Meu erro
Certa vez em uma terra remota e pacífica, onde tudo e todas as coisas eram frutos de um romance, haviam dois amantes que levavam uma vida pacata e simples. Sam era sempre carinhoso e amoroso com Amy, sua linda esposa, que retribuía com sua doçura.
O casal deleitava seus íntimos momentos em sua casa e quintal, todos os dias, até o fim da tarde. Não havia nada na terra que os separasse, afinal de contas, o amor dos dois ardia como brasa.
Essa era minha vida, que por culpa minha, veio a ruir. Todo o amor em pedaços, minha vida para o alto e minha casa marcada por um amor que eu mesmo destruí. Ao olhar para esse mar sem cor eu me lembro dos acontecimentos que levaram a esse desfecho...
Um dia, quando o sol pairava no céu brilhando em seu máximo esplendor junto às nuvens que vagavam pelo ar unindo a imaginação das mentes que se colapsavam de amores, estávamos lá, Eu e Amy, sentados no banco do nosso jardim.
Estávamos desfrutando da presença calorosa um do outro quando tudo começou a cair. Uma pessoa, uma mulher, uma antiga conhecida minha apareceu ali de pé em minha frente, era Maria, meu primeiro amor e minha primeira decepção... Quem diria que também seria a última...
Maria se aproximou calmante, seu olhar sedutor e seu gingado estonteante me fizeram boquiaberto. Estava claro para mim que Amy não estava gostando, mas eu cedi a tentação, quanto mais Maria se aproximava, mais eu caía na palma de sua mão.
Ela me roubou por completo. E por vários e vários dias, nos divertimos como eu nunca fizera antes... Mas havia algo de errado, quanto mais tempo eu passava com ela, mais eu percebia que meu lugar não era lá, e que eu havia cometido um erro.
Levou muito tempo para que eu percebesse, mas mesmo depois de eu fugir como um canalha com a Maria, Amy ainda me amava, ela mandou cartas pedindo para que eu voltasse... Mas eu não voltei, e quando finalmente o fiz já era tarde demais.
Amy havia sumido, ela me deixara apenas com nossa casa e com nosso jardim... Já manchado por remorso e culpa, eu não conseguia ver nada além dela refletindo nos semblantes de nossos bens.
Desesperado eu corri a sua procura, sem saber para onde Amy fora, eu apenas caçava as suas pistas por onde passava, até que em algum momento eu a vi... Longínqua no oceano, rumando vagarosamente o horizonte.
E foi sentado lá, naquela maldita praia, que eu percebi... Amy jamais voltaria. Depois disso eu me vi perdido, sem rumo em minha própria terra, foi por isso que eu abandonei aquele lugar também.
Agora andando pelas areias do esquecimento, só o que me resta são memórias de um mar turbulento, onde as mágoas que eu mesmo causei me sufocam em meio a escuridão do vazio e da solidão.
Fim...
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