CAPÍTULO 47
BOA NOITE!
Olhem eu aqui....surpresa, se boa ou ruim, não sei... depois tiro minhas conclusões pelos comentários 😂
Boa leitura....
ALEX
Eu fiquei olhando para Suzy, e nesse pequeno espaço de tempo, eu consegui compreender muita coisa. O brilho que vi em seus olhos, me mostrou que ela não tinha medo, apesar de assustada, vi o momento em que se recompôs. O susto momentâneo havia passado. E nenhuma ameaça surtiria efeito.
Ela passou a mão nas roupas, e soltou o ar procurando respirar normalmente.
— O que você quer? — ela perguntou com a voz firme. — Tire suas mãos de mim. — ela empurrou Thomas que nem se moveu.
— Quero saber o que você quer. — ela me olhou confusa. — Não sei o que pretende fazer com o que acabou de ouvir, mas eu estou disposto a pagar mais pelo seu silêncio. — ela deixou escapar uma risadinha.
— Porque acha que ouvi alguma coisa? — olhei para Thomas.
— Ela estava dentro da casa, foi surpreendida quando saiu. — voltei a olhar para ela, e a encarei.
— Você é uma mulher inteligente, e mulheres inteligentes sabem aproveitar uma oportunidade quando ela aparece. — enfiei as mãos nos bolsos. — E, essa é uma ótima oportunidade. — ela começou a rir.
— Você acha que eu sou burra?
— Depende da sua escolha, se contar isso para alguém o que acha que vai conseguir? Um pouco de dinheiro, um escândalo? Vai trazer sofrimento para sua família. Mas a questão é, e depois? — sorri. — Se ouviu a conversa sabe bem quem está no outro lado, e o que são capazes de fazer, eu só quero um acordo, e nós dois saímos ganhando. — ela cruzou os braços e me encarou com um sorrisinho.
— Eu quero uma quantia em dinheiro. — como eu imaginava. Peguei o celular, e liguei para Sara.
— Quero que faça uma transferência para a conta... — olhei para Suzy, e pela perplexidade em seus olhos ela não achou que eu iria topar. — A conta, e valor? — ela demorou alguns segundos pensando e me falou o valor e conta. Assim que Sara confirmou que havia feito, agradeci. — Obrigado Sara. — desliguei. — Feito.
— Não quero só isso, quero um emprego também. — fiquei surpreso.
— Arrumarei algo para você.
— Não é qualquer emprego, quero um igual ao que você deu a ela. — ela se referia a Alice. Como poderia ela ter tanta inveja da prima?
— Eu não dei, ela conseguiu por mérito, você tem experiência em alguma área, fez alguma faculdade? — o sorriso sumiu.
— Isso é problema seu, coloque alguém para me ensinar. — ela deu de ombros. — Quem quer fazer um acordo é você, não eu. — começamos a ouvir passos do caminho que ligava as duas casas pelos fundos.
Não demorou muito para um rapaz aparecer com uma criança no colo. Ele olhou a cena, e diminuiu os passos. Olhou para Thomas, para mim e por último para Suzy.
— Sua mãe falou que poderia estar aqui. — ele abraçou a criança em seu colo. — O que está acontecendo? — Suzy sorriu e foi para o lado dele.
— Oi amor. — ela afagou o pequeno que bateu as perninhas em felicidade. — Fala oi para o tio Alex. — o menino me olhou com a mãozinha na boca e logo escondeu o rosto. — Sabe quem ele é? Ele é o namorado da prima da mamãe, não é legal? — ela me olhou e sorriu. Tão sínica. O homem que o segurava ficou tenso.
— O que está acontecendo? — ele afastou o menino da mãe. Suzy tentou se aproximar novamente da criança, mas foi impedida. — Você não vai pegar ele até me dizer o que está acontecendo. — ele me encarou. — O que você está fazendo com o namorado da Alice? — ao que parece ele é o ex que Alice havia comentado.
— Não é nada demais, ele só está me oferecendo um emprego. — ela falou e tentou novamente pegar o menino. — Venha com a mamãe.
— Te conheço o suficiente para saber que tem coisa errada aqui. — ela me olhou rapidamente e voltou a olhar para ele, negando.
— Não. — Suzy se apressou. — Eu...
— Estou realmente oferecendo um emprego a sua... — apontei entre eles.
— Ela é somente a mãe do meu filho. — ele se apressou a falar. Então olhou para Suzy. — Estarei esperando na casa da sua mãe. — então saiu com a criança.
— Pelo visto todos temos um telhado de vidro, não é mesmo? — falei. O pai de Alice apareceu na porta, e nos encarou. — Espero termos um acordo. — falei, ela me olhou e concordou. — Entro em contato. — Suzy começou a resmungar, mas não dei mais atenção.
— O que aconteceu? — o pai de Alice perguntou assim que entrei. — Demorei porque Mônica tomou um comprimido e subiu para o quarto.
— Ela ouviu a conversa. — ele colocou a mão na cabeça. — Mas acredito que por hora ela não vai fazer nada.
— Ela é uma desgraça na família, o que essa peste já trouxe de problemas, você não tem ideia. — esfreguei o rosto cansado.
— Tenho um pouco. — falei me apoiando na mesa, e pensando no que fazer. — Tenho que voltar para Manhattan.
— Está tarde, e você parece cansado, fique e amanhã cedo você vai. — neguei.
— Não posso, tenho muitas coisas para resolver em outra cidade aqui perto. — Thomas entrou.
— Ela já foi. — ele informou.
— Você vai ficar aqui, e vai ficar de olho em todos os passos dela, entendeu? — ele concordou. — Quero uma lista de tudo o que ela fizer, com quem falou, lugares aonde vai. Até eu saber o que fazer, ela não pode falar nada a ninguém.
— Sim senhor. — voltei minha atenção para Paul.
— Bom, eu vou pensar em tudo e procurar a melhor saída. — ele concordou. — Agradeça sua esposa por ter confiado em mim, meu segurança vai ficar se puder arrumar um lugar para ele.
— Claro, sem problemas. Cuide bem de Alice.
— Cuidarei, quando achar uma saída, ela terá que saber de toda a verdade. — ele concordou.
— Minha menina irá sofrer muito. — foi minha vez de concordar.
Peguei as chaves do carro com Thomas e assim que entrei e fechei a porta, recostei-me no assento expirando fundo. Ainda não conseguia acreditar que Alice seja filha do Charles. Liguei o carro e sai dali. A única coisa que eu queria fazer nesse momento era abraçá-la para que nada pudesse atingi-la.
Peguei meu celular e liguei para Dilan.
— Onde está Alice? — eu sei que poderia ligar para ela, mas então teria que dizer o que vim fazer aqui, e ainda não tinha uma desculpa.
— Ela saiu com Adam, seu irmão e vieram no bar onde a amiga trabalha.
— Quero que redobre a segurança dela, entendeu?
— Sim senhor, farei isso, algo que eu precise saber?
— Estou voltando para Manhattan, assim que chegar conversamos. Agora eu preciso que faça o que pedi, e mantenha Charles e Sofhia o mais longe possível dela. Quero também que de um jeito de monitorar todas as ligações e mensagens da prima dela, a tal Suzy. Entre em contato com Thomas, ele ficou na casa dos pais da Alice, e pode fazer o que for preciso.
— Farei isso agora mesmo. — desliguei, e disquei para Alice. Mesmo sem saber o que falar, eu precisava ouvir sua voz, e ter certeza que ela estava bem.
— Olha só, então resolveu me ligar? — ela estava com a voz estranha.
— Está bebendo? — ela bufou ao ouvir minha pergunta.
— Vi Dilan conversando com alguém no telefone, e na sei por que desconfio que você já saiba, onde estou, então essa pergunta é desnecessária. — ela estava irritada, mas com o que seria? — Posso saber o que foi fazer na casa dos meus pais?
— Não posso visitar meus sogros? — ao me referir assim a eles, lembrei de algo. Escutei sua risada.
— Você não vai me contar, não é? — fechei os olhos por um segundo ao sentir uma pontada de dor na cabeça, acompanhada por uma pressão no peito.
— Não por telefone, estou voltando. — ela ficou em silêncio. — Alice?
— Paul está bem?
— Sim, não há nada de errado com seus pais, pode ficar tranquila. — ela pigarreou e escutei vozes.
— Por que minha mãe estava chorando? — como ela sabia disso?
— Afinal como soube que eu estava aqui? — não poderia ter sido a prima, porque Alice me enviou uma mensagem avisando sobre a possibilidade dela estar lá.
— Tenho meus meios, senhor Colth. — bati a mão no volante.
— Claro, esqueci do seu irmão. — ela riu.
— Ele estava com medo de que papai brigasse com você. — quando ela se referiu a Paul como pai, foi impossível não aparecer a imagem de Charles na minha mente.
Deve ter sido pelo irmão de Alice que Suzy resolveu aparecer na casa dos tios. Mandar o menino para lá, não foi uma boa ideia.
— A fotografia de hoje não te favoreceu em nada. — senti a mudança em sua voz.
— Fotografia? Que fotografia?
— A que saiu na mídia hoje, inclusive o vestido da Sofhia era lindo! — pronto, aqui eu havia encontrado o motivo da sua irritação.
— Eu nem sei que fotografia é essa. Espero que tenha consciência disso.
— Eu sei, Tyler me falou que ela vai usar de todas as formas para nos afetar. — ao menos meu irmão estava sendo útil para algo. — Mas eu odeio saber que ela vai estar em lugares com você, e não posso fazer nada. — fiquei em silêncio, imaginando como eu gostaria que todos meus problemas se resumissem em sair ou não em fotos com Sofhia. — Alex?
— Tenho que desligar, estou dirigindo, e preciso falar com Sara.
— Porque está dirigindo? Cadê seu motorista?
— Está resolvendo algo para mim. — ela resmungou. — Aproveite sua noite com seu amigo.
— Nosso amigo, Alex! — acabei rindo. Eu gostava de irritá-la.
— Tenha uma boa noite, Alice.
Desliguei porque precisava prestar atenção na estrada. E a dor de cabeça que estava sentindo, não estava ajudando a organizar meus pensamentos.
Senti novamente a cabeça latejar, eu precisava tomar mais um comprimido ou seria impossível dirigir durante a noite. Olhei para trás vendo minha pasta, para pegar o remédio, mas lembrei dos meus compromissos. Liguei para Sara.
— Alex?
— Preciso que desmarque todos meus compromissos que tenho amanhã. — ela ficou em silêncio por um momento, achei que não tivesse ouvido. — Sara...
— Eu ouvi, mas o que aconteceu? Você estava ansioso para essas reuniões.
— Surgiram outras prioridades no momento. — um carro com farol alto colou na traseira do meu, e dei passagem, mas ele não passou.
— Ah, sim eu imagino, e imagino também que a pessoa que foi feita a transferência tenha haver com a mudança de planos.
— Procure saber por aonde anda o Charles, já que foi Sofhia apareceu hoje.
— Farei isso. — desliguei.
Joguei o celular no banco do passageiro e mudei a posição do retrovisor, não conseguia ver quase nada por conta do farol alto do carro de trás. Já que ele não fez a ultrapassagem, resolvi acelerar e ganhar uma distância.
Estava a 160 km por hora, quando do nada um animal atravessou a pista. Pisei no freio e tentei manter o controle da direção, mas foi impossível. Tudo aconteceu muito rápido, o impacto, as luzes girando a minha volta, então o barranco. Único reflexo que tive foi tentar pegar o celular que tinha deixado no banco...
ALICE
Alex estava estranho ao telefone. O que tinha acontecido?
Mesmo tendo se passado alguns minutos da ligação, eu sentia uma angustia no peito, uma vontade de chorar sem explicação. Senti um toque no meu braço.
— O que foi? — Adam perguntou.
— Acho que estou cansada. — sorri não querendo falar nada. — Vou embora. — peguei minha bolsa e celular. Tina havia se sentado junto com nós, porque o turno dela havia terminado. Ela me olhou fazendo um bico.
— Já vai? — concordei. — Eu vou com você.
— Não fica, aproveita sua nova amizade. — falei olhando feio para meu cunhado que fez um biquinho que me fez rir. — Besta.
— Eu levo você. — Adam se apressou em dizer, mas eu o impedi de se levantar.
— Não precisa, esqueceu? — perguntei apontando para a porta. Dilan estava ali. — Aproveitem. — Adam voltou a se sentar, e fez uma careta.
— Esse seu namorado é um saco! — ele falou rindo.
— Um saco é pouco. — Tyler complementou. — Dois sacos, talvez. — bati nele. — Ai Bela, é a verdade, meu irmão é um porre, só você pra aguentar ele. — todos riram, inclusive eu.
— Boa noite, se divirtam por mim. — me despedi de todos e segui para a porta onde Dilan me esperava com ela aberta. — Vamos para casa. — ele concordou.
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