A chegada inesperada de Shion à Paris
Um mês após a viagem de Camus e Milo à Marselha, residência dos Adamastor, quarto de Milo...
Milo
Hoje é um dia muito especial, pois hoje o Camus e eu estamos completando um mês de namoro. Camy disse que nós sairemos para jantarmos. Eu estou tão feliz por estarmos juntos, porém me sinto triste pelo fato de termos que esconder o nosso relacionamento de todos, principalmente de nossos pais que pensam que somos só amigos.
Eu até que tenho vontade de contar para o meu pai, mas eu tenho um certo receio, pois na verdade é como meu amado diz: "nossos pais ainda não estão preparados para saberem sobre o nosso relacionamento".
De repente, saí de meus doces devaneios pelo fato do meu celular começar a tocar. Ao atendê-lo, vi que do outro lado da linha era meu amado francês.
- Boa tarde, meu amor. Como você está? E o que você está fazendo de bom aí? - ele indagou feliz.
- Eu estou melhor agora. Eu estava com saudades de você. E boa tarde para você também, meu amor. - soltei sorrindo de orelha a orelha, sentindo meu coração batendo descompassadamente.
- Será que você poderia me acompanhar em um lugar? Eu desejo te dar o seu presente de aniversário do nosso primeiro mês de namoro. - comentou docemente.
- Está bem! Eu te acompanho, mas o seu presente eu só te darei à noite. - falei estando nas nuvens.
- Ok, Mi. Eu posso passar na sua casa? - perguntou diretamente, mas contendo doçura no seu tom de voz.
- Só me de uma meia hora para eu me arrumar, pois eu acabei de chegar do meu cooper. - avisei feliz.
- Está bem! Se você quiser, eu passo aí na sua casa daqui uma hora, pois eu não desejo apressar o meu deus grego. - Camy comentou malicioso.
- Amor, você pode passar daqui a meia hora mesmo, pois eu prometo que já estarei pronto. - soltei convicto.
- Como quiser, Mi. Daqui à meia hora eu estarei aí para pegá-lo. - meu amado francês soltava com carinho, antes de encerrarmos a nossa ligação. Ao término da mesma, eu dei um pulo ligeiro da cama e segui para o lado do guarda-roupa, à procura do que vestir.
E não demorando muito, eu optei por uma camiseta de Rock da banda Guns N' Roses, - uma das minhas bandas favoritas. - uma calça jeans rasgada de cor preta, e nos pés eu optei por um coturno. Já com meu look escolhido, deixei tudo arrumado e segui para um breve banho. Em seguida, retornei ao meu quarto, me sequei e me vesti com a roupa escolhida. Calcei o coturno, arrumei os meus cabelos e me perfumei. Depois de pronto, desci para esperar o Camy, ouvindo pouco tempo depois à campainha tocar. Sem demora, corri para atender, dando de cara com o meu amor, que estava lindo, vestindo uma camiseta polo roxa e uma calça jeans manchada.
Depois de avisar meu pai que eu estava de saída, subimos na moto dele e fomos no lugar que ele desejava me levar.
Enquanto isso, Londres, Inglaterra, residência dos Tyerri Lauthener, num dos quartos de hospede...
Eris
Eu estava fazendo uso do meu novo notebook, e ao eu entrar no meu facebook, o ódio tomou conta de mim, pois eu vi várias fotos do Murilo junto daquela empregadinha sonsa e sem sal. De fato, eu não sei o que um homem belo e de alta posição social feito ele, viu naquela pobre empregada de quatro olhos que nem tem aonde cair morta.
- De fato, ela só pode estar é querendo dar o golpe do baú nele, e o bobo apaixonado nem nota isso. - assim eu pensava comigo mesma ao vascular o face de Murilo. Os dois comemoraram recentemente três meses de namoro, e à festa foi na badalada boate de Moulin Rouge; ambos pareciam felizes da vida. - Murilo Tyerri Lauthener, você vai me pagar! Essa felicidade de vocês será por pouco tempo. - me dizia em pensamentos, enquanto imprimia algumas fotos do casal. De repente, tive de parar o que fazia, para poder ver quem batia à porta do meu quarto. E ao abrir, era minha tia Ártemis, me chamando para a aula de Yoga, e depois da aula íamos tomar o café tarde. - Tia, eu já vou indo! Mas antes, eu gostaria de lhe mostrar algo. - comentei de cara fechada.
- O que foi? - indagou séria.
- Olhe só essa idiotice do Murilo. Isso não tem lógica. - soltei bufando de raiva ao lhe mostrar algumas fotos já imprimidas.
- Eu sei, Eris. Porém, eu não posso fazer nada, pois nem a mãe dele eu sou, e ele nem gosta de mim. - falou cabisbaixa.
- Está bem, tia. Deixa isso pra lá, mas para mim essa empregadinha deseja é dar o golpe do baú nele. - afirmei séria.
- Talvez você tenha razão, sobrinha.
Depois, saímos juntas do interior do meu quarto e seguimos rumo à aula.
Enquanto isso, em Paris, França, agência de automóveis...
Milo
Camus e eu paramos numa agência de automóveis, e entramos na mesma. Para mim, em meus pensamentos, meu francês iria comprar um novo carro para ele.
E logo uns três vendedores vieram em nossa direção - os três disputavam entre si, para ver quem iria atendê-lo. Não demorou muito, e Camy optou por uma vendedora de longos cabelos loiros e lindas orbes azuladas. No crachá da mesma, o nome Nikita estava gravado com letras de cor preta e com um relevo em branco.
Logo a mesma começou a mostrar um monte de modelos de carros importados que eu deduzia custarem bem caros. E conforme ela ia mostrando as opções dos carros chiques e caros, Camy ficava me perguntando qual eu achava mais bonito e melhor.
Eu me sentia confuso e sem jeito diante das várias opções, pois um era mais bonito e melhor que o outro, porém caríssimos - mas um me chamou mais à atenção. E o mesmo era um Cerato na cor vermelho escarlate. Após Camus efetuar a compra e assinar a papelada, o que ele fez depois me deixou surpreso e sem palavras.
- Toma, amor. O carro é o seu presente de aniversário de namoro. - o moreno comentou após me entregar as chaves do carro.
- O quê? Camus, por favor, pare de brincar. - falei próximo a ele, completamente surpreso.
- Eu não estou brincando, o carro é seu. E eu não aceito não como resposta. Vai, aproveita e faça o teste Drive. - soltou naturalmente, enquanto me dava uma piscada com um olho só.
Em seguida a moça que nos atendeu se aproximou de nós.
- Podemos fazer o teste Drive, Milo? - Nick soltou risonha. E assim, não tendo outro jeito, fiz o teste, e como o carro era bom de dirigir. Depois que eu fiz o teste o meu amor ficou conversando com a Nick.
- Vamos comer alguma coisa? - ele perguntou num tom calmo, soltando sua bela voz rouca e sexy. Nós dois saímos da agência, e subimos na moto dele, seguindo para comermos alguma coisa.
- Você é maluco mesmo, não é, Camy? - questionei sério.
- Por que eu sou maluco, amor? - indagou sorrindo.
- Você ainda pergunta?!
- Ah! Você está falado do Cerato? - perguntou naturalmente.
- Sim! Aquele carro importado deve ter custado bem caro. Fora que, como eu farei para explicar ao meu pai o motivo de eu ter um carro tão caro desses, de uma hora para outra? Eu estou ganhando melhor como gerente, mas nem que eu estivesse guardando por anos, uma boa parte de meu salário, eu conseguiria comprar um carro caro desses. - eu comentei sem parar e me sentindo preocupado.
- Amor, fique calmo. Para tudo tem um jeito. - meu namorado maluquinho soltou tranquilamente, enquanto pilotava sua moto e prestava à atenção no transito.
- É mesmo, senhor Tyerri?! E qual seria esse jeito? Eu não faço ideia sobre o que dizer ao meu pai. - comentei após soltá-lo de meu abraço e virar meu rosto para o lado oposto.
- Você fica uma fofura bravo desse jeito. - comentou ao virar seu rosto para o meu lado.
- Para, seu bobo. E eu não tenho nada de fofo não. - revirei os olhos.
- Você é fofo sim, amor. - riu enquanto continuava a olhar em minha direção.
- Agora é serio, Camy. O que eu vou dizer ao meu pai sobre esse carro? - questionei sério e taxativo.
- Eu sei que mentir não é bom, e que você não suporta mentir. Mas fale para o seu pai que foi a empresa que disponibilizou o carro, para você trabalhar e poder viajar. - meu moreno como sempre arrumava jeito para tudo.
- Mas mesmo assim suará estranho. - falei seriamente.
- Eu pedi para entregarem o carro lá em casa, e na terça ou quarta-feira eu vou no nosso serviço com o seu carro. E aí dará mais tempo de colar a nossa mentira, meu amor. Por favor, aceite meu presente e o meu plano. - pediu com os olhos brilhando de ternura.
- Ok, está bem. Eu aceito, levar essa farsa em diante.
Enquanto isso, Londres, Inglaterra, residência dos Tyerri Lauthener...
Shion
Após um exaustivo dia de trabalho, finalmente cheguei em casa por volta das 18:30. Ao entrar em casa, primeiramente segui até o meu escritório, para poder deixar minhas coisas de trabalho lá. Porém, ao adentrar ao mesmo, logo de cara um envelope de tamanho médio veio chamar a minha atenção. E eu estando curioso, resolvi ver o que continha dentro daquele envelope estranho.
Abri o mesmo, vendo as fotos que estavam dentro dele - eu senti o meu sangue ferver nas veias, ao ver meu filho Murilo fazendo papel de bobo ao lado de uma empregadinha interesseira que com certeza almeja dar o golpe do baú nele.
Então, saí do meu escritório com o envelope cheio de fotos dos dois, e segui para minha suíte com a seguinte convecção de que iria para Paris, para poder colocar um ponto final nessa palhaçada toda. Eu jamais irei admitir que meu filho se case e tenha filhos com uma mera empregadinha interesseira, feito essa tal de Madelaine.
Após ter arrumado minhas poucas malas, tomei um bom banho na imensa banheira de hidromassagem, e depois do banho relaxante me enxuguei e me vesti para poder ir jantar. Adentrei na imensa sala de jantar, vendo que minha esposa Ártemis e minha sobrinha Eris estavam à minha espera.
Eu dei um abraço e um beijo em cada uma, e depois de lavarmos as mãos, nos sentamos à mesa para jantarmos. Durante o jantar, eu me mantive mais calado, pois não saía da minha mente à visão daquelas malditas fotos, e o fato daquela mulher querer dar o golpe do baú no meu filho. Para mim, ela não o ama; o que ela realmente quer é o dinheiro do meu filho, mas isso ela não terá, pois eu irei à Paris dar um jeito nessa situação, nem que eu seja obrigado a trazê-lo à força de volta para casa.
- Amor, está tudo bem? Você está um pouco distante. O que está lhe afligindo, querido? - minha doce e amada esposa perguntava preocupada.
- Não é nada demais, querida. São problemas na empresa. - resolvi mentir naquele momento. Ao terminarmos de jantar, fui para a nossa suíte e minha esposa logo veio atrás de mim.
- Querido, você vai viajar? É a negócios? - a minha bela loira me indagava contendo curiosidade ao ver as minhas malas arrumadas.
- Vou viajar sim, meu amor. Porém, não é a negócios. Eu vou à Paris colocar um ponto final nesse relacionamento sem cabimento do Murilo. - comentei, lhe mostrando as fotos.
- Você já avisou ao seu irmão? - ela novamente questionava de forma doce e angelical.
- Não, pois eu desejo chegar de surpresa, e eu nem ficarei na casa dele. Eu irei ficar num hotel. - falei sério.
- Entendi. E quando você irá?
- Eu irei amanhã bem cedo, no primeiro voo. - avisei após lhe acariciar seu belo rosto. Depois, viemos a nos beijar e acabamos fazendo amor. Após horas de amor, seguimos para um banho juntos e depois viemos dormir de colchinha.
Paris, França, hotel Le Grand Quartier, suíte master...
Shion
Finalmente cheguei ao meu destino, e após pegar um Uber, cheguei no hotel Le Grand Quatier, o hotel que eu já havia feito reserva. Cheguei à Paris por volta das 8:30. Depois de ter deixado minhas malas na minha suíte master, segui para tomar o meu café da manhã.
Após tomado o meu café, retornei para minha suíte para poder descansar um pouco, pois eu irei até à casa do meu irmão na hora do almoço, pois com certeza flagrarei meu filho junto daquela empregadinha interesseira.
Enquanto isso, na residência dos Tyerri...
Pov Autora
Tudo seguia tranquilamente - Murilo, como sempre, estava tomando seu café da manhã junto de seu tio Degel, seu primo Camus, Milo e Pandora que estavam na residência da família Tyerri, e Madelaine e Mayana lhes serviam o delicioso café da manhã.
Após o café, Murilo foi atrás de sua amada para lhe ajudar a arrumar à cozinha, já que os demais deram uma saída, assim como Mayana que saiu para fazer compras para o almoço, junto do motorista. Enquanto o casal fofo estava organizando as coisas, eles aproveitavam para namorarem um pouquinho, e trocavam lindas juras de amor, pois de fato Mu e Madelaine se amam muito e verdadeiramente.
As horas passaram, e todos que haviam saído retornaram para a residência. Murilo teve de se ausentar da amada e se ajuntou aos demais. As moças preparavam o almoço, porém ao terminá-lo o senhor Degel pediu para elas irem se arrumar, pois elas almoçariam junto deles.
Na hora do almoço, todos estavam conversando de forma descontraída e felizes da vida - Mu e Madelaine trancavam selinhos, e nesse exato momento Shion adentrou à sala de jantar, deixando todos surpresos. Mas logo de cara o homem já revelou para que veio, iniciando assim um terrível desentendimento com seu filho, e querendo obrigar o rapaz à terminar com sua doce, simples e amada namorada.
Murilo retrucou, dizendo ao pai que não faria o que ele queria, gerando assim trocas de farpas entre ambos, fato que fez Degel entrar no meio da discussão que estava ficando acalorada. O mesmo falou poucas e boas para seu irmão, o fazendo se sentir indignado e irritado.
O esverdeado retornou para o hotel, mas antes o mesmo comentou com mágoa e um certo rancor de que isso não ficaria assim.
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