CAPÍTULO 34
Oi, voltei...
Agora sim, já passado festa de aniversário e formatura da minha filha, agora posso dizer que voltei...
E aí, como vcs estão?
Eu cansada, mas bem graças a Deus. Obrigada pelas mensagens e felicitações pelos 15 anos da minha Giovanna.
Eu não volto antes do Natal, já que hj já é dia 22, mas semana que vem eu apareço.... bjos e um feliz Natal. ❤🎅
ALICE
Eu olhava para a empolgação de Samantha, e tentava manter um sorriso que não parecesse falso no rosto. Eu estava querendo matar alguém, mas Sam não era meu alvo, e sim seu irmão. Alex iria me pagar. Tínhamos acabado de chegar ao evento promovido por sua mãe.
- Você está magnífica, Alice! - ela me abraçou, e quando se afastou olhou para meu pescoço e mordeu o lábio. - Ele resolveu te marcar hoje. - ela riu. Passei os dedos no colar que Alex me fez usar.
Não que ele tenha me obrigado, mas eu entendi seu intuito quando chegamos aqui e descobri que o baile se dava na venda e compra do par para a noite. Ou seja, ele iria passar a noite na companhia de outra mulher, e eu com outro homem, mas usando um belíssimo colar da família Colth.
Que raiva!
Pior foi ele sorrir e dizer que só estávamos aqui, porque foi ideia minha, e não dele.
- E, então, já deu uma olhada nas opções? - ela começou a olhar em volta do salão, e notei quando seus olhos pararam em Dilan, que estava conversando com Alex em um canto.
- Na verdade não faço ideia de como isso funciona. - falei.
- Hoje é o baile que acontece o leilão, você terá que dançar e passar um tempo na companhia de alguém, mas não se preocupe seu valor não é qualquer um que pode pagar. - ela falou aquilo como se fosse algo bom.
- Eu tenho um valor? - perguntei sem acreditar.
- E, não é qualquer valor. - olhei para trás vendo que quem me respondeu foi o pai de Alex. - Minha esposa usa desse artifício, para fazer com que esses ricaços enfiem a mão no bolso, e gastem bastante dinheiro, é uma das poucas oportunidades que eles tem em desfrutar de uma bela companhia, como a sua. - ele segurou minha mão e beijou. - Com todo respeito Alice, você está linda. - senti minhas bochechas esquentarem.
- Obrigada. - sorri. - Bom tenho que concordar que pela causa, eu faria o mesmo que sua esposa. - ele sorriu. O fato de todo dinheiro arrecadado aqui seria doado a instituições de caridade, esse esforço valeria a pena.
- Eu tenho que confessar que apesar de não ter muito ânimo para esses eventos, ela sabe como tirar dinheiro de nós. - ele sorriu gentilmente e piscou.
- Muitas dessas pessoas esperam o ano todo somente para poder dar seus lances. - para Sam tudo parecia muito natural, mas eu não via dessa forma.
Alex se aproximou sem Dilan, e acabei olhando para sua irmã. Ela estava olhando para uma das saídas do salão. Provavelmente por onde Dilan saiu.
- E em que momento acontece os lances? - perguntei.
- Eles já foram dados. - Alex respondeu pegando uma taça de champanhe de um dos garçons e me entregou. - Os interessados vão até o balcão. - ele apontou para um canto, onde tinha algumas pessoas. - Quando a primeira musica tocar, os lances são encerrados, e na segunda os pares são formados.
- E como vou saber quem será meu par? - Alex olhou para o pai e notei um olhar cúmplice entre eles. Alex segurou minha mão, mostrando a pulseira que todos os convidados recebiam, ela tinha um número. - Entendi. Engenhoso.
- Coisas da minha mãe. - Alex falou meio a contragosto.
- Então eu poderia ter dado um lance pela sua companhia?
- Não. Nossas pulseiras tem a mesma numeração. - ele mostrou a dele. - Nos somos a cereja do bolo. - acabei rindo do mal humor que ele se encontrava.
- Agora sua mãe foi má. - falei rindo. Mas estava rindo de nervoso.
- Tudo pela causa, Alice. - Angus falou mostrando um sorriso e bebendo um pouco da sua bebida. - Vou apressar sua mãe, quem sabe ela termina logo com isso. - ele saiu.
A irmã de Alex já não estava mais entre nós, e me pergunto se ela foi atrás do Dilan. Alex se aproximou e enlaçou minha cintura, me puxando mais para ele. Esses pequenos gestos eram tudo para mim.
- Você poderia ter me explicado como funcionava esse evento. - ele levantou uma sobrancelha, e me encarou.
- Você poderia ter me perguntado o porquê da recusa, eu teria explicado. - ele piscou. Revirei meus olhos.
Estava prestes a lhe dar um beijo, quando senti que alguém se aproximava de onde estávamos. Antes que eu pudesse me virar, ouvi uma voz feminina, desconhecida.
- Tenho que admitir que ela é mais linda pessoalmente do que nas fotos. - quando virei uma mulher encarava Alex com um sorrisinho desdenhoso no rosto. - Quanto tempo Alexander.
Não gostei da forma como ele falou, nem do jeito que olhava para ele.
- Georgina. - Alex respondeu, mas não fez questão de apresentar. - Achei que não freqüentasse esse tipo de evento. - ela me olhou de cima a baixo, e voltou a olhá-lo com um sorrisinho.
- Achei que seria interessante esse ano, afinal a lista está melhor. - ela deu um passo para o lado e sem falar mais nada, saiu. Olhei para Alex.
- Não gostei dela. - ele tomou a taça da minha mão e tomou o restante do liquido.
- Eu também não gosto. - ele entregou a taça para um garçom. - Mas muitas coisas nesse meio não é sobre gostar, e sim suportar.
Olhei para a mulher que agora conversava com um homem, ela sorria e passava a mão em sua lapela. Ela é uma morena alta, exibia o corpo de modelo em um vestido vermelho, frente única, e nas costas o decote ia até o final de sua coluna. Não era nada vulgar, e sim de uma elegância impar. Seu cabelo preto é tão liso que brilha parecendo uma cortina de cristais.
Sem duvidas ela é uma das mulheres mais lindas que já vi, mas não gostei dela.
- Quem é? - perguntei.
- Filha de um dos meus sócios. - mordi meu lábio imaginando o que isso implicava.
Todas as possibilidades possíveis estão passando pela minha mente, nesse exato momento Quando olhei para Alex, ele sorria enquanto me encarava.
- Porque está rindo? - perguntei. Ele passou o dedo na lateral do meu rosto, e puxou o lábio que eu havia mordido.
- Gosto de ver as reações que você tem por ciúmes. - ele baixa sua boca na minha, e me beija rapidamente. - Mas faça a pergunta certa, Alice. - torci os lábios.
- Não quero ficar fazendo essa pergunta á todo momento, parece que não penso em outra coisa, além de imaginar que você possa ter ido para cama com cada mulher que se aproxima de você. - falei me sentindo irritada.
- Te incomoda saber que eu possa ter ido para cama com ela? - ele perguntou.
- Claro. - admiti. - Sei que não deveria, já que se isso aconteceu foi antes de eu te conhecer, e sei que não posso te cobrar nada a respeito disso, mas eu não gosto da ideia de que a cada mulher que se aproxima de você, já tenha passado pela sua cama.
Quando terminei Alex continuava me encarando, claro que deveria estar passando pela sua cabeça que eu era uma louca desequilibrada, mas eu estava sendo sincera. Somente isso, e foi ele quem perguntou. Seus olhos continuavam fixos nos meus.
- Eu não fui para cama com ela. - ele falou baixo, e um sorriso começou a se formar em meus lábios. - Melhor agora? - fui obrigada a morder novamente meu lábio, para não rir.
- Muito. - me aproximei e o beijei.
- Você parece mais feliz agora. - ele falou e eu o cutuquei.
- Não torra, Alex. - eu sei que ele iria me zoar sempre que pudesse. - Você não deve rir do fato de eu sentir com ciúmes de você. - ele segurou meu queixo e me fez olhar em seus olhos. Ele estava sério.
- Geralmente a única coisa com que as mulheres que me acompanhavam se preocupavam, era com as jóias que elas levariam para casa no final da noite, então se você olhar vai ver que não estou rindo, e mesmo que estivesse com um sorriso, não seria em hipótese alguma tirando sarro de você, suas demonstrações de ciúmes mexem comigo Alice, de um jeito que não posso mostrar aqui. - ele olhou para os lados. - Seria um tanto indecente, e eu acabaria com o evento de minha mãe.
- Não quero estragar o momento. - ouvi uma voz conhecida ao nosso lado. - Mas já estragando. - olhei para Tyler. - Oi Bela. - ele sorriu, e eu acabei rindo junto.
- Tyler. - o abracei, sentido saudades dele. - Faz um bom tempo que não te vejo. - ele meneou a cabeça.
- Mas pelo visto isso vai mudar hoje, não é irmãozinho? - ele falou olhando sério para Alex. Eu não entendia o que estava acontecendo entre eles. - Misteriosamente alguém deu um lance absurdamente alto em um númeropor mim. - Alex se manteve quieto. - Até mais. - Tyler saiu do mesmo jeito com que chegou. Abruptamente.
- Do que ele está falando? - Antes que Alex pudesse responder, as luzes foram parcialmente apagadas, e uma música começou a tocar. - Essa é a primeira música? - senti meu coração palpitar forte.
- Sim, vamos aproveitar nossos últimos minutos juntos. - ele enlaçou minha cintura, e me conduziu para o meio do salão. - Já te disse que você está linda? - ele se posicionou na minha frente, e uma musica lenta que não consegui identificar, começou a tocar.
- Nos últimos cinco minutos, não. - segurei em seus ombros, e começamos a dançar.
- Então tenho que corrigir esse erro. - ele me rodopiou e quando me puxou para si, segurando-me contra ele com força, falou: - Você está linda. - sorri.
- Estou me sentindo naqueles bailes de contos de fadas, onde tenho a atenção do príncipe. - comentei.
- Não sou um príncipe, apesar de você ser dignamente uma princesa, eu não sou príncipe. - ele fez uma leve careta, enquanto dançávamos. - Podemos dizer que estou mais para o titulo daquele filme que assistimos na casa dos meus pais. - sorri.
- Um homem de sorte. - falo, ele sorri.
- Exatamente. Eu sou um homem de sorte.
Eu estava me sentindo tão bem. Estar com Alex, me fazia bem. A música terminou e continuamos no meio do salão, abraçados. A mãe de Alex fez os agradecimentos pela presença de todos, e que este evento será um sucesso. Após aos aplausos senti meu coração voltar a bater forte.
- Costuma demorar muito para acabar? - perguntei. Alex sorriu.
- Como falei, nunca participei, então não faço ideia.
Notei que Tyler estava vindo na nossa direção e sua pulseira agora tinha a mesma cor da minha. Minha ficha caiu, e comecei a entender a que ele tinha se referido, agora a pouco.
- Você fez isso, não foi? - acho que minha pergunta saiu um pouco alta, porque quem me respondeu foi o próprio Tyler.
- Pois é Bela, ele fez isso. - Tyler me puxou para seu lado. - Ele simplesmente acabou com minha noite. - Tyler olhou rapidamente para mim. - Não se sinta ofendida, não é nada pessoal.
- Pode deixar, eu entendi. - voltei a olhar para Alex.
- Não me importo em estragar sua noite, da última vez você quase ferrou com uma sociedade dormindo com a filha de um dos nossos sócios. - Alex respondeu ao irmão, e olhou para mim. - Achei que se sentiria mais confortável com meu irmão. - Tyler revirou os olhos.
- Você está confortável, Alex. - Tyler rebateu. - Bella é a única desse salão a qual não posso me envolver. - quando dei por mim, a tal Georgina estava se aproximando, e então entendi que ela provavelmente era o par de Alex.
- Creio que sua companhia está chegando, vá aproveitar a noite, Alex. Porque eu vou procurar fazer o mesmo. - falei me sentindo irritada.
- Não quero causar nenhum inconveniente a você Alexander. - Georgina falou olhando diretamente para Alex. - Mas já que paguei, tenho direito. - ela enlaçou a mão no braço de Alex, e seu sorriso foi direcionado a mim, pela primeira vez. - Oi Tyler.
- Georgina, que desprazer em ver você. - cutuquei Tyler, mas acabei rindo.
Dei dois passos a frente ficando a centímetros de Alex. Apesar de estar com a outra ao seu lado, ele olhava para mim, olhei para Georgina, e quando olhei novamente para Alex o beijei de leve.
- Apesar da companhia tente realmente aproveitar a noite. - pisquei. - Nos vemos depois. - me afastei. - Vamos. -segurei na mão de Tyler e virei, seguindo em direção ao bar. - Já que vamos passar a noite juntos Tyler, vamos beber alguma coisa, quem sabe assim esqueço que foi ideia minha vir. - escutei sua risada ao meu lado.
- Admiro isso em você. - ele falou.
- O que?
- Ser elegante quando na verdade quer matar alguém. - acabei rindo.
A única pessoa que eu estava querendo matar desde que cheguei era Alex. Estávamos sentados no balcão, eu tomava um drink de frutas, Tyler havia pedido outra coisa. Eu já estava menos irritada e conversar com Tyler estava sendo bom, ele é uma companhia divertida, vez ou outra eu olhava na direção onde Alex estava com Georgina. Ele havia saído da pista de dança, e estava sentado na área que seria servido o jantar. Um de cada lado da mesa, beeeem distante um do outro.
Sorrir foi inevitável.
- Se sua preocupação for a Georgina, pode ficar tranquila. - olhei para Tyler. - Passei as ultimas semanas no Canadá resolvendo umas coisas com o pai dela. - Tyler falou também olhando na direção.
- Foi com ela quem você se envolveu? - ele sorriu e confirmou.
- Eu estava muito chapado. - rimos. - Desde então meu pai e meu irmão estão buscando um jeito de me manter longe das mulheres. - seu gesto era como se aquilo fosse algo absurdo em se pensar.
- Tenho que concordar com seu irmão que você não vale nada. - falei rindo, ele passou a mão no cabelo. Desci do banco. - Vou ao banheiro, já volto.
- Estarei bem aqui. - enquanto saia, o ouvi pedindo mais uma bebida.
Fui em direção aos corredores onde levavam aos banheiros, muitas pessoas me olhavam, e vez ou outra isso me deixava com uma sensação estranha. Não fiquei surpresa, e agradeci ao encontrar com Dilan no meio do caminho. Ele me acompanhou até a entrada, sem falar nada. Essa era sua especialidade, fazer seu trabalho em silêncio.
Quando retornei, para minha total zero surpresa, minha companhia havia sumido. Pensei em andar um pouco, mas alguém pousou a mão na base da minha coluna.
- Me concede uma dança? - virei me deparando com Adam. - Já que seu par sumiu.
- Claro. - Adam olhou para Dilan, e fez sinal. Seguimos para a pista de dança. - Como sabe que meu par sumiu?
- Talvez porque eu tenha recebido uma ligação dele. - fechei meus olhos.
Tyler não tinha jeito.
- É impressão minha, ou você tem me evitado? - Adam perguntou assim que fiquei de frente para ele.
- Não foi algo pensado, mas sim, eu estava te evitando. - ele ponderou e expirou profundamente. Segurei em sua mão, apoiei minha outra mão em seu ombro e começamos a dançar. - Pelo menos até eu saber como falar com você.
- Eu acho que entendo. - ele falou baixo. - Precisei de um tempo também para digerir quando soube.
- Eu sei que Alex te contou. Acho que estava esperando um momento em que pudesse conversar com você sem que você ficasse magoado. - me justifiquei, ele sorriu. - Mesmo que eu já tenha feito isso.
- Não posso te cobrar nada, você sempre deixou claro que não tinha interesse. - seu sorriso era forçado, eu notava. - Só fui pego de surpresa, por mais que eu soubesse que isso poderia muito bem acontecer, eu só não esperava.
Ninguém esperava.
- Não fala assim que sou capaz de começar a chorar, você é muito importante para mim. - apoiei a cabeça em seu ombro. - Eu gosto muito de você, mas não dessa forma. - ele se afastou somente para poder me olhar.
- Agora você está ferindo meu ego, Alice. - ele fez uma careta. - Vamos parar de falar disso, ok? - ele respirou fundo. - Acho que as coisas estão como deveriam estar. Só quero que saiba que continuo sendo seu amigo, para o que precisar, e espero realmente que você e o Alex fiquem bem, ele precisa de alguém como você.
- É por isso que eu gosto de você. - senti meus olhos marejarem. - Você é um ótimo amigo. - o abracei. - Mas espero que quando falou que Alex precisa de alguém como eu, isso seja um elogio.
- Sim, você não é chata como ele. - acabei rindo, e ele também riu.
Alguém falou ao microfone que o jantar seria servido, e logo depois teríamos uma brincadeira no jardim. E escutar isso, fez com que um tremor percorrer meu corpo.
- Está com frio? - Adam perguntou notando.
- Na verdade é medo do que essa brincadeira no jardim possa significar. - Adam riu. - Eu fui vendida essa noite, como um acessório. - revirei meus olhos. - E meu par simplesmente sumiu. Então eu acho que medo é o mínimo que eu possa estar sentindo.
- Se não se importar, eu posso ficar com você.
Eu me importaria?
Claro que não, e ainda agradeceria, já que Tyler havia sumido e Alex estava em algum lugar com a tal Georgina.
- Obrigada!
O que de errado poderia acontecer?
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