Duas semanas depois, bairro de Chelsea, Londres...

Willard preparava a roupa para levar para o Britain's Mutant Learning Institute, uma instituição para os jovens mutantes aprender a controlar os seus poderes, quando a sua mãe entra no quarto.

Beth: Então, amanhã vai ser o teu primeiro dia no BMLI, estás entusiasmado?

Willard: Não sei, e se os meus poderes forem incontroláveis? E se eles não me conseguirem ajudar?

Bethany senta-se na cama, ao lado de Will.

Beth: Tem calma, eles são profissionais, estão habituados a lidar com pessoas como tu. Eu tentaria preocupar-me em fazer amigos e tentar entrar nas forças tarefa do instituto. Respira, vai correr tudo bem, agora estás seguro.

Willard: E se o tal Victor sair da prisão?

Beth: Filho, o Vic está em Holy Bridge, uma prisão com muros com seis metros de grossura, as celas são reforçadas com aço, betão armado e uma camada grossa de titânio, não têm janelas, as barras são à prova de corte e eles meteram-lhe um inibidor de poderes, há hipóteses dele escapar, poucas, mas existem, contudo, não me preocupo. Lembras-te do rei de Esparta, no universo de onde saímos?

Willard: Sim, o Athreus I, um rapaz novo, muito inteligente, 22 ou 23 anos.

Beth: Bom, aqui é um cientista, vive nos EUA, e é um dos chamados fabulares.

Willard: O que é um fabulares?

Beth: Uma subespécie humana tão forte e durável que, na Antiguidade, eram considerados deuses, como o Zeus, o Poseidon, o Hades, o Thor, etc.

Willard: Ou seja, ainda pode haver pessoas mais poderosas que eu?

Beth: Sim e não. Sim, é uma possibilidade que, no futuro, haja alguém que te supere em termos de poder, mas, atualmente, não existe ninguém. O poder é medido em ticks, uma unidade de energia própria para as pessoas, antes de ti, os 6.500 ticks do Kevin Slater eram o máximo já registado, tu estás registado como tendo 10.000 ticks.

Willard: É muita fruta.

Beth: Pois é, e é por isso que eles têm de te ajudar a sério. Para não falar, pode ser que alguém te ajude com as raparigas.

Willard: Mãe!

Beth: Estou a brincar!

A mãe de Will ri-se um pouco e o rapaz sorri.

Beth: Mas, já está na hora de tentares arranjar namorada.

Willard: Chega!

Entre risos, Willard, pega numa almofada e acerta na mãe, que responde na mesma moeda.

Beth: Para! Tenho de fazer o jantar!

Depois de muitas risadas e almofadadas, o jovem para e larga a almofada.

Beth: Vou tratar da comida, depois chamo-te.

Willard: Está bem, vou só tratar das coisas todas para as aulas de amanhã.

Will arruma os livros e deixa a roupa pronta para o dia seguinte. Segundos depois, começa a tentar levantar uma caneca, que estava em cima da sua secretária, e trazê-la até si, porém, a caneca cai e parte-se.

Jackson: O que é que se passou?!

Willard: Parti a caneca das canetas, estava a tentar treinar a telecinese, e o raio da caneca caiu.

O rapaz pega numa vassoura e varre os cacos da caneca para cima de uma pá do lixo, e deixa-os no caixote.