CAPÍTULO 48
Boa Noite meu povo lindo, como foram de final de semana?
O meu foi pleno, pelo cansaço 😅
Brincadeira, só tenho a agradecer a Deus por cada momento. 🙏❤
Esse capítulo será de uma grande decepção para algumas pessoas, mas como falei, seguirei meu roteiro... ✌️🤍
ALICE
Assim que chego ao hospital o semblante que vejo no rosto de Tyler não me agrada. Não tem mais ninguém na sala de espera, o que acho estranho.
— Bom dia, aconteceu alguma coisa? — pergunto assim que me aproximo. O sorriso que se estende em seu rosto, é tão frágil quando a afirmação que fiz hoje cedo ao me olhar no espelho. — Seus pais não chegaram?
— Estão no quarto com ele. — ele volta a sorrir, e coloca uma mexa do meu cabelo atrás da orelha. — Alex acordou faz algumas horas, e foi transferido para o quarto. Ele está bem. — eu sorrio.
— Graças a Deus. — o abraço, e ao me afastar, pergunto. — Porque não me avisaram? — ele meneia a cabeça.
— Ele acordou um pouco diferente. — ele esfregou o rosto. — Ele perdeu a memória, Alice. O medico disse que é comum pelo trauma que sofreu, que é algo temporário.
— Ele não lembra de nada?
— Ele sabe quem é, reconheceu a família, mas... — ele me encara. — Ele perguntou por Sofhia. Ele não se lembra de você. — eu fico sem reação.
Alex não se lembra de mim?
Mas lembrou da Sofhia.
Aquela certeza que tinha hoje cedo de que tudo ficaria bem, mesmo que frágil, ela ainda está aqui. Me apego ao que Tyler tinha falado.
— Os médicos falaram que é algo temporário, não é mesmo? — ele concorda.
— Sim, hoje mesmo vão fazer mais exames. — engolindo o nó da garganta, sorrio.
— Então não temos com o que se preocupar. — mesmo procurando ser forte, não consigo esconder a angustia, e quando recebo o abraço do meu cunhado, eu acabo deixando as lágrimas caírem.
— Meu Deus, você é a pessoa mais foda que eu já conheci. — o abraço de volta. — Sério se meu irmão não casar com você, eu caso. — acabei rindo e o empurrei.
— Besta. — limpo o rosto. — Mas será que posso vê-lo pelo menos? — ele sorriu.
— Mas é claro, eu só queria te preparar sabe? Entrar lá sabendo que algumas coisas como: "Alice, amor da minha vida" Não vai rolar. — empurrei seu peito e ri. Era impossível não rir com esse palhaço.
— Você é um palhaço. — ele me abraçou pelo ombro e me conduziu para o quarto.
— Sou o que você quiser, só mantenha esse sorriso. — ele beija meu rosto.
Subimos um andar de elevador, e quando paramos em frente a uma porta meu coração somente disparou e não consegui controlar. Tyler apertou minha mão e abriu a porta. Meus olhos foram diretos para Alex que estava deitado, ainda com alguns aparelhos monitorando seus sinais.
Minha esperança estava que quando ele me visse, algo no fundo da sua mente desse algum start, e a memória voltasse, mas não foi o que aconteceu. Sua mãe sorriu ao me ver, retribui da mesma forma. O pai estava sentado falando ao telefone, não falei nada para não atrapalhar.
— Vim te apresentar minha garota. — Tyler falou ao se aproximar, o que resultou em um tapa da mãe.
—Tyler!
Deixei que ambos se resolvessem, meus olhos estavam em Alex. Ele tinha alguns machucados em seu rosto, um corte no canto da boca. Senti um aperto no peito, somente em imaginar o que poderia ter acontecido. Notei que ele me encarava.
— Oi. — falei baixo. — Que bom que está bem.
— Você deve ser a Alice. — concordei. — Desculpe não lembrar. — segurei em sua mão e a apertei.
— Não se preocupe com isso agora, você tem que se recuperar, a memória vai voltar. — ele não concordou. Olhou para nossas mãos por alguns minutos, depois fechou os olhos.
— Sempre que tento lembrar de algo, sinto uma dor de cabeça. — segurei seu ombro.
— Não force. — falei. — Eu estarei aqui quando lembrar, não se preocupe.
Beijei sua testa no impulso, mas eu queria na verdade era lhe da um beijo nos lábios. Emma voltou a conversar com o Alex, contando algumas coisas como uma das visitas que fiz em sua casa. Acabei rindo com a lembrança. Parecia uma lembrança antiga para mim, no entanto não tinha três meses que tudo havia acontecido.
Fui tirada dos meus devaneios, quando Angus pediu para que eu fosse para a empresa com ele, já que enquanto Alex ficaria no hospital ele cuidaria de tudo. Me despedi de todos e confesso que comecei a me sentir um peixe fora d'água.
Procurei não pensar nisso durante o dia, trabalhei e me distrai o máximo que consegui. Quando estava na hora de ir embora, fiquei na dúvida para onde eu iria. Se para casa ou para o hospital.
Acabei passando no hospital para saber como Alex, estava. Emma disse que ele passou por alguns exames e a tomografia, poderia revelar algum trauma que explicasse a falta de memória. Eu estava cansada, e com fome, pois tinha passado o dia todo sem comer nada. Alex estava dormindo e só acordaria no dia seguinte, já que por conta da dor de cabeça que ele estava reclamando os médicos preferiram lhe dar um sedativo.
Me despedi e voltaria no dia seguinte, assim que sai do quarto me deparei com Adam me esperando. Seu semblante não era dos melhores, e isso já parecia estar ficando cada vez mais corriqueiro com aqueles que me cercavam.
—Tenho até medo de perguntar o que aconteceu? — ele continuou sério e me encaminhou para o elevador.
— Quando foi a última vez que falou com sua mãe? — encarei meu amigo, e tentei lembrar.
— Não sei exatamente, mas foi antes do final de semana. — ele concordou e apertou o botão do elevador. — Por quê? — sua pergunta me fez lembrar que Alex estava lá da última vez que falei com ele. — Adam?
— Aconteceu algo. Não sei ao certo. — as portas abriram e entramos. Tinha dois enfermeiros, então esperei que o elevador abrisse na garagem e assim que saímos, Dilan nos esperava com o carro ligado.
— Como assim não sabe ao certo? — ele abriu a porta e fiquei na dúvida se entrava ou esperava que ele me falasse o que sabia. — Adam!
— Entre Alice. — foi o que fiz.
— Pronto, agora diz o que sabe, — assim que ele fechou a porta, Dilan saiu com o carro do hospital. — Vocês dois estão me assustando.
— Algo aconteceu Alice, e ninguém sabe exatamente o que. — Adam falou esfregando os cabelos. — Desde o acidente do Alex algumas coisas estão estranhas, e não sabemos se elas estão ligadas, ou se são somente coincidência. — abri minha bolsa e peguei meu celular, ligando para minha mãe que caiu direto na caixa postal. — Ela não atende.
— Sabemos que seu irmão está desaparecido.
— Como vocês sabem? — tentei ligar novamente.
— Thomas informou Dilan. — olhei para Dilan pelo retrovisor, e ele concordou.
— E, o que Thomas está fazendo lá?
— Essa é outra parte da história que não entendemos, sabemos que na noite do acidente, Alex fez uma transferência para sua prima, e eles tiveram uma pequena discussão, mas o motivo é desconhecido. E naquela noite, Alex deixou Thomas na casa dos seus pais, para que ficasse de olho nela, e montasse um dossiê para ele. — eram muitas informações.
— Meu Deus, e para que tudo isso? — pensei em tudo o que ele falou. — E que quantia foi essa que ele transferiu? — Adam me olhou incerto.
— Trezentos mil dólares. — fiquei sem reação.
O que levaria Alex transferir um valor desse a ela, sem que ninguém soubesse de nada? Voltei a tentar ligar para minha mãe, mas era inútil. Então liguei para Thomas.
— Pronto.
— Passe o telefone para minha mãe, por favor Thomas. — ele pigarreou e falou com alguém.
— Filha? — não era minha mãe. — Sua mãe não está.
— Paul, o que está acontecendo?
— Seu irmão não chegou da escola, e quando sua mãe ligou, soubemos que ele nem havia entrado, e até agora não sabemos onde ele está. Sua mãe foi até a delegacia. — eu estava tentando não entrar em desespero. — Não avisamos antes, porque vimos o que aconteceu com Alex pela televisão, e são somente algumas horas, ele pode estar brincando com alguns amiguinho. — fechei os olhos.
— Desculpe não ter ligado e falado sobre o que aconteceu com Alex, foi tudo tão corrido.
— Eu entendo, Thomas tem me mantido informado. — agradecia mentalmente ao meu segurança.
— Ta bom, me avisem assim que tiverem alguma informação, e Paul depois eu queria conversar com você e minha mãe, sobre a visita de Alex, e saber porque Thomas está aí. — Paul ficou em silêncio, por fim concordou. Desliguei.
— Então? — Adam perguntou.
— Benjamim não foi a escola, e ele nunca foi de fazer isso. Tem algo de errado. — ele concordou e olhou para Dilan.
— Seu irmão foi visto na companhia de uma mulher, Alice. — olhei para Dilan pelo espelho quando ele comecou a falar. — E, pelas características elas batem com a de Sofhia, ou alguém muito parecido com ela. Já envie mais homens para lá, eles estão fazendo uma investigação paralela.
— Sofhia? —fiquei pensativa. — E, o que ela iria querer com meu irmão?
— É o que estou tentando descobrir. — Adam falou se recostando no banco. — Agora ainda com a perda de memória do Alex, ficamos somente entre suposições. — meu amigo parecia realmente nervoso.
Quando chegamos na cobertura, Adam e Dilan foram direto para o escritório, eu tratei de subir e tomar um banho, eu teria que comer alguma coisa em algum momento, mas vontade eu não tinha.
Assim que sai do banheiro, meu celular apitou com mensagens da mãe de Alex, ela ficou de me atualizar sobre os exames e qualquer novidade, como ele se lembrar de mim. Mas as mensagens se resumiam em ele estar melhor das dores, e que em três dias ele receberia alta.
Olhei para o quarto, e pensei em como seria ficar no mesmo quarto com ele, sendo que Alex não lembra de nada. Quando Tina chegou desci com ela, para comer algo. Estamos no balcão da cozinha quando meu celular tocou. Meu coração disparou quando li o nome da minha mãe na tela.
— Mãe, ele apareceu?
— Ainda não. — ela estava chorando. — Eu não sei o que fazer, já fui em todos os lugares que ele costuma ir, já liguei na casa dos amigos, e nada. — ela estava soluçando.
— Eu estou indo, não vou conseguir ficar aqui. — ela não falou nada. — Fica calma, vai ficar tudo bem. — desliguei e olhei para os dois pares de olhos que me encaravam.
— Você vai agora? — Tina perguntou. Desci do banco e me aproximei de Adam.
— Tem como falar com Dilan sobre me levar de helicóptero? — ele concordou.
— Tem certeza? — ele perguntou.
— Aqui não posso fazer nada, Alex esta bem assistido,e nem se lembra de mjm, e além disso quero conversar com meus pais sobre o que Alex foi fazer lá. — Adam concordou.
— Eu vou com você. — ele se prontificou.
— Você tem que representar Alex em três reuniões amanhã. Thomas está lá, então é meio que não vou estar sozinha. — Adam bufou. — E com certeza Dilan vai comigo.
— Minha curiosidade está em saber o que a vaca da sua prima fez para arrancar toda essa grana do Alex. — Tina comentou ao meu lado. — Eu vou junto, tenho dois dias de folga em atraso, vou ligar e avisar. — sorri olhando para ambos.
— Vocês dois são os melhores amigos que eu um dia poderia ter pedido na vida. — eles se entreolharam e fizeram uma careta. — Porque esse clima? O que eu perdi?
— Eu vou indo. — Adam se virou e começou a sair. — Me mantenha informado. — ele saiu nos deixando sozinhas. Olhei para Tina, e balancei a cabeça.
— O que foi isso? — perguntei, ela revirou os olhos.
— Depois te conto, deixa eu ligar no bar, e tenho que passar em casa para pegar algumas roupas. — ela começou a sair da cozinha mexendo no celular, e se fosse me outro momento eu não deixaria com que saísse sem me dizer o que havia acontecido entre ela e Adam.
Mas tratei de subir e arrumar minhas coisas, eu tinha de descobrir o que aconteceu.
Sobre a perda de memória do Alex... bom...
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