A conversa franca
Algumas horas apóa a visita súbita de Shion, residência da família Tyerri...
Murilo
Após meu pai ter ido embora, depois de termos discutindo feio, eu segui rumo a minha suíte me sentindo totalmente nervoso e triste por tudo que aconteceu. Meu pai não me entende, e ele só enxerga poder, posição social e riqueza. O senhor Shion acha que o amor é algo que gera em torno de coisas materiais.
Eu jamais irei terminar com a minha namorada para ficar com Eris, pois eu não sinto nada por ela. Sem falar que eu não me importo de Mad ser de família humilde. Eu nunca irei romper com ela para agradar ao meu pai.
— Que raiva que eu sinto do meu pai! Ele é horrível, e eu jamais irei obedecê-lo. — eu me dizia em pensamentos.
Enquanto isso, no jardim dos fundos...
Camus
— Meu tio não deveria ter feito o que fez com meu primo e Madelaine. — eu disse um pouco indignado.
— Amor, não fique assim. — meu lindo grego tentava me acalmar.
— Você tem toda razão, Mi. — comentei ao acariciar seu belo rosto.
— Bom, eu acho melhor pararmos de trocar carinhos e carícias, pois seu pai pode nos flagrar. — ele disse sério.
— Desculpe, você tem toda a razão. — falei abaixando a cabeça.
— Não fique assim, pois no momento certo os nossos pais saberão de nós dois.
— Eu gostaria de ser tão otimista quanto você, mas meu pai jamais irá aceitar o nosso relacionamento. — falei cabisbaixo.
— Camy, vamos ter fé e sermos otimistas. Que tal irmos dar uma volta? — questionou animado.
— Está bem. Vou pegar os capacetes para darmos uma volta de moto. — soltei me levantando da cadeira.
Sala principal...
Degel
Eu estava sentado no sofá junto de minha amada Pandora. Nós dois aproveitávamos para namorar um pouquinho, e conversávamos sobre o lamentável fato ocorrido mais cedo. Eu me sentia muito triste e indignado com meu irmão. Ele agiu muito errado. Mesmo ele sendo pai do meu sobrinho, ele sequer tem o direito de mandar nele em questões aos seus sentimentos. O Shion agindo dessa forma, só faz nós nos decepcionar.
Enquanto Pan e eu conversamos, percebi que Camus estava subindo as escadas, para provavelmente ir até a sua suíte.
— Camus, você deixou seu amigo sozinho? — questionei seriamente.
— Sim, pai. Mas é só para eu ir até a minha suíte para pegar os capacetes, pois nós vamos dar uma volta. — respondeu com um sorriso entre os lábios.
— Ah, é isso?! Entendi. Vai lá então, meu filho. — eu disse sorrindo. Ele foi e voltou rapidamente, e antes de sair, ele se despediu de Pan e de mim. Depois, o vi saindo rumo à porta de saída da sala. Pan e eu resolvemos ir nadar um pouco na imensa piscina olímpica.
Ficamos ali trocando carinho, beijos e carícias que se tornaram ousadas, e entre carícias e beijos cheios de volúpia viemos fazer amor dentro da piscina.
Quarto de Madeleine...
Mayana
— Mad, você está triste ainda, não é? Mas você vai fazer o que o pai do Mu quer? — questionei séria.
— Eu estou triste sim, May. Mas eu não irei terminar com o meu doce Mu. Eu o amo, e nada vai mudar isso. — a castanha comentava convicta.
— Isso aí, amiga. Você está certa. Não pode baixar a cabeça para o pai do Murilo. Ele não percebe o quanto vocês se amam. — falei diretamente. Depois, ficamos ali conversando por mais alguns minutos antes de irmos preparar o café da tarde dos nossos patrões.
Place de Vosges...
Camus
Meu amor e eu viemos até a bela e antiga praça Place de Vosges — um lugar bem aconchegante e romântico. Ao chegarmos ao nosso destino, eu estacionei a minha moto, e nós resolvemos ir até uma cafeteria para tomarmos um delicioso café com chantilly. Ao entramos, a mesma estava bem cheia. Fizemos nossos pedidos, e nos sentamos numa mesa mais reservada para assim podermos degustar o delicioso café que é um dos melhores de toda Paris.
Enquanto tomávamos o nosso café, eu me sentia um pouco incomodado com um casal, pois um dos carinhas não tirava os olhos do meu grego e tal fato me incomodava mais e mais. Porém, resolvi tentar me manter calmo, até o exato momento que Milo foi até o banheiro e o carinha atrevido foi atrás do mesmo.
Eu resolvi ir atrás dele, e ao chegar ao banheiro o desgraçado estava tentando cantar o meu amor. Ao ver a saliência do traste, sem pensar duas vezes eu acabei dando vários socos no mesmo. Eu estava cheio de raiva e queria continuar a bater na praga, porém Milo me fez parar com a minha atitude violenta.
— Camus, já chega! Deixa o cara. — meu grego soltou sério, num tom de voz mais elevado.
— Mas esse desgraçado estava dando em cima de você. Eu vou ensiná-lo a respeitar o namorado dos outros! — bradei ao dar mais um soco na cara do traste sem vergonha.
— Eu disse para você parar. — o meu azulado falou de cara fechada já saindo do banheiro. Eu fui atrás, me sentando à mesa junto dele. Mas Milo estava muito bravo comigo, e de forma seca me pediu para deixar ele na sua casa, pois eu havia estragado o passeio que poderia ter sido perfeito.
Com muita tristeza no meu coração, eu atendi sua vontade. O levei para a sua casa — ele se despediu de mim sem nem me dar um único selinho, e logo depois ele entrou em sua casa. Então eu acabei retornando para a minha.
Chegando em casa, segui até a minha suíte, e ao entrar na mesma, coloquei os capacetes em cima da mesa de centro. Me livrei de minhas roupas e segui para um banho relaxante e demorado. Durante o banho, eu me sentia extremamente triste, e uma imensa vontade de chorar tomou conta de mim.
Após o banho, segui até a minha suíte, me enxuguei e me vesti. Depois me sentei sobre a cama e peguei o meu celular — liguei várias vezes para o Mi, mas ele não me atendia. De fato, ele devia estar triste e magoado comigo, e pior que ele tinha razão por estar agindo assim comigo, pois eu fui imprudente e imaturo.
— Filho, venha jantar. Eu comprei pizza. — meu pai me convidava alegremente ao entrar no interior de minha suíte.
— Hum... Pizza?! Já estou indo, pai. Só vou colocar meu celular para carregar. — eu avisei, esboçando um sorriso forçado. Após ele ter saído da minha suíte, eu coloquei meu celular para carregar e desci para comer um pedaço de pizza com ele.
Enquanto isso, na residência da família Adamastor...
Milo
— Milo, você se importa de terminar o jantar para mim? Pois eu irei até o mercado comprar um bom vinho e irei buscar a Saori para jantar conosco. Afinal, hoje estamos completando dez meses de namoro. — meu pai pedia educadamente antes de sair.
— Pode deixar tudo comigo. — comentei sério.
— Senhor Kardia, pode deixar que eu ajudo o Milo. — meu amigo Aiolia comentou sorrindo. Em seguida, meu pai saiu deixando meu amigo e eu em casa, enquanto ele ia ao mercado e buscar a minha madrasta.
— Milo, é impressão minha ou há algo lhe aborrecendo? — Olia indagou taxativo.
— Não, nada me aborrece. Eu só estou preocupado com as provas, pois em breve iremos nos formar. — soltei diretamente.
— Se for só isso mesmo, você irá tirar de letra. Afinal, você é o melhor aluno da sala do curso de administração. — soltou animado e convicto.
— Obrigado, meu amigo. Eu só tenho a lhe agradecer. — sorri. Mesmo ali conversando com meu amigo, eu não parava de pensar no meu moreno e na forma que eu o tratei. Com certeza o Camus deve estar triste comigo. O pior que eu sequer tive tempo de pegar o meu celular. E se ele me ligou ou enviou mensagens? Com certeza meu amado francês deve estar pensando que eu não desejo falar com ele.
Em seguida, meu pai e Saori chegaram, e com o jantar pronto começamos a degustar com vinho. Meu pai, durante o jantar, pediu minha madrasta em noivado, fato que a emocionou muito, e ela aceitou o seu pedido.
Eu não via a hora do jantar comemorativo acabar, pois eu ansiava em falar com o meu francês maluquinho. Depois, seguimos para ver TV, e por mal dos pecados, meu amigo iria dormir aqui em casa essa noite, e eu não poderia ligar para o meu amor.
Residência da famílua Tyerri, jardim da frente...
Mu
Logo após termos jantado, eu convidei minha doce namorada para contemplarmos a lua cheia que iluminava todo o céu noturno. Mad e eu nos sentamos na beirada de uma fonte que tem no jardim, e ficamos ali conversando, namorando e trocando juras de amor.
— Mad, minha vida. Por favor, eu preciso te pedir desculpas pela a atitude de meu pai. — comentei cabisbaixo.
— Mu, não fique assim, pois você não tem culpa pelos atos e atitudes de seu pai. Eu te amo e jamais deixarei ninguém nos separar. — minha amada francesinha dizia ao me abraçar.
— Eu te amo muito. E, eu também não permitirei nem meu pai, nem ninguém interferir no nosso relacionamento. — afirmei antes de unir os meus lábios aos dela. Ficamos ali nos beijando de forma mútua e apaixonadamente, e só viemos cessar nossos beijos na ânsia de ar. Ficamos nos olhando ofegantes até que conseguimos recuperar o fôlego, e em seguida voltamos a nos beijar, porém dessa vez quem colocou um fim no nosso beijo foi meu tio.
— Murilo, já está ficando tarde. Você e Madelaine precisam dormir, pois amanhã todos nós teremos que trabalhar. — ele soltou num tom calmo, porém sério. Me despedi de minha doce namorada, e segui junto de meu tio, adentrando ao interior da casa. Depois de lhe desejar boa noite, eu segui para a minha suíte, mas antes fui até a suíte de meu primo e constatei que ele já estava dormindo.
Dia seguinte, residência da família Tyerri, Hall central...
Madeleine
Eu estava limpando a sala do Hall central, da residência do senhor Degel — eu tirava poeira dos móveis como: hack, mesa de centro, escrivaninha, entre outros. De repente o telefone começou a tocar, e ao eu atender, do outro lado da linha era o senhor Shion.
— Alô, senhor Shion. O senhor Degel está na empresa, e o Murilo saiu para trabalhar. O senhor deseja que eu dê algum recado há algum deles? — perguntei educadamente, mesmo não tendo nenhum prazer em falar com o mesmo.
— Eu não desejo falar com nenhum dos dois. Eu quero é falar com você. Por favor, me encontre no Café de Flore. — o homem disse de forma imponente, antes de desligar o telefone na minha cara. Depois do término da ligação, eu segui para um banho e arrumei um vestido novo. Em seguida, me arrumei, solicitei um Uber e fui até o local desejado.
Café de Flore...
Shion
Eu espero que essa morta de fome venha me encontrar, pois se essa mulherzinha quer dinheiro, eu a pagarei para sair de vez da vida do meu filho. Com o dinheiro que tenho aqui nessa maleta, se ela souber usar terá uma vida boa e confortável por anos, podendo fazer aplicações no exterior para lhe gerar mais renda.
Minha loira não achou certo eu oferecer dinheiro à empregadinha interesseira, mas se é dinheiro que ela quer, eu lhe oferecerei uma quantia favorável para ela sumir de vez do caminho de meu filho. Assim, o Murilo poderá se casar com Eris que é a mulher perfeita para ele.
— Como eu odeio ficar esperando, ainda mais essa mulherzinha. — eu pensei comigo mesmo. Fiquei ali, tomando um café com chantilly, aguardando a talzinha que chegou com uma hora de atraso. Logo fixei meus olhos nela, esperando a mesma se aproximar de mim.
— Senhor Shion, desculpe-me o meu atraso. — a mesma soltou com sua voz irritante de pobretona.
— Sem problemas. Já que você chegou, sente, pois preciso conversar com você. — comentei num tom seco.
— O que o senhor deseja de mim? — indagou olhando em meus olhos.
— Madelaine, eu não quero que você comente com ninguém sobre essa nossa conversa, ok?! — a questionei sério.
— Está bem, mas o que o senhor deseja de mim? Pois para tomar café não foi! — falou de forma petulante.
— Pelo menos você é inteligente, mesmo sendo uma mera empregadinha interesseira. — soltei taxativo e de forma brusca.
— Se for para me ofender mais, eu vou embora. Afinal, não é por que o senhor tem dinheiro e posição social, que o senhor tem que pisar e humilhar os outros. — ela disse de forma arredia.
— Me poupe, garota! Você não tem direito algum de falar assim comigo. — comentei sério.
— Está bem, mas diga logo o que o senhor quer de mim, além de me destratar, é claro.
— Eu exijo que você termine com meu filho, pois você e ele pertencem a mundos diferentes. — soltei enquanto colocava a maleta com o dinheiro em cima da mesa.
— O quê?! Que maleta é essa? — indagou fingindo surpresa.
— Aqui tem dinheiro o suficiente para você viver bem. É só você usar a cabeça. Se é dinheiro que você quer, aqui está. — falei ao abrir a maleta, lhe mostrando os vários malotes de dólares.
— Francamente, senhor Shion! Por que me tomas? Eu não quero o seu dinheiro, e também não estou à venda. Eu estou com seu filho porque eu o amo, e não pelo dinheiro de vocês. — ela comentou com os olhos marejados, antes de sair do interior da cafeteria.
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