, naquele dia em que nós discutimos, eu estava de cabeça quente. — eu falava para ela, olhando no fundo de seus belos olhos azuis, enquanto segurava suas delicadas mãos finas, entre as minhas mãos grandes.
— Saga, eu também fui boba e evasiva naquele momento, além de julgar você de forma severa. Só depois, eu acabei sabendo o que Camus e Shura fizeram a Shoko e o Milo, e só agora eu pude compreender o que você sentia naquele momento. — disse docemente com seus belos olhos azuis levemente marejados.
— Então, você me desculpa? Por favor, meu amor, diga que sim, pois eu te amo e não consigo mais ficar longe de você. Esses dez dias sem você, serviram para eu pensar e refletir que eu não vivo sem você. — soltei para a minha loira com toda a sinceridade do mundo. E, em seguida, nossos lábios se colaram ao iniciar um beijo calmo, repleto de amor e carinho. Porém, tivemos que cessar, pois primeiro, estamos na universidade, e segundo, Geist apareceu para nos atrapalhar.
Enquanto as duas ficaram ali, conversando, eu me despedi da minha loira e segui até o banheiro. Logo depois, o sinal tocou e o intervalo chegou ao fim, com cada um retornando as salas de seus respectivos cursos. Camus e eu seguimos para o laboratório, junto dos demais...
June
— Geist tinha que chegar justo na hora em que Saga e eu estávamos nos reconciliando? — pensei, enquanto seguíamos para a nossa sala de curso de artes cênicas, a mesma sala da veterana Brida.
Ao entramos na nossa sala, um grupo de meninas estavam em volta da popular e saliente veterana e a mesma parecia estar falando do Camus Tierry. Porém, não pude entender o que elas falavam dele, mas a conversa delas se cessou no momento que nossa professora entrou na sala, para poder iniciar a sua aula.
As horas passaram voando, e a hora de irmos embora enfim chegou. Ao sair da minha sala, fiquei esperando meu namorado para podermos ir embora juntos. Logo o vi passar, e ao dar a minha mão para ele, saímos de mãos dadas, indo até a garagem para irmos embora para nossas casas. Enquanto seguíamos até chegar aos nossos destinos, eu contei o fato ocorrido na minha sala, sobre a conversa de Brida e as demais garotas. Saga também ficou surpreso. Ele me deixou em casa, e depois seguiu rumo ao apartamento dele...
No dia seguinte, residência da familía Adamastor, quatro dias após Sara passar mal e ser internada...
Kardia
Acordei por volta das 5:45 da manhã, com meu celular tocando de forma insistente. Após eu palpar o criado-mudo, e mesmo eu estando com os olhos fechados ainda, eu consegui achar o lugar exato em que meu aparelho estava. Ao atender, vi que era do hospital. A enfermeira dizia que Sara havia despertado de seus fortes sedativos e que a mesma chamava por mim. Desliguei o telefone, o colocando de volta no mesmo lugar e me sentei na cama, permanecendo de olhos fechados.
— Pelos deuses! Era só o que me faltava! — bradei um pouco alto, fazendo minha Agapite, que dormia comigo, despertar.
Hoje é quarta-feira e o senhor Degel deu folga a muitos de seus funcionários, pois ele e o senhor Pierre foram viajar á negócios, para Cairo.
Saori
Acabei despertando ao ouvir o grito de Kardia...
— Bom dia, meu amor. O que houve para você já estar acordado tão cedo? — indaguei após beijar seu rosto.
— Bom dia, minha Agapite. Me desculpe se te acordei, é que acabaram de me ligar do hospital, para me avisarem que Sara acordou. E, a mesma, ao invés de chamar por outra pessoa, a safada chamou por mim. Justo por mim?! — explicou incrédulo.
— Kardia, não julgue a sua ex, pois aqui ela só tem você e o Milo. Se ela acordou chamando por você, é um bom sinal, pois mesmo diante da sua doença terminal, ela ainda mantém a sanidade mental em um bom estado. — afirmei sorrindo
— Por favor, não fique brava comigo por causa disso. — pediu sério.
— Não se preocupe, meu amor, pois eu entendo tudo perfeitamente. E, se você quiser, eu posso ir até o hospital com você. — após o que eu disse, meu amor me beijou de forma carinhosa e intensa, só cessando nossos beijos na ânsia de ar. Depois, ficamos alguns minutos nos olhando. — Kardia, vamos nos arrumar? Afinal, a Sara nos espera. Quer dizer, ela espera por você e, eu estou indo de xereta. — soltei, nos fazendo rir juntos de meu comentário. Depois, seguimos juntos para o banheiro, para fazermos nossa higiene e nos vestir para irmos até o hospital.
Nós dormimos nus, após fazermos amor quase à madrugada inteira, pois meu belo escorpiano é um homem quente e intenso, que sabe muito bem me dar prazer e me levar nas nuvens a cada orgasmo que ele me proporciona...
Após estarmos devidamente prontos, seguimos até o hospital, saindo antes mesmo de sequer tomarmos nosso café da manhã. Chegando lá, o médico falou com ele em particular e, em seguida, meu belo escorpiano veio até mim e me explicou o quadro clínico de sua ex e que a mesma receberia alta no dia seguinte.
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