Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

KAIRÓS

Uma fumaça surgia a cada fôlego devido ao frio enquanto corria; eu não sabia aonde ia, mesmo assim o destino me parecia inexplicavelmente óbvio. Adentrei o portão de uma casa abandonada, cruzei o espaço baldio que seria o jardim e arrebentei a porta da entrada. Não havia tempo! Enrolei meu casaco na mão direita, estilhacei a janela de vidro fosco que havia e agarrei a lasca mais afiada. As gotas de suor que fluíam em meu rosto começavam a pingar junto com a neve lá fora.

No quarto desolado iluminado apenas pelo luar, vi um cenário semelhante a um corvo enorme tentando devorar uma pequena pomba. Suas enormes mãos peludas enroscavam o pescoço da criança, e o apertava. Caminhei silenciosamente até ele, os únicos sons ressoando eram um grito abafado e o grasno diabólico do homem. Cravei a lasca de vidro em seu pescoço e oscilei lentamente, assisti contentemente seu semblante se contorcer em desespero, depois em dor e por fim, em derrota, ou quem sabe, arrependimento.

Olhei para a menina aterrorizada a tentar se recuperar, tinha tênues fios alaranjados sobre a cabeça e seu vestido branco estava tingido de vermelho. «Está tudo bem agora», estiquei o braço e a circundei, ela afoga sua cabeça em meu ombro esquerdo entre soluços intermitentes. Acariciei sua cabeça até se acalmar, «eu estou aqui, papai está aqui agora.»

Um par de olhos alaranjados emergiu das sombras e se afigurou em uma venusta figura feminina com longos cabelos carmesins cobrindo seus ombros, «obrigada», sussurrou antes de desaparecer novamente para dar lugar a uma cacofonia de sirenes e luzes. Era a polícia. Fechei os olhos em preparação ao que estava por vir. Sabia que desta vez eu seria acusado justamente, mas não sentia culpa, em vez disso sorria e beijava a testa da criança que se refugiava em meu colo.

Fico em alerta ao ouvir sons de passos se aproximando, e me surpreendo com o que vejo. Era Yan, Theodore e o detetive que entravam ofegantes. «O carro está lá fora, sairemos pelos fundos», Yan orientava-se freneticamente enquanto retirava a criança dos meus braços. Em um instante, estávamos dentro do carro, eu à frente com o detetive na direção, e o resto nos bancos traseiros. Não ousei dizer nada durante a viagem até àquela construção onde tudo começou, eu apenas acompanhava o cenário que decorria. Em dada altura, o detetive ligou o rádio: "O homem suspeito de ter matado sete pessoas na noite anterior é pego em flagrante, reportado pela vizinhança, a cometer mais um assassinato, e está agora marcado como fugitivo. Das sete vítimas anteriores, três delas, que foi descoberto serem seus ex-colegas de trabalho, foram mortas com ácido, e outras três eram médicos que participaram de um parto da ex-esposa do fugitivo. Todas as vítimas apresentam sinais de envenenamento por cianeto, supõe-se que foi causado por um medicamento em comum que tomavam, fluoxetina, que foi adulterado. Está agora a ser investigado o desaparecimento de uma criança que supostamente está relacionado ao caso..."

Ao chegar, Yan e Theodore vão à frente levando a menina enquanto eu permaneço no exterior com o detetive, questiono o motivo do impedimento e ele responde com um olhar severo, «espera e verás». Lá dentro estava a donzela carmesim à espera, todos os quatro unem as mãos formando um círculo, e desaparecem magicamente. Neste momento, o relógio badalou, não a oitava, mas novamente a primeira hora. Estupefato, me viro para o detetive que já adivinhara meus pensamentos.

«Eles não deveriam estar aqui, e tu também não. Eles vieram traçar para ti um caminho de volta. Nunca existiu um Yan, Theodore, e tampouco Cain; ao menos não existiram aqui. Vós sois todos Keller», me observou mantendo sua postura sempre impassível, «é melhor nos apressarmos», dito isto, os carros tumultuosos da polícia aparecem, «olha para o alto, Cain.»

Eu obedeço apenas para ser confrontado com um nada, já havia me acostumado, contudo era tão níveo desta vez que me cegou. O lugar onde reapareci era completamente branco, como se o mundo ainda não tivesse sido pintado.

«Quem és tu?», perguntei ao detetive, a única imagem perceptível naquele espaço desfeito.

«É uma ótima pergunta inicial. Em algumas vidas, eu sou seu pai, nesta eu sou teu trisavô. Sou pai do Yan Keller. Podes me interpretar como um ancestral, mas eu prefiro o termo viajante. Mais perguntas?»

«Onde estou?»

«Fora dos domínios do Universo, aqui não existem leis, aqui é o Vazio, alguns o chamam de pós vida. Não sabes o quão trabalhoso foi trazer os outros Kellers para cá. Tu não devias estar aqui ainda, então estamos te ajudando a voltar.»

«Sete pessoas morreram!», protestei com irritação.

«Sim, sete almas foram necessárias para que pudesses estar no lugar certo e na hora certa. Agora não desperdices esta oportunidade de voltar. Cain, olhe para mim», eu olhei, e vi a mim. Um reflexo. Outro eu.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro