Assim que S/N assinou o contrato, um alívio imediato pôde ser percebido em seu semblante, aliviada e agradecida por voltar a trabalhar depois de um mês desesperada procurando por um emprego.

Ran foi extremamente educado e claro, explicou tudo sobre a boate e sobre qual seria a função dela e o que era teria que fazer. Ela prestava atenção nele, más não conseguia tirar os olhos dos olhos dele, além de serem diferentes, ele tinha um olhar intenso.

—Bom, é isso S/N. Em relação a roupa que você tem que usar, é roupa social tá? Pode ser um terno feminino ou uma saia se preferir, isso vai depender do seu gosto. — ele disse e franziu cenho. —Está tudo bem?

—Ah sim está, eu estava pensando só nada demais. — ela disse rindo.

Ran sorriu e se levantou da cadeira e abriu a porta, juntos ele e ela deixaram a sala, eles caminharam pelos corredores e no meio das pessoas até chegar na mesa, e foram conversando entre si, assim S/N pôde conhecer um lado protetor do Haitani mais velho.

—E o Ri... Rin...

—Rindou? — ele disse rindo.

—É, o Rindou, como ele está?

—A situação dele está difícil, meu irmão teve uma paralisia muscular no músculo que liga as pernas. — ele disse e respirou fundo. —Ele vai ficar sem andar por um bom tempo, vai usar cadeira de rodas e ainda por cima, não dá para saber por quanto tempo ele vai ficar assim.

—Caramba Ran... olha, se você precisar de ajuda para cuidar dele, pode contar comigo.

—Você já vai estar me ajudando bastante sendo a minha assistente pessoal. — ele disse e sorriu. —Cuidar do Rindou não é uma tarefa fácil. Ele fica insuportável quando está doente, e agora que ele vai ficar sem andar, ele vai estar pior do que um véio de 90 anos.

S/N não aguentou e começou a rir, Ran também caiu na gargalhada, assim que eles chegaram na mesa, o Haitani se despediu de todos, Wakasa foi o primeiro a se pronunciar.

—Vai embora cedo?

—Vou passar a semana com o Rindou no hospital. Preciso ir me arrumar e ir visitar ele lá, vou ficar bastante ausente agora que esse acidente aconteceu.

—Amanhã eu vou lá visitar ele. — disse Imaushi.

Ran sorriu e foi andando até a saída da boate, Shion olhou para S/N e disse:

—Deu tudo certo baixinha?

—Sim. — ela disse e olhou para ele e olhou em volta tentando procurar um lugar para se sentar, más todas as mesas estavam ocupadas. —Na onde eu me sento? Não tem lugar vazio!

—Senta no colo do Waka. — disse Sanzu. —Ou se preferir, pode se sentar no meu.

—Vocês estão achando que ela é o que hein? — disse Shion e puxou S/N para se sentar no colo dele. —Não confio em vocês dois, seus delinquentes.

S/N se sentou no colo de Shion e ficou envergonhada ao mesmo tempo, ela estava usando vestido, e quando ela se sentou no colo dele, o tecido do vestido subiu, e ela sentiu tudo o que não deveria sentir do corpo do Madarame.

—Shion, será que eu posso me levantar para pelo menos arrumar o meu vestido?

—Assim? — ele disse e puxou o tecido do vestido dela para baixo. —Melhorou?

—Isso foi muito constrangedor. — disse S/N rindo.

Shion sorriu e enquanto ele estava embaralhando as cartas do baralho, S/N ficou observando as coisas a sua volta, e uma situação a deixou irritada.

—Olha só se não é o ex membro da Tenjiku? — disse uma garota e colocou as mãos no ombro dele. —Quando é que você vai me notar Madarame?

—Sai pra lá! — disse S/N.

—Você é a namorada dele por acaso? — questionou a garota.

—Não te interessa sua marmita de bandido, sai de perto do MEU SHION MADARAME!

Shion e todos que estavam na mesa sorriram e ficaram surpresos com a reação dela, Madarame foi o primeiro a se pronunciar.

—Ouviu né? Fica longe, se você tem amor pela sua vida, sugiro que você se afaste, caso contrário você vai perder a sua cabeça.

A garota olhou para S/N com cara de deboche e desgosto, irritada S/N pegou uma pistola que estava encima da mesa e apontou para ela.

—Vou explodir seus miolos se você não sair de perto do Shion!

A garota recuou para trás assustada, e assim que ela se foi, Wakasa soltou a fumaça do seu cigarro pelo nariz e boca, e disse:

—Isso que eu chamo de ciumenta. S/nizinha colocou a menina pra correr.

তততততততততততততততততততততততততততত

No hospital, Ran estava comendo uma Yakisoba junto com Rindou, o Haitani mais velho estava encostado na cama onde o seu irmão estava, e enquanto comiam, eles iam conversando.

—Ran, obrigado por comprar outro óculos. — disse Rindou. —Eu não enxergo nada sem ele, você sabe. E obrigado por ficar aqui, mesmo dormindo todo torto nesse sofá.

—Você é o meu pirralho. — disse Ran e bagunçou o cabelo do irmão.

—Eu estou morrendo de vergonha Ran.

—Por que? — disse Ran enquanto colocava o prato vazio encima de uma bancada.

—Você vai ter que cuidar de mim como se eu fosse um bebê... vai ter que me dar banho, me ajudar a ir no banheiro e um monte de outra coisa, tudo por culpa daquele corno!

—E onde está a vergonha Rindou? — disse Ran rindo. —Eu já limpei sua bunda branquela várias vezes e já te vi pelado várias vezes. A diferença é que você cresceu.

—Por isso mesmo! Isso é constrangedor demais! — disse o Haitani mais novo colocando a mão na testa.

—O que você tem no meio das pernas, eu tenho também ué. — disse Ran rindo. —Onde está o problema?

—Ah você entendeu, eu estou morrendo de vergonha.

—Ok, então você tem duas opções, ou você me deixa cuidar de você, ou eu contrato outra pessoa para cuidar de você, e vai ser bem pior. — ele disse e olhou para o seu irmão que estava fazendo um semblante de quem quer alguma coisa. —O que foi?

Rindou respirou fundo e disse:

—Eu preciso ir no banheiro. — ele disse e viu a expressão de riso no rosto do seu irmão. —Eu preciso mijar Ran! — disse Rindou revirando os olhos. —Vai, me ajuda a sair daqui.

—Tá bom, meu aleijadinho. — disse Ran rindo.

—Para de me humilhar seu puto!

Ran pegou uma cadeira de rodas e colocou o seu irmão nela e o levou para o banheiro, Rindou olhou para ele e disse:

—Eu posso me virar agora. — ele disse e tirou o corpo com cuidado da cadeira e se sentou no vaso.

—Cuidado para não cair dentro do vaso! — disse Ran.

—Sai pra lá, filhote da família Addams! — disse Rindou rindo e arremessou um papel higiênico no seu irmão.