CAPÍTULO 18
Boa Noite, vou explicar algo que algumas pessoas me perguntaram, após o último capítulo. Essa é minha primeira história, escrevi ela num caderno, e agora estou digitalizando. E na versão original, não existia Zayn, era outro amigo de Alex, mas agora resolvi colocar meu príncipe encantado quase perfeito no meio.
Só isso, eu continuo com o enredo e roteiro de como havia feito em 2017. Ainda posso mexer uma coisa aqui outra ali...
😊
Boa leitura.
ALICE
— Sabe ás vezes eu acho que sou eu que não tenho juízo, mas aí você faz umas coisas dessas tão sem noção, então eu vejo que sou um poço de serenidade e sensatez. — ouço minha amiga falar enquanto ela vasculha meu closet.
Eu estava deitada em minha cama, lembrando da cara de Alex pela nossa conversa sobre seu amigo.
— Não falei nada demais. — comento. — Só disse que o cara ser casado não mudava nada, já que árabes podem casar com mais de uma mulher. — ela deixou as roupas de lado e veio até a cama.
— Eu queria ter visto a cara dele, sério. — ela ri. — Mas não fale isso nem brincando. — ela começou a fazer o sinal da cruz. — Eu não gosto nem de pensar nessas coisas, que já começo a empolar. — ela coçou o braço e apontou. — Olha só, a urticária ataca.
— Besta! — bati em seu braço e me levantei. — Vamos terminar logo de fazer essa mala, que tenho que encarar uma terapeuta daqui a pouco. — entrei no closet e olhei o que ela tinha separado. — Eu não vou levar esse vestido. — tirei o vestido vermelho que ela me fez comprar. — Nem sei por que deixei você escolher esse.
— Eu sei, você estava puta com Alex. — encarei minha amiga.
Ela me olhou sério, foi o que bastou para começarmos a rir igual a duas loucas. Uma hora depois eu estava com as malas prontas. Ah! Sim você ouviu certo, malas. No plural, como eu conseguiria levar tudo o que iria precisar em uma única mala?
Impossível!
Eu confesso que tinha me esquecido dessa viagem que Alex havia comentado no dia em que Sofhia esteve na empresa. Mas agora estava empolgada. As únicas duas viagens que fiz na vida, não contam muito como viagens. A primeira foi na escola para um trabalho em grupo, e a segunda, bom essa foi quando vim para Nova Yorque, e aqui estou até agora. Então sim, eu estava empolgada por passar três dias em um hotel cinco estrelas, sem me preocupar se estou gastando o dinheiro da passagem de volta.
Mesmo que Alex não tenha dito para onde estávamos indo, eu tinha colocado na mala algumas peças chaves, que poderia ser usada em qualquer ambiente. Saio do consultório da terapeuta me sentindo do mais leve, conversar com alguém que não me conhece pareceu ser mais fácil. Vejo o carro parado na calçada do prédio e sigo para ele. Ao entrar me deparo com Alex, discutindo com alguém pelo telefone.
— Resolva isso antes que eu volte! — rosnou para seja lá quem fosse. — Está pronta? — perguntou sem nem me olhar.
— Não, só entrei aqui para ficar te admirando mesmo. — disse com ironia. Pelo menos consegui sua atenção. — Ainda está putinho pela nossa conversa de ontem, ou isso é fruto do trabalho de hoje? — eu sei que estava cutucando a onça.
— Sabe Alice... Se ainda não percebeu, eu tenho mais o que fazer do que ficar preocupado por quem você se interessa. — disse curto e grosso voltando a mexer no celular.
— Entendi. — voltei a colocar os óculos de sol e olhei para as ruas que passávamos. — Ta putaço ainda. — comentei segurando o riso.
Evitei continuar provocando Alex, porque ela estava mesmo uma fera, e não era comigo. Quando chegamos ao aeroporto, fizemos todo o procedimento de embarque em uma sala vip. Ao chegar a pista entendi o por que de toda essa diferença, o jatinho que iríamos embarcar é das industrias Colth.
Assim que o carro se aproximou do avião, notei que tinham pessoas embarcando. Quando meus olhos focaram em uma pessoa em especial, eu mordi a língua, e quando olhei para o lado, Alex me encarava com cara de poucos amigos.
— Seu amigo bonitão vai junto? — consegui perguntar sem rir.
— Sim e a esposa dele também. — ele apontou para fora, e ao olhar vi uma mulher vestida com trajes muçulmanos ao lado do tal amigo de nome estranho. — Se comporte Alice.
— Você falando assim até parece que vou me atirar no colo dele sem mais e nem menos. — abri a porta para descer. Mas antes de sair olhei para Alex. — Primeiro tenho que fazer amizade com a esposa. — sai antes que ele pudesse falar algo.
Antes que eu desse um passo, fui puxada pelo braço e meu corpo foi sutilmente prensado na lataria do carro.
— Deixe-me explicar uma coisa. — Alex pronunciou as palavras calmamente enquanto tirava meus óculos e os guardava no bolso. Admirava essa postura dele, se fosse eu estaria gritando, mas ele não. — Caso você tenha esquecido, somos namorados, e uma das últimas coisas que eu quero é ser piada. Então mais uma vez vou falar, para se comportar. — eu olhava para ele sentindo cada sensação de formigamento que seu corpo provocava no meu.
Engoli em seco e quando olhei para seus lábios tão pertinho dos meus, eu só queria senti-los de novo. Passei minhas mãos por seu tórax sentindo seu corpo, e falei em seu ouvido.
— Minha dúvida está no que acontece se eu não me comportar? — ele parecia não acreditar no que eu falava.
Homens!
O problema estava no cada um estava pensando, a conversa até pode ter sido provocada pelo amigo, mas eu não estava nem aí para isso, só queria saber qual seria a punição. Passei a ponta da língua nos lábios, e os olhos de Alex acompanharam o que fiz. Quando ele olhou nos meus olhos novamente, vi ali algo selvagem.
— Acho que estamos sendo alvo dos olhares de algumas pessoas, e para não ficar estranha essa sua atitude, acho bom você me beijar, assim passaremos recibo de que você só está dando um amasso na sua namorada, por quem você é loucamente apaixonado. — ele foi olhar para o lado, mas segurei seu rosto fazendo ele me encarar.
Alex sorriu.
Não era um sorrisinho fofo, era mais como um aviso tipo: não me peça isso, ou vai se arrepender.
— É por isso que você quer que eu te beije? — o tom de sua voz havia mudado. — Está preocupada com o que eles estão pensando em nos ver aqui?
— E, porque mais seria? — me fiz de sonsa.
Se ele está esperando que eu admita que o desejo, seria bom Alex tirar o cavalinho da chuva, porque eu não iria fazer isso. Ele mudou a posição, se afastando um pouco somente para poder curvar seu corpo sobre o meu, passando os dedos pela lateral do meu rosto. Fazendo com que uma tontura ridícula fluísse pelo meu corpo.
Alex firmou a palma de sua mão em meu pescoço, me estabilizando. Quando olhei para ele vi um sorriso malicioso brincando em seus lábios. Filho da mãe! Ele sabia exatamente o que estava causando em mim.
Antes que pudesse falar algo, a boca de Alex estava sobre a minha, e a única coisa que se dignou a sair da minha, foram leves gemidos de satisfação.
Uau!
Os movimentos de seus lábios eram exigentes e confiantes, como próprio Alex se mostrava ser. Ele levou a mão até minha nuca, movendo para uma melhor posição. Mexi o corpo querendo mais contato. Ele voltou a me prensar contra o carro. Envolvi minhas mãos em volta do seu pescoço, aprofundando o beijo. Eu queria tudo que ele pudesse me dar.
Sua mão desceu até minha cintura, e sutilmente me afastou. Senti minha boca tão fria e vazia. Abaixei minha cabeça apoiando em seu peito. Sua respiração estava irregular igual a minha. Eu sentia como seu coração batia forte no peito.
Eu estava excitada somente pela porra de um beijo. Que merda estava acontecendo comigo?
— Alice. — sua voz estava baixa, e apesar do coração batendo forte e sua respiração estar descontrolada, sua voz continuava suave e firme. — Precisamos ir. — concordei, e o empurrei para que pudesse me ajeitar. — Está tudo bem? — eu não queria olhar para ele. Não agora.
— Porque não estaria? — virei para me olhar no vidro do carro. — Pode ir indo, te encontro em dois segundos. — vi pelo vidro que ele balançou a cabeça antes de se afastar.
Eu só queria afastar essa sensação perda que sentia todas as vezes que tínhamos algum contato. Arrumei meu cabelo, e fui em direção ao avião. Alex estava me esperando para embarcar, e me entregou os óculos que estavam com eles.
— Obrigada. — agradeci subindo as escadas.
Quando entrei cumprimentei a todos que estavam a bordo, sorri ao ver Tyler em uma conversa animada com o tal árabe. Alex entrou logo atrás de mim e me guiou até uma poltrona mais ao fundo. Fiquei de frente para a esposa do árabe. E o sorriso que a moça me deu, fez eu me sentir a pior pessoa do mundo, somente por ter insinuado algo com o marido dela. Mesmo que fosse só para provocar Alex.
Sorri de volta, e me sentei ao lado de Alex. O piloto fez as apresentações devidas e fez as explicações sobre o vôo. E quando ele falou o nosso destino eu me contive para não pular igual uma louca.
— Nós estamos indo para o, Hawaii? — perguntei baixo para Alex, só queria ter certeza e não criar falsas esperanças. Ele me encarou e concordou. Respirei fundo para engolir o grito que queria soltar. — Porque não me disse?
— Porque tive a esperança de mudar o local do simpósio. — ele falou com amargura na voz.
— Ainda bem que não conseguiu. — ele franziu a testa. — Sempre tive vontade de conhecer o, Hawaii. — ocultei o fato de não ter tido condições.
Hawaii, aí vou eu!
Foram quase nove horas de vôo, o bom é que em um momento fiz amizade com a esposa do árabe. Jasmim, seu nome, ela é um doce de pessoa. Combinamos de aproveitarmos o tempo vago onde nossos respectivos acompanhantes estivessem enfiados em reuniões, para usufruirmos do SPA do resort.
Quando fomos autorizados a desembarcar eu estava com as pernas doloridas e com sono. Eram mais de onze horas da noite, e tivemos que enfrentar 20 minutos de helicóptero até chegarmos no The West Maui Resort.
Confesso que não prestei muita atenção em nada, estava cansada, e só queria tomar um banho e dormir o sono dos justos. Não era pedir muito.
— Venha. — Alex segurou minha mão, me ajudando a descer do helicóptero e pegou minha bolsa. Os funcionários do resort, já estavam a nossa espera.
Seguimos para tratar da hospedagem, eu fiquei sentada em uma poltrona enquanto Alex cuidava de tudo. Olhei na direção do balcão, onde ele e Dilan conversavam e notei quando Sofhia se aproximava de onde eu estava.
Estava tudo muito bom para ser verdade. É como dizem: alegria do pobre dura pouco.
— Olá, Alice. — ela falou sorrindo esperando que eu me levantasse para cumprimentá-la. O que não fiz.
— Sofhia. — falei bocejando.
— Achei que fossem chegar mais cedo, para aproveitar a noite de hoje. — sorri.
— Eu pretendo aproveitar muito a noite de hoje. — olhei na direção onde Alex estava. Ela também olhou.
— Achei que Alex não fosse vir na verdade. — ela suspirou pesadamente, de forma forçada. — Esse hotel diz muito sobre nós. — ela voltou a me olhar e sustentava um sorrisinho. — Foi aqui que ele me pediu em casamento.
Merda era pouco depois dessa informação. Agora eu compreendia a tentativa de Alex em mudar o local do simpósio.
— É uma pena mesmo. — falei me levantando. — Estragar as imagens desse lugar lindo com esse tipo de lembranças deve ser uma merda. — falei sem paciência alguma para esses joguinhos dela. — Sofhia, não somos amigas, e tão pouco inimigas, então poupe-me desse papinho meloso, eu não tenho saco literalmente.
— Está tudo bem? — ouvi a voz de Alex e nem tinha percebido que ele saído do balcão.
— Sim. — falei indo o abraçar. — Sofhia só estava me atualizando. Sabe que temos lugares lindos aqui que podemos aproveitar. — Alex passou o braço por minha cintura e beijou minha cabeça. Sorri para ela que me olhava com fúria nos olhos. Mas logo se recompôs.
— Nos vemos amanhã Alex. — ela sorriu para ele, e estampando um sorriso falso me olhou. — Espero que tenha uma boa estadia querida.
— É o que pretendo. — falei sorrindo de forma tão falsa como ela fez.
— Vamos até restaurante, você precisa comer qualquer coisa de chocolate. — acabei rindo.
— E você de algo bem forte. — ele segurou minha mão e começamos a andar. — Não acredito que você pediu ela em casamento aqui.
— Não me lembre disso, por favor.
— Eu posso não falar, mas ela está empenhada em fazer você lembrar disso e mais um pouco. — senti ele apertando minha mão, de maneira involuntária.
— Eu sei.
Foi tão estranho ouvir ele confessar.
Seguimos para o restaurante, que estava bem movimentado para o horário. Depois de ter me entupido de doce, seguimos para o nosso quarto. Mas antes de entrar, ouvi Tyler chamando Alex.
Ele me entregou o cartão de acesso, e voltou para ver o que o irmão queria. Eles ficaram conversando no corredor, e eu entrei. Olhei o quarto e estava encarando a cama de casal e pensando no que não devia, quando reparei que só estavam ali as malas de Alex.
— Onde está minha bagagem?
Só consegui lembrar do sorriso de Sofhia ao me desejar uma boa estadia.
— Cadela dos infernos, eu te mato!
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