Olá meus amores, tudo bem com vcs?
Espero que sim.

Que Deus proteja vcs e seus filhos. 🙏

ALEX

Entreguei a última pasta para Sara e olhei no relógio. Alice já tinha saído, porque tinha algo para fazer na casa da amiga.

— Acabamos por hoje. — Adam se joga na poltrona a minha frente. — Que tal esticarmos a noite? — neguei. — Ah, que isso Alex, faz tempo que não fazemos isso. — meu irmão entra em minha sala. — Tyler eu sei que topa.

— Se tiver mulher no meio, estou dentro. — Tyler responde se sentando na outra poltrona.

— Não tem mulher, ao menos não faz parte do plano até o momento. — Adam explica. — Você não consegue fazer nada que não tenha mulher no meio? — meu irmão ri.

— Conseguir eu até consigo, mas prefiro quando tem. — rimos. O telefone dele toca, e, ele faz uma careta ao olhar a tela antes de atender. — Acredita que eu estava pensando em você nesse exato momento? — eu e Adam nos entreolhamos. — Chego aí em trinta minutos. Eu levo o vinho. — ele desliga. — Desculpe meninos, tenho compromisso. — falando isso ele deixa uma pasta em minha mesa e sai. Dilan entra logo em seguida.

— Um dia ele ainda apanha na rua. — rimos.

— Não ficaria surpreso. — falei. Olho para meu segurança que segura uma pasta. Faço sinal para que ele me entregue. — Alguma novidade? — ele havia me dito mais cedo que tinha encontrado algo nas empresas do Charles.

— O mesmo padrão, mulher demitida algum tempo depois dele assumir. — leio as informações contidas. — O padrão da idade é o que chama atenção. Todas entre 24 e 26 anos.

— Sobre o que é isso? — Adam pergunta. Entrego a ele o relatório.

— Tem como abrir uma investigação com isso? — Dilan meneia a cabeça.

— Você está investigando Charles? — concordo. Adam leva alguns segundos até compreender tudo. — Por isso a sociedade. — ele conclui.

— Mantenha seus amigos por perto, e os inimigos mais pertos ainda. — falo.

— Sinceramente sem um depoimento da vítima, você não vai conseguir nada. — ele complementa. — Só vai deixá-lo alerta de que você sabe do que ele faz e está procurando a verdade.

— Todas as mulheres parecem sumir do mapa. — falo. — Alice parece ser a única que ficou na cidade. — olho para Dilan que mexe no celular. Com um menear de cabeça ele se despede e sai.

— E, por pouco não foi embora também, não é qualquer pessoa que deixa de trabalhar na profissão que se formou para servir balcão em um bar. — Adam fala, e penso no que ela deve ter passado. — Falando nela, como estão as coisas entre vocês? — tiro os olhos do papel e encaro Adam.

— Depende. — falo, e meu amigo começa a rir. — Para que você quer saber?

— Você é um filho da puta, você acha o que? Que vou esperar uma brecha para roubá-la de você?

— Foi o que você disse que faria lembra? — ele admite.

— Lembro sim, e falei a verdade, mas esqueceu que ela não dá a mínima para mim dessa forma? Fico feliz em ver vocês dois felizes.

— Graças a Deus ela não dá a mínima para você. — peguei meu celular. — Não queria ter que arrumar outro advogado. — ele fica sério, dou risada.

— Você mudou da água para o vinho, até faz piada de vez em quando. — ele comenta. — Ela te faz bem. — concordei pensando em Alice. — Afinal vamos ou não vamos tomar alguma coisa por aí?

Já que Alice estava com amiga, resolvi sair e beber algo com Adam.

ALICE

— E, o que acha dessa? — Tina me mostra um macarrão colorido. — Cada cor é um vegetal diferente. Deve ser bom.

— Sendo massa, pra mim está ótimo. — falo procurando a sessão de vinhos.

Tina me chamou para passar um tempo com ela, e eu não poderia negar. Fazia tempo que não tínhamos nossa noite. E segundo ela, tinha que ser no nosso apartamento, assim ela não correria o risco de ficar segurando vela.

Peguei uma garrafa de vinho tinto, e quando me virei esbarrei em alguém.

— Desculpa. — falei, e não acreditei em quem era quando vi. — O que faz aqui?

— O mesmo que você, Bela. — Tyler olhou a garrafa em minha mão. — Essa safra não é boa. — ele pegou a garrafa e trocou por outra. — Esse é meu preferido. — ele me entregou sorrindo.

— Está comprando vinho?

— É o que parece. — ele sorriu colocando as mãos nos bolsos. — E, você deu o bolo no meu irmão? — eu ri. — Ele e Adam tentaram me arrastar para uma noitada regada a mulheres. — engoli o sorriso, e ele riu. — Te peguei.

— Besta. — comecei a olhar outras coisas nas prateleiras. — Vou ter uma noite a sós com minha amiga. — ele ficou surpreso.

— Amiga sua, e como eu não conheço ainda? — olhei para ele.

— Nem vem. — ele sorriu daquele jeito safado que só ele sabia.

— Alice, peguei alguns queijos e frutas. — Tina apareceu olhando entre mim e Tyler. — Está tudo bem? — ela perguntou desconfiada.

— Sim, Tyler me ajudou a escolher o vinho. — meu cunhado continuava sorrindo e encarava Tina. — Tyler essa é minha e única amiga, Tina. — ele estendeu a mão.

— Sou cunhado...

— Eu sei quem você é. — ela falou cortando-o, e ele ficou surpreso.

— Está vendo Bela, sua amiga sabe quem eu sou. Isso não é justo.

— Não sei se cabe a palavra justiça no meio da frase quando estamos falando do maior galinha que Manhattan já viu. — Tyler fez uma careta colocando a mão no peito. Eu comecei a rir. — Mas prazer. — ela completou estendendo a mão.

— Pelo menos a palavra prazer eu sei que cabe muito bem quando estamos falando de mim. — ele piscou antes de beijar a mão dela.

— Podem parando vocês dois. — falei me colocando entre eles. — Tyler você não tem nada mais importante para fazer? — ele continuava sorrindo para Tina, quando olhei para ela, a sem vergonha piscou para ele.

— Provavelmente não. — ele respondeu me olhando. Eu o encarei levantando a sobrancelha. — Bom, algo me trouxe até aqui, mas deveria ser somente o destino para encontrar vocês. — ele olhou para nossas compras. — Vamos comer massa então? — entreguei a garrafa para que Tina colocasse no carrinho e segurei a mão de Tyler.

— Já volto. — me afastei o bastante para que Tina não ouvisse o que eu iria falar. — Você não vai com a gente, entendeu?

— Por quê?

— É uma noite de garotas, simples assim. — ele sorriu.

— Ok.

(***)

— É sério que ela teve a pachorra de falar que esperava por ele, não por você? — estávamos sentadas no sofá, e eu estava atualizando Tina sobre minha visita a tia da Rachel no hospital.

— Pois é, fui para pegar as chaves do apartamento e Alex pediu para ver como ela estava, e descobri que ela estava melhor do que o esperado. — peguei a taça de vinho e bebi mais um pouco. O cheiro que vinha da cozinha era delicioso. — Alex perguntou como havia sido minha visita, e pela falta de resposta, acredito que ele tenha deduzido. — Tina riu.

— Eu acho tão fofo, vocês dois juntos. — acabei sorrindo. — Eu só fico imaginando a cara dele, nesses momentos. — ela ria.

— Você teria pimenta branca? — Tyler perguntou colocando a cabeça para fora da cozinha.

— Na segunda gaveta á esquerda. — Tina respondeu.

— Quem guarda temperos em gavetas? — ele perguntou franzindo a testa.

— Você quer a pimenta, é lá que eu guardo. — ele voltou para a cozinha.

— Ainda não acredito que você deixou ele vir. — falei para ela.

— Não resisti á carinha de cachorro abandonado que ele fez, depois de você dizer para ele ir embora. — acabei rindo.

— Você caiu no conto do vigário mais utilizado por ele. — ela ri.

— Eu não caí, sei muito bem quem é Tyler Colth. Esqueceu que eu me aprofundei nas fofocas sobre a família quando começaram a publicar coisas sobre você? — concordei. — Ele me convenceu quando se ofereceu para fazer a comida. — rimos. — Ele é fofo. Um cretino, mas fofo. E eu estou morta. — ela esticou as pernas para cima do sofá.

— Eu estou ouvindo. — ele gritou da cozinha.

— Você veio para cozinhar e não para ouvir nossa conversa. — ela rebateu.

— E você, como anda seu coração? — perguntei.

— Do mesmo jeito. — ela respondeu dando de ombros.

— Você é teimosa demais, o Adam precisa saber do que sente por ele. — ela começou a beber, e eu sabia que era para fugir de alguma resposta.

— Que Adam? — Tyler perguntou se sentando ao meu lado no sofá. — O nosso Adam? — comecei a rir, e Tina jogou uma almofada em mim.

— Já falaram que você tem uma mania horrível de comentar as coisas nos momentos errados? — eu estava rindo sem conseguir parar para respirar. — Eu te odeio.

— E porque não chega nele? Ele está solteiro. — ele deu uma boa olhada em Tina. — E, você é gata.

— Eu já falei isso pra ela. — falei entre uma risada e outra. — Mas ela é teimosa.

— Não é teimosia cacete, e você sabe disso. — ela faltou gritar. — Só não quero que ele fique comigo pensando em outra. — nesse momento eu parei de rir. Sabia do peso de suas palavras.

— Tina. — falei colocando a taça na mesinha de centro.

— Quem garante que ele já tirou você da cabeça? — ela falou ficando de pé. Olhei para Tyler que nos encarava sem entender.

— Você e o Adam... — neguei.

— Não, nunca aconteceu nada. — vi o alívio em seus olhos.

— Porra que susto cacete, a última coisa que meu irmão precisa agora é de um amigo que está afim da garota dele. — ele pegou minha taça que estava na mesa, e virou o liquido de uma só vez. — Acho que vou buscar mais. — ele se levantou e foi para a cozinha. Olhei para Tina.

— Relaxa, se Alex já sabe, o irmão é o de menos. — me levantei e fui sentar ao lado dela.

— Não estou preocupada com isso, estou preocupada com você. — ela me olhou com carinha de choro. — Você sabe que independente da minha relação com Alex, eu jamais ficaria com Adam, por sua causa. — ela concordou. — Nem que ele fosse o último homem da face da terra. — ela riu e me abraçou.

— Eu sei. — Tyler voltou e sentou ao lado dela e a abraçou também.

— Adoro abraço de urso. — ele comentou nos fazendo rir. Tina o afastou e lhe deu um tapa na perna.

— Sai pra lá. — ele riu e deu de ombros.

— Nunca me julgue por tentar. — acabamos rindo os três.

Após o jantar já estávamos na quarta garrafa de vinho. Eu estava rindo de tudo. Tyler estava deitado no sofá enquanto Tina contava para ele sobre as aventuras de uma viagem de férias escolares, e aproveitou do momento para fazê-lo de cobaia para mais uma experiência de mascara de rosto. Alguém bateu na porta.

— Deixa que eu atendo. — levantei meio cambaleante e abri a porta. — Oi. — sorri ao ver Alex. — ele me olhou e viu a taça em minhas mãos.

— Te liguei, mas você não atendeu. — ele entrou e aproveitei para dar uma boa olhada em sua bunda. Ele estava só de camisa e calça social, o que deixava sua bunda em evidencia.

— Sua bunda é tão... — não completei a frase, porque já não lembrava o que tinha pensado. Ele veio até onde eu estava.

— Acho que já bebeu demais, não acha? — eu ia concordar, mas a risada deles vindo da sala chamou a atenção.

— Não acredito, que idiota. — Alex me olhou de lado e apontou para dentro do apartamento, quando a voz de Tyler foi ouvida.

— É o meu irmão? — concordei e o abracei.

— Gosto tanto do seu perfume. — fomos abraçados até a sala, e Tina estava de joelhos ao lado do meu cunhado, terminando de aplicar a mascara.

— O que ele faz aqui? — Alex perguntou.

— Além de ser cobaia dela? Foi o cozinheiro da noite. — eu notei que Alex não estava entendendo nada. — Depois te conto. — cheirei seu pescoço. —Tina está aplicando uma mascara de hidratação no rosto dele. — Alex olhou para o irmão e depois para mim. — Mas veja pelo lado bom, essa não é de café, é de banana com creme de leite. — só de pronunciar senti um enjôo.

— Oi Alex. — Tina sorriu e deu um tchauzinho para ele.

— Oi Tina. — Tyler levantou a cabeça e olhou para nós.

— Quer experimentar essa mascara também? — Alex foi rápido em levantar a mão e negar.

— Não obrigado, tenho que levar Alice para casa. — ela sorriu concordando.

— Aproveita irmão, não é tão ruim quanto parece. — Tyler falou e recebeu um beliscão da minha amiga. — Aí! — ele gemeu.

— Tão ruim quanto parece? — ela perguntou.

— Relaxa, só quis dizer que é até gostosinha. — ele passou o dedo na testa e lambeu. — Olha se não der certo seu negocio como esteticista, deveria tentar confeiteira. — acabei rindo. Eles voltaram a conversar.

— Vamos embora? — Alex perguntou apertando minha cintura.

— Só se você garantir que vai me dar banho. — ele levantou a sobrancelha.

— Só banho? — eu ri. — Pensei em mais algumas coisas.

— Vou confiar em você. — falei e fui buscar minha bolsa no sofá. — Se comporte Tyler, ou eu mato você amanhã. — ele fez sinal com a mão me dispensando.

— Tchau Bela. — dei um beijo em Tina. — Nos falamos depois.

— Já experimentou usar esse creme em uma torta de chocolate? — ouvi meu cunhado perguntar quando estávamos saindo.

— Fica quieto. — Tina o repreendeu.

— Ta aí uma coisa que nunca passou pela minha cabeça. — Alex comentou quando saímos.

— Eu me recuso a pensar.

Confesso que fiquei com dó de vcs, e escrevi esse capítulo mais tranquilo... 😅

Vcs sabem que eu sempre digo que o final é sempre feliz, mas até o final acontecer, muitas águas irão rolar...

Eu reconheço leitoras novas, pelos comentários 😁 muitas não entenderam a questão dos gifs...

Gatinhos, são fofos....

Sim, sim, muito fofos 😇

Até mais gente...