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23- Seja o calmante dela.

Obrigada por tudo. Mesmo sem terem nenhuma noção, vocês me dão forças para continuar. Amo cada um de vocês, obrigada por mudarem a minha vida completamente.
Kisses from Luz.

...

Meredith Montgomery,
2 meses depois.

A viagem para Washington acabara ainda naquele dia. Eu, Amélia e Addison voltamos para NY na mesma noite. Eu estava exausta, então apenas me limitei a subir para o meu quarto e descansar.

Addison partira para Los Angeles com Amélia no dia seguinte, antes que eu acordasse, as duas ainda tinham uma pilha de coisas para resolver por lá, segundo a morena. Eu resolvi ficar em NY para começar de vez com os preparativos do casamento de George.

Eu, ele e Cristina trabalhamos duro durante os dois meses em que se passaram. Escolhemos a decoração, o cardápio, os convites e o número de convidados. Estava tudo encaminhando como esperado.

Faltavam inúmeras coisas ainda, mas aos poucos estávamos resolvendo isso.

Dentro desses dois meses eu resolvi voltar a estudar, sem muita pretensão, apenas para passar o tempo. Mas agora eu estava seriamente pensando em me inscrever para as provas de seleção de algumas faculdades privadas de NY. Estava decidida a fazer algo.

Os dois últimos meses foram entediantes. Addison passara maior parte do tempo indo e vindo de NY para LA. A mesma parecia estar exausta, mas era necessário. Estava resolvendo inúmeras coisas na empresa devido á saída repentina de Amélia. Pelo que a morena me disse, Addison também estava a julgar um caso jurídico na cidade, a mesma também trabalhava, mesmo que pouco, para o tribunal superior de Los Angeles. E, pelo pouco em que eu sabia, ela estava á frente de um caso extenso relacionado ao governo de lá.

A mesma estava exausta, era perceptível a qualquer um. Passava três dias em NY, trabalhando tanto no tribunal quanto na empresa, e o resto da semana em LA, durante os últimos dois meses.

Nos vimos pouquíssimas vezes durante esses dois meses, mas, mesmo assim, aquele ar pesado em que eu sentia ao redor de nós parecia estar se dissipando aos poucos, naturalmente. Eu já havia me acostumado com ela e com o seu jeito de ser. Não me incomodava mais o seu silêncio e muito menos o seu mau humor, coisa em que piorara de forma abrupta nesses dois últimos meses.

Não nos víamos muito quando ela estava em casa, já que enquanto eu estudava no meu escritório, ela trabalhava no seu.

Eu me resumi a estudar e organizar os preparativos do casamento de George. Nada de importante acontecera. A mesma rotina repetitiva de todos os dias acontecia, eu já estava habituada a ela.

Ouço batidas na porta do meu escritório e autorizo a entrada, vejo Miranda conduzir uma bandeja e parar á minha frente, sorrindo para mim.

- A senhora precisa se alimentar, senhora Montgomery. Está trancada aqui desde o almoço. - ela falou com um tom de indignação. Nos últimos meses havíamos ficado ainda mais próximas. Miranda havia me conquistado por completo.

Sorrio.

- Eu havia me esquecido completamente, meu amor - me levanto e a ajudo a colocar a bandeja encima da mesa da varanda - Você me trouxe torta de morango? Céus! Eu sabia que estava com vontade de comer algo, mas não fazia idéia do que era. Pelo visto você sabia - falo sorrindo alegremente e sentindo minha boca encher-se d'água.

Ela riu.

- O que a senhora deseja comer no jantar hoje? Pensei em fazer algo especial, já que a senhora Montgomery volta hoje.

Sorrio.

Addison estava em Los Angeles e voltaria hoje á noite. Iríamos viajar para Luanda amanhã á noite. Eu mal poderia acreditar. Estava mais do que animada para conhecer a África. Sempre foi um lugar no qual eu sempre sonhei em conhecer, mas nunca tive a real oportunidade. Havia passado os últimos dois meses ansiosa para essa viagem, e ela finalmente estava chegando.

- Ah, escolha algo em que a minha mulher goste, meu amor. Ela provavelmente vai chegar um pouco estressada e cansada demais.

Miranda assentiu sorrindo.

- A senhora recebeu uma ligação agora. Da livraria, a gerente disse que os livros em que a senhora pediu chegaram, e que a senhora pode os buscar quando desejar.

- Oh! Ótimo! Irei agora mesmo. Peça para Warren preparar os carros, por favor, Miranda. Irei comer e já desço.

- Ok, senhora. Precisa de mais alguma coisa?

- Não, querida. Muito obrigada pela torta - agradeço sorrindo e me sento á mesa.

- Por nada, senhora. Com licença.

A mesma se retira e eu pego meu celular, vendo a hora. 15:00. Eu estava no escritório desde que acordei. Havia almoçado por aqui mesmo. Já havia me habituado a fazer as minhas refeições ou no escritório ou na piscina. Me sentava á sala de jantar apenas quando Addison estava, pois me sentar lá sozinha era um pouco solitário e deprimente demais.

Passo uma mensagem para Cristina e a mesma me liga por chamada de vídeo no mesmo momento.

Pego meu MacBook e passo a ligação para o mesmo, vendo a mesma sentada na sua cama.

- Oi, amor da titia - falo ao ver a barriga da mesma. Sorrio. Estava crescendo a cada dia mais. Eu mal poderia acreditar em que faltavam pouco mais de três meses para ver o meu sobrinho ou sobrinha. Estava a cada dia mais animada.

Cristina ainda não queria saber o sexo, por mais em que eu estivesse quase me roendo de curiosidade, a mesma resolveu esperar até o sexto mês, para me provocar ainda mais, é claro. Mas iríamos saber assim que eu chegasse de Luanda. A consulta já estava marcada.

- Oi, tia Mer. A minha mãe existe, sabia?

Sorrio.

- Como você está, Cris? - pergunto bebericando meu suco.

- Humm, cansada, mas bem. E você? Luci já chegou?

- Não, não ainda. Estou bem.

- Estava estudando?

Assinto.

- Você tem plantão hoje?

- Humrum, á noite. Estou exausta!

- Imagino. A consulta com a doutora Deluca está marcada para que dia mesmo?

- Dia 28.

Assinto.

- Hum! Estou com desejo - ela falou se deitando.

- De quê?

- De transar!

Rio.

- Pare de falar essas coisas enquanto meu sobrinho está aí dentro.

- É bom que ela ouça mesmo, é tudo culpa dela!

- Você insiste com isso de que é uma menina?

Cristina havia, há 3 dias atrás, aparecido com a idéia de que era uma menina, ela afirmava ter certeza daquilo.

- Porque é uma menina. As mães sempre sabem.

- Exatamente por isso que eu sei que é um menino - falo dando uma piscadela para a mesma.

Ela revirou os olhos.

- Sua outra mãe é uma exibida - ela falou.

Sorrio. A mesma estava a cada dia mais apegada ao bebê. Ainda tinha um pouco de dificuldade de entender que havia um bebê na sua barriga, mesmo quando ele começara a chutar. Fora um momento único, no qual eu não estive presente, mas, toda vez em que eu a via e conversava com ele, o mesmo chutava para mim.

Eu mal poderia acreditar. Estava tudo passando tão rápido. Em poucos meses nós teríamos um bebê em nossas vidas. Era surreal.

- Ele está chutando muito hoje?

- Não. Está quietinha. Será que morreu?

- Cristina! - a repreendo.

- Estou brincando, sua chata.

Reviro os olhos.

- Sua boquinha está suja.

Sorrio, limpando o canto dos meus lábios ao ver em que eles estavam realmente sujos.

- Céus! Eu preciso de sexo, Meredith. Vou pôr um anúncio na internet. Irei pagar para ter sexo, a que ponto chegamos!?

Gargalho, engasgando com meu suco.

- Cristina! Você é SUJA.

- Você ri porque tem a gostosa da sua mulher á sua desposição em qualquer momento.

- Humm, nem tanto - dou de ombros.

- Ah, é. Esqueci que ela está viajando demais esses dias. Nem para isso ela está servindo então? Quantos dias sem?

- Quatro. - respondi bebericando meu suco.

- Vá se ferrar, Meredith Montgomery! Eu estou há quase quatro meses sem transar e você está tristinha porque tem quatro dias sem dar para aquela desgraçada?! Me poupe!

- Não tenho nada a ver com isso - falo sorrindo.

- Porque não é você.

- Deixe de ser invejosa.

- Sou mesmo. Tenho todo direito de ser até que eu possa ter sexo de volta. Você não tem direito de me julgar.

Ergo minhas mãos em forma de rendimento.

- Preciso ir. Vou ao shopping.

- Queria. Precisamos marcar para fazer compras e gastar o dinheiro da que não se pode dizer o nome.

- Como? - pergunto sem entender.

- Dizem que falar o nome do diabo é errado e atrai coisas ruins.

Nego com a cabeça. Cristina não cansava de odiar Addison. Eu confesso que já estava perdendo um pouco a graça. Addison não era tão ruim o quanto parecia. Eu sabia disso.

Ainda não conseguia esquecer do que ela fizera em Washington. Mudara a vida de tantas crianças carentes sem sequer pedir por prestígio. Era óbvio que havia sido ela a responsável por aquela doação. Não havia ninguém mais rico ou mais poderoso em que ela ali. Ela era única. A única dona de uma fortuna incomensurável o bastante para doar 2 milhões de dólares sem sequer se importar em ser prestigiada por isso.

- Bom... Preciso ir, Cris.

Ela assentiu, me encarando com o cenho franzido.

- Okay. Nos falamos mais tarde então.

Assinto.

- Tchau, meu amor, fique bem e cuide da sua mamãe para a titia - falo sorrindo.

A morena revirou os olhos e sorriu de lado, desligando a ligação.

Saio do escritório e subo até o meu quarto.

Vou até o banheiro e tomo um banho rápido.

Saio do mesmo enrolada na toalha e me visto de uma calça social preta, uma blusa de alcinhas de seda branca e, nos pés, um par de mocassins também preto.

Solto meus cabelos que caem ondulados em minhas costas. Eles estavam bem maiores, batendo quase na metade das minhas costas. Eu estava tentada a cortá-los, mas, ainda sim, eu gostava deles um pouco maiores como estavam.

Passo meu perfume e um gloss nos lábios e pego a minha bolsa, saindo do meu quarto.

Desço as escadas e encontro Helm limpando a sala.

- Boa tarde, Helm.

Ela me encarou e a vejo ficar vermelha. Eu ainda não entendia o temor em que ela tinha pela minha presença.

- Boa tarde... Senhora.

Sorrio fraco para a mesma e saio, vendo Warren parado enfrente á casa, encostado no carro ali.

Suspiro. Eu sentia falta de dirigir. Por isso, mordo meu lábio inferior ao me perguntar se seria possível em que eu fizesse tal coisa.

- Boa tarde, senhora Montgomery.

- Boa tarde, Warren - mordo meu lábio inferior novamente, nervosa - Estava me perguntando se... Eu poderia dirigir dessa vez.

Ele pareceu surpreso.

- Tudo bem se a minha mulher deixou ordens de que eu não fizesse. Sei que é um pouco ousado e... Um pouco perigoso demais.

- Não senhora. Não é isso, somente fiquei surpreso. A meretíssima não deixou ordem nenhuma relacionado a isso. Na verdade... Ela não fez muitos pedidos relacionados a senhora. Apenas os de sempre, bem mais reforçados, é claro.

Assinto.

- Como a senhora desejar. Estou aqui para servi-la.

Sorrio.

- Está bem. Podemos fazer isso então.

- Me permita acompanhá-la para que a senhora possa escolher o carro.

Assinto, caminhando com ele até a imensa garagem da casa.

Addison era um colecionadora nata de carros.

Entro na enorme garagem, sendo acompanhada por Warren e mordo meu lábio inferior ao ver os inúmeros carros estacionados ali.

Caminho tranquilamente por ali, me assustando ao ver modelos extremamente caros de carros ali.

Me sinto perdida.

- A senhora quer ajuda?

Suspiro, olhando ao redor. Eu não estava familiarizada com muitos deles. Na verdade, com quase nenhum.

- Me dê as chaves da Mercedes preta - Peço. Era o mesmo carro em que Addison costumava dirigir, quando dirigia. Eu estava um pouco familiarizada com ele - Você pode a tirar da garagem para mim?

Ele assentiu e eu me retirei da garagem, esperando do lado de fora.

Warren não demorou muito a chegar. O mesmo me entregou as chaves abriu a porta para mim. Agradeço, entrando no carro e, automaticamente, fecho meus olhos.

Era completamente inacreditável. O cheiro de Addison estava ali. Mesmo que pouco. Ainda estava. Parecia estar impregnado no banco do motorista. Ela era a única em que dirigia aquele carro.

- Para onde a senhora deseja ir, senhora Montgomery? - ele perguntou.

Abro meus olhos, um pouco imersa àquele cheiro maldito e delicioso.

- Vamos ao shopping central e, logo após, ao orfanato.

Ele assentiu.

- Estaremos a acompanhando atrás. Dois carros está bom para a senhora?

Assinto, sorrindo.

- Sim, Warren, está ótimo.

Ele assentiu, se retirando.

Fecho os vidros do carro, coloco o cinto e ligo o MP3.

O mesmo começa a tocar um concerto de Bash e eu sorrio. Eu adorava aquele concerto.

Ligo o mesmo e suspiro, sentindo a adrenalina tomar-me por completo.

Os portões da mansão se abrem e eu dou partida no carro. Sorrio. Eu não sabia que sentia falta de dirigir, até realmente dirigir.

A leveza daquele carro era extremamente gostosa.

Pelo retrovisor vejo os dois Audi pretos me seguirem. Mantenho-me em uma velocidade aceitável e saio do condomínio.

Em poucos minutos, graças ao trânsito tranquilo de meio de tarde em NY, entro no estacionamento do shopping. Estaciono o carro em uma das vagas vip do shopping e desço do carro, pegando a minha bolsa.

Warren me acompanha, junto com a outra segurança e nós entramos no shopping.

Subo diretamente para o andar em que ficava a livraria e entro na mesma, sendo recebida pela gerente.

- Boa tarde, senhora Montgomery, como vai?

- Boa tarde, ótima, e você? - pergunto sorrindo.

- Igualmente, senhora. Me acompanhe, por favor.

Assinto. Subimos as escadas juntas e fomos até um balcão.

A mesma deu a volta no mesmo e pegou uma caixa, a entregando a mim.

- Posso abrir para conferir?

- Por favor.

Ela pegou a caixa novamente e a abriu. Posso ver a mesma tirar as quatro edições dali.

- Duas edições especiais de luxo importadas do Brasil de Memórias Póstumas, em inglês, e mais duas edições de luxo de O Velho e O Mar.

- Era isso.

Ela sorri e assente.

- Coloque uma de O velho e O Mar e outra de Memórias Póstumas em um embrulho para presente, por favor. As outras duas você pode colocar em uma sacola normal.

A mesma assentiu.

- Deseja mais alguma coisa?

Suspiro, olhando ao redor. Era sempre uma festa vir á livraria. Eu sempre saía de lá com mais livros do que desejava e precisava.

Vou até algumas estantes de clássicos, um dos meus gêneros favoritos, e me deparo com os meus livros clássicos favoritos. Crime e Castigo e Guerra e Paz.

Sorrio, os pegando. Eram edições lindas, uma delas clássica, e a outra de luxo.

As pego decidida a fazer Bia as ler. Queria a apresentar os meus livros favoritos. Ela queria ler os de Addison, mas, em troca disso, ela também teria que ler os meus. Todos eles, já que eu não conseguia ter apenas um. E ela começaria por esses dois.

Faço o pagamento de tudo, antes escolhendo mais alguns lançamentos de infanto juvenil para as crianças.

Entrego as sacolas a Warren e a outra mulher e olho o relógio. 16:30. Addison chegaria em casa ás 20:00. Eu ainda tinha tempo.

Resolvo passar também numa loja de brinquedos. Por mais que maioria das criança gostassem de ler, não eram todas elas. E todas preferiam brincar.

- Boa tarde, senhora. Como posso ajudar? - a atendente me cumprimentou sorrindo.

- Boa tarde. Estou um pouco perdida - sorrio - Preciso de brinquedos legais. Os que estão mais em alta agora. Na faixa de sete á dez anos.

- Para meninas ou meninos?

- Humm, não faço muito essa divisão. Mostre-me desde bonecas até carrinhos, essas coisas. Eles mesmos decidem como farão essa divisão.

Ela assentiu e, na última hora, me ajudara a escolher alguns brinquedos em que ela jurou que as crianças adorariam. Eu esperava por isso. Todos eles pareciam incríveis.

Sorrio assim que passo pela seção de ursinhos de pelúcia.

Vejo um de tamanho médio, branco, extremamente macio, com roupinha amarela. Sorrio. Era lindo.

O pego.

Seria o primeiro brinquedo do meu afilhado.

Peço para que a atendente o separe em outra sacola e, após ter feito as compras, Warren pega as inúmeras sacolas, junto á Helen.

Saio do shopping após ter tomado um milkshake de morango mal batido e Warren coloca as sacolas no banco detrás da Mercedes.

O mesmo abre a porta para mim e eu agradeço. Dou partida no carro, sendo seguida por eles, e dirijo tranquilamente até o orfanato.

Consigo fazer todo o percurso em uma hora, graças ao bom trânsito.

Estaciono enfrente ao mesmo, vendo as crianças correrem e brincarem no jardim. Sorrio.

Desço do carro, vendo Pedro rapidamente me encarar, ele sorriu, animado.

- Meredith! - sorrio ao ver a sua animação ao me ver.

- Warren, pegue as sacolas para mim, por favor.

Ele assentiu.

- Boa tarde, meu amor - cumprimento o garotinho negro de cabelos cacheados, ele estava completamente suado e com os cachos caindo em seus olhos.

O mesmo abriu o portão para mim.

- Que saudades, você sumiu!

Sorrio.

- Desculpa, carinha, eu estava um pouco atarefada esses dias.

Ele assentiu.

- Uau, esse carro é seu?

- Humm, mais ou menos... É da minha mulher.

- Uau, ele é lindo. Meu sonho é ter um desse quando eu crescer e for um jogador de basquete famoso.

Rio.

- Você vai ter um mais bonito que esse.

- Você acha?

- É claro que sim, carinha. Você já viu o quão incrível você é jogando basquete?

Ele sorri.

- Então você acha que eu vou ser tão rico quanto você?

- Claro que sim! Se você acreditar... Você pode ser até mais. Nada o impede.

Seus olhinhos brilharam.

- Mas dinheiro não é tudo nesse mundo, carinha. Você só precisa ser bom no que faz, ok?

Ele assentiu, sorrindo abertamente para mim, deixando suas covinhas mostrarem- se mais do que o habitual.

- Como você tá? - ele pergunta pegando em minha mão e me guiando para entrar.

- Estou bem, e você? Como está na escola?

- Eu tô bem. Tirei 10 na prova de matemática, sabia?

- É mesmo?! Uau. Você é um carinha hiper inteligente. Eu odeio matemática. - falo fazendo um bico e ele ri.

- Qual era sua matéria favorita na escola? Você lembra?

Rio, bagunçando seus cabelos.

- Está me chamando de velha?! É claro que eu lembro!

Ele ri novamente.

- Claro que não. Você é nova e é muito, muito, muito bonita.

- Humm, sei - falei sorrindo, cerrando meus olhos - A minha matéria favorita era literatura. Sempre gostei de ler. Desde que aprendi.

- Eu não gosto muito. A Bia é quem gosta. Ela só não lê no banho porque não pode. Mas se pudesse... Até isso. Ela diz que prefere livros do que pessoas.

Rio.

- Eu concordo com ela, carinha.

Ele assente.

- Olha, gente. É a Meredith.

As crianças sorriem, algumas delas vindo até mim.

- Oi, Meredith, como você tá? - Uma delas me cumprimenta.

- Estou ótima, princesa, e você? Uau, esse penteado está lindo, quem fez?

A mesma sorriu de orelha á orelha assim que elogiei a sua trança.

- Eu. Você gostou mesmo?

Assinto.

- Você está tão linda quanto a Bela - falo a comparando com a sua princesa favorita. Ela sorri ainda mais, vejo suas bochechas corarem.

- Sabia que você parece muito com a Bela? - ela perguntou me encarando com admiração.

Rio, franzindo o cenho e me sento em um dos bancos do jardim, a puxando para mais perto.

- Por que você acha isso, princesa?

- Ah, você é tão linda quanto ela e você adora ler. Ela adora ler. E ela se apaixona pela fera... - a mesma para de sorrir, mordendo seu lábio inferior - Me desculpa, não tô dizendo que sua mulher é a fera. É que dizem que ela é meio assustadora.

Rio.

- Está tudo bem, Isa - suspiro - Sabe... Ela não é tããão assustadora assim - falo a lançando uma piscadela.

A mesma se senta no meu colo, sorrio para ela, consertando sua franja em que voava com o vento.

- Jura?

- Humrum. Ela só é um pouco séria demais - falo beliscando sua bochecha.

- Você ama muito ela, né? Eu vi fotos de vocês juntas, vocês parecem princesas de contos de fadas. Vocês são as minhas princesas favoritas. Depois da Bela.

Sorrio fraco.

- Que tal você vir comigo? Tenho uma coisa que sei que você irá gostar - falo.

Ela sorriu, assentindo, e desceu do meu colo, pegando em minha mão.

Warren estava parado, encostado no carro.

- Traga as sacolas para dentro, Warren, por favor.

Ele assentiu, indo até o carro.

Pedro voltara, e pegara em minha outra mão, caminhando comigo para dentro da casa.

- Boa tarde, crianças - cumprimento algumas delas, que brincavam na sala.

- Boa tarde, Meredith - elas me cumprimentam de volta.

Warren e outro segurança entram com as sacolas e as colocam no chão, á frente do sofá.

Separo as de Beatriz, as mantendo comigo.

- O que é isso, Meredith? - Isabella e Pedro perguntam, curiosos. As outras crianças encaram as sacolas.

Nenhuma delas avançaram para checarem por si mesmas. A educação delas era admirável.

- Vejam por si mesmas. Sem briga, ok?

Elas assentiram e foram até as sacolas.

Ver seus olhinhos brilharem ao verem os brinquedos e livros fez meu coração se aquecer de uma forma imensurável.

Seus sorrisos, a alegria, elas escolhendo seus brinquedos e os abrindo, começando a brincar com eles.

A pureza, a felicidade, os olhinhos me encarando e me agradecendo. Era gratificante. Eu me sentia extremamente feliz com aquilo. Em poder fazer o mínimo.

Me surpreendo ao sentir uma delas me abraçar com força pela cintura. Uma garotinha, Joana, segurando uma boneca nas mãos.

- Obrigada, Meredith. Eu queria tanto, tanto, tanto essa boneca. Como você adivinhou? Eu via ela na TV todo santo dia.

Sorrio, me abaixando e ficando do tamanho da mesma, que me encarava com seus olhinhos castanhos brilhando. Sinto meu coração pulsar mais forte quando vejo uma lágrima cair de um dos seus olhos e ela a limpar rapidamente, abaixando sua cabeça, claramente envergonhada.

Sorrio, sentindo meu coração se encher de amor.

- Ah, minha princesa, você não precisa chorar - falo fazendo carinho em seu rostinho angelical, sentindo meu coração palpitar forte dentro do peito.

- É que eu queria muito ela, mas eu achei que nunca ia ter. - ela falou com a voz embargada.

Sorrio, a abraçando. Sinto meus olhos marejarem.

- É toda sua, meu amor, toda sua, ok?

Ela assente, me apertando.

- Eu te amo muito, tia Mer. Obrigada.

Me pego surpresa. Sorrio, a abraçando mais forte sentindo o cheirinho de morango em que seus cabelos ondulados emanavam. Beijo o topo da sua cabeça e acaricio seus cabelos.

- Eu também amo vocês, meu amor.

- Obrigada, obrigada, obrigada.

Rio, a fazendo me encarar.

- Você não precisa agradecer, minha princesa. Aproveite muito, tá bom? Brinque bastante com ela.

Ela assentiu sorrindo abertamente para mim e deixou um beijo terno na minha bochecha, indo até o sofá logo depois e se sentando com a sua nova boneca.

Me levanto, olhando ao redor. Estavam todos entretidos nos seus novos brinquedos e livros.

Pego a sacola de papel da livraria e subo as escadas, me encaminhando até o quarto de Beatriz.

Bato na porta, ouvindo a mesma autorizar a minha entrada.

Assim que entro no pequeno quarto, vejo a mesma sentada na sua escrivaninha, concentrada na sua leitura. Ela estava lendo outro livro, eu só não havia conseguido distinguir qual ainda.

- Oi - a cumprimento. A mesma levanta seu olhar, me encarando.

Seus cabelos estavam presos em um coque bagunçado, suas mechas rosas estavam ainda mais desbotadas. A mesma usava uma calça jeans rasgada e desbotada e um moletom preto dos Beatles.

- Oi - ela me cumprimentou de volta.

- O que você está lendo dessa vez? - pergunto puxando uma cadeira ali e me sentando perto da mesma.

Ela me encara novamente.

- Harry Potter.

- Humm, nunca li - falo dando de ombros.

- Você nunca leu Harry Potter?! - ela pergunta parecendo assustada.

- Não. Fez bastante sucesso na minha época, mas eu nunca me interessei em ler. Fantasia não é o meu gênero favorito.

Ela parecia boquiaberta.

- De que ano você é?

- 95 - respondo.

Ela assentiu, voltando para a sua leitura.

- Em qual você está?

- No primeiro.

Assinto.

Ergo as três sacolas, as colocando na sua escrivaninha, á sua frente.

A mesma me encara surpresa.

- O que é isso?

- Abra e descubra.

Ela o fez. Tirou primeiramente Memórias Póstumas e O Velho e O Mar de lá. A mesma franziu o cenho, confusa.

- Nunca ouviu falar deles? - pergunto o óbvio.

- Não - ela respondeu confusa.

- Nem eu.

Ela me encarou.

- Então por que está me dando?

Sorrio.

- São os livros favoritos da minha mulher. Você queria saber, não é? Aí estão.

Seus olhos brilharam.

- O... Os livros favoritos da sua... Mulher?!

Assinto.

- Esse é de um autor brasileiro - aponto para um deles - E esse é um clássico, que eu nunca havia ouvido falar também.

Ela estava estática. Parecia feliz, mas não deixou-se demonstrar muito.

- Eu... Vou ler os livros favoritos da sua mulher - ela sussurrou. - Eu vou ler os livros favoritos da Meretíssima Montgomery - A mesma parecia estar em êxtase.

Sorrio.

- Sim. Mas... Com uma condição.

Ela me encarou.

- Claro, estava bom demais. Diga, o que você quer? - ela falou em um tom de voz irritado.

Pego a outra sacola e tiro de lá o box com Gerra e Paz e a edição de Crime e Castigo.

Vejo seus olhos brilharem.

- Com tanto que você leia os meus favoritos também.

Posso ver um mínimo sorriso se formar em seus lábios.

- Você... Guerra e Paz é o seu livro favorito?

- Um dos, sim.

- Você tem mais de dois?!

- É claro, não há somente um livro incrível no mundo.

- Por que está fazendo isso? Me dando livros assim, do nada? O que você quer em troca? Você tem pena de mim, é isso? Está tentando tirar sua pena?

Suspiro.

- Você já percebeu que... Você tem pena de si mesma? Eu nunca disse isso, Beatriz. Por que sentiria pena de você? Você é uma menina inteligente, incrivelmente amada, tem uma casa cheia de irmãos, tem um irmãozinho que te ama mais do que tudo... Por que eu sentiria pena de você?

Ela deu de ombros, sem me encarar.

- A sua realidade é mil vezes diferente da minha.

Suspiro.

- A minha realidade é mil vezes diferente da de muitas pessoas. Mas isso não me impede de admirá-las. Sei que você não acredita, mas eu não me importo com dinheiro, Bia.

Ela revirou os olhos.

- Até parece.

Suspiro.

- Não vou mentir para você... Eu amo viver em meio ao luxo. Amo ter dinheiro para tudo em que eu precisar e não precisar de nada, amo ter a vida em que eu tenho. Mas... - suspiro - Dinheiro não compra felicidade, Beatriz.

- Compra livros.

Rio.

- Bom ponto. Você me refurtou com sucesso, mocinha.

Ela sorriu fraco.

Suspiro.

- A sua vida é chata, não é? - ela perguntou.

- Em partes... Um pouco. Mas tenho pessoas incríveis nela, em que a fazem ficar um pouco menos chata.

Ela assentiu. Suspirei novamente.

- Eu não quero nada em troca, Bia. Aliás, quero. Quero que você leia. Que continue tendo amor á literatura, porque ela é a minha maior paixão... Uma das. Quero que você viva uma vida diferente. Inúmeras vidas diferentes. Ler é ter a chance de viver várias vidas, Beatriz, e eu quero isso para você.

Ela sorri, pela primeira vez verdadeiramente e assente, suspirando.

Encaro sua escrivaninha. Tinham inúmeros livros empilhados ali, algumas edições bem velhas e algumas rasgadas, que eu poderia jurar, estarem faltando páginas também.

- Você trabalha? - ela perguntou me encarando.

- Não fixamente. Sou vice-diretora da empresa da minha família, mas não atuo no cargo porque a minha mãe cuida de absolutamente tudo. Apenas cuido de algumas causas jurídicas às vezes.

- Você é da área jurídica?! Assim como a sua mulher?

Assinto.

- Mas, ao contrário dela, eu odeio tudo isso.

Ela assentiu, parecendo me entender.

- Você lerá todos os meus livros favoritos - falei colocando a minha bolsa ali encima - Toda semana trarei um novo ou pedirei para o meu motorista trazer. Se você gostar, você fica com ele. Mas só se realmente gostar, caso não, você mandará de volta. Topa?

- Você tem uma biblioteca em casa - ela constatou.

Sorrio.

- É, tenho. E, se você quiser, você pode ir visitar um dia.

Ela assentiu.

- Okay. Eu vou ler os seus livros favoritos. Quantos são?

- Doze. Você já leu dois deles, Admirável Mundo Novo e Fahrenheit 451.

- Faltam dez - ela falou.

- Sim. Dois estão nas suas mãos e são seus. Oito só serão se você realmente gostar deles.

- Ok. Quais são os gêneros?

- Em grande suma, clássicos. Um de terror.

Ela sorriu, assentindo.

- Stephen King? - ela perguntou curiosa.

Assinto também.

- Você já leu algo dele? - pergunto.

- Hum, não. Nunca achei em uma biblioteca.

Suspirei.

- Mais uma coisa... Você terá que me escrever sobre o livro. O que gostou, o que não gostou, o que aprendeu... Quero um relatório. Pode ser?

- Por que?

- Qual é a graça de ler por somente ler? Ter senso crítico é essencial. Escrever sobre o que leu também é.

Ela assentiu novamente.

Suspiro, sentindo que a conversa havia acabado.

- Você tem celular?

Ela negou com a cabeça.

Abro minha bolsa e tiro de lá um papel.

- Me empreste uma caneta.

Ela o fez.

Anoto meu número e o número da minha casa.

- Quando você terminar Guerra e Paz e o relatório sobre ele, peça para que Mary ligue para um desses dois números. Faça o mesmo com Crime e Castigo, e, assim que você terminar os dois, eu peço para o meu motorista trazer o próximo. Pode fazer um relatório de Admirável Mundo Novo e Fahrenheit 451 também?

Ela assentiu novamente e pegou o papel, o guardando em seu livro atual.

- Mas... Eu farei tudo isso, mas com uma condição.

Franzo o cenho.

- Você lerá Harry Potter. Toda a série. Os sete livros. E também vai ter que fazer um relatório sobre cada um deles.

Sorrio, assentindo.

- Os comprarei assim que sair daqui. Temos um trato então?

- Temos.

Assunto sorrindo e me levanto, pegando a minha bolsa.

- Meredith? - a mesma me chamou.

- Sim? - falei me virando.

- Eu... Acho justo te mostrar uma coisa.

Franzo o cenho.

A mesma se levanta e vai até o pequeno armário de roupas num canto, haviam mais três iguais a ele. O mesmo tinha alguns pôsteres colados em suas portas de madeira velhas, a mesma as abriu e eu vi inúmeras fotos coladas ali dentro, me aproximei e meus lábios se formaram um perfeito O assim que me dei conta do que eram.

Fotos de Addison. Inúmeras fotos de Addison. Capas de matérias em que ela havia sido alvo principal, folhas com entrevistas suas impressas e coladas ali, inúmeras fotos da mesma em eventos, entrando no tribunal, dentro do seu gabinete com o governador e o presidente. Inúmeras fotos.

- Eu não sou uma stalker. Sou uma fã, só isso.

- Uau - murmuro boquiaberta, sem saber para onde olhar.

- Ela é... Dona de um intelecto e beleza surreais. Eu... Me inspiro nela. Abro as portas desse armário todos os dias e vejo onde quero chegar um dia. Quero ser tão inteligente o quanto ela. Só isso já me bastaria.

Sorrio, assentindo.

- Addison é... Realmente inteligente. Entendo você - suspiro - Eu também desejaria ter tanta inteligência o quanto ela.

Beatriz assentiu, fechando as portas daquele armário.

- Só achei justo que você soubesse. Espero que não se incomode.

Assinto sorrindo.

- Não sou ciumenta, não com você - dou uma piscadela para a mesma, que sorri fraco para mim.

- Ela deve ser extremamente cobiçada, não é? Em todos os lugares. Como você suporta?

Suspiro.

- Não sei - dou de ombros - Eu realmente não sei. Me incomoda, mas não há muito do que eu possa fazer - falo sinceramente.

Ela assentiu, se sentando na sua mesa novamente.

- Bom... Já vou indo. Espero que você goste dos livros. Deixo você começar lendo os da minha mulher, eu também os lerei.

- Por agora? - ela perguntou me encarando.

- Humrum, começarei Memórias Póstumas hoje.

Ela assentiu.

Mordo meu lábio inferior e sorrio.

- Faça um relatório sobre eles também. Talvez eu converse com Addison sobre.

Ela me encarou surpresa.

- Sério?!

- Humrum - falo como se não fosse nada.

- Ok... Eu... Posso ligar quando terminar? Os dela?

- Deve.

Ela assente.

Dou as costas, indo até a porta.

- Você... Pode me tirar uma dúvida?

Me viro, surpresa e assinto.

- Claro, se eu puder.

- Eu... Não entendi o final de Admirável Mundo Novo. O que acontece? Com o Selvagem? Ele morre?

Uau. Como eu diria aquilo?

- É... Bom... - me aproximo novamente - Quantos anos você tem mesmo?

- Dezesseis.

Assinto.

- Ok. Ele acaba cometendo uma orgia com algumas pessoas da sociedade em que ele tanto abominava. Então, no dia seguinte, assim que ele percebe o que fez, se arrepende amargamente e comete suicídio.

A mesma estava boquiaberta.

- Uau. O... Autor não especifica isso.

- É interpretativo. Apesar de esse ser o final concreto, ele não deixou isso claro demais, não teria graça se ele deixasse.

- Era só isso?

Ela assentiu.

- Precisando conversar sobre... Você tem o meu número.

- Ok.

Saio dali, descendo as escadas.

Vejo Pedro, Joana e Isabella brincarem juntos num canto e vou até eles.

- Onde você tava, Mer? A gente tava te procurando - Isa pergunta.

- Estava no quarto da Bia.

Pedro franze o cenho.

- Esse tempo todo?

- Humrum. Estávamos conversando sobre alguns livros.

- Você e a Bia? Conversando? A Bia conversando com alguém? A minha Bia? Minha irmã? - Pedro perguntou boquiaberto.

Rio.

- Sim, carinha, eu e a sua irmã. Temos um assunto em comum.

- Uau. Só você mesmo pra fazer ela abrir a boca. Ela vive o dia todo enfurnada naquele quarto lendo sem parar. Sabia que ela consegue ler um livro em um dia?

- Posso imaginar, meu amor. Eu era exatamente como ela, quando adolescente.

- Ela deve gostar de você.

Dou de ombros.

- Me conformo somente com ela gostar de livros. Se ela gosta de mim, é um avanço, mas se não, eu não me importo.

Ele sorri, assentindo.

- Olha, titia Mer, a minha boneca veio com uma outra roupinha! Ela fez cocô, como que limpa?

Rio.

Me sento no chão, junto com eles e deixo a minha bolsa de lado.

- Assim, minha princesa - falo pegando a boneca das mãos de Joana e a colocando deitada no chão, a ensinando a trocar a fralda.

- Acho que consigo. É difícil essa vida de ser mamãe.

Sorrio para a mesma, acariciando seu rosto.

- Você pega o jeito com o tempo, meu amor.

- Tia Mer? Sua casa é muito grande, né? Tem piscina? - Isa perguntou se aproximando e ficando sentada ao meu lado. Sinto meu coração se aquecer quando a mesma deita sua cabeça em meu colo e me encara.

Sorrio.

- Tem sim, meu amor - respondi acariciando seus cabelos.

- Posso ir na sua casa um dia?

- Claro que pode. Acho que só não posso levar todas as crianças, infelizmente.

- Tá tudo bem, eles não ligam tanto pra isso - Pedro falou dando de ombros.

- Okay. Marcarei um dia, ok?

- Pode ser amanhã? - Pedro perguntou animado. Rio.

- Infelizmente não, meu amor. A tia Mer vai viajar amanhã.

- Sério? Pra onde?

- Pra África.

Vejo seus rostinhos tomarem uma expressão surpresa.

- África?! O que você vai fazer na África?!

- A minha mulher tem negócios por lá. Ela precisa cuidar deles e eu preciso estar com ela.

- Por que você precisa tá com ela, tia?

- Porque sem a tia Mer ela fica triste, Pedro. Elas são duas princesas casadas, elas não podem ficar longe uma da outra. - Isa fala sorrindo para mim.

Suspiro, sorrindo sem graça para a mesma.

- É... Quase isso. Nós somos casadas, Pedrinho.

Ele assentiu, voltando a brincar.

- Você quer ter quantos filhos, tia Mer? - Isa perguntou.

Suspiro, engolindo em seco.

- Não sei, princesa. Não penso muito nisso. Não por agora.

- Eu quero ter dois quando eu crescer. Um menino e uma menina. Já tenho até o nome deles, sabia?

Rio.

- Sério?

- Humrum. O menino vai ser Lucas e a menina Hanna, eu gosto desses nomes. Mas eu não sei, acho que vou mudar. O que você acha deles?

Acaricio seus cabelos, sentindo minha cabeça começar a doer um pouco, todos os dias, durante esses dois meses, ela atacava nessa exata hora do dia.

- Você pode mudar o quanto quiser, Isa, falta muito tempo ainda.

Ela assentiu, se levantando do meu colo e pegando sua boneca nova, começando a brincar com ela novamente.

Brinquei um pouco mais com eles três e, quando percebi, já eram 18:40.

Me despedi de todos eles, prometendo voltar semana que vem para o aniversário de Joana.

Dirijo até em casa tranquilamente, pegando um pouco de trânsito. Chego quase duas horas depois e me sinto nervosa. Estava um pouco atrasada para o jantar. Não queria provocar a ira de Addison, mas havia perdido completamente a hora.

Entro em casa, vendo alguns empregados limpando a sala e vejo Miranda entre eles.

- Minha mulher já chegou, Miranda?

- Sim, senhora. Ela está no escritório.

- Obrigada.

Me encaminho até o escritório de Addison e bato três vezes na porta, ouvindo a mesma me autorizar entrar.

Entro e a vejo sentada em sua cadeira. A mesma vestia um robe preto e tinha seus cabelos soltos e minimamente ondulados cobrindo as laterais do seu rosto.

Estava usando seus óculos de grau na ponta do nariz e concentrada em uma papelada á sua frente.

Inspiro o cheiro delicioso em que pairava por aquele escritório. Nos últimos dias eu não havia o sentido tão frequentemente, era minimamente reconfortante o sentir.

- Boa noite - a cumprimento.

Ela me encara, sinto meus pêlos se eriçarem com aquele olhar.

- Boa noite - a mesma responde.

- Me desculpe o atraso, acabei perdendo a hora.

Ela assente.

- O jantar será servido - comunico.

- Já estou indo - ela respondeu voltando a encarar os seus papéis.

Assinto e me retiro, indo até a sala de jantar.

Vou rapidamente ao lavabo e me sento no meu lugar.

A mesma chega alguns minutos depois e se senta ao seu.

As empregadas vem até nós e colocam as travessas á mesa. Miranda serve as nossas taças de um vinho branco. Agraço a mesma, que sorri e se retira.

Me sirvo, sendo acompanhada por Addison e começo a comer tranquilamente.

- Como foi a viagem? - pergunto.

- Cansativa - ela responde friamente, me encarando - Onde você estava? - a mesma perguntou cortando sua carne.

- No orfanato.

Ela assentiu.

- Iremos viajar amanhã á noite, não é? - pergunto.

- Sim. Temos um almoço de negócios amanhã, no clube. - ela responde sem me encarar.

- Okay - respondo bebericando meu vinho.

Terminamos de comer em silêncio, pela primeira vez, eu não estava desconfortável. Era bom não jantar sozinha, como havia acontecido frequentemente nos últimos dois meses. Addison se retirou enquanto eu comia a minha sobremesa. Terminei de comer e fiz o mesmo, agradecendo a Miranda pela comida maravilhosa.

Subi para o meu quarto, pegando as minhas sacolas. Antes passei no meu escritório, apenas para pegar o meu MacBook. Entro no meu quarto deixo as sacolas em uma das poltronas e vou até o closet.

Addison estava no banheiro, passando alguns cremes em seu rosto e em seu corpo.

- Você irá usar o banheiro agora? - pergunto prendendo meus cabelos em um coque bagunçado.

- Não - ela respondeu fechando seu creme.

Tiro meus sapatos e entro no banheiro.

Tiro a minha blusa e a minha calça, de costas para a mesma, sou pega de surpresa quando sinto seu corpo colidir com o meu e seu nariz se enterrar em meu pescoço. Estremeço quando sinto a mesma cheirar meu pescoço e seus braços se fecharem entorno da minha cintura e pouso os meus sobre os seus.

Mordo meu lábio inferior, fechando meus olhos automaticamente. Quatro dias. Quatro dias longe do sexo com ela e eu estava daquela forma, completamente rendida.

Sinto a mesma beijar meu pescoço e morder o nódulo da minha orelha, suspiro, completamente rendida.

Sinto meus pêlos se eriçarem ao sentir minha barriga colidir com o mármore da pia, apoio minhas mãos encima da mesma e me atrevo a abrir meus olhos, com dificuldade.

Vejo Addison me encarar pelo espelho, com sua boca enterrada em meu pescoço. Seus olhos estavam mais escuros.

Engulo em seco quando sinto suas unhas arranharem levemente a minha cintura e subirem para as minhas costas, abrindo meu sutiã.

Sinto-me estremecer quando suas mãos gélidas entram em contato com os meus seios quentes e a mesma os aperta. Fecho meus olhos enquanto um gemido baixo escapa dos meus lábios, eles cabiam perfeitamente em suas mãos.

- Você não iria tomar banho? - ela sussurrou em meu ouvido, passando a sua língua quente pelo nódulo da minha orelha. Sua voz estava ainda mais rouca. Sinto-me perder todos os sentidos.

Engulo em seco.

- Acho que... - engulo em seco ao sentir sua língua passar pelo meu pescoço de vagarosamente - Achei algo mais... Interessante. - sussurro de volta, abrindo meus olhos e a encarando pelo imenso espelho. Vejo a ponta da sua língua passar pelo meu pescoço e sinto-me estremecer, aquela imagem era sexy demais para deixar de ser vista.

Sinto meu corpo reagir assim que a mesma desce uma das suas mãos dos meus seios até a minha barriga, vagarosamente.

Fecho meus olhos automaticamente, sentindo minhas pernas não obedecerem ao seu único comando: ficarem em pé, sem bambear.

Seu corpo prensa o meu contra o mármore da pia ao sentir em que eu estava perdendo o equilíbrio.

Gemo baixo assim que sinto a mesma se encontrar com a minha calcinha já encharcada.

Mordo meu lábio inferior quando sinto a mesma entrar na minha calcinha e brincar com a minha intimidade, sentindo o quão excitada eu estava.

Me atrevo a abrir meus olhos e vejo a mesma me encarar. Um sorriso de lado descarado invade seu rosto e eu me pego surpresa ao vê-lo. Sinto meu coração palpitar um pouco mais fortemente com aquela visão. Addison estava sorrindo descaradamente para mim.

- Veja só... Você está encharcada, senhora Montgomery - ela sussurrou extremamente baixo em meu ouvido, mordendo o nódulo da minha orelha. Vejo seus dedos se afastarem da minha intimidade e posso vê-los extremamente molhados pela minha excitação.

A mesma me surpreende ao colocá-los em minha boca. Ela me encarava intensamente pelo espelho. Sorrio descaradamente a encarando de volta e chupo seus dedos com vontade, sentindo o meu próprio gosto.

Vejo a sua expressão se transformar e a mesma os tirar de dentro da minha boca.

Fecho meus olhos, sentindo meu líquido escorrer um pouco por uma das minhas coxas.

Sinto a mesma afastar minhas pernas e encosto minha cabeça em seu ombro, sem conseguir pensar em mais nada quando a mesma tira a minha calcinha.

Gemo em surpresa, quando sinto a ruiva chupar meu pescoço e me invadir com força.

Seguro firme em seus cabelos, com uma mão, enquanto com a outra aperto o mármore. Meus dedos provavelmente estavam mais brancos que o normal. Aquela abrupta invasão havia me provocado uma dor deliciosamente prazerosa. Addison sabia como. Ela sabia como eu gostava. Em quais proporções, até onde eu iria, como me provocar. Ela sabia do poder em que tinha sobre mim.

A mesma começa a investir seus dedos em mim e eu sinto-me a ponto de enlouquecer. Meus lábios se abrem em um gemido silencioso e eu tento me manter de pé. Mesmo sustentada entre seu corpo e o mármore da pia, minhas pernas ainda bambeavam.

- Addison... - murmuro seu nome em um gemido e sinto a mesma beliscar meu mamilo esquerdo, enquanto seus dedos entravam e saíam de mim com maestria.

Sinto a imensa vontade de a beijar, de a tocar, de sentir seu corpo quente em contato com o meu, faziam quatro dias em que eu não a sentia, em que não a beijava, não a tocava. Mas aquela posição não me permitia nenhuma daquelas coisas.

Levo a minha outra mão até a sua esquerda, que estava em meu seio e a seguro, sentindo a mesma o apertar com mais força.

Gemo alto, sentindo seu polegar acariciar meu ponto em que clamava por atenção.

Eu não conseguiria me manter de pé por muito mais tempo. Sentia aquela sensação querer me invadir a qualquer momento.

- Addison... Eu... - tento falar. Nada saía. Nada além dos meus gemidos. Eu não tinha mais o mínimo controle sobre mim.

Sinto-me ser tirada daquele momento de quase êxtase quando a mesma sai de dentro de mim abruptamente. Abro meus olhos confusa, mas não dura muito tempo, sinto meu corpo ser prensado contra o mármore, dessa vez, fazendo-me ficar metade deitada ali, metade ainda em pé. A mesma me invade novamente por trás e eu gemo alto, sentindo meus seios, minha barriga e meu rosto colidirem com o mármore gelado. Agarro-me àquele móvel, sentindo-me inebriada pelo seu cheiro.

Sinto-a desprender meus cabelos e os enrolar em seu braço, os puxando para trás com certa força.

- Goze para mim, Meredith, goze para mim - ela sussurrou puxando meus cabelos.

Aquele fora o início do meu estopim, senti tudo dentro de mim estremecer com aquela voz e aquele pedido tão íntimo e autoritário.

Meus gemidos se tornam incontroláveis, aperto meus olhos, os mantendo fechados com força e, sentindo-me ansiosa e a ponto de enlouquecer por querer tocá-la, aperto ainda mais as bordas do mármore do balcão. Minhas pernas tremem, dando-me sinais de que eu estava quase lá. Sinto seu corpo prensar o meu com mais força, me dando apoio para que eu não me desequilibrasse.

Sinto meu clímax chegar e me invadir com uma força avassaladora. Gemo alto, sentindo meu corpo todo estremecer-se e os espasmos me tomarem por completo. Aperto as bordas daquele balcão com força e mantenho meus lábios abertos, completamente assustada.

Sentindo minhas pernas bambearem, me levanto e me viro com o resto de forças em que me restavam e seguro em seu rosto, a beijando intensamente e sentindo meu coração palpitar forte assim que o faço. Eu estava ansiosa por aquilo. Ansiosa para sentir sua língua em contato com a minha.

Sinto o que tanto desejei, a sua língua acariciar a minha em um beijo avassalador e me sinto completamente inebriada pelo nosso contato. O delicioso gosto de menta misturado com vinho em que seu hálito sempre tinha, a forma na qual nossos lábios se encaixavam perfeitamente, tudo isso me enlouquecia.

A mesma me coloca sentada ali, arranhando minhas coxas.

Rodeio sua cintura com as minhas pernas, sentindo-a morder meu lábio inferior e separar o nosso beijo, por falta de ar.

Me agarro ao seu corpo sentindo a mesma me invadir novamente, com força. Beijo seu pescoço, mordendo o nódulo da sua orelha e encosto minha boca em seu ouvido, gemendo baixo seu nome enquanto me agarro ao seu pescoço, o arranhando levemente.

Em poucos minutos, sinto aquela sensação se fazer presente novamente e Addison me beija com intensidade, abafando meus gemidos.

A mesma morde com força meu lábio inferior.

- Agora você pode tomar seu banho - ela sussurrou se afastando.

Encosto a minha cabeça no espelho atrás de mim e me permito tentar respirar normalmente novamente.

Eu já estava um pouco acostumada com o fato de somente receber prazer, e não dar a Addison. Era algo em que me incomodava, mas não havia muito em que eu poderia fazer.

Alguns minutos sentada ali me fizeram estar minimamente preparada para descer.

O faço, sentindo minhas pernas bambearem e entro no box, tomando um banho demorado e relaxando ainda mais.

Saio enrolada no roupão e visto uma calcinha preta e um baby doll branco de seda.

Subo as escadas do armário de bolsas, decidida a arrumar as malas, e peguei a minha mala no alto, fiz o mesmo com a de Addison.

Ouço a porta do quarto se fechar e a vejo entrar no closet logo em seguida. A mesma bebericava um copo de whisky e tinha uma feição tranquila no rosto.

Abro a minha mala encima do puff e faço o mesmo com a sua.

Prendo meus cabelos em um coque bagunçado e vou até a minha parte.

- Teremos alguma coisa muito social? - pergunto encarando meu armário.

- Apenas um jantar com o Governador.

Assinto.

Pego meu celular e vejo o clima de Luanda. Estava calor e permaneceria assim a semana inteira em que ficaríamos lá.

Portanto, escolho três calças jeans, sendo uma delas preta, e as outras duas azuis. Dois vestidos longos, um preto florido e outro branco, também florido. E mais três vestidos soltinhos. Escolho mais dois sociais e um blazer preto, no qual poderia ser usado com todas aquelas roupas.

Pego uma sandália de salto baixo preta e outra branca, sapatilha e mocassim pretos.

Vejo Addison também escolher suas roupas e as colocar encima da sua mala aberta.

Vou até o centro do quarto e pego meu MacBook. Coloco a série em que eu estava assistindo no momento para passar e me sento no puff, começando a, primeiramente, dobrar as suas roupas, as colocando dentro da sua mala.

A mesma não havia mudado muito as suas opções de roupas. Vi blusas de alcinhas de seda, camisas sociais e calças da mesma forma. Mas a mesma completou a sua mala com duas calças jeans e vestidos um pouco mais soltos.

Já nos sapatos, a ruiva apenas escolheu um scarpam preto, duas sandálias de salto médio e baixo, uma preta e outra branca, um pouco parecida com a minha. E uma sandália rasteirinha preta, um pouco menos social, mas mesmo assim ainda era de uma marca caríssima e de um modelo sofisticado.

Dobro todas as suas roupas tranquilamente, enquanto via a minha série. A mesma passou para as suas langeries e as colocou dentro do saquinho de tecido próprio para isso, o colocando dentro da mala.

Dentro de pouco menos de meia hora, eu havia dobrado tudo e arrumado devidamente. A mesma estava no centro do quarto, concentrada no seu livro.

- Posso fechar sua mala ou você colocará mais alguma coisa nela?

- Pode fechar - ela respondeu friamente, sem me encarar.

Voltei para o closet e verifiquei se ela não havia esquecido nada, fechando a sua mala logo em seguida e a colocando num canto no closet.

Fui para a minha e a organizei enquanto assistia minha série.

Terminei alguns minutos depois e fiz minhas higienes, voltando para o centro do quarto.

Addison estava sentada na cama, concentrada na sua leitura.

Pego meu Kindle e decido terminar meu livro para poder começar Memórias Póstumas no dia seguinte.

Me sento na cama e coloco meus óculos, me concentrando na minha leitura.

Termino-o rapidamente e me deito, ligando a TV. Abaixo o volume e volto a assistir minha série, pegando no sono sem sequer perceber.

                                  [...]

- Bom dia, senhora Montgomery - Miranda cumprimenta a mim assim que desço as escadas. Vejo Addison sentada no sofá, falando ao telefone. A mesma não havia ido trabalhar na empresa agora pela manhã, provavelmente o faria de casa.

Sorrio para a governanta.

- Bom dia, meu anjo. Dormiu bem?

- Sim senhora, e a senhora? - ela perguntou sorridente.

- Igualmente.

- A senhora deseja tomar café na mesa ou na piscina? A sua mulher já tomou.

- Na piscina, Miranda, por favor.

Ela assentiu, se retirando.

Addison se levantou do sofá e fora até o seu escritório, ainda falando irritada ao telefone.

Saio de casa, colocando meus óculos de sol e cumprimento os seguranças, indo até a área da piscina.

Alguns minutos depois, Miranda me serve e eu como observando o céu e sentindo uma brisa gostosa bagunçar meus cabelos.

Continuo ali até dar a hora de me arrumar para o almoço.

Subo para o quarto e vejo Addison colocar seu vestido tubinho preto e tentar fechar o zíper. Vou até a mesma e a ajudo, o fechando.

- Sairemos às 12:30, não se atrase - ela falou friamente, calçando seus saltos e saindo do closet, com os cabelos e a maquiagem já feitos.

Tomo um banho rápido e me visto. Uma calça jeans de lavagem clara, uma blusa de alcinhas preta e um par de scarpans também pretos de verniz.

Prendo meus cabelos em um rabo de cavalo baixo, deixando parte da minha franja solta e passo um batom vermelho.

Passo meu perfume e pego a minha bolsa, saindo do quarto.

Ajudo Miranda a escolher algumas flores para o meu escritório e me atrevo a pedir-lhe para colocar um vaso na sala, tendo um pouco de certeza em que Addison não se importaria.

A ruiva saiu do escritório alguns minutos depois e me guiou pela cintura até o lado de fora, onde a Mercedes estava estacionada e os seis seguranças esperavam ali parados.

Alex e Warren abrem as portas da frente pra mim e ela e a mesma dá partida no carro, depois de acertar algumas coisas com eles.

Chegamos ao clube em poucos minutos e fomos levadas por um dos maîtres até uma das mesas. Os Martinez estavam sentados nela, junto á outro casal. Sorrio de imediato.

- Montgomerys, que prazer em revê-las - Thomas nos cumprimenta alegremente, se levantando.

- Thomas - Addison o cumprimenta com um aperto de mão.

- Como vai, Addison?

- Bem, e você?

- Igualmente - ele respondeu sorridente.

- Como vai, Thomas? - pergunto o cumprimentando.

- Ótimo, querida, e você?

- Igualmente. Beatrice - a abraço, depositando dois beijos em seu rosto.

Nos cumprimentamos e Addison me apresentou ao outro casal. Camilla e Thiago Ferraz.

Nos sentamos no sofá da mesa e Addison começou uma conversa com ambos.

- Mer, pode me acompanhar ao banheiro? - Beatrice pergunta.

Assinto.

- Já volto - sussurro para Addison, que assente, sem dar muita importância.

Acompanho a ruiva mais velha até o banheiro e aproveito para ir também.

- E então, Mer? Quantos meses de casadas mesmo?

- Três e meio - falo sorrindo fraco.

- O tempo está passando tão rápido! Logo vocês farão um ano.

Sorrio. Eu mal poderia esperar. Isso significaria apenas mais dois anos de contrato.

- Já se desentenderam?

- Acredita que não? - falo retocando meu batom.

- Acredito sim, é uma coisa rara para mim e Tom também.

Sorrio abertamente. Eles me pareciam um casal tão estável.

- Imagino. Quantos anos vocês têm juntos mesmo?

- Vinte e sete.

Uau.

Saímos do banheiro juntas, mantendo uma conversa animada sobre o clube e logo nos sentamos á mesa novamente.

Addison havia pedido as nossas bebidas.

Me surpreendo ao ver que a mesma havia me pedido um suco de laranja da forma em que eu amava e, para ela, apenas uma água com gás.

Beberico meu suco continuando a conversar com Beatrice e Camilla.

Pouso minha mão em sua coxa, fazendo o mínimo contato entre nós, já que estavam todos vendo.

O almoço decorreu-se melhor do que eu havia esperado. Beatrice era uma mulher incrível e eu sabia disso desde a primeira vez em que a vi, mas, para a minha surpresa, ela era mestra de literatura, o que fizera a nossa conversa ficar ainda mais interessante.

- Então, Meredith, você e Addison pretendem ter filhos?

Lá estava. A mesma pergunta de sempre. Sorrio para Camilla.

Acaricio a coxa de Addison, assentindo.

- Não agora, mas pensamos bastante nisso - respondo automaticamente bebericando meu suco.

Sinto a mão da ruiva pousar por cima da minha e suspiro, sentindo minha mão suar com aquele mínimo contato.

Após terminarmos a sobremesa e Addison acertar tudo com Thomas e Thiago, nos despedimos de ambos, saindo do clube.

- Não terei tempo de ir em casa, portanto, você me encontrará no aeroporto às 17:00. Traga para mim o meu livro, o meu carregador e o meu MacBook, estão todos encima da minha mesa de cabeceira, não se atrase. - a mesma falou assim que chegamos enfrente aos carros.

- Okay - respondo apenas.

- Alex, os papéis estão dentro da segunda gaveta, dentro da pasta preta.

- Está bem, senhora.

A mesma deixou um selinho em meus lábios e entrou em seu carro, sendo seguida por mais dois.

Warren levou-me até em casa e eu, assim que cheguei, tratei de verificar se tudo estava em ordem.

Estava sem nada para fazer a tarde, então resolvi começar a ler o livro favorito de Addison, Memórias Póstumas. Sentei-me na varanda da sala e li até às 16:00.

Subi e tomei um banho rápido, me arrumando rapidamente. Vesti apenas uma calça jeans preta e uma camisa social da mesma cor, completando tudo com um scarpam também preto.

Peguei tudo em que Addison pedira e desci as escadas, carregando meu MacBook, o seu e a minha bolsa.

Chegamos ao aeroporto em alguns minutos, a mesma ainda não havia chegado.

Fui recebida pelo capitão e pelas aeromoças, que me fizeram ficar confortável na aeronave.

Addison mandara avisar que ficara presa no trânsito, portanto, a mesma chegara as 18:00, sendo acompanhada por Kepner e Alex.

A ruiva se sentou ao meu lado e eu a entreguei tudo em que ela havia pedido.

- Senhora, a senhora deseja fazer pausas em alguns lugares ou deseja fazer as 17 horas diretas? Talvez podemos chegar em 16, mas somente se tudo estiver favorável.

Addison suspirou.

- O que você acha? - ela me perguntou.

- Por mim podemos ir direto, consigo dormir aqui.

Ela assentiu e o capitão fez o mesmo.

- Podemos decolar, então?

A mesma assentiu.

As primeiras três horas de vôo se sucederam tranquilas. Eu me limitei a estudar pelo meu MacBook e Addison também mantinha seu olhar focado no seu.

A aeromoça nos chamou para jantar e assim o fizemos.

O jantar estava incrível e a sobremesa melhor ainda, mas, obviamente, não chegava ao pés da comida de Miranda.

Me senti extremamente cansada e um pouco enjoada depois do jantar, mas me limitei a apenas fechar meus olhos e encostar a minha cabeça na minha poltrona, cochilando para tentar fazer aquela sensação passar.

- Meredith, acorde - sou acordada por Addison, a mesma estava em pé á minha frente.

- Sim? Aconteceu algo? - pergunto preocupada.

- Vamos dormir - ela falou e eu assenti, me levantando e a acompanhando, um pouco inebriada pelo sono.

A mesma me guiou até um pequeno quarto com apenas uma cama de casal ali, eu não poderia estar mais boquiaberta. Não era grande, até porque não havia tanto espaço para que fosse, mas era o suficiente para caber nós duas. Ainda sim era um quarto dentro do jatinho.

- Abaixe para mim - ela pediu ficando de costas para mim e puxando seus cabelos para o lado, deixando suas costas livres. Me aproximo o suficiente e abaixo o zíper do seu vestido, podendo ver então a sua pele pálida ficar á mostra, ainda minimamente coberta por um sutiã de renda vermelho.

A mesma tirou seus saltos e seu vestido, ficando apenas de calcinha e sutiã. Ela se deitou na cama, cobriu-se e fechou seus olhos, parecendo cansada. Eu fiz o mesmo, tirando toda a minha roupa, ficando coberta apenas por um conjunto de langerie branca, me deitando ao seu lado e me cobrindo.

Eu peguei no sono sem sequer perceber, estava exausta e um pouco enjoada por causa do avião em si.

Acordei sentindo-me tombar um pouco para o lado de Addison e meu corpo colidir com o seu, abri meus olhos, me levantando assustada.

Addison pareceu acordar, alguns segundos depois, com meu susto.

- O que aconteceu, Meredith? - ela perguntou com a voz carregada de sono.

- O que está acontecendo? - pergunto nervosa, com a respiração ofegante e sentindo meu coração palpitar fortemente.

A mesma suspirou e tirou sua perna debaixo da minha, que, com o meu susto, fora parar encima da sua. A ruiva o fez e se levantou calmamente, prendendo seus cabelos em um coque mal feito.

- Irei verificar - A mesma vestiu seu roupão e saiu do quarto calmamente.

Engulo em seco, sentindo o avião tombar novamente e fazer um barulho um pouco estranho.

Amedrontada, abraço meu travesseiro, sentindo-me tremer. Eu morria de medo de aviões, sempre tive. Viajava tranquilamente, mas, mesmo assim, intrinsecamente, aquele medo ainda perpetuava.

A vejo voltar alguns minutos depois, suspirando.

- É apenas uma turbulência, já está passando - ela falou tirando seu roupão e se deitando ao meu lado.

Assenti, ainda assustada.

- Você está bem? - ela perguntou com o cenho franzido.

- Sim. Eu só... Tenho um pouco de medo de turbulências e essas coisas relacionadas a aviões. Mas estou bem.

- Foi apenas uma consequência da chuva, já está passando - ela me tranquilizou e eu assenti.

- Que horas são? - pergunto.

- Três horas. - já tínhamos 8 horas de vôo. Faltavam apenas nove, pelas minhas contas.

Suspirei, me deitando novamente e abraçando meu travesseiro, a mesma se virou para o outro lado e dormiu novamente, Addison parecia estar extremamente cansada.

Eu me mantive acordada, ainda abraçada ao meu travesseiro, estava um pouco assustada demais para conseguir dormir.

Alguns minutos se passaram até que eu sentisse aquele tombo novamente, eu já estava quase pegando no sono.

Me assusto, soltando um grunhido baixo e, nervosa, abraço meu travesseiro com mais força e fecho meus olhos.

- Ligue a TV. Se distraia e nem vai perceber quando passar - Addison falou com a voz um pouco rouca, provavelmente eu havia a acordado novamente com o meu susto.

Abro meus olhos e a vejo de costas para mim. Seus cabelos ruivos haviam se soltado do seu coque e estavam esparramados pelo travesseiro branco.

- Me desculpe... Ter acordado você. Eu... Me assustei novamente.

- Se distraia, já irá passar - ela respondeu ainda de costas para mim.

Faço o que a mesma falou, tentando me concentrar em um filme que passava na TV do pequeno quarto.

A mesma tinha razão. Em poucos minutos eu me entreti o bastante para, quando me lembrasse da turbulência, ela já estivesse passado.

Me levanto com cuidado e vejo que a ruiva dormia tranquilamente, com sua mão direita enfiada debaixo do travesseiro e a esquerda por cima do mesmo. Suas alianças eram o que mais chamava atenção, sendo seguidas por um esmalte vermelho sangue, que contrastava perfeitamente com seus dedos pálidos.

Percebo o quase imperceptível bico em que a mesma fazia enquanto dormia, semelhante ao que fazia enquanto lia. A mesma parecia tranquila e descansada. Parecia uma Addison completamente diferente.

Fui até o banheiro e resolvi tomar um banho rápido.

O fiz e vesti apenas a minha calcinha, me deitando novamente.

Me cobri e abracei meu travesseiro, fechando meus olhos e pegando no sono rapidamente.

Acordei na manhã seguinte com batidas na porta e apalpei meu lado, vendo-o estar vazio. Addison já havia se levantado.

- Sim?

- Senhora Montgomery, a sua mulher pediu para a acordar para o café, ela está a sua espera. - A aeromoça falou do outro lado da porta.

Suspiro, me levantando.

Sinto um pouco de frio, pelo ar condicionado em que estava ligado e visto meu sutiã, vestindo por cima a mesma roupa do dia anterior.

Prendo meus cabelos em um rabo de cavalo baixo e escovo meus dentes, saindo do quarto. Dou de cara com Addison sentada á pequena mesa e me sento de frente para ela.

- Bom dia - a cumprimento.

- Bom dia. Chegaremos duas horas mais tarde por causa da chuva ontem. - ela falou concentrada no seu livro.

- Temos quantas horas pela frente? - pergunto. Eu já não aguentava mais aquele enjôo.

Ela suspirou, olhando seu celular.

- Cinco. Chegaremos às 14:00 no aeroporto.

Assinto, eram 8:50.

Tomo café tranquilamente e, depois dele, me limito a me sentar ao lado de Addison e começar a ler. Eu havia viciado um pouco naquele livro, estava encantada pelo cenário, os personagens e a narrativa completamente diferenciada. Era tudo muito mágico e completamente diferente de tudo em que eu já havia lido na vida. Carregava intensamente a cultura calorosa da América Latina.

Estava imersa á tudo e mal senti a mesma me encarar.

- Você está lendo Memórias Póstumas? - ela perguntou com uma feição neutra em seu rosto.

Desperto do meu transe.

- Hum? Ah, sim, estou. Achei um título interessante e... Estou adorando - falo sorrindo fraco para a mesma.

A ruiva assentiu e voltou a sua atenção para o seu MacBook. Fiz o mesmo, voltando para o meu livro.

Às 12:00 fomos almoçar e eu decidi cochilar um pouco, pois estava ainda tonta e enjoada pela viagem.

Tiro toda minha roupa, ficando apenas de calcinha e sutiã e me deito na cama. Suspiro, sentindo o cheiro de Addison impregnado nos lençóis e pego no sono rapidamente.

- Meredith - Addison me acordara algum tempo depois.

Abro meus olhos sentindo minha cabeça doer e meu enjôo parecer triplicar.

A mesma tinha sua mão pousada na base das minhas costas, há milímetros perto da minha calcinha. Sinto aquela parte do meu corpo extremamente aquecida com aquele mínimo contato.

- Sim? - minha voz saíra mais rouca do que eu imaginava.

- Vamos. Iremos pousar em alguns minutos - ela falou se levantando.

Assinto, fazendo o mesmo.

- As nossas roupas estão em um lugar fácil? - pergunto percebendo em que a mesma vestia uma roupa diferente. Uma calça jeans, uma camisa social branca e o mesmo salto em que ela usava antes.

Fecho meus olhos assim que sinto tudo girar. Eu estava completamente enjoada.

- Sim, a aeromoça as trará aqui, se vista.

- Irei tomar banho - respondo e a mesma sai do quarto, deixando seu perfume no ar.

Sinto meu estômago doer de uma forma insuportável e vou até o banheiro, me trancando lá dentro.

Assim que sinto o avião tombar um pouco para o lado meu estômago dói ainda mais e eu me ajoelho diante do vaso, vomitando violentamente todo o almoço.

Sinto meu estômago doer ainda mais e a tontura piorar, fecho meus olhos com força e dou descarga, tentando me levantar.

Fico algum tempo sentada na tampa do vaso, esperando aquela sensação horrível passar e então me levanto, indo até o box.

Tomo um banho rápido e escovo meus dentes, me sentindo um pouco menos enjoada, mas ainda tonta.

Visto a mesma calça e uma blusa de alcinhas branca, calçando meus saltos novamente. Prendo meus cabelos em um rabo de cavalo e saio do quarto.

Me sento ao lado de Addison e coloco meu cinto, fechando meus olhos.

- Você está bem? - ela perguntou.

- Só um pouco enjoada - falei abrindo meus olhos, dando de cara com os seus.

- Já iremos pousar - ela falou voltando sua atenção para o seu livro.

Assinto encostando minha cabeça novamente no recosto da poltrona.

Pousamos dentro de poucos minutos e me sinto completamente aliviada ao sentir estar em terra firme.

Depois de alguns minutos, a porta é aberta e Addison me guia pela cintura para descer as escadas.

Sinto meus olhos doerem pela intensidade do sol e coloco meus óculos de sol, abraçando sua cintura.

Vejo dois Audi pretos estacionados enfrente ao jatinho e outro carro ao lado deles.

Sorrio ao ver Amélia descer daquele carro e correr até nós, nos abraçando e nos cumprimentando.

- Como foram de viagem? - ela perguntou caminhando ao lado de Addison, com seu braço por dentro do da ruiva.

- Cansativa e um pouco turbulenta - falei.

- É bem chata mesmo, mas veja pelo lado bom, agora você está na melhor cidade do mundo.

Rio.

- Você já se habituou, pelo visto - falei sorrindo. Ela assentiu.

- As pessoas aqui são incríveis. Africanos são tão calorosos e animados.

- Posso imaginar, Amy - falo sorrindo.

Um homem nos esperava enfrente a um dos carros. O mesmo era alto e vestia um terno azul marinho, que contrastava perfeitamente bem com a sua pele negra.

Ele sorriu para nós assim que nos aproximamos e cumprimentou Addison em uma língua que eu não conhecia, a mesma respondeu na mesma língua, sua voz havia ficado um pouco mais rouca ao falar responder.

- É português - Amélia sussurrou em meu ouvido, já ao meu lado.

Addison falava português. Fluentemente.

- Senhora Montgomery - o homem me cumprimentou em um inglês de sotaque carregado - Sou Bomani Connor, é um prazer em conhecê-la.

Sorrio.

- O prazer é meu, Bomani, é assim que se fala, certo? - pergunto um pouco envergonhada.

- Sim, senhora.

Assinto sorrindo.

- Vamos para o meu apartamento e depois para a sede da empresa, Addie? - Amélia perguntou.

- Sim. Eu preciso organizar tudo hoje. Kepner, organize a minha agenda.

A ruiva menor assentiu.

Amélia entregou a chave do outro carro para Addison e ela a pegou. A carteira de motorista dela era válida aqui?

A ruiva me guiou até o carro e Alex abriu a porta da frente para mim.

Entrei no mesmo sendo seguida por Addison e Amélia atrás. Era um carro diferente, mas, ainda sim, sofisticado.

A ruiva deu partida no carro e saímos, sendo acompanhadas pelos dois carros de seguranças atrás.

- Em qual hotel os funcionários ficarão, mana?

- No centro, perto da sua casa.

A mesma assentiu.

- Iremos para os centros que dia? Estou tão ansiosa para que você conheça, Mer. As crianças são tão adoráveis.

- Também estou ansiosa para conhecer, Amy.

- Você irá conosco, não é, Addie?

- Não sei, preciso me organizar primeiro - a ruiva respondeu concentrada em dirigir.

Eu ainda não havia entendido muito bem como era tudo aquilo. Addison era dona de uma empresa lá, mas o que ela exatamente fazia? Centros com crianças? Do que Amélia estava falando?

Eu estaca extremamente perdida em tudo aquilo.

Me permito observar a cidade pela janela do carro. Era linda, diferente, mas linda. Os carros eram diferentes, o povo tinha um ar diferenciado, o cheiro era diferente.

- Essa é a parte bonita, Mer - Amélia falou enquanto eu observava.

- É realmente bonita.

- Está vendo ali? - ela apontou para um prédio imenso no centro. O mais bonito de toda a rua. Assinto. - É a sede da empresa.

- Uau... É... Tão diferente das outras. Está tão...

- É, eu sei - Amélia falou sorrindo.

Continuo observando tudo ainda me sentindo tonta e enjoada, eu precisava deitar um pouco, a minha cabeça havia começado a doer de uma forma insuportável.

Addison estacionara enfrente á um enorme prédio alguns minutos depois e as portas do carro são abertas para nós.

Descemos do mesmo juntas e a ruiva me guia para entrar no prédio e a acompanho, sendo seguida por Amélia.

- Iremos para a empresa que horas, Addie?

A ruiva suspirou.

- Às 17:00. Tenho uma reunião com o Governador ainda hoje, às 19:00.

- E com o Presidente? - Amélia perguntou enquanto estávamos no elevador.

- Depois de amanhã á noite.

- Okay. Eu não preciso estar presente, não é? Amanhã á noite tenho uma reunião com a equipe de infraestrutura.

- Não. Iremos apenas eu e Meredith.

Amélia assentiu e logo estávamos no último andar.

A mesma abriu a porta e me deparei com um apartamento de tamanho médio, mas muito bem decorado. Inteiramente em tons de preto, branco e cinza, a decoração era extremamente modernizada. Tinha a personalidade de Amélia ali. A modernidade parecia ser a sua assinatura. Todos os seus projetos em que eu já tinha tido o prazer de observar, carregavam esse tipo de decoração.

Addison suspirou e se sentou no sofá de três lugares cinza, me sentei ao seu lado e a mesma pousou sua mão em minha coxa.

Vimos os seguranças trazerem as malas e subirem com elas, descendo algum tempo depois.

- Iremos tomar um banho e descansar, às 17:00 saímos. - a ruiva falou.

Amélia assentiu.

- O quarto de vocês é no segundo andar, segunda porta á direita, enfrente ao meu. Não é luxuoso, mas é do jeito que você gosta, mana.

Addison assentiu e de levantou, estendendo sua mão para mim. A peguei e caminhei ao seu lado até as escadas ali.

Subimos juntas e a mesma abriu a porta do quarto. Era pequeno, visando o tamanho do nosso em NY, cabiam uns cinco quartos daquele no nosso em NY, mas ele era lindo e aconchegante.

A cama com cabeceira estofada branca estava coberta por um edredom também branco, um painel de TV grande estava á frente do mesmo, havia uma banheira ali no canto e uma varanda no mesmo.

Do lado oposto, o banheiro, era pequeno, mas também aconchegante e extremamente moderno.

Addison se sentou na cama, tirando seus saltos e prendeu seus cabelos em um coque mal feito.

Eu me limitei a ir até a varanda e observar o céu e a cidade lá embaixo. Era tudo tão diferente do que eu estava habituada.

Me viro, vendo a minha mulher caminhar até mim, já de calcinha e sutiã.

A observo de cima á baixo. A mesma usava um conjunto de langerie rendada preta, a calcinha era minúscula.

Addison parou ao meu lado e observou a cidade.

- Eu e Amélia iremos para a empresa e logo após tenho uma reunião com o governador, se você quiser venha conosco, se não, vá na hora da reunião.

- Posso ir junto com vocês. Apenas preciso de um banho e descansar um pouco.

Addison assentiu e me encarou.

- Vamos tomar banho - ela falou e eu assenti, mordendo meu lábio inferior.

Me aproximei da mesma e toquei seu rosto com as minhas duas mãos, revezei meu olhar dos seus olhos para a sua boca e a beijei, sentindo a mesma me puxar para si.

Desfiz o seu coque e senti a mesma andar comigo e me prensar na parede, começando a abrir os botões da minha camisa.

A mesma a tirou com maestria e desabotuou a minha calça. A ruiva desfez o nosso beijo com uma mordida fraca em meu lábio inferior e desceu seus beijos pelo meu pescoço, minha clavícula, meus seios ainda cobertos pelo sutiã azul marinho, minha barriga e a vi se ajoelhar, tirando a minha calça e me puxando para si pelas minhas nádegas.

Gemo baixo, segurando em seus cabelos assim que sinto seus lábios em minha calcinha.

A puxo para mim e sinto a mesma me prensar ainda mais na parede, colocando minhas pernas ao redor da sua cintura.

Me seguro firmemente nela e a beijo, me deixando ser levada até o banheiro.

Addison tira meu sutiã no meio do caminho e eu faço o mesmo consigo.

Gemo entre o beijo assim que sinto o contato do meu seio roçando com o seu, seguro firme em seu pescoço, a beijando com mais intensidade.

A ruiva me prensa na parede gélida do azulejo do banheiro e eu me pego surpresa assim que sinto a água fria cair sobre nós.

Separo nosso beijo por falta de ar e sinto a mesma me prensar na parede com ainda mais força e se afastar um pouco, tirando a minha calcinha.

Sinto Addison descer seus beijos e mordidas pelo meu corpo e se ajoelhar. A mesma coloca minhas pernas em seus ombros e eu afasto as minhas costas do azulejo por um segundo, quando sinto seus lábios entrarem em contato com a minha intimidade.

Gemo baixo, segurando em seus cabelos molhados e fechando meus olhos com força.

Sinto a mesma arranhar minhas nádegas com força e jogo a minha cabeça para trás, completamente sensível.

Sinto a sua língua me invadir enquanto seu polegar acariciava meu clitóris devagar e gemo alto, agarrada aos seus cabelos.

Abro meus olhos por um segundo, encarando a imagem de Addison me chupando com intensidade. Seu rosto conseguia ficar ainda mais sexy. Seus olhos fechados, os movimentos ritmados da sua cabeça, eu estava perdida em tudo aquilo.

Afasto seus cabelos molhados do seu rosto e os jogo para trás, segurando firme nos mesmos.

- Addison - gemo seu nome alto quando sinto a mesma me invadir com seus dedos com força e continuar me chupando com intensidade.

Gemendo alto seu nome e segurando em seus cabelos, me perco em um orgasmo intenso, completamente tonta. Aquele fora o meu estopim.

A mesma tira minhas pernas dos seus ombros com cuidado e se levanta, me beijando com volúpia e colocando minhas pernas ao redor da sua cintura novamente, me invadindo com força.

Gemo contra seus lábios e sinto seus dedos entrarem e saírem de mim devagar, me torturando.

- Addison...

Abro meus lábios em um gemido silencioso, sentindo sua velocidade diminuir ainda mais, em movimentos torturantes.

- Diga! - ela murmurou puxando meus cabelos para trás e, consequentemente, a minha cabeça, deixando meu pescoço livre para o chupar, logo em seguida, o ponto em que ela sabia ser o meu fraco.

Gemo baixo ao sentir aquela sensação incrível em que a mesma sabia provocar em mim, quando brincava com aquele ponto em específico do meu pescoço. Addison me conhecia.

- Addison... Por favor - sussurro em um gemido manhoso e a puxo para mim, abrindo meus olhos e dado de cara com os seus.

- Por favor o que, Meredith? - ela sussurrou. Sinto tudo dentro de mim estremecer pelo seu tom de voz. A forma tão gostosa na qual meu nome soava em seu tom de voz carregado de sedução. Seus olhos encaravam os meus com intensidade.

- Mais... Rápido... Por favor - sussurro contra seus lábios. Vejo seu rosto se transformar para um grau de excitação ainda maior e a mesma o faz, me invadindo ainda mais fortemente.

Gemo alto, com o ato inesperado, me agarrando ao seu pescoço e a beijo com intensidade, tentando me controlar, inutilmente.

Arranho suas costas nuas com as minhas unhas e separo nosso beijo, encostando minha boca em seu ouvido e mordendo o nódulo da sua orelha.

Com a ponta dos meus dedos dos pés forço a sua calcinha para baixo e consigo a tirar.

Sinto seu polegar acariciar meu clitóris e um gemido baixinho e manhoso escapou dos meus lábios, em seu ouvido, arranho seu pescoço levemente. Ouço um grunhido da mesma e, no mesmo momento, ela sai e entra em mim com ainda mais força. Gemo alto, mordendo o nódulo da sua orelha. Eu havia a provocado.

Seguro em seu rosto com as minhas mãos e abro meus olhos, dando de cara com os seus, bem mais escuros. Me perco na sua feição carregada de luxúria, seus lábios vermelhos e entreabertos, do mesmo jeito em que acontecia quando ela dormia, ou quando lia, mas não era algo em que eu acharia fofo, como acontecia nas outras duas situações. Era sexy, extremamente sexy.

Transar a encarando o tempo inteiro era algo em que eu nunca conseguiria fazer. E, se um dia fizesse, saberia que desmaiaria de tamanha intensidade na qual o meu clímax chegaria. Era sexy demais para que eu pudesse aguentar.

Sinto aquela sensação se fazer presente novamente e fecho meus olhos com força, me desmanchando em um orgasmo violento novamente, com meus lábios encostados aos seus, reprimindo um gemido alto em que saíria da minha boca.

A beijo com intensidade, logo depois, sentindo minhas pernas estremecerem ao redor da sua cintura e a minha tontura aumentar.

Addison tira seus dedos de dentro de mim e segura em minha cintura, apoiando sua mão na parede, enquanto a água caía sobre nós. Sinto seu nariz encostar em meu pescoço e seguro no seu, encostando meu queixo no seu ombro, tentando controlar a minha respiração.

Ficamos por um minuto ou um pouco mais naquela posição, paradas, esperando aquela sensação em que eu sentia passar.

A mesma se afastou um pouco e tirou minhas pernas da sua cintura. Fico em pé com um pouco de dificuldade, mas consigo me manter assim.

Continuo encostada na parede enquanto vejo a mesma passar o sabão em seu corpo e terminar o seu banho.

A mesma sai do boxe e eu volto para debaixo do chuveiro, passando o sabão em meu corpo e tentando recobrar os meus sentidos.

Saio alguns minutos depois, enrolada num roupão, vendo a ruiva sentada na cama, com sua mala aberta.

Vou até a minha bolsa e pego meu celular, vendo a hora. 15:50.

Pego a minha mala e a abro encima da cama, suspirando.

Ouço batidas na porta e Addison autoriza a entrada. Vejo Amélia entrar no quarto carregando toalhas e um secador nas mãos.

A mesma nos encara e sorri maliciosamente, caminhando até o banheiro.

- Só vim deixar essas coisas aqui. Vou tomar um banho também... Um pouco menos divertido que o de vocês, infelizmente.

Sinto minhas bochechas esquentarem e encaro Addison, envergonhada, que revira os olhos e encara sua irmã.

- Adiante, Amélia - a ruiva falou escolhendo sua roupa.

A morena assentiu sorrindo e me lançou uma piscadela, saindo do quarto.

Suspiro aliviada e me sento na cama, abrindo a minha mala completamente.

Escolho uma calça jeans de lavagem clara e uma blusa de alcinhas vermelha. Para os pés, pego meus mocassins pretos e os separo.

Vejo Addison tirar seu roupão, ficando completamente nua e vestir um conjunto de langerie branca.

Faço o mesmo, vestindo um conjunto preto e, logo em seguida a minha roupa.

Vejo a ruiva ir até o banheiro, a mesma usava uma calça jeans preta, uma blusa da mesma cor e um blazer também preto por cima. Nos pés, ela calçava um par de sandálias de salto médio e grosso também pretas.

A vejo secar seus cabelos enquanto eu termino de me arrumar e, logo após, a mesma sai do banheiro com eles completamente lisos.

Vou até o banheiro e faço o mesmo, saindo logo depois e a vendo fechar sua mala.

Olho o relógio. 16:20. Daria tempo de organizar as roupas no pequeno closet em que havia no quarto.

- Não precisa fechar, irei organizar as nossas roupas no closet. Sairemos às 17:00, certo? - pergunto consertando a jóia delicada em que enfeitava meu pulso. Eu não havia a tirado desde o dia em que Addison havia me dado.

Ela assentiu, se afastando, sem me repreender por eu querer organizar as nossas roupas. Algo dentro de mim constata que ela já percebeu que não é nada demais para mim organizar as nossas coisas. Era algo crucial para mim e o meu perfeccionismo extremo.

Abro a sua mala novamente e vou até o closet, pegando todos os cabides ali.

Os levo para a cama e começo a pendurar suas camisas e os vestidos, terminando em pouquíssimo tempo.

Dobro suas calças e suas saias e as deixo arrumadas na cama, tirando o resto das coisas ali.

Faço o mesmo com as minhas roupas e vou levando aos poucos para o closet, as organizando por cor e categoria, como nós gostávamos. Mesmo que não fossem tantas roupas, eu não conseguiria organizar de outra forma.

Termino tudo em menos de meia hora e saio do closet, a vendo parada em pé na varanda, fumando enquanto falava ao telefone, ela parecia tentar relaxar, conversava com Mark, constatei assim que a ouvi falar o nome dele. Suspirei fui até a minha bolsa, achando ali uma cartela de remédios. Eu ainda estava um pouco enjoada, mas a minha dor de cabeça já estava passando.

O tomo e me sento na cama, pegando meu celular. Vejo uma mensagem de Cristina e sorrio, ligando para a mesma.

- Hum - ela murmurou assim que atendeu.

- Como você está? - pergunto consertando as minhas alianças, que estavam um pouco tortas.

- Péssima. Sua filha não para de chutar. Eu não dormi direito essa noite, essa criança me odeia, Meredith.

Rio.

- Imagino. Está muito cansada?

- Mais ou menos. O plantão foi mais calmo, mas não consegui dormir.

- Humm. Coloque o celular no viva-voz para que eu fale com o meu afilhado.

- A sua afilhada - ela me corrigiu - A não ser que ela não se identifique com o sexo feminino, caso seja assim, você está certa.

Revirou os olhos.

- Você irá ver. É um menino, eu sinto.

- Sua mãe é insuportável - ela murmurou - Fale com ela.

Sorrio.

- Ela está mexendo agora?

- Não. Deve ter morrido.

- Cristina Yang! Eu juro, se você disser isso mais uma vez eu tiro essa criança de você! - falo irritada.

- Não me enche o saco, estou exausta e dolorida, tenho todo o direito de falar o que eu quiser.

Reviro os olhos.

- Cale a boca e me deixe falar com o meu sobrinho em paz.

Ela ficou quieta.

- Oi, amor da titia - falo sorrindo. Era surreal imaginar que eu seria tia, daqui poucos meses. Era surreal imaginar como aquela criança mudaria a minha vida - Você não deixou a sua mamãe dormir a noite? Por isso ela está um poço de chatice, não é?

- É incrível. Essa criança ama mais você do que eu, voltou a chutar novamente.

Sorrio.

- Não vejo a hora de ver você, meu amor. A tia Mer já comprou o seu primeiro ursinho de pelúcia, sabia?

- Sério? - Cristina perguntou.

- Humrum, fui ao shopping anteontem.

- E então, como é a África? - Cristina perguntou suspirando, provavelmente estava irritada, com sono.

- Não tive oportunidade de ver quase nada ainda, chegamos faz pouco tempo, tivemos uma turbulência que atrasou um pouco a nossa chegada. Estamos saindo daqui a pouco.

- Humm, o diabo está perto?

Suspiro.

- Sim, Cristina. - respondo entediada.

- Ok. Não vou atrasar você, depois me liga, ok?

- Está bem. Tchau, meu amor - falo sorrindo fraco - A titia ama você.

- Eu também te amo, Meredith Montgomery. - ela falou com indignação.

- Tchau, sua chata.

Desligo a chamada e me levanto, vendo Addison parada na varanda, ela já havia encerrado a sua ligação.

A mesma foi até o banheiro e voltou alguns segundos depois, pegando a sua bolsa.

- Vamos - ela falou friamente, saindo do quarto.

Pego a minha bolsa e saio atrás da mesma, tentando acompanhar seus passos.

Addison para enfrente ao quarto de Amélia e bate na porta, a morena abre a mesma, vestindo uma camisa social branca desabotoada por cima de um sutiã também branco e uma calça jeans de lavagem clara.

- Já estou indo, ranzinza.

- Estamos esperando lá embaixo - Addison falou andando á minha frente. Sorrio fraco para Amélia e a acompanho.

Descemos juntas, a mesma estava calada e parecia minimamente irritada com algo, sua feição não era das melhores. Me limitei a apenas ficar ao seu lado, também calada.

Os seguranças estavam lá embaixo conversando entre si, encostados nos carros.

Amélia não demorara muito, entramos no carro juntas e Addison deu partida no mesmo, calada.

Amélia me encarou pelo retrovisor e revirou os olhos, encarando Addison logo em seguida.

- Insuportável.

Ela falou sem emitir nenhum som. Eu sorri, negando com a cabeça e olhei pela janela, me permitindo a observar a paisagem da cidade.

Chegamos na empresa alguns minutos depois e subimos juntas, Amélia fora me explicando cada lugar e para que funcionava. Mas eu ainda não estava entendendo bem o que exatamente aquela empresa fazia. O que exatamente Addison estava fazendo por lá.

Mas não me atrevo a perguntar, continuo andando ao lado delas, até o último andar.

Addison fora até a sala da diretoria e Amélia me acompanhou por aquele andar, me apresentando a algumas pessoas e fazendo um pequeno tour por ali.

Assim que voltamos, Addison saiu da sua sala carregando a sua bolsa e falando ao telefone, em português.

- Vamos - ela sussurrou friamente para mim, passando seu braço pela minha cintura e me guiando até o elevador.

Amélia sorriu para mim e entrou na sala em que Addison havia acabado de sair. Nós duas pegamos o elevador enquanto a ruiva falava ao telefone, eu não entendia absolutamente nada do que ela dizia, de certa forma, não fora uma surpresa saber que ela falava português. Vindo de Addison, nada disso se torna uma surpresa.

Fizemos o caminho todo em silêncio e, em poucos minutos, Addison estacionou em frente a um enorme prédio.

Saímos do carro juntas e a mesma me guiou para entrarmos, era uma restaurante. Pegamos o elevador juntas e logo estávamos no último andar.

Ela me conduziu até uma das mesas, onde haviam dois homens e uma mulher sentados, suspirei, seria mais um daqueles jantares exaustivos.

Ambos se levantaram assim que nos viram.

Um deles cumprimentou Addison com um aperto de mão e a disse algo em que eu não entendi.

- Essa é minha mulher, Meredith. Meu amor, esse é Juan Nkosi, o governador - ela falou pousando sua mão em minha cintura novamente.

- É um prazer conhecê-la, senhora Montgomery. Da última vez em que a sua mulher esteve aqui vocês ainda não eram casadas, não é?

- O prazer é meu, senhor, não, nós não éramos casadas ainda - falo tirando minha mão da cintura de Addison e o cumprimentando com um aperto de mão,  sorrindo para o mesmo.

- Essa é a minha esposa, Tiara, ela não fala inglês fluentemente. E esse é meu filho, Goran.

- É um prazer - a cumprimento e logo após faço o mesmo com o outro homem.

- O prazer é meu - ela respondeu sorrindo timidamente e ele apenas acenou com a cabeça para mim.

Addison puxou uma cadeira para mim e eu me sentei, agradecendo, a mesma se sentou ao meu lado.

Juan começou a falar algo para a ruiva e ela o interrompeu.

- Inglês, Nkosi, minha mulher não fala português - ela falou pousando a sua mão em minha coxa.

Sorrio fraco para o homem á nossa frente, que assente, se desculpando.

- A sua reunião com Jafari é amanhã, certo?

- Não sei, a minha secretária ainda está organizando a minha agenda. Temos somente cinco dias aqui para resolver tudo.

- Então serei breve, para poupar o seu tempo. Quem sabe sobre um pouco para que você e a sua esposa visitem alguns pontos turísticos da cidade? - ele falou sorrindo para mim, sorrio de volta sentindo minha coxa parecer queimar com o toque sutil de Addison.

Ela apenas assentiu e o garçom veio até nós, trazendo os cardápios. Pego o meu e me dou conta de que eu não fazia a mínima idéia do que estava escrito ali, e muito menos do que pedir.

- Posso pedir para você? - Addison sussurrou no meu ouvido ao perceber que eu estava um pouco confusa.

Assinto, sorrindo envergonhada para ela.

- Por favor - sussurro de volta - Não faço idéia do que pedir.

Ela assentiu, encarando os cardápios.

- Para beber, posso pedir seu suco de laranja? As bebidas alcoólicas aqui são um pouco fortes demais - Ela fala e eu assinto, sorrindo fraco. Álcool já não era algo em que me caía tão bem, forte então, nem pensar.

A mesma faz nossos pedidos e sinto sua mão pousar em minha coxa novamente, descansando ali.

- As obras estão indo a todo vapor, como esperávamos, Montgomery. Temos previsão para o hospital ser finalizado em Dezembro.

- As obras de saneamento? - ela perguntou bebericando a sua água.

- Tivemos alguns problemas mês passado, com a barreira em que desabou, você ouviu falar, certo? - ela assentiu - Então... Isso acabou atrasando as obras no norte em um raio de, mais ou menos 50% - a mesma suspirou - Mas estamos trabalhando nisso, quem sabe conseguimos em menos tempo?

- Connor resolverá isso. Quero essas obras finalizadas até janeiro do ano que vem.

Ele assentiu.

- A economia anda de vento em poupa. Tivemos um aumento de 30% esse mês. Os investimentos estão aumentando, gradativamente. Estamos saindo aos poucos do vermelho, graças a você, é claro.

- E Bangui?

Ele suspirou.

- Estamos tentando. Como podemos. Mas você sabe... A taxa de mortalidade lá tem superado a de natalidade. Os problemas são tantos que não sabemos por onde começar. O tráfico infantil tem aumentado gradativamente. Não achamos saída viável ainda, Montgomery.

- Como não? Há um problema, é a obrigação de vocês resolvê-lo. - ela falou grosseiramente.

- Montgomery...

- Eu investi uma quantia absurdamente grande no seu governo, Juan. Não me importo com os pormenores. É sua obrigação resolver isso. Tráfico de crianças? Você tem a ousadia de dizer para uma juíza que o tráfico infantil em Bangui tem aumentado e que você, o governador, não tem o que fazer?

- Montgomery... Você é uma empresária, não... - o filho de Juan se metera.

Engulo em seco, vendo o rosto de Addison se transformar. Sinto meus pêlos se eriçarem com aquele olhar.

- Não se meta, eu não estou falando com você, e sim com o irresponsável do seu pai. Eu deveria lembrar ao seu pouco intelecto que não sou somente uma empresária? Eu não estou jogando o meu dinheiro no lixo, governador! Não estou investindo na economia deste país e deixando vocês ricos para que vocês não cumpram com as suas obrigações como governo. Não se esqueça de que é a minha empresa em que fornece algo a vocês, e não o contrário. O que você acha? Que está lidando com quem? Que eu posso investir o meu dinheiro, o meu tempo e os meus funcionários para que você passe a porra do seu dia inteiro dentro do seu gabinete coçando o seu saco? Eu não estou colocando o meu sobrenome em tráficos de crianças, e muito menos em irresponsabilidades do seu governo!

Todos estavam estáticos na mesa. Vejo o homem a nossa frente engolir em seco, paralisado.

Addison estava possessa. Suspiro, sem saber o que fazer.

Toco a coxa da mesma por debaixo da mesa, tentando, de certa forma, a acalmar.

- Eu... Irei tomar as devidas providências com relação a Bagui. Resolveremos assim como resolvemos esse caso aqui em Luanda, fique tranquila - ele falou me encarando nervosamente.

- Eu quero isso resolvido até setembro, caso contrário, você e o seu governo poderão esquecer que um dia a minha empresa já tivera alguma relação com vocês.

Ele assentiu, bebericando sua água.

- Bom... Sobre o hospital. - Juan sorriu amarelo para a mesma.

O mesmo iniciou uma conversa com Addison sobre coisas em que eu não estava nem um pouco atualizada sobre.

- Você já havia vindo aqui antes, senhora Montgomery? - Tiara me pergunta sorrindo fraco.

- Me chame apenas de Meredith, por favor - falo devolvendo o gesto - Não, é a minha primeira vez. Estou encantada com a cidade.

- Vocês chegaram hoje?

- Sim, chegamos no final da tarde, ainda não tivemos oportunidade de ver muito, nem sei se teremos.

- Muito trabalho, eu presumo, certo?

- Sim, minha mulher está com a agenda um pouco lotada, pelo que percebi. Realmente não sei se teremos tempo de passear por aí.

- O meu inglês não é tão bom assim, mas posso levá-la em alguns lugares, se quiser. Vir a Luanda sem ver Luanda é inaceitável.

Sorrio.

- Eu adoraria.

- Vocês são de Nova York, não é? A empresa é lá?

- Sim, a sede da Montgomery's, num parâmetro geral, é lá.

Ela assente, sorrindo.

Continuamos conversando sobre o país e algumas tradições como podíamos, Tiara tinha um inglês extremamente bom, mas não entendia algumas palavras em que eu falava. Tivemos que nos virar como pudemos.

Nossas bebidas chegaram antes da comida e eu bebi meu suco de laranja olhando pelas janelas de vidro do restaurante. A cidade lá embaixo era linda.

Olhei para Addison de soslaio que escutava com atenção o que o governador dizia.

Percebi que a gola do seu blazer estava levemente torta e suspirei, revirando os olhos para mim mesma, sentindo meu coração começar a palpitar forte e as minhas mãos suarem. Aquela visão estava acabando comigo.

Portanto, calmamente, passei o meu braço por cima da sua cadeira e consertei a mesma, a deixando completamente alinhada. Tiara me encarou e eu sorri para a mesma, pousando a minha mão abaixo do ombro de Addison, fazendo carinho ali. A morena sorriu para mim e puxou novamente uma conversa animada sobre Luanda.

Os nossos pedidos chegaram e eu me peguei surpresa ao colocar o garfo na boca, sentindo um gosto completamente diferente de tudo em que eu já havia comido na vida.

Era exótico e extremamente delicioso. Fechei meus olhos por um segundo, saboreando daquilo, seja lá o que fosse, eu poderia comer para sempre.

Addison havia pedido o mesmo em que eu e comia enquanto acompanhava a comida de alguma bebida alcoólica em que eu não fazia idéia do que era.

Me limitei a beber o meu suco e prestar atenção no que eles conversavam.

Ouvi eles falarem de hospitais, crianças, centros, obras e mais um monte de coisas em que eu desconhecia.

Tudo em que eu sabia era que Addison estava envolvida em tudo aquilo. Absolutamente tudo.

Terminamos de comer em harmonia, enquanto Addison e Juan conversavam incansavelmente sobre todas aquelas coisas em que eu não entendia. Porcentagens, valores, gastos, ganhos. Eu estava extremamente por fora de tudo.

- Você irá pedir sobremesa, Meredith? - Tiara perguntou.

- Humm, sou uma viciada em doces, mas não sei o que pedir.

Ela sorriu.

- Posso pedir para você?

- Por favor - respondo sorrindo abertamente para a mesma, que fez nossos pedidos rapidamente.

As nossas sobremesas não demoraram a chegar, eu novamente me surpreendi com o gosto extremamente azedo em que aquilo tinha. Eu não fazia idéia do que era.

- Não sei como é isso em inglês, me desculpe - ela falou sorrindo fraco - Você gostou?

Eu não sabia se havia gostado. Era um pouco azedo demais para o meu gosto.

- É diferente de tudo em que já comi na vida.

- Eu sei, acho que foi uma escolha um pouco ousada, não é?

Eu sorri, assentindo e fazendo uma careta.

- Você quer pedir um sorvete? De morango?

- Não seria indelicado da minha parte? - perguntei envergonhada.

Ela riu.

- Claro que não, querida.

Assinti.

- Então terei que aceitar o sorvete.

Ela riu, fazendo o pedido ao garçom.

Quando meu sorvete chegou eu me deliciei com o mesmo, agradecendo por morangos existirem e serem tão deliciosos.

Terminei de comer e continuei conversando com Tiara, enquanto Addison continuava sua conversa com os dois homens.

A mesma suspirou algum tempo depois, massageando suas têmporas, e tirou seu celular da sua bolsa, olhando a hora.

Addison chamou o garçom e pediu a conta.

- Ligue para a minha secretária amanhã e veja em que horário estarei livre.

- Ligarei. Vocês já irão? Não querem dar um passeio pelo centro?

- Eu e minha mulher estamos cansadas da viagem.

Me sinto um pouco decepcionada. Queria passear pela cidade, mas já estava extremamente tarde e eu realmente estava cansada.

Será que teríamos tempo de ver a cidade?

Provavelmente não, Addison estava cheia de coisas para fazer e Amélia não estava diferente. Tudo em que eu poderia fazer num país de língua estranha e cultura completamente diferente da minha, era estar com elas em todos os compromissos.

Addison fizera o pagamento da conta com seu cartão e se levantou, me ajudando a fazer o mesmo.

- Foi um prazer, Montgomerys. Até amanhã - Juan nos cumprimentou.

Fiz o mesmo com todos eles e me deixei ser guiada por Addison até o elevador e nós descemos juntas, até o térreo.

Os seguranças estavam na frente do restaurante nos esperando.

Addison entregou as chaves do carro para Alex e ele entendeu o recado, abrindo as portas dos fundos para nós duas.

Entramos juntas e ele entrou logo em seguida, dando partida no carro.

Addison estava calada, com sua cabeça encostada no banco do carro e de olhos fechados, ela parecia não estar bem.

Eu me limitei a olhar a cidade pelos vidros do carro e me permitir maravilhar-me pelas diversas luzes do centro.

Chegamos no apartamento de Amélia alguns minutos depois.

Addison subiu direto para o quarto e eu me sentei no sofá junto a Amélia, que estava deitada no mesmo, assistindo algo na TV.

- E então? Como foi? - ela perguntou me encarando.

- Normal. Eu não entendi muito bem nada do que fora falado. Não sou muito boa com negócios.

Amélia sorriu, assentindo.

- Sua mulher está insuportável. Provavelmente a enxaqueca chata dela.

Suspirei.

- Ela não descansou absolutamente nada em LA no tempo em que ficou lá e tenho certeza de que também não fazia isso em NY, certo?

- Não, não fazia.

Amélia suspirou.

- A Addie não tem jeito. É uma cabeça dura. Ela está exausta. Os negócios em LA tomavam uma boa parte do tempo dela, outra parte fora tomada pela audiência. Ela ficou extremamente insuportável com aquele caso. Você deveria relaxá-la.

Sorri fraco para Amélia.

- Estou preocupada com a minha irmã, Mer. Ela tem emendado muita coisa. Los Angeles, Washington, Nova York, esse trabalho todo aqui na África. Todo mundo cansa, e ela já está cansada, mas ela descansa? Não. É uma ranzinza insuportável. Eu não me atrevo a dizer nada, mas se eu fosse você, a parava, ou, logo logo, você ficará viúva. - ela fez uma careta, negando com a cabeça - Ou... - ela sorriu maliciosamente - Seja o calmante dela. No banheiro é uma ótima opção. Ah, mas vocês sabem disso.

Sinto minhas bochechas corarem e rio, me levantando.

- Irei dormir, Amy. Estou um pouco cansada também. Durma bem, ok? - falo pegando a minha bolsa.

Ela assentiu, voltando a se concentrar na sua série.

Suspiro, subindo as escadas e pensando no que ela havia me dito.

Entro no quarto ouvindo o barulho do chuveiro e tiro meus saltos, os deixando em um canto.

Prendo meus cabelos em um coque mal feito e suspiro, ainda pensando no que Amélia falara e no fato de que Addison quase nunca deixava-me a tocar.

Mexi nas minhas alianças um pouco nervosa e me levantei da cama, indo, devagar, até o banheiro.

A porta estava aberta, a mesma estava com a cabeça enfiada debaixo do chuveiro e suas mãos apoiadas na parede do boxe, parecia extremamente exausta.

Senti meu coração bater um pouco mais acelerado e deixei o meu temor de lado por um segundo.

Tirei a minha blusa e a minha calça, fazendo o mesmo com a minha calcinha e o meu sutiã.

Suspirei, prendendo meus cabelos num coque mais firme e entrei no banheiro.

Abri o boxe do chuveiro e vi Addison tirar sua cabeça debaixo do chuveiro, abrindo seus olhos e me encarando. Vi seu cenho franzir-se e a mesma me encarar de cima a baixo.

- Você está bem? - pergunto sentindo meu coração palpitar mais forte em temor.

Ela suspirou.

- Estou - a mesma respondeu continuando a me encarar.

Suspiro, me aproximando da mesma, a encarando intensamente.

Me perco em seus olhos, um ar cansado emanava deles, estavam um pouco mais escuros e me encaravam com intensidade.

- Não tenho certeza disso - sussurrei encarando seus lábios.

Sinto a mesma tocar minha cintura e me puxar para mais perto, molhando meu corpo. O contraste da minha pele quente com a sua pele fria, por conta da água, faz meus pêlos se arrepiarem por completo.

Seus lábios tocam os meus e me beijam com volúpia, me encostando firme e indelicadamente na parede. Gemo baixo entre o beijo ao sentir o azulejo frio em contato com as minhas costas.

Levo as minhas mãos ao seu pescoço e o seguro, sentindo a sua língua envolver a minha em um beijo quente e cheio de desejo.

A mesma me prensa contra a parede e segura firme atrás das minhas coxas, colocando minhas pernas ao redor da sua cintura.

Puxo seus cabelos, os afastando do seu pescoço e separo nossos lábios por falta de ar.

Sinto a mesma beijar meu pescoço e descer suas mordidas pela minha clavícula e, então, meus seios.

Gemo alto ao sentir a mesma chupar meu seio esquerdo com força, onde, provavelmente, ficaram marcas mais tarde.

Sinto-me perder a sanidade quando Addison arranha minha cintura e passa seus lábios para meu seio direito, beliscando-o com seus dentes.

Encosto a minha cabeça no azulejo e me perco naquela sensação, sentindo meu centro pulsar por ela.

Mordo meu lábio inferior, segurando firme em seus cabelos e a ruiva me toma novamente em um beijo intenso.

Segurei em seu pescoço, sentindo a mesma morder meu lábio inferior com força e seus lábios passarem para o meu pescoço. Estremeço ao sentir o seu hálito quente contra a minha orelha.

- O que você quer, Meredith? - ela sussurrou em meu ouvido, roçando vagarosamente seu polegar no meu ponto em que pulsava por atenção.

Um gemido manhoso escapou dos meus lábios e eu sinto a minha respiração se tornar ainda mais entrecortada.

A faço me encarar e me perco novamente em seus olhos carregados de luxúria.

Mordo meu lábio inferior, sentindo a mesma repetir aquele movimento.

- Me responda - ela falou em um tom de voz rouco.

Fecho meus olhos com força, respirando com dificuldade, sem conseguir raciocinar.

Sinto a mesma afastar seu polegar e subir sua mão, tocando meu queixo, me fazendo a encarar.

- Estou esperando - ela sussurrou.

A encaro, sentindo algo dentro de mim parecer queimar. Addison conseguira dissipar toda a minha timidez.

- Você - sussurro - Quero você dentro de mim - falo respirando com dificuldade.

A mesma pareceu satisfeita com a resposta e me beijou com volúpia, me agarrei ás suas costas, arranhando as mesmas com cuidado, para não deixar marcas.

Gemo entre o beijo assim que sinto a mesma me invadir com a força e brutalidade de sempre, do jeito em que eu havia descoberto gostar.

Addison me estocava com força enquanto me beijava com intensidade. Separamos nossos lábios por falta de ar e eu enterrei minha boca em seu pescoço, sentindo aquela sensação incrível de ser preenchida por seus dedos.

Senti a mesma chupar com força o ponto fraco do meu pescoço, fazendo-me gemer baixo em seu ouvido, extasiada.

A mesma não precisara de muito tempo para me ter gemendo seu nome contra sua boca e me desmanchando completamente em um orgasmo intenso e avassalador para si.

A beijei, sentindo minhas pernas estremecerem ao redor da sua cintura e me afastei por um segundo.

- Acho... - engulo em seco, tentando respirar - Que já gastamos água demais - sussurrei e a mesma desligou o chuveiro, me desencostando da parede do banheiro.

Me seguro firme na mesma e a deixo me levar até o quarto. A mesma se senta comigo na cama, sem importar-se se iríamos molhá-la ou não.

Ela me beija com luxúria, seguro firme em seu pescoço e o arranho levemente entre o beijo, sentindo-me ansiosa para sentir o seu gosto.

Me separo dos seus lábios e abro meus olhos, dando de cara com os seus.

Passo meus lábios para o seu pescoço e sinto a mesma segurar firme em meus cabelos, arranhando levemente meu couro cabeludo.

Desço meus beijos e mordidas pela sua clavícula e, então, seus seios pálidos.

Chupo cada um deles, sentindo-me extremamente extasiada.

Desci do seu colo e me ajoelhei no chão, a encarando.

Seus lábios entreabertos e vermelhos pelo nosso beijo anterior, seus olhos mais escuros e a sua expressão carregada de luxúria me fizera sentir extremamente desejada.

Sinto a mesma segurar firme em meus cabelos e abrir suas pernas vagarosamente, mordo meu lábio inferior, beijando suas coxas logo em seguida e subindo para sua intimidade.

Fecho meus olhos, passando a minha língua pela mesma, sentindo seu gosto penetrar minha língua.

Ouço um grunhido baixo e rouco escapar dos seus lábios e a chupo com vontade, sentindo a mesma puxar meus cabelos com força.

Seguro firmemente em suas coxas e me perco em seu gosto.

Acaricio seu clitóris com a minha língua calmamente e continuo com o meu trabalho de fazê-la relaxar em minha boca.

Não precisei de muito tempo. Addison se desmanchara para mim em pouco tempo. Sinto seu líquido entrar em contato com meus lábios e, sem sequer pensar duas vezes, chupo todo ele, sentindo seu gosto agridoce em minha língua.

A mesma me puxa para si e me beija com intensidade, me colocando deitada na cama e ficando por cima de mim.

Addison me fizera sua mais uma vez, com força, intensidade e brutalidade de sempre, me fazendo atingir novamente o meu ápice de prazer, perdendo todos os meus sentidos e me sentindo extremamente tonta. Gemi alto entre os seus lábios, me entregando novamente àquela sensação incrível de prazer em que só ela sabia como me proporcionar.

A mesma saíra de cima de mim e saiu da cama, indo até o banheiro.

Continuei deitada, tentando recobrar os meus sentidos.

Addison tomara outro banho, secara seus cabelos e saíra do banheiro alguns minutos depois, enrolada num roupão.

A ruiva fora até o closet e voltara algum tempo depois, vestida com uma camisola vermelha.

Eu me levantei e fui até o banheiro. Tomei um banho relaxante e lavei meus cabelos, saindo enrolada num outro roupão.

Os sequei e saí, indo até o closet.

Vesti um conjunto de baby doll vermelho e me sentei na cama. A ruiva estava na varanda e fumava um cigarro, concentrada em seu MacBook.

Eu suspirei e peguei meu livro e meus óculos, me concentrando na minha leitura.

Após inúmeras páginas lidas, o sono havia me tomado de uma maneira avassaladora.

Eu apenas coloquei meus óculos e o livro de lado e me deitei, me cobrindo e fechando meus olhos. Abracei meu travesseiro e caí num sono profundo, sem sequer perceber.

...

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