A cativante doçura de Madaleine
Residência dos Tierry, hora do café da manhã, jardins do fundo...
Camus
Eu estava sentado à mesa para tomar o café da manhã junto de meu pai. Porém, me sentia muito irritado pelo fato do meu desprezível primo Murilo, ter chegado aqui em casa, de surpresa. A praga, logo de cara, já veio me encher ao querer me dar lição de moral sobre a maneira que eu deveria tratar os meus empregados...
- Camus, deixe de ser grosso e arrogante com a moça. Ela não tem a mínima obrigação de aturar suas grosserias e o seu mau humor, seu mal educado! - o todo certinho soltou em minha cara, todas as palavras que eu não deveria, muito menos desejava ouvir. Quase íamos iniciar uma discussão, mas meu pai chegou na hora e interrompeu um possível desentendimento entre nós. O pior que ele havia ouvido desde o início o que eu falava para a empregadinha sonsa e ouviu tudo o que Mu havia me falado. E, ao invés de me defender, o mesmo ficou do lado do chato e politicamente certinho Murilo Tierry Lauthener. Meu pai ainda me obrigou a pedir desculpas para a empregadinha.
Depois que eu pedi desculpas a ela, contra a minha vontade, meu pai pediu para ela mostrar a suíte que a praga do meu primo ficará.
- Camus, o que você fez com a Madelaine foi errado! Você não deveria ter a tratado da maneira que você a tratou. - meu pai disse seriamente ao me olhar nos olhos.
- Pai, eu já pedi desculpas para aquela chata. - soltei irritado. Meu pai e eu íamos iniciar uma discussão, mas Mu chegou bem na hora, para se juntar a nós para o café da manhã. Logo a chata da Madelaine veio nos servir o nosso café, que tinha bolo de leite ninho; lanches naturais feitos com pão de forma, com pedaços de queijo parmesão, alface, tomate e maionese, fora frutas como pera, pêssego e melão. Para bebermos tinha leite com chocolate, café, capuchino com chantilly e sucos de laranja e açaí. Enquanto a chata nos servia, eu não pude deixar de notar os olhares de meu primo para ela, e a mesma sorria para ele. Então resolvi cortar o barato de ambos. - É impressão minha, Madelaine, ou parece que você viu um passarinho verde? Ou melhor, um passarinho de tom lilás. - soltei contendo malícia em minhas palavras, fato que fez a mesma ficar toda vermelha feito um pimentão e ela não se cabia em desconserto, ficando super sem graça também.
- Filho, isso é jeito de você falar com a Madaleine? Peça-lhe desculpas agora, Camus! - meu pai falava num tom sério e autoritário. Novamente, eu fui obrigado a pedir desculpas para a sonsa. E depois de fazê-lo, a mesma nos pediu licença e seguiu para seus afazeres. Olhei para o lado do meu primo e notei que o mesmo me olhava de cara feia. Porém, eu nem sequer lhe dei a mínima.
Enquanto tomávamos nosso delicioso café da manhã, meu pai ficava paparicando o chato do meu primo, o que me deixou um tanto irritado e com ciúme. Mas eu me contive para não brigar com ambos.
- Mu, seu pai sabe que você está aqui em casa? - decidi provocá-lo.
- Não, primo. Ele ainda não sabe. Mas não se preocupe, pois a essa altura o meu motorista já o avisou sobre a minha viagem. - respondeu calmamente.
Meu pai deu um sermão no meu priminho insuportável. Aos seus olhos, ele fez algo errado, pois viajou sem avisar seu pai sobre o seu destino... Porém, meu primo certinho disse que iria avisar seu pai depois, ao terminarmos o nosso café. Meu pai se despediu de nós, nos desejando um ótimo dia de sábado, pois o mesmo iria sair com a vadia da sua namorada.
Após ele sair, eu encarei meu primo.
- Nossa, quem diria, hein! O senhor todo certinho, iria viajar sem seu pai saber... Nossa, primo! Você está se rebelando?! - eu soltei na intenção de irritá-lo
- Camus, você não é ninguém para querer falar de mim. Você fez e faz coisas piores com seu pai. - a praga fazia questão de esfregar a verdade na minha cara, se mantendo calmo como de costume.
Enquanto isso, Londres, Inglaterra, Residência da família Tierry Lauthener...
Shion
Após Ártemis, Eris e eu retornarmos para casa, eu fui a procura de meu filho. Por não achá-lo, resolvi ligar para a casa de Shaka, o seu melhor amigo, para saber se ele se encontrava por lá. Porém, o rapaz me disse que só tinha o visto ontem à noite, na universidade, o que me causou muita preocupação.
Decidi sair até o jardim a sua procura, porém, não obtive nenhum resultado favorável. Eu entrei em pânico total. Eu estava até disposto a procurar meu filho por toda Londres, mas Henrre, o meu motorista, vendo minha aflição, veio até mim e me avisou que meu filho foi viajar. Mas ao questionar o mesmo sobre o destino de meu filho, o pobre homem não soube me dizer de fato, para onde ele havia ido. Eu já pensava até em ir à polícia.
- Shion, meu amor. Será que o Mu não foi para a França, para a casa de seu irmão Degel? - minha esposa disse seriamente e em tom calmo, o que me fez me acalmar um pouco, pois realmente ele deve ter ido pra lá.
Então eu decidi ligar para o meu irmão pra confirmar.
- Olá, Deg. Tudo bem com você? Você pode me dizer se o Murilo foi para a França? - perguntei com a esperança do meu filho estar com ele.
- Oi, Shi. Eu estou bem sim, e você? Não se preocupe, pois o Mu está lá em casa com o Camus e ele chegou aqui hoje cedo. - falou calmamente.
- Mas que menino filho da puta! Ele me paga! - bradei um pouco nervoso e decepcionado pelo fato do meu filho viajar sem me dizer nada. Degel questionava sobre o que houve entre meu filho e eu. Após eu lhe explicar, o meu irmão ainda ficou do lado do meu filho e contra minha esposa e eu.
Ficamos conversando mais um pouco, até que nos despedimos.
Ártemis
- Então, meu amor... O Murilo está lá com seu irmão? - questionei aflita e curiosa.
- Sim, amor. O irresponsável do Mu foi para a casa do meu irmão. E, quer saber? Eu vou ligar para ele e mandá-lo voltar imediatamente. - meu amor vociferou bravo.
- Querido, calma. Se você falar com o Mu nesse estado em que você está, só irá piorar as coisas. - expliquei ao acariciar o belo rosto do meu amado esposo.
- Obrigado, meu doce anjo. Eu não sei o que seria de mim sem você. - meu belo esposo me falou docemente, ao segurar entre suas mãos grandes e másculas a minha mão que acariciava seu rosto. Logo depois, entramos abraçados ao interior de nossa casa e seguimos para nossa suíte para fazermos amor...
Enquanto isso, Paris, residência dos Tierry...
Mu
Após o chato do meu primo e eu terminarmos de tomar nosso café, eu comecei a ajuntar os talheres e a louça de porcelana importada e as levei até a cozinha. Adentrei na mesma e vi que Madelaine estava conversando com uma outra moça, que eu nem sei o nome. Ao me verem ali, as duas ficaram um tanto surpresas.
A moça loira veio até a minha direção, para pegar a louça e os talheres que eu trazia.
- Obrigada, senhor Murilo, mas não precisava se incomodar em trazer a louça até aqui. - a loira avisou, pegando as mesmas e as colocando sobre a mesa.
- Que isso, moça. É um prazer ajudar, pois vocês já trabalham muito para deixarem tudo perfeito e bem arrumado. - falei sorrindo.
- Senhor Murilo, eu me chamo Mayana e estarei ao seu inteiro despor. - a saliente e atrevida moça, dizia me deixando um tanto sem graça. Fato que penso eu ter ficado todo corado, pois sou um rapaz tímido e por diversas vezes quando fico envergonhado, eu fico vermelho feito um pimentão.
Por sorte, a bela Madelaine interferiu no meio da conversa.
- Mayana, vê se você se comporta e respeite o senhor Murilo, sua doida. - disse com naturalidade, fazendo nós três rir de seu comentário.
- Poxa, Mu! - meu primo entrou na cozinha, de cara feia. - Que demora para quem só ia trazer a louça suja, e fica aí de papo mole com as minhas empregadas. Ah, Murilo Tierry Lauthener! Vê se tome jeito. - o chato falava ao bufar, o que fez as moças e eu rir da sua cara. O mesmo saiu da cozinha, irritado, pisando duro e resmungando.
Eu me despedi das moças e segui atrás do todo furioso senhor velhote Camus Tierry - às vezes o chamo assim, pois por diversas vezes ele parece até ser mais velho que nossos pais, devido a sua chatice aguda.
Camus
- Ufa! Eu achei que você ia continuar de papinho mole com as minhas empregadas, Mu! - soltei ainda estando irritado.
- Me poupe, Camus! Deixe de agir com infantilidade. Afinal, você já é bem grandinho, neném. - disse, apertando minhas bochechas.
- Para, Mu! Isso não tem graça, seu babaca idiota. - soltei ríspido.
- Ok, eu paro. Mas vamos dar uma volta por aí? Faz tempo que eu não vinha a Paris. Com certeza, muitas coisas mudaram por aqui, desde a minha última vinda. Afinal, eu estava com 16 para 17 anos. - comentou animado.
- Está bem. Vamos dar uma volta por aí, até a hora do almoço.
Em seguida, pegamos minha moto Kawasaki Ninja de cor preta e já íamos saindo, porém, meu primo me pediu os capacetes e pediu também para deixá-lo pilotar a minha moto. Eu dei um capacete para ele e coloquei o outro, mesmo contra a minha vontade, pois prefiro andar sem capacete e em alta velocidade. Por isso, eu já até perdi pontos na carteira.
Nossa! Meu primo pilotando é um saco, pois ele anda feito uma tartaruga. Fora que no meio do caminho ele parou para resgatar um animal de rua, e devido o bicho estar machucado, ele quis levar no veterinário. O animal fez exames e teve de tomar remédios e vitaminas, fora vermífugos. O bicho recebeu alta 2 horas e meia depois, e a peste do meu primo quis levar o cachorro para a minha casa.
Ao retornarmos a mesma, ele decidiu dar banho no cachorro. Além de gastar uma nota no veterinário, gastou no Pet Shop para comprar xampu, sabonete, coleira entre outras coisas para o cachorro.
Ele me pediu para ajudá-lo a dar banho no animal. Porém, eu recusei de pronto. Então, o mesmo, sem minha ajuda, havia começado a dar banho no seu cachorro, que ele colocou o nome de Spyke. Já eu, entrei ao interior da minha casa para ver se o almoço estava pronto.
Mayana me avisou que o almoço iria demorar mais um pouco, pois Madelaine havia ido ao mercado, para comprar alguns ingredientes que estavam faltando.
Madelaine
Entrei na residência dos meus patrões, me deparando com uma cena um tanto fofa e linda. O senhor Murilo estava dando banho num lindinho filhote de labrador. Porém, o mesmo parecia estar precisando de ajuda e eu me ofereci para ajudá-lo. Mas antes, deixei as compras na cozinha junto de Mayana e Lorence. Depois, retornei ao jardim para ajudar o senhor Murilo com o belíssimo cachorrinho, que me apaixonei logo de cara. Enquanto dávamos banho no belo cachorrinho de pelagem preta, o senhor Murilo me contou a triste história de Spyke. Conversa vai e conversa vem, eu lhe contei sobre o cachorrinho que eu tive na época que eu era adolescente e que eu o havia perdido, pelo fato de ter sido atropelado por um cara bêbado. Em seguida, comecei a chorar.
Mu
Ao ficar sabendo sobre o que houve com o cachorrinho de Madelaine e ao ver a bela moça chorar, eu resolvi dar o Spyke de presente para ela. A princípio, ela não queria aceitar, porém, eu finalmente consegui lhe convencer.
- Mas, senhor Murilo... E se o senhor Degel não aceitar eu ficar com o Spyke? - ela dizia um tanto aflita.
- Calma, Made. Eu falarei com meu tio, e com certeza ele não irá se impor. - lhe respondi sorrindo, enquanto secava o cachorrinho para lhe entregar.
- Obrigado, senhor Murilo. O senhor é um anjo caído do céu. - a mesma me agradecia docemente.
- Não precisa me agradecer, Made. E quem me dera se eu parecesse só um pouquinho com um anjo. Ah! Você pode me chamar só de Mu. Afinal, atrevido como eu fui, já lhe apelidei de Made. - comentei, nos fazendo rir.
Logo depois, Camus veio me chamar para almoçar...
Após o almoço, passamos à tarde na piscina e já ao entardecer, Madelaine veio nos servir um lanche. Porém, meu primo não quis comer nada e saiu de perto de nós, deixando a doce moça e eu a sós. Ela novamente me agradeceu pelo Spyke, e depois a mesma se retirou de perto de mim, pois ela havia corado, fato que eu deduzi ela ter ficado envergonhada ao me ver só de roupão.
Eu aproveitei e entrei à casa do meu tio, para poder tomar um bom banho, no espaçoso banheiro da minha suíte...
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