CAPÍTULO 16
Olá, pessoinhas.
Vim aqui só pra avisar que a meta não foi alcançada. Que triste 😢
Por isso não gosto disso, fiz porque pediram, mas não farei mais, vamos seguir como sempre, eu escrevo, vcs leem...
Eu também fico ansiosa para saber o que vcs vão achar, não consigo esperar. 🤣
Agora vou deixar um aviso que não coloquei no início da história por não achar necessário, mas pelo visto me enganei... hahaha
Essa história não é fantasia, ok. Os personagens não tem superpoderes ou bola de cristal para adivinhar as coisas que não são ditas. Aqui eles são baseados em pessoas reais, erram, se arrependem e tudo mais...
Existe um tempo necessário para tudo acontecer, e motivos pelos quais certas coisas acontecem.
Que graça teria se fosse tudo fácil?
Boa leitura!
ALEX
— E, eu achando que o pior seria ter visto Charles saindo daqui. — Tyler comentou meio sem graça. — Essa deve ter doído. — ele colocou a mão no meu peito, me impedindo de ir atrás de Alice.
— Sai da minha frente! — rosnei.
— Porque não esfria a cabeça? Deixa ela esfriar a dela também, é mais seguro. — ele sorriu, e eu acabei concordando. — O que foi que você fez?
— Quero saber também. — peguei o telefone ligando para Dilan. — Alice está saindo do prédio, só cuide para que ela fique segura. — desliguei jogando o celular em cima da mesa.
— Mas mudando de assunto, eu vi o Charles saindo furioso daqui, e só me pergunto o que ele estaria fazendo aqui? — esfreguei os cabelos.
— Veio ouvir que rejeitei sua proposta. — meu irmão sorriu.
— Poxa Alex, deveria ter me chamado, adoraria ver a cara daquele idiota. — meu irmão se aproximou e bateu em meu ombro. — Espero que você tenha superado o que ele fez com você.
— Eu poderia passar o resto da minha vida fodendo esse homem e seria pouco. — ele concordou.
— Eu sei, mas viver de vingança cansa. — seu celular começou a tocar e ele se afastou. — Bom tenho que ir, espero que você e minha Bela se entendam.
— Ela não é sua, Tyler.
— Não? — ele sorriu. — Se certifique de mantê-la ao seu lado então. — ele sorriu, piscou e saiu falando com quem quer que seja ao telefone.
Fui até a janela olhando a imagens do mar de prédios a perder de vista, que cercavam a cidade.
Alice... Alguém não tinha sido totalmente sincera ontem a noite.
ALICE
Eu não sabia o que fazer exatamente quando sai do jeito que sai daquela sala. Eu só queria colocar quanta distância possível entre mim e Alex. Eu sentia meu estômago embrulhar quando lembrava da cena.
"Vejo que você encontrou alguém que lhe desse a atenção que tanto queria"
Eu queria poder matar esse infeliz com minhas próprias mãos. Sai para rua, me dando conta que não peguei minha bolsa, e estava sem nada. Sem dinheiro, sem celular.
Que merda!
Mas não voltaria, comecei a andar entre o ir e vir das pessoas alheias ao que acontecia comigo. Era uma mistura tão grande de sentimentos. Raiva. Angustia. Medo. Era tanta coisa que não conseguia explicar. Lágrimas começaram a cair dos meus olhos, sem que tivessem essa liberdade. Algumas pessoas me olhavam sem entender, outras nem sequer notava minha existência. Na verdade era que ninguém se preocupava com nada além de seus próprios problemas.
Uma rajada de ar frio passou por mim, me deixando com dificuldade de respirar. Me senti tão sozinha. Abracei meu próprio corpo e continuei a andar. Atravessei ruas, virei esquinas, eu não tinha a mínima noção de onde estava indo, ou do tempo que havia se passado, mas já sentia meus pés doerem por causa dos sapatos que estava usando.
Parei para tirá-los e um homem esbarrou em mim quase me derrubando. Só não caí porque alguém me segurou.
— Qual é, não enxerga, não? — gritei para o homem que havia esbarrado em mim, e ele nem sequer me olhou. — Babaca! — xinguei, e virei para agradecer quem tinha me segurado, e porque não fiquei surpresa ao ver Dilan. — Você.
— Você está bem? — concordei me arrumando.
Carros começaram a buzinar e ao olhar para rua, vi Thomas na direção de um carro, que tinha a porta do passageiro aberta. O carro estava parado no meio da rua. Dilan fez sinal para que o carro seguisse. O segurança se debruçou sobre o banco fechando a porta e seguiu no trânsito.
Voltei a andar, ainda sem saber para onde ir.
— Há quanto tempo está me acompanhando? — perguntei ao notar que ele caminhava ao meu lado.
— Desde que saiu da empresa. — olhei para ele. — Imaginei que queria ficar sozinha.
— Mas pelo visto seu chefe não imaginou isso quando te mandou me vigiar. — falei sentindo amargura na voz.
— É para sua segurança, nada mais. — revirei meus olhos.
Continuei caminhando em silêncio, eu não queria conversar e Dilan respeitou isso. Cheguei ao Central Park e me sentei em um dos bancos, tentei pensar em tudo que aconteceu em minha vida desde que cheguei nessa cidade, mas eu estava tão cansada e sobrecarregada de tudo, que só fiquei olhando as pessoas.
Estava esperando o momento em que Alex apareceria, já que seus seguranças sabiam onde eu estava. Mas o tempo passou e ele não apareceu. Eu achava isso bom, mas me incomodava ao mesmo tempo. Ele parecia não se importar.
E porque isso me incomodava tanto?
Dilan se sentou ao meu lado e me estendeu um hot dog. No mesmo instante senti minha barriga se contrair de fome. Eu não tinha comido nada hoje. Peguei o lanche e comecei a comer, ele também estava comendo um.
— Estranho seu chefe não ter aparecido. — comentei.
— Ele ainda não sabe onde você está — fiquei surpresa.
— E você não tem medo de perder seu emprego? — ele mordeu seu lanche e negou.
— A ordem é te manter segura. — ele deu de ombros. — Estou fazendo isso.
Lembrei do que Tyler falou sobre a irmã nutrir uma paixonite pelo segurança, mas que ele não seria idiota o suficiente para se envolver com a irmã deles. Será que Dilan sabia? Se sim, será que sentia o mesmo?
— Você tem namorada Dilan? — ele me olhou estranhando minha pergunta. — Relaxa não estou interessada em você. — acabei rindo. — Porque o relacionamento, tem que ser algo tão difícil?
— Lidar com pessoas já é algo difícil, e ter que lidar com o íntimo delas, é pior. — ele falou amassando o saquinho do hot dog e o jogou na lixeira que estava distante. Ele olhou para o céu. — Está escurecendo.
Olhei também, e sabia que em algum momento eu iria precisar encarar a realidade. Encarar Alex. Seu telefone começou a tocar e ele me encarou. Era Alex.
— Me leva para meu aparamento. — pedi me levantando, e seguindo até onde estava o carro parado.
O trajeto foi feito em silêncio, e eu me sentia grata por isso. Queria economizar minhas energias, para quando tivesse que encarar Alex. Pela hora que era Tina estaria se preparando para ir trabalhar. Quando ela abriu a porta um grande sorriso iluminou seu rosto ao olhar para minha roupa.
— Uau! Como você está gata. — passei por ela. — O que aconteceu? — perguntou quando Dilan entrou atrás de mim. Segui para o meu quarto.
— Nada. — falei me jogando na cama.
— Seu rabo que nada aconteceu. — ela entrou no quarto atrás de mim. — Anda pode ir falando, porque tenho que ir trabalhar e não vou se não me falar o que aconteceu. — ela se sentou ao meu lado na cama.
— Eu odeio Alex.
— Ok, me conta o que ele fez, assim odiamos ele juntas. — ela falou batendo na minha bunda.
— Ontem a noite ele quis conversar, me mostrou um arquivo sobre minha vida, e perguntou se era verdade se eu tinha feito o que meu ex-chefe alegava na justa causa. — me ajeitei melhor na cama. — Eu disse a verdade, que não tinha feito nada daquilo. E ele não acreditou em mim.
— Porque acha que não acreditei? — ouvi a voz de Alex, e ao olhar para porta ele entrava no quarto segurando minha bolsa. Ele a deixou em cima da cômoda, e enfiou as mãos nos bolsos me encarando. — Porque acha isso? — olhei bem na cara dele e rim sem vontade.
— O que você está fazendo aqui? Já não basta o que me fez? — faltei gritar — EU ODEIO VOCÊ, Alex! — Tina olhava sem entender. — Eu falei para você que não era verdade o que tinha naqueles papéis, e mesmo assim você me colocou de frente a frente com ele. — abaixei a cabeça lembrando-me de tudo. — Ainda mentiu dizendo que sou diretora da sua empresa. — eu estava nervosa. Levantei-me indo na sua direção. — Um tapa foi pouco, deveria ter te dado uns murros.
— Você bateu nele? — Tina perguntou se colocando entre mim e Alex.
— Não foi por isso. — Alex respondeu.
— Vocês tem certeza que esse lance, é de mentira? Porque vocês brigam como um casal de verdade. — não dei ouvidos ao que minha amiga falava.
— Até mesmo insinuou que eu queria ter tido algo com ele.
— Você fez isso? — minha amiga perguntou ao Alex que negou.
— Não insinuei nada, Charles fez isso. Eu pedi para que você explicasse o que estava acontecendo nas entrelinhas que eu não sabia. — ele esfregou a mão na cabeça. — E, não adianta dizer que não tem nada para saber, porque quando ele disse que algumas coisas não mudam, passe tempo que passar, foi referente a Sofhia. Ou seja, sou o último á saber.
— Espera. — Tina se levantou e ficou entre nós dois. — O que o Charles ex-chefe dela tem haver com o seu ex-sogro?
— Eles são a mesma pessoa. — respondi. — Charles é o pai da Sofhia. — apontei para Alex. — A ex dele.
— Puta que pariu! Vocês estão de sacanagem comigo, só pode. — ela colocou as mãos na cabeça, em descrença. — Eu não to acreditando.
— Também não acreditei quando soube. — falei.
— Você contou a verdade a ele? — minha amiga perguntou baixo para mim. — Alice, pelo amor de Deus, me diz que Alex sabe da verdade, e que ele fez tudo isso que você falou, porque ai eu também posso dar um chute nele também? — neguei.
— Qual verdade? — ele perguntou baixo. Eu continuei negando, sentindo meu peito se fechar em angustia.
— Que seu ex-sogro e ex-chefe dela...
— Tina, não...
ALEX
— Ele tentou abusar dela, por isso ele mandou ela embora.
Um silêncio absoluto se fez no quarto. Estou olhando para Alice, simplesmente paralisado. No momento em que as palavras são ditas, é como ver um vaso ser atirado do alto e você sabe que ele vai se espatifar em pedacinhos ao tocar o chão, e a sensação que tenho dentro de mim é que eu posso evitar, se for ágil. Mas a verdade é que não posso, me sinto aquele que jogou o precioso vaso de uma altura tão alta, que é impossível fazer algo.
Fui eu que coloquei Alice nessa altura.
Honestamente, além do choque não sei o que estou sentindo no momento. Não, na verdade eu sinto algo muito conhecido pulsando dentro de mim. Raiva. Eu estava sentindo muita raiva. Estou puto com Alice por ter me escondido algo assim.
Mas eu sabia que sentir essa raiva estava fora de contexto no momento. Eu teria que lidar com isso, sozinho. Ando pelo quarto enquanto esfrego a mão nos cabelos, tentando me acalmar.
As reações dela estão na minha mente. O espanto ao ver quem estava na sala. O tremor das mãos, enquanto explicava tudo. A resposta agressiva quando Charles insinuou que isso aconteceu porque estávamos juntos.
Uma situação que poderia ter sido evitada, se ela tivesse me falado. Quando me sinto no controle, viro-me para encarar Alice.
— E você não achou que isso era algo que eu deveria saber? — ela continua de cabeça baixa, e isso acaba comigo.
— Fiquei com medo. — Alice dá de ombros. — Ele é seu ex-sogro, não sei qual a relação entre vocês, e isso não é algo que eu consiga falar como se estivesse falando do tempo. — ela estava com medo.
— Certo. Compreensível. — falei respirando fundo. — Então vou explicar qual é o tipo de relação que tenho com ele. — falei tão calmo que estava surpreso comigo mesmo. — Eu não levei você lá porque duvidei de você, eu queria humilhá-lo, Alice. — ela levanta o rosto e me encara. — Como você acha que ele se sentiu vendo a ex-funcionária que ele alega ter fraudado sua empresa, dizendo na cara dele que a proposta dele seria negada? — ela voltou a abaixar a cabeça. — Você tem noção da humilhação que foi para ele, ouvir da minha boca que seria você a decidir tudo? Dei poder a você para colocar ele no lugar dele. — agora eu entendia porque Charles achou que era uma vingança da parte dela, e não da minha. — O único problema é que eu fiz algo sem saber da verdade.
— Cacete, eu queria ter visto a cara desse velho nojento. — a amiga diz rindo. Totalmente alheia do que possa acontecer daqui para frente.
— Alex, como eu ia saber? Você não fala nada da sua vida para mim. — Alice começa a chorar.
— Você saber o que ele fez na minha vida não mudaria nada Alice na sua vida, mas se eu soubesse disso, jamais teria permitido que ele se aproximasse de você. — eu precisava pensar no que fazer para desfazer tudo isso. — Muito menos teria sido o causador desse encontro.
— Você o odeia, então? — a amiga perguntou. Concordei.
— Porque você não o denunciou? — perguntei, tentando obter o máximo de informação possível. Eu tinha que pensar em algo, rápido.
— É a minha palavra contra a dele, um grande empresário. Um empresário modelo, contra a acusação de alguém que não tem nada na vida, quem acreditaria em mim?
— Eu acreditei em você ontem. Acredito agora. — ela limpou o rosto.
— Ele tem a papelada que comprova que eu fiz o que não fiz, e ameaçou entregar tudo a policia se eu contasse algo sobre o que aconteceu. Eu não quero ser presa, por algo que não fiz. — voltei a andar pelo quarto. — Talvez o melhor seja deixar tudo isso para lá. — Alice falou olhando para mim. — Acabar com esse contrato, vai ser melhor.
— Isso não é mais uma opção. — me encaminhei para fora do quarto. Dilan estava parado ao lado da porta da sala. Deve ter ouvido tudo. — Se certifique que ela vá para a cobertura, depois me encontre na empresa.
— Sim, senhor.
Bjos 😘
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