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Capítulo 8 - INTERESSES

Eles não sabiam como agir perto um do outro. O episódio do banheiro parecia estar a todo momento entre os dois. Sophia se mostrava mais confortável diante do chefe, mas Daniel estava inquieto, e só ele sabia o porquê.

A verdade era que o incidente com Sophia Hornet já havia se apagado totalmente de sua mente para dar lugar a outro momento mais atormentante ainda: o fato de ter se masturbado com sua secretária nos pensamentos. E mesmo que ela não soubesse desse ocorrido, era difícil, e ao mesmo tempo vergonhoso, encará-la sem se lembrar de sua vergonhosa atitude. Por que justo ela? Por que não qualquer outra mulher? Eram coisas que Daniel Müller não conseguia entender.

Os dois estavam à mesa tomando o desjejum. Trocaram poucas palavras desde que Daniel voltara do banho, falaram apenas do contrato que precisavam assinar, de algumas reuniões do dia seguinte na empresa, e Daniel elogiou brevemente o café que Sophia preparara. Depois disso, o silêncio se fez presente entre eles.

— Já sabe para quando vamos marcar a data da cerimônia? — Sophia quebrou o silêncio, e o encarava enquanto passava manteiga no pão.

Após bebericar seu café preto e limpar os lábios com um guardanapo de pano, ele respondeu:

— O mais breve possível. — E completou: — Aliás, quero que marque um jantar com seus pais. Esse casamento precisa ser real, e para parecer isso, precisamos oficializar o noivado.

— Claro. Que dia é mais viável para você?

— Quarta à noite está ótimo para mim, e para você?

Ela pensou por um pequeno instante.

— Sim, para mim também está ótimo. Algum lugar em especial para realizarmos esse jantar?

— Aqui mesmo no seu apartamento está perfeito. Amanhã assino um cheque em branco para as despesas do jantar — terminou seu café, pondo a xícara sobre o pires.

Sophia concordou com um aceno de cabeça, e acabando seu café, levantou-se tirando a mesa. Daniel se ofereceu para ajudá-la com a louça, mas ela agradeceu e recusou, afirmando que limparia bagunça sozinha sem problema algum.

Daniel teria insistido em ajudá-la se não fosse seu celular tocando estridentemente. Sacando-o do bolso do paletó, divisou a tela piscando um nome conhecido.

Chamando

Melissa Telles

Daniel se afastou um pouco para atender à chamada, indo para o corredor do apartamento.

— Oi, Melissa — atendeu sem tirar os olhos de Sophia, de costas para ele e lavando a louça.

Dani, querido. Me ligou ontem à noite? Estava na balada com as amigas, estou chegando em casa agora. A noite foi maravilhosa. Então, o que queria?

Daniel revirou os olhos, entediado. Ele não precisava saber o que raios a ruiva estava fazendo para não ter atendido à sua chamada. Ele não se importava nem um pouco.

— É... eu liguei, sim, mas já consegui me resolver aqui, não se preocupe.

Não, eu ainda preciso me aliviar decentemente, mas não quero você, eu quero S...

O quê?

Sacudiu a cabeça bem forte tentando esquecer o que estava pensando. Nem se deu conta que Melissa continuava a tagarelar do outro lado da linha. Só voltou à realidade quando ela lhe chamou pelo nome completo:

Daniel Müller, ainda está aí?

Ah, sim, desculpe, o que disse?

Eu disse que você só me liga quando quer me ver.

E você está certa, eu queria te ver ontem à noite.

Não quer mais? — Perguntou com uma malícia na voz. — Ainda estou disponível, bebê.

Daniel mirou Sophia novamente. Lembrou-se de si mesmo no chuveiro se masturbando e pensando nela. Ele precisava de sexo de verdade, e esteve quase que confinado com uma mulher bonita e sensual. Aquilo que estava sentindo era normal, certo? Já tinha uns quinze dias desde sua última relação sexual e seu corpo respondia à sua necessidade, desejando Sophia.

Se eu me aliviar, essa vontade e desejo louco pela minha secretária vai passar!, concluiu, e se esqueceu, de novo, de Melissa na linha.

Daniel! — Ela gritou o fazendo tomar um susto.

— Sim, eu ainda quero te ver. Estarei em sua casa dentro de uma hora.

♦♦♦

Antes de deixar o apartamento de Sophia, Daniel pegou a assinatura dela e também assinou o contrato de casamento firmado. Agradeceu pela estadia e pelo café, beijou sua bochecha e saiu. Preferiu não tocar no incidente da noite anterior pedindo desculpas. Simplesmente achou desnecessário tocar em tal assunto.

Chegou na casa de Melissa no horário combinado. A ruiva o recebeu com um beijo na boca totalmente fogoso, o encaminhando para seu quarto, enquanto tirava seu paletó e desabotoava sua camisa. Daniel retribuía, mas não na mesma intensidade. Algo dentro dele estava diferente. Ele e Melissa se encontravam discretamente há um ano e ele sempre gostara do sexo deles. Mas naquele momento, por algum motivo, não sentia tanto anseio em consumar o ato sexual como antes.

Pensou ser, talvez, pelo fato de ter se masturbado. Mas seria realmente aquilo? Nunca, nenhuma punheta seria comparável há uma mulher como Melissa. Então, o que poderia ser?

Sophia!

Arregalou os olhos quando este nome lhe passou pela cabeça. Encarou Melissa que movimentava sua boca na dele. Daniel precisava de uma vez por todas tirar aquela loura, linda e sensual da cabeça.

Girou o corpo, empurrou levemente Melissa a fazendo cair na cama logo atrás. Deitou por cima dela a beijando com volúpia. Seu corpo respondeu ao estímulo do beijo, e ele roçou sua ereção nas partes íntimas femininas. Depositou beijos e chupões intensos pelo pescoço de sua companheira, descendo até seu colo. Arrancou-lhe a roupa e a viu nua. Nesse momento apagou Sophia de sua mente e dedicou-se totalmente à mulher ali, à sua frente. E nada mais.

♦♦♦

Sophia respirou fundo encarando seu telefone celular. Era a primeira vez em quatro meses que ela entraria em contato direto com a família. Ela já imaginava sua mãe chorando ao telefone e perguntando se estava bem, se estaria passando fome ou morando na rua. Dona Eva Hornet era a mulher mais exagerada do mundo que Sophia conhecia. Já seu pai, Sebastian Hornet, iria gritar, exigindo saber onde a filha se encontrava, e então, desembestaria a falar do contrato com os Guimarães de Orleans, ordenando seu retorno à casa para firmar união com Miguel. Talvez ele até já soubesse do noivado dela com Daniel, por meio de Luiz.

Já seu irmão, Eduardo, super protetor como era, faria as mesmas perguntas da mãe e seria até mais dramático e exagerado que ela, ganhando, assim, o prêmio de pessoa mais exagerada que Sophia conhecia. Isabela, a irmã mais nova, pouco se importaria como ela estaria. O que ela gostaria mesmo de saber é se Sophia teve alguma aventura, como caminhar quilômetros e pedir carona a desconhecidos, acampar a cada noite em um lugar, sobreviver com comida enlatada e racionar alimento. Para Isabela, a irmã não tinha apenas fugido de casa, mas fora viver um apocalipse zumbi.

Sophia riu pelo canto da boca, pensando na maluquice que era Isabela. Aos 19 anos, vivia com a cabeça em um mundo imaginário, onde ela mesma gostaria de sair sem rumo e se aventurar. Mas Eva e Sebastian nunca permitiriam aquilo à filha que tanto mimavam. E eles estavam certos. Isabela não sobreviveria um dia sequer longe dos Hornet. Pelo menos pensava assim.

Tomou coragem e discou o número de sua antiga casa. Alguns toques depois, uma voz feminina e conhecida atendeu. Era sua mãe. Sophia esperava ouvir a voz da governanta, mas ponderou que seu pai teria a dispensado pelo fato de não poder mais bancar os empregados.

— Oi... mãe — ela disse, finalmente, após ouvir três "alôs" do outro lado da linha.

Como o esperado, houve um silêncio breve. Eva Hornet processava a informação que chegava, se perguntando se aquela era mesmo a voz de sua filha Sophia, ou se seria uma peça de sua cabeça causada pela saudade e a preocupação com ela, que eram grandes.

— Sophia, — sua voz saiu emocionada e quase em pranto — é você mesmo, meu bebê?

Sim, dona Eva, é sua filha do meio, Sophia Hornet.

Ela ouviu um "Oh, meu Deus, eu estava tão preocupada", seguido de lágrimas e soluços. Sophia esperou até que a mãe lhe desse o sermão por qual se preparara, e depois pronunciou:

— Estou bem, mãe, não se preocupe. Estou ligando por que eu... — pensou em como dizer aquilo. Seria uma notícia e tanto para Eva Hornet — eu vou me casar e meu noivo quer oficializar um noivado com meus pais em um jantar — disse de uma só vez, sem parar para tomar fôlego.

Houve outro silêncio, dessa vez um pouco mais longo que o anterior. Sophia conseguia apenas ouvir a respiração de sua mãe, que, provavelmente, raciocinava sobre a notícia informada.

— Casamento? Sophia, que história é essa?

E pelo jeito, Luiz Guimarães não fora correndo contar a família dela, ou Sebastian é quem não comentou nada com sua mãe, porque era sempre assim: Eva era sempre a última a saber de qualquer acontecimento na família. Foi assim com as apostas de jóquei, foi assim com a falência e foi assim com o casamento arranjado entre ela e Miguel. Por que seria diferente naquele momento?

Sophia contou tudo, desde quando conheceu Daniel até aquele instante. Claro que teve de inventar uma coisa ou outra, como ter se apaixonado pelo seu chefe e se envolvido com ele, além de omitir o fato de o casamento ser apenas um meio para que ambos se beneficiassem.

Após ouvir a história quase verdadeira da filha, Eva ficou feliz e confortável ao mesmo tempo. Sophia sabia que sua mãe nunca aprovou a união forçada dela e de Miguel, e agora, sabendo que sua amada filha amava um homem e se casaria por amor, tendo um lugar digno para morar e sem precisar ficar pulando de um lado a outro, Eva estava mais aliviada. Parabenizou-a pelo casamento e disse estar muito feliz.

— E o papai, onde está? — Sophia quis saber, depois de muito enrolar para perguntar dele, criando coragem.

Ah, querida, foi ver se conseguia um dinheiro emprestado para pagarmos o aluguel e não sermos despejados.

Sophia sentiu um aperto no coração. Ela tinha sido uma maldita egoísta. Fugiu de casa e não se importou em saber como todos eles estavam. Tinha ciência de que a família perdera a casa para a hipoteca e todos os bens foram bloqueados por falta de pagamento de muitas dívidas. Depois, grande parte de suas posses foram leiloadas e a família sobrevivia com pouco, se comparado ao status que tinham antes da falência. Ela sabia, ainda, que Eduardo e Isabela estavam fazendo o possível para ajudar a família. O irmão mais velho trabalhava como contador, ele nunca se interessou pela empresa dos Hornet e também nunca foi de acordo em ser sustentado pelos pais. Eduardo sempre gostou de ser independente, mesmo que não fosse cem por cento.

E isso os ajudava um pouco. Isabela trancou a faculdade e começou a trabalhar como assistente administrativa, e também ajudava nas despesas como podia.

Sebastian perdera crédito, Eva a vida toda foi mulher de ficar dentro de casa cuidando dos filhos e recebendo todo o tipo de regalias. Então, os únicos que, verdadeiramente, estavam se sacrificando para não deixar os Hornet morrerem de fome eram Eduardo e Isabela.

E Sophia se sentiu culpada por isso tudo. Se ela tivesse simplesmente sacrificado sua felicidade para ajudá-los, eles jamais estariam passando por aquelas dificuldades.

— Me sinto tão culpada por isso — murmurou.

Oh, querida, não se sinta. Seu pai quem nos faliu, não você. E aquele casamento com o Miguel... eu compreendo que pensou na sua felicidade

Mas não na de vocês — suspirou e passou a mão pelos cabelos presos, parecendo se sentir culpada.

Sophia, meu anjo, isso está sendo uma lição para todos nós. Estamos aprendendo a dar mais valor nas coisas. Eu e Isabela, principalmente. Gastávamos horrores sem pensar, agora que ela está trabalhando duro, está econômica e sabe o quanto é difícil ganhar dinheiro para sair abrindo a mão por aí.

Eu sei mãe, mas... — teria terminado de protestar se não tivesse ouvido uma voz masculina gritar do outro lado da linha. Era Sebastian Hornet.

"Eva, cheguei... Quem é ao telefone? Se for o corretor diga que já consegui o dinheiro e que é para ele parar de ficar como urubu em cima da carne podre. Amanhã já levarei o dinheiro para a imobiliária. Gente ambiciosa. Tudo gira em torno dessas malditas notas. Papéis que chamam de dinheiro"

Sophia estremeceu ao ouvir aquela voz forte. Sebastian Hornet era um homem rígido. Respeito e medo andavam de mãos dadas quando o assunto era ele.

Não, Sebastian. É Sophia.

Quase que no mesmo instante, o telefone foi arrancado das mãos de Eva para dar lugar a uma voz forte, marcante e autoritária:

Sophia Hornet, você está muito, mas muito, encrencada, mesmo!

♦♦♦

Oi, pai, tudo bem com o senhor? Comigo está ótimo também, obrigada por perguntar como fiz para sobreviver esses últimos meses sem o dinheiro do senhor, obrigada por perguntar se estou bem ou mal, doente ou saudável. Muito obrigada.

Sophia pensou, mal acreditando que depois de cinco meses fora, o pai a recebera daquela forma.

— Oi, pai. Eu estou bem, obrigada — bufou, e ouviu uma advertência:

Olha como fala com seu pai, mocinha. Onde você está? Se está ligando é porque precisa de alguma coisa. Se arrependeu da bobagem que fez e quer voltar atrás? Vou ligar imediatamente para o Luiz e informar que...

— Pai, não! — Sophia quase gritou. E depois eram os outros que só pensavam nos "papéis que chamam de dinheiro".

Hipócrita, pensou.

— Eu não me arrependi de nada. Estou ligando para avisar que vou me casar e quero que vocês conheçam meu noivo em um jantar — avisou sem rodeios, esperando que ele já soubesse.

E quando Sebastian exprimiu um "como é?" em tom de confusão, ela se perguntou por que Luiz não contou nada aos Hornet sobre seu casamento com Daniel.

Como fizera com a mãe, Sophia explicou tudo desde o começo para o pai, e acrescentou, para que ele concordasse e abençoasse a união deles:

— Falei com Daniel sobre a situação de vocês e ele está disposto a ajudá-los. Não precisa mais se preocupar com a parte financeira.

Sophia esperava que pelo menos Sebastian se importasse um pouco com os Guimarães de Orleans, mas não foi isso que aconteceu. O pai se mostrara mais interesseiro que qualquer outra pessoa. E teve essa conclusão quando ele proferiu as palavras:

Quando é o jantar?

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