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32

Cathe, Cody e Matt

Montanhas Wittenberg - Mundo humano.

- Nós teremos que subir isso tudo? - Grigg resmungou, ao ver a trilha irregular e cheia de pedras da subida - Porque não abriu um portal mais pra cima?

- Precisamos subir a pé, porque não sabemos onde está a entrada do esconderijo - Cathe disse, rindo -, aliás ainda nem sabemos se eles estão aqui.

- Não liga pro Grigg, Cathe - Frigg disse -, ele vai subir com as pernas do Borgg, está fazendo drama à toa.

Sem esperar mais, eles iniciaram a subida, que mesmo sendo íngreme e cheia de rochas, era vencida com facilidade por todos, já que os Goblins estavam nos ombros dos Bugbears, e estes eram altos e fortes.

No final da primeira subida, um extenso planalto ia até a segunda subida, que parecia ser mais pesada da distância em que estavam e, iluminado pela luz da Lua, que parecia estar mais intensa que nunca, só para ajudá-los.

- Alguém precisa descansar? - Cody perguntou. Até o momento, ele estava em silêncio, enquanto deixava Cathe guiar o grupo, mas a postura de líder era nítida nele, e todos ao seu redor sentiam isso.

- Borg está com fome - o Bugbear disse -, mas não quer atrapalhar.

- Não irá atrapalhar, Borgg - Cody disse, sorrindo -, Esperem aqui e descansem um pouco, eu irei até o outro lado para ver aquele paredão de rochas perto da próxima subida. Precisamos esperar amanhecer para continuar subindo, e é melhor que seja de costas para aquele paredão, assim diminuímos o raio de possíveis ataques.

- Deixe que eu vá até lá olhar, cara - Matt disse - Você gastou muita energia na batalha, e eu vi como sua irmã fica quando gasta muita energia, e imagino que com você também acontece.

- Eu tenho uma ideia melhor, Matt - Cody disse, com ar sério -, nós dois vamos dar uma volta e bater um papo enquanto verificamos os arredores.

- Cody! - Cathe protestou.

- Está tudo bem, Cathe - Matt disse, sorrindo pra ela.

Os dois começaram a andar em direção ao paredão, enquanto Cathe e os outros seguiram até algumas rochas que poderiam ser usadas como mesa e assento.

- Parece que a minha irmã gosta de você, Matt - Cody disse, enquanto andavam -, e você parece ser um cara legal, então nós iremos achar o mago filho da puta que levou os vampiros até a lanchonete e mataram os seus pais. Eu não vou posar de irmão ciumento e nem de mago conservador, atrapalhando o lance de vocês, até porque a minha concepção de heróis e vilões está meio confusa no momento. Você só precisa saber que se eu matei criaturas como você a minha vida toda, por obrigação, imagina o que eu não faria com o monstro que fizer a minha irmãzinha sofrer!

- Eu também tenho uma irmã mais nova, então sei como é isso - Matt disse, lembrando-se de Lilly -, inclusive, eu sinto que ela ainda está viva e preciso encontrá-la, mesmo que ela me culpe pelo que aconteceu.

- A Cathe acredita que a nossa mãe está viva e está aqui nesta montanha - Cody disse -, ao que parece a traição dos magos que culminou no ataque à sua família para procurar você, começou a quinze anos atrás quando meu pai e toda a sua comitiva foram mortos. Se a sua irmã estiver viva, nós iremos encontrá-la, se ela não estiver, nós iremos vingar todos eles.

- Parece que nós não estamos saindo do lugar - Matt disse, parando após caminharem por quase dez minutos.

- Se encontrarmos a minha mãe e as criaturas que ela lidera, teremos avanços - Cody disse, ainda andando.

- Não, cara - Matt disse, fazendo-o parar e olhar para ele -, a distância até o paredão não diminuiu. Pelos meus sentidos, eram uns trezentos metros até o paredão e a subida, mas depois de caminharmos bastante, ainda tenho a mesma sensação.

- Merda, parece uma ilusão - Cody disse, prestando atenção, após o alerta -, isso pode ser um ataque, vamos reagrupar.

- Cathe, estamos presos em uma ilusão - Cody disse, voltando até onde os outros estavam -, e pode ser um ataque, proteja os mais jovens e estejam todos preparados!

- Essa magia é poderosa - Frigg disse, mas é semelhante à nossa magia de camuflagem. As ilusões são mais complexas, mas se eu e o Grigg nos concentrarmos, podemos enxergar através do véu.

- Está certo, então - Cathe disse, após um sinal de Cody -, vocês irão na frente mostrando o caminho.

Eles tentaram caminhar, mas além dos Goblins, a confusão mental causada pela ilusão, não os deixava prosseguir. Grigg deu então uma ideia. Ainda bem jovens, Goblins e Bugbears são treinados para confiarem plenamente uns nos outros, e os Bugbears tinham que vendar os olhos e serem guiados pelos Goblins, dentre outros treinamentos que criavam duplas inseparáveis. A ideia de Grigg se baseava nesse treinamento, e eles teriam que vendar os olhos e seguirem apenas a voz dele e de Frigg. Contudo, isso não seria um desafio tão grande para eles, já que Cathe e Cody tinham treinamento para sentir a presença de criaturas sombrias, e Matt tinha sentidos bem aguçados.

De olhos vendados, eles começaram a andar lentamente, seguindo a voz dos Goblins que seguiam na frente, nos ombros dos bugbears. Apenas Frigg e Grigg enxergavam, e eles guiavam os outros para o outro lado, e quanto mais se aproximavam, mais parecia que a nova subida era íngreme e cheia de rochas.

- Vamos torcer para não ter essas ilusões na subida - Matt disse -, encarar uma trilha rochosa com os olhos fechados é quase impossível!

- Parece que não tem - Frigg disse -, já estamos quase no limite do véu da ilusão.

- Só mais uns passos, e... - Grigg falou pausadamente enquanto se aproximavam do paredão rochoso e de uma nova trilha - ... podem abrir os olhos.

Eles abriram os olhos e viram que andaram por mais ou menos trezentos metros, e que o paredão estava logo à frente deles. Agora a parede de rochas parecia ser muito maior, e a trilha era realmente mais desafiadora que a primeira.

- Eu também estou com fome agora! - Gaaki disse, indo até perto do paredão - Eu coletei algumas ervas e cogumelos no caminho, vou preparar uma sopa para não dormirmos sem comer, só preciso de lenha.

- Eu consegui coletar lenha antes de ser atacada lá em Catskill - Cathe disse, enquanto mexia em um dispositivo em seu cinto, que abriu um pequeno portal, de onde ela tirava os pedaços de madeira secos e os dispunha no chão -, mas não consegui trazer o coelho.

- Que tal cozinharmos galinhas selvagens, então? - uma voz masculina grave surgiu, os pegando de surpresa e os fazendo se prepararem para a batalha, mas, saindo de uma parte escura em um dos cantos do paredão, um Vampiro surgiu, com duas galinhas abatidas e depenadas nas mãos, ao lado de um Muscaliet, que parecia calmo e paciente -, o mestre Kaghan não come coelhos por motivos óbvios.

- Quem são vocês? - Cody disse, preparando-se para o ataque, sendo seguido por Matt que atacaria sem pensar duas vezes, ao sinal.

- A princesa ali parece saber quem nós somos - o Vampiro disse, referindo-se a Cathe, que havia desarmado sua postura.

- Onde está a maga que é a líder de vocês? - o jovem mago perguntou.

- Ela está esperando vocês dois para uma reunião de família - o Muscaliet disse, com sua voz serena e pausada -, podem entrar por esse portal que irá abrir aí agora.

- Tudo bem, vocês podem ir - Matt disse, olhando alternadamente para os magos, no momento em que um portal se abriu conforme o Muscaliet havia dito -, eu assumo por aqui.

- Isso mesmo - o vampiro disse enquanto eles entravam na abertura - vamos cozinhar e contar histórias na beira da fogueira, mas não demorem, senão irão perder a deliciosa galinha assada do Hel.

Sem dizer nada, os dois magos entraram no portal, que se fechou a seguir. Do outro lado, eles saíram em uma sala com paredes rochosas, assim como era o outro esconderijo. Eles a viram de frente para uma grande tela, que refletia a paisagem do extenso vale de Woodland que corria pelo pé das montanhas Wittenberg.

- Quinze anos vivendo em cavernas e lutando pela liberdade - a mulher disse, ainda sem se virar, contemplando a bela paisagem do vale -, em resistência aos monstros que querem monopolizar essas belezas naturais.

- O Universo criou os dois mundos e escoou as trevas para o mundo sombrio - ela continuou, vendo que eles permaneceram calados -, mas não esperava que surgiriam vidas lá, e mesmo sendo de natureza maligna, a opressão da guerra que os vampiros e os demônios trouxeram, fez com que o instinto de sobrevivência gerasse sentimentos e atitudes boas, como solidariedade, compaixão, mutualismo, companheirismo e outros.

- Enquanto isso, da zona de conforto, os magos só observavam - ela disse, virando-se e olhando para eles. Os dois jovens a observavam com olhares estáticos, como se os olhos marejados deles não acreditassem no que estavam vendo -, depois negaram asilo às criaturas refugiadas, até que se corromperam, e deixaram de ser os heróis que foram criados para serem.

- Eu não espero que entendam o que eu fiz - ela disse, não conseguindo conter as lágrimas -, mas saibam que não houve um momento sequer que eu não pensasse em vocês.

Sem dizer nada, Cathe se jogou nos braços dela, e chorou, envolvendo-a em um abraço apertado, como se pensasse que ela poderia desaparecer novamente a qualquer momento. Cody olhou para as duas, louco para se jogar naquele abraço também, mas não o fez. Permaneceu parado, com os olhos cheios de lágrimas, como se recusasse a deixá-las caírem.

- Venha aqui, querido - a mais velha disse, abrindo o braço que estava livre -, me deixa te abraçar também!

Sem pensar mais, ele se juntou ao abraço, e todo gelo que havia se juntado em torno do seu coração por todos esses anos, quando o assunto era a sua mãe, se derreteu em instantes. Eles ainda tinham muito o que conversar, mas com certeza iriam aproveitar aquele abraço ao máximo.

Lá fora, o clima que parecia ser tenso entre Matt e o vampiro Hel, tinha mudado completamente, principalmente após o vampiro oferecer ao jovem um vinho de sua reserva particular, que como ele mesmo disse, era o único tesouro que guardava consigo. Feito de uvas do Mundo Sombrio, a receita foi passada para ele por seu pai, antes da fazenda deles ser tomada pelos exércitos de demônios e vampiros na grande guerra. Segundo Hel, o velho dele era um simples agricultor, que plantava uvas e produzia vinho, além de ter uma criação de animais, de onde tiravam o sangue e a carne que consumiam. Eles não bebiam sangue de outras criaturas racionais, e essa era a filosofia de toda a comunidade rural da qual faziam parte, e isso os deixou vulneráveis à invasão e tomada das terras.

Ele ainda contou que conheceu o Mestre Kaghan após fugir levando a última caixa de garrafas de vinho que tinha produzido junto com seu pai. Ele prometeu ao pai que fugiria e ficaria vivo, para continuar a produzir o vinho e não deixar a receita cair no esquecimento, e essa promessa foi uma das últimas coisas que o pai dele ouviu antes de ser morto. Kaghan e os Muscaliets tinham fugido da batalha após serem traídos pelos lobisomens, e estavam feridos e com sede, sem ter para onde ir, após as terras tinham sido tomadas pelos exércitos do inimigo, eles morreriam ali, se não fosse o vinho que o então, jovem vampiro, os ofereceu.

Após aquilo, o mestre Kaghan o havia treinado e eles fugiram para o Mundo Humano através de uma falha na barreira. Uma vez do outro lado, foi difícil conter a sede por sangue humano, mas os treinamentos e conselhos do Muscaliet sempre foram preciosidades, e ele conseguiu se controlar.

Matt lhes contou a sua história, de como ele cresceu ignorando o Mundo Sombrio e, do nada, foi jogado no meio daquela guerra, perdendo seus pais adotivos de forma cruel.

- Eu não faço ideia de qual seja o meu papel nesta guerra - o jovem disse, com os olhos marejados após se lembrar de Karen e Hugh -, mas eu irei honrar e vingar eles, usando o poder que parece que eu tenho.

- Você é um grande reforço para a causa, Matt - mestre Kaghan disse -, todos vocês são. O mal não existe apenas porque existem criaturas más, mas também, porque as criaturas boas não se unem para combatê-lo. Com a ajuda de vocês nós iremos vencer, e os dois mundos serão lugares onde poderemos viver em paz.

- Essa sopa está incrível - Hel disse, mudando de assunto.

- Frigg e Gaaki são ótimas cozinheiras - Matt disse, sorrindo para as duas -, o único que não admite isso é o Grigg.

- Muito obrigado, amigo - Grigg agradeceu ironicamente -, agora elas vão ficar se achando, mais ainda!

- Eu não "me acho", maninho - Frigg rebateu -, mas, não tenho culpa de ter nascido com esses dons!

Eles conversaram, comeram e beberam por horas, enquanto aguardavam o retorno dos magos. Aquele clima amistoso era algo que deveriam aproveitar ao máximo, já que a guerra estava muito próxima de acontecer.

Um portal se abriu, e Matt viu uma mulher parecida com Cathe saindo dele, sozinha. Assim como a jovem, ela era também era linda e o seu sorriso iluminava tudo ao seu redor.

- Sejam muito bem vindos, amigos - ela disse, saindo do portal, mas mantendo-o ativo - Cathe e Cody foram recarregar, e eu vim buscar vocês para levá-los ao lugar onde irão passar a noite.

- A senhora é bonita igual à Cathe - Borg disse, sem conseguir desviar o olhar dela -, Borgg está feliz de conhecer a mãe da salvadora.

- Muito obrigado, meu jovem - ela respondeu com um sorriso ainda mais radiante -, estou feliz de conhecê-los também, e obrigado por cuidarem da minha pequena.

- Você deve ser o Matt - ela continuou, virando-se para o rapaz -, eu sei que você salvou a Cathe mesmo sem conhecê-la. Esse instinto heróico é raro e pode ser bem útil por aqui.

- Foi ela quem me salvou primeiro, senhora - ele respondeu humildemente -, eu só retribui.

- Eu vejo em seus olhos, que você gosta dela - ela disse, deixando-o sem graça -, mas não se preocupe, parece que tem o mesmo brilho nos olhos dela.

- Agora vamos, todos precisam descansar - ela continuou, rindo por tê-lo deixado constrangido e, um por um, todos passaram pelo portal, que se fechou assim que ela passou por ele também.

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