CAPÍTULO 32
Oi meu povo.
Olha nem vou falar nada, pois da última vez falei que estava voltando a escrever e que nos veríamos com mais frequência... no entanto a vida riu, e falou, sei...
Bom vamos seguir daqui, é melhor 🤭
ALICE
Olho mais uma vez no espelho para ver se meu cabelo não está bagunçado. Saio do anexo indo para o escritório de Alex, e no momento em que me aproximo de sua mesa, seu telefone brilha na mesa, e o nome Rachel aparecer em chamada. Alex pega o aparelho, olha e desliga sem notar que eu vi.
Olho para ele que está com semblante pesado. Desde o momento em que Sara avisou que seu pai estava na empresa, e que queria falar com ele, Alex mudou da água para o vinho. Eu não irei perturbá-lo agora sobre quem é essa tal de Rachel.
Mas será com toda certeza a próxima pauta da nossa conversa.
— Sara assim que meu pai chegar, peça para entrar. — ele fala com ela pelo interfone.
— Ele já está aqui. — ela informa.
— Certo então.
— Eu vou sair pelo anexo. — falo lhe dando um rápido beijo nos lábios. — Não quero que seu pai me veja, e pense que estávamos fazendo sacanagem. — Alex segura meu braço.
— Mas nós estávamos fazendo sacanagem. — ele fala segurando o riso.
— Mas seu pai não precisa saber disso. — falo empurrando seu peito, para me livrar do seu aperto.
— Eu não preciso saber do que? — fecho meus olhos ouvindo a voz do senhor Angus, atrás de nós. Quando abro vejo Alex me encarando e rindo. Viro-me, e olho para meu ex-sogro de mentira. — Alice.
— Senhor Colth. — ele sorri e faz um gesto com a mão me corrigindo. — Angus.
— Primeiramente como está seu pai? — me afasto de Alex.
— Está bem graças a Deus, se recuperando bem. Só continua teimoso. — ele sorri.
— Mas isso é um bom sinal. — ele se encaminha para uma das poltronas se sentando. — E o que eu não precisaria saber?
— Alice pretende fazer o almoço de domingo para receber vocês na cobertura, mas ela não queria que vocês soubessem antes. — Alex fala se sentando em sua cadeira. — Ela tem um pouco de vergonha quando o assunto é ser comida. — eu abro a boca encarando Alex. — Quero dizer, quando é sobre comida. — ele gesticula para o pai, que sorri ao olhar para mim. Eu encaro Alex que pisca.
Filho da mãe!
— Será um prazer, e não se preocupe eu não falarei nada. — o pai dele me garante. — Emma, está sentindo sua falta. — sorrio.
— Mande um abraço meu para ela, mas se me derem licença, tenho que... — aponto para a porta. — Trabalhar.
— Foi um prazer lhe rever Alice.
— Digo o mesmo. — viro-me saindo dali antes que fizesse alguma bobagem, e mandasse Alex de lascar na frente do pai.
Agora eu teria que fazer um almoço para meus ex-sogros de mentira. Acabo rindo assim que fecho a porta. Sara está digitando algo no computador e sinto-me tentada a perguntar algo a ela, mas não queria deixar evidente minha curiosidade. Me aproximo,e ela sorri assim que me vê.
— Posso te fazer uma pergunta? — ela para de digitar.
— Claro.
— Você conhece alguma Rachel a qual Alex tenha algum contato? — ela fica pensativa. — Mas acho que você não me falaria nada, caso ele tenha. — ela sorri.
— Somente se ele tivesse me dado uma ordem específica, aí sim eu não falaria nada. Mas realmente, não lembro de nenhuma Rachel. — ela meneia a cabeça, e nega. — Realmente, eu não conheço, creio que só ele para te falar sobre.
— Tem razão, farei isso. — quando me afasto indo em direção aos elevadores, vejo Adam conversando com outro homem, ele não me vê.
Ele está de cabeça baixa olhando para o celular. Sinto meu coração disparar. Paro em frente ao elevador, e aperto o botão. Estou me sentindo péssima, preciso conversar com ele, mas não será agora.
Volto para minha sala, e foco no trabalho. Vez ou outra olho para olho para a sala do Magno, mas a porta está fechada e a secretária está trabalhando.
ALEX
Olho para meu pai assim que Alice fecha a porta. Ele esta me observando em silêncio e imagino que sua visita é devido a Tyler.
— Seja lá o que o Tyler tenha te contado...
— Minha vinda até aqui não tem nada haver com o que seu irmão possa ter me falado, e sim com o que você tem feito. — recosto-me e o encaro.
— E tem alguma diferença? — acabo rindo sem vontade.
— Toda. — ele abre seu paletó. — Sabe na verdade eu quero saber se você se tornou sócio do Charles, como Alex ou como Alexander. — fecho meus olhos.
— Meu Deus pai, e que diferença isso faz? Sou eu de qualquer forma. — ele se levanta e começa a andar pela sala. Meu telefone volta a tocar, faço menção de pegá-lo e meu pai olha sério para mim.
— Desligue seu telefone. — ordena autoritário, e pela forma como me olha, sei que não é de brincadeira.
— Me sinto no quinto ano. — faço o que ele pediu. — Satisfeito?
— Satisfeito vou ficar quando você me explicar porque diabos você se envolveu com Charles novamente?
Esse assunto era algo que eu queria manter em sigilo, já que ser trata de algo muito particular da vida da Alice. Mas vejo que será difícil criar uma desculpa plausível para Angus Colth. Conto ao meu pai, o motivo que me levou a ter novamente uma sociedade com Charles.
— E, você espera que ele faça isso novamente? — meu pai pergunta depois de ouvir tudo.
— Não espero, mas é uma possibilidade. — ele pensa.
— É arriscado.
É a minha chance de tirar dele tudo o que roubou de mim. Penso.
— Já pensou na possibilidade de isso não acontecer, e você ter trazido esse homem e a filha para o nosso meio, a troco de nada?
— Qual a probabilidade de eu e Alice sermos as únicas pessoas nesse mundo com quem ele tentou se dar bem? — penso. — Se dar bem foi somente comigo, mas ter prejudicado.
— É, as chances de isso acontecer novamente são grandes. — ele conclui. Concordo. — É meu filho, só me resta pedir que tome todos os cuidados necessários, essa gente não costuma brincar em serviço.
— Pode deixar, já tomei todas as providências necessárias. — ele fica me olhando com um leve sorriso. — O que foi? — pergunto.
— Estou orgulhoso por você. — acabo sorrindo. — Mas de qualquer forma meu advogado vem lhe fazer uma visitinha amanhã. — ele se levanta.
— E, por qual motivo? — fico sem entender.
— Você fez o que achou certo, agora é minha vez. — me levanto, mas ele faz sinal para que eu permaneça sentado. — Amanhã, Alex. Amanhã.
Ele sai da minha sala, e eu fico sem entender o que ele pretende fazer.
ALICE
Estou terminando de guardar algumas pastas.
— Já estou indo, vai precisar de mim para mais alguma coisa? — Vick pergunta quando fecha o arquivo.
— Não, pode ir. Também já vou descer. — olho no celular, e não tem nenhuma mensagem de Alex.
— Ok! Boa noite.
Termino que guardar minhas coisas e saio da sala, dando de cara com Magno. Ele está parado na porta do seu escritório, e me olha sem desviar o olhar, quando vê que estou olhando para ele.
Tranco a porta, e sigo meu caminho até os elevadores. Quando entro fico na duvida se subo ou desço. A forma como ele me encarava me deixou agitada. Antes que eu aperte qualquer botão, o elevador fecha as portas e começa a subir.
Alguém tomou a decisão por mim. Quando as portas se abrem dou de cara com Alex, Adam e outro homem. Os três me encaram, e fico sem jeito.
— Eu ia descer, mas alguém foi mais rápido. — falo sorrindo.
— Alice. — Alex entra e fica ao meu lado, os outros entram e o que me dói é notar que Adam não olha para mim.
O clima dentro do elevador é sufocante. O tal homem que não sei quem é, continua provavelmente a conversa que estavam tendo antes. Eu só procuro respirar. Olho para o espelho e vejo que Adam está me olhando.
Meu coração fica apertado.
Ele logo desvia o olhar e dá atenção para o homem que lhe fez alguma pergunta, ou algo do tipo. Eu tenho vontade de chorar. Porque será que nós temos que ficar tão sensíveis nesse período da TPM?
O alívio que sinto quando as portas se abrem é inexplicável, saio na frente de todos. Eu preciso de ar e espaço. Vou até o carro onde Dilan está parado. Ele abre a porta, e quando penso em entrar, Alex fala atrás de mim.
— Eu tenho algumas coisas pra resolver, nos vemos na cobertura. — ele faz um sinal para Dilan que concorda.
Essas merdas de sinais que nunca sei o que significa. Olho para trás de Alex, mas não vejo nem Adam e nem o tal homem. A lembrança do telefonema da tal Rachel me vem á mente. Foi por causa dela que ele saiu aquela noite, e me deixou sozinha.
— Vai encontrar com ela? — pergunto de supetão. Alex me encara sem entender. — Com a Rachel. — Alex fica alguns segundos sem falar nada, somente me encarando.
Reviro meus olhos e puxo a porta fechando na cara dele. Alex abre a porta e entra fechando logo em seguida. Dilan permanece do lado de fora.
— O que você sabe sobre a Rachel? — ele pergunta baixo e controlado.
— Olha que legal, além de saber que ela é o motivo de você ter me deixado sozinha numa noite, e que ela te ligou hoje mais cedo, eu não sei nada. — sorrio.
— Alice, não é nada do que possa estar passando pela sua cabeça pensante.
— Vai a merda Alex! — viro a cara e encaro o vidro do carro. — Eu odeio ouvir essa frase: Não é nada do que você está pensando. — repito em uma voz enjoada. — Eu tenho o direito de pensar o que eu quiser, quando você não fala nada. — volto a olhar para ele. — Você sabe tudo sobre minha vida, e até sobre meus familiares, enquanto eu não sei nada sobre você, além do que os outros me falam.
— Não é justo o que você está fazendo, eu falei pra você coisas que não contei a ninguém Alice. — ele esfrega o rosto, logo em seguida abre a porta. — Vamos!
Dilan entra e olha para Alex através do retrovisor.
— Para onde senhor?
— Para casa da Rachel. — Dilan desvia o olhar para mim rapidamente, e concorda ligando o carro.
Sinto que meu coração vai sair pela boca a qualquer momento. Alex está em silêncio mexendo no celular e não falou uma única palavra durante o percurso. O carro entra na garagem de um prédio residencial, na West Village.
O carro para e Alex desce, eu não me mexo. Mas ele dá a volta e abre minha porta.
— Porque você só não me fala de quem se trata? — pergunto assim que desço. — Seria mais fácil.
— Será? — ele se limita a me responder com outra pergunta.
Um carro entra na garagem e para na vaga ao lado. Uma mulher elegante sai do carro toda sorridente.
— Desculpe se te fiz esperar Alex, mas não esperava que você viesse hoje. — ela fecha a porta e de um jeito elegante arruma o cabelo negro e longo. Ela sorri ao olhar para ele, e olha para mim com certo receio. — Aconteceu algo?
— Não, somente resolvi passar. — a mulher continua desconfiada.
— Certo, vamos.
Ela vai em direção ao elevador, e Alex estende o braço para que eu siga a sua frente. Ainda bem que foram somente dois andares, não tenho problemas com elevadores, mas hoje a minha cota de situações constrangedoras já foi suprida.
Enquanto caminhamos no corredor, penso que ela não é a Rachel, se fosse Alex já tria falado algo. A mulher abre a porta e eu seguro o braço do Alex.
— Alex... — penso em falar algo, mas uma pequena sombra passa por nós e gruda nas pernas dele.
— Eu sabia que você viria se eu ligasse. — a pequena menina de cabelos castanhos fala se afastando dele.
— Rachel eu já te falei para não ligar para o Alex sem minha permissão!
— Você não estava aqui, como eu iria pedir? — ela fala cruzando os braços. Alex começa rir, e se abaixa para falar com a menina.
Meu Deus, que vergonha, se trata de uma criança.
— Já falei que mocinhas educadas não falam assim com suas tias. — ela volta o abraçar, mas agora pelo pescoço. — Como você vai se tornar uma princesa com esses modos?
— Não quero mais ser princesa, é chato. — ela fala mexendo na gravata dele. — Quero ser astronauta agora. — acabo rindo, e isso chama a atenção dela. — Quem é você?
— Eu sou Alice. — falo. Ela abre a boca e olha para Alex.
— É o seu pequeno dragão? — a intenção dela é de fazer uma pergunta baixa, mas como estamos pertos, acabo escutando. Alex faz menção que cochicha de volta.
— Sim, meu pequeno dragão. Mas não se preocupa, ela só ataca de manhã. — ela ri colocando a mãozinha na boca.
— Legal. — ela se afasta dele, segura minha mão e me puxa para dentro do apartamento. — Vem quero te mostra uma coisa. — olho para Alex que não me olha, e ao passar pela mulher que até agora não sei seu nome ela sorri, sem muita vontade.
— Acho que vou fazer um café. — ela diz.
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