CAPÍTULO 39
Boa Noite, voltei... irei postar com mais frequência 🙏
ALICE
Estávamos andando pela praia que ficava em frente a propriedade dos pais de Alex no Hamptons. Eu tentava olhar para as ondas, as aves que saiam voando quando nos aproximavam de onde elas estavam na areia. Tenho certeza que essas imagens seriam melhores aproveitadas se eu não tivesse com algo corroendo meus pensamentos.
Eu ouvi parte da conversa entre Alex e Sam, e desde que Alex entrou no quarto, eu estava curiosa para perguntar o que tinha acontecido, mas não fiz. Guardei minha curiosidade e segui como se nada tivesse acontecido.
Era o certo.
Não era um assunto que fosse da minha conta.
Mas eu estava curiosa pra caramba para saber tudo.
Quão intrometida eu iria parecer se perguntasse algo?
A risada que ouvi ao meu lado, tirou-me dos surtos mentais ao qual a curiosidade estava me levando.
— Do que está rindo? — minha pergunta o fez começar a gargalhar. — Alex? — soltei sua mão e o empurrei.
— Ok! — ele levantou as mãos e tentou parar de rir. — Você ganhou, minha curiosidade é maior pelo que vejo. — fiquei confusa.
— O que ganhei? Não apostei nada com você. — ponderei. — Não que eu lembre. — levantei os óculos de sol, e o encarei. Ele ainda segurava o riso. — Vai desembucha.
— Não apostei com você, apostei comigo mesmo. — arqueei uma das sobrancelhas. — Me perguntei por várias vezes em que momento você iria me questionar sobre o que aconteceu sobre minha conversa com minha irmã.
Então quer dizer que ele tinha certeza que eu iria perguntar?
Nunca fiquei tão feliz em manter minha curiosidade para mim mesma. Revirei os olhos.
— E, porque eu perguntaria? — foi á vez dele de arquear uma sobrancelha.
Segurei seu olhar com o meu. Ele meneou a cabeça. Eu olhei para o lado, quando olhei para ele, Alex exibia um sorrisinho, que dizia muito bem que ele me conhecia.
— Ok, eu confesso que estava me corroendo pra saber, mas não ia perguntar. — admiti, e sai andando sem esperar por ele. Akex me puxou pelo braço.
— E, porque você não perguntou? — apoiei as mãos, em seu peito, e ele enlaçou minha cintura. — Segui seu conselho, escolhi as melhores palavras, e resolvi tudo. — acabei sorrindo.
Fiquei feliz em saber que ele tinha resolvido tudo da melhor forma.
— Que bom Alex, fico muito feliz por vocês dois. — fiquei na ponta dos pés e dei um beijo em seus lábios. — E o que resolveram?
— Ela vai para a Europa por um ano.
— Ficou louco? — me afasto dele. — De quem foi a ideia?
— Minha. — ele não gostou ao ver que me afastei. — Qual é o problema?
— Alex. — dou risada e mordo o lábio antes de falar. — Eu te falei que ela se sente menos importante, e você resolve mandar sua irmã para a Europa, pra ficar sozinha, e me pergunta qual o problema? — jogo as mãos para o alto e começo a andar de volta para a casa. — Inacreditável.
— Vai ser melhor para ela. — ele fala ao meu lado, e volta a me segurar pelo braço. — Dá pra parar?
— Só me diz que não fez isso, porque ela gosta do Dilan?
— É claro que não, porque acha que eu levaria isso em conta? — respirei fundo.
— Por ele não ter os mesmos zeros na conta bancaria, e por não vir de uma família tão tradicional quanto a sua?
— Ouvir isso dela é uma coisa, mas ouvir de você é no mínimo estranho não acha? — cruzei os braços e não sabia o que pensar. — Me ajuda a entender por que você ficou assim com esse assunto.
— Não sei, achei que vocês conversariam e tal, mas mandar ela pra longe não passou pela minha cabeça. sinceramente — ele ficou em silêncio por um minuto antes de falar algo.
— Você só está vendo pelo lado da Sam, e o sofrimento dela. Não parou para pensar pelo lado do Dilan, não é? — ponderei e neguei. — Imaginei. — ele disse sorrindo. — Já passou pela sua cabeça que ele pode não querer isso? Que ele não quer se envolver, justamente pelas atitudes dela?
— Você conversou com ele sobre isso?
— Claro que não, Alice. — ele esfrega a mão nos cabelos. — Vou falar o que com ele? Obrigado por não foder a minha irmã nas inúmeras vezes em que ela se ofereceu? Não existe conversa entre mim e Dilan sobre esse assunto.
— É, você colocando dessa forma.
— É a única forma que eu enxergo, sei bem o que pode passar pela cabeça dele diante dessa situação. — estreitei meus olhos, ele riu. — O que foi? Não passou pela sua cabeça que eu já tive mulheres se jogando em cima de mim dessa forma?
— Claro que teve. — respondi, voltando a andar. Alex voltou a rir, e me acompanhou.
— Você está com ciúmes do meu passado meu pequeno Dragão?
— Vai se lascar Alex. — agora ele gargalhou.
— Ei. — ele segurou minha mão, e me fez parar de andar. — O importante aqui não são as mulheres, a questão é o que eu sentia quando isso acontecia. — ele me deixou curiosa, parei e o encarei.
— Verdade, o que você sentia?
— Pena, nojo, entre outras coisas. — fiz uma careta, ele respirou fundo. — A questão é o que vem fácil, não desperta o interesse. Não quero aqui divagar sobre o que Dilan pode pensar sobre minha irmã, mas sim sobre a necessidade dela mudar. — eu tinha que concordar com ele, depois do que ouvi alguns de seus relatos. — Então meu pequeno Dragão, conseguiu entender? — por mais que eu quisesse odiar esse apelido, hoje eu sentia meu coração expandir toda vez que ouvia Alex falando.
— Entendi. — ele se aproximou e me beijou de leve.
— Ótimo, porque vou precisar me ausentar para resolver algumas coisas com Sara sobre trabalho, e gostaria que você saísse para comprar um belo vestido para a noite de hoje. Algo sofisticado e bem atraente. — mudei o semblante no momento que ouvi o bem atraente.
— Hum... O que vai acontecer hoje á noite? — perguntei desconfiada. — Não me leve a mal, mas da ultima vez que fui a um evento da sua mãe, que por sinal foi ontem, eu fui leiloada. — Alex riu. — Nem ouse me lembrar que a culpa foi minha. Ainda não superei. — fiz drama.
— Hoje acontece uma noite de cassino. Não se preocupe, você vai ficar comigo a noite toda, então capriche. — ele olhou para minhas mãos. — Quanto da conversa de ontem você ouviu? — dei de ombros.
— Quase nada. — ele me olhou desconfiado.
— Tem certeza?
— Absoluta. — afirmei. — Está pensando que sou igual a certas pessoas que ficam ouvindo a conversa dos outros? — falei e comecei a andar.
— Você quer que eu me sinta culpado por ter ouvido? — ele perguntou casualmente.
— Talvez.
— Não vai rolar. — revirei meus olhos. Parei do nada e olhei para ele.
— Posso te fazer uma pergunta? — ele me olhou desconfiado.
— Pode.
— Me fala sobre você e a Sofhia. — Alex estava parado com as mãos nos bolsos, e me encarava. Ficou em silêncio por um minuto, antes de falar algo.
— Porque isso agora? — dei de ombros.
— Não sei, na verdade eu sempre quis saber, mas não quis ser enxerida. — ele sorriu.
— E, agora você não está sendo enxerida? — dei de ombros.
— Agora eu não me importo se você vai achar, prefiro ser enxerida do que ficar com dúvidas. — falei, Alex ponderou.
— Justo. — voltamos a caminhar. — O que quer saber?
— Como vocês se conheceram? — mesmo caminhando eu notei que o semblante dele havia mudado.
— Faz muito tempo, acho que a conheço desde os seus 15 anos, nossos pais tinham negócios. — ele deu de ombros. — Namorar com ela foi algo natural, convivíamos bastante, estudávamos no mesmo colégio, depois fomos para a faculdade e quando terminamos, eu a pedi em casamento. — respirei fundo.
— Você fez um belo resumo. Contou tudo e não contou nada ao mesmo tempo. — rimos. — Tem muita historia nesse meio.
— Não quero falar dela, porque não faz a pergunta certa e eu respondo. — senti meu coração acelerar. O fato dele ainda sentir algo tão forte mesmo que raiva ou ódio, era algo que me preocupava.
— Você ainda gosta dela de alguma forma? — ele parou e virou de lado para me encarar.
— Você acha que eu ainda posso gostar dela?— dei de ombros.
— Não sei, é uma coisa que fica rondando minha cabeça, afinal quando te conheci e começamos tudo isso, era para mantê-la longe porque você não sabia ao certo o que sentia. — olhei para ele. — Então sim, é uma dúvida. — Alex sorriu e ficou me encarando por um tempo. Eu já estava desistindo de ouvir a resposta, porque ele estava demorando demais a responder qualquer coisa, e o medo que senti começou a bater.
Ele poderia gostar de estar comigo, mas isso não quer dizer que me amava. Alex se aproximou, e colocou parte do meu cabelo atrás da orelha.
— Poderia estar em dúvida antes Alice, apesar de ter quase certeza que concordei com isso, mais para que eu não usasse meu réu primário, já que minha vontade sempre foi esganá-la. — acabei mordendo o lábio para não rir, ao imaginar a cena. — Eu não gosto dela, Alice. — ele segurou meu rosto com ambas as mãos, e me fez olhar em seus olhos. — Gosto de você.
— Gosta? — perguntei me fazendo de inocente. Ele concordou. — Só gosta?
— Tem uma outra coisa também.
— O que?
— Eu sou perdidamente apaixonado nos seus seios. — estreitei meus olhos e dei um tapa em sua barriga. Alex riu. — Besta.
— Você quer que eu admita que estou apaixonado por você?
— Não. — respondi mal humorada.
— Que pena porque eu estou. — tentei ficar séria.
— É eu realmente queria ouvir isso de você, mas não dessa forma como se estivesse sendo coagido. — cruzei os braços, ele continuou me olhando. — O que foi?
— Você fica tão linda quando está brava.
— Eu não estou brava. — falei dando de ombros.
— Não, não está.
Depois que voltamos para a casa, descobri que eu e Alex ficaríamos hospedados em um local perto da marina. Eu imaginei que ele gostaria da privacidade, já que a casa está cheia de gente para passar o fim de semana.
Alex havia saído com Sara, e não sabia onde ir. Nunca tinha estado nos Hamptons, procurei por Dilan e descobri que ele não estava na casa, então acabei saindo com Thomas. O legal de sair com ele, era que ele conversava bastante.
Estávamos andando por algumas ruas, e achei um vestido vermelho maravilhoso, tomara que caia, e tinha uma fenda do lado esquerdo.
Ele era perfeito. Entrei na loja e sai de lá com ele e mais algumas coisas. Quando entrei no carro mandei uma mensagem para Alex.
"Achei a roupa perfeita para hoje a noite"
Fiquei olhando por alguns segundos, e nada, então guardei o celular. Mas logo ele apitou com uma mensagem.
"Ótimo, vou me atrasar um pouco, procure descansar, te vejo mais tarde"
ALEX
Eu havia saído com Sara de duas reuniões a qual ela tinha marcado de última hora a meu pedido, já que eu tinha alguns planos na cabeça para os próximos dias, tinha que adiantar o máximo de trabalho possível.
— O que você acha desse? — peguei um dos anéis que estava no mostruário, e mostrei para minha secretária.
Ela ficou me olhando com aquele brilho nos olhos, que já estava me fazendo ficar arrependido de ter pedido sua opinião.
— Eu acho lindo, mas... — coloquei o anel de volta no mostruário e nem ouvi o que ela tinha a falar. — Alex...
— Se for para me perguntar se eu tenho certeza sobre o que estou fazendo, não se de ao trabalho. — falei ríspido. Escutei seu resmungo.
— Eu só iria te dar uma dica, mas já que não quer...
— Fale. — ela sorriu. — Sara é somente um anel de compromisso. Não estou pedindo Alice em casamento. — não ainda. Pensei.
— Não é nada sobre vocês, é sobre ela. — virei para minha secretária e a encarei. Só me faltava que ela viria com alguma crítica. — Tira essa ruga da sua testa. — ela revirou os olhos e passou por mim. — O que eu quero dizer é, pelo pouco que conheço da Alice, ela não fica deslumbrada com essas coisas.
— Não fica mesmo.
— Então, não cometa o erro de perguntar a outra mulher o que ela acha de algo que você vai dar a Alice, escolha você. — ela colocou outro mostruário na minha frente. — Independente da pedra e dos quilates do diamante, o que vai conquistar ela no final vai ser quem escolheu, e ela vai amar qualquer coisa que tenha sido você que escolheu. — acabei sorrindo, ela tinha razão.
Peguei o anel que chamou minha atenção enquanto Sara falava, e sem perguntar a ela separei e entreguei ao vendedor.
— Obrigado Sara.
— Não precisa agradecer, agora se me der licença, eu vou providenciar o que me pediu para hoje a noite. — ela piscou e saiu.
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