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- Mamãe... O que isso faz?

Perguntei enquanto apontava para quase todos os eletrodomésticos que minha mãe usava na cozinha, hoje era o primeiro dia que consegui deixar ela me levar no seu trabalho, ela era confeiteira, muito famosa, por fazer os melhores bolos.

- Jungkook não mexe nisso, vai se machucar pequeno!

Minha mãe dizia pela sétima vez, naquele dia, mas sempre fui uma criança curiosa, naquele momento me sento em um banco.

- Mamãe, me ensina a fazer um bolo para meu papai?
- Mas filho...

- Por favozinho!

Pedia juntando minhas duas mãos, com meus olhos brilhantes, sabia que ela não iria negar.

- Ok, vamos lá.

Aquele foi o meu melhor dia, com minha mãe, ela me ensinou a como preparar a massa de um bolo, dizia que fazendo tudo com amor, o bolo ficaria bom.

Acabei ficando orgulhoso do que havia feito, comecei a decorar, deixando o bolo o mais colorido possível.

- vamos filho já está no horário...

Pego o bolo.

- Jungkook? Para onde vai levar?

- Para casa mamãe, quero que o papai prove e diga se ficou bom...

- não é uma boa ideia amor...

Se naquela época, ao menos tivesse lhe ouvido, não teria tal trauma que tinha hoje, não me sentiria culpado pela sua morte.

- Mas eu preciso, ele previsa provar..mamãe.

- tudo bem meu amor.

Apesar de ter meus 12 anos, era totalmente inocente e sem Malícia, sempre fui sozinho, meu pai pagava aulas particulares e nunca podia sair de casa, e naquele dia descobrir o motivo de tudo aquilo.

Era exatamente 16 horas, quando chegamos em casa, deixei o bolo sobre a mesa e fui tomar banho, logo me troquei, ao ver papai chegando corri até o mesmo.

- Quero lhe mostrar algo papai, papai!

Puxei o mesmo ate o bolo.

- Eu que fiz para você, poderia provar?

Perguntei, enquanto logo fui pegar um prato na cozinha, mas ao chegar na sala da mesa o bolo estava no chão, todo espalhado, olho para aquilo, não acreditando... O que havia acontecido? Algumas lagrimas escaparam dos meus olhos, por que? Por que? Caiu antes que papai pudesse provar.
- Eu poso fazer outro...
- Não, eu não admito que filho meu entre em uma cozinha, você é homem entende isso? Precisa parar de ser assim, você é um homem então tenha ações de um.
- Como assim? Eu... Posso cozinhar, continuo sendo um homem.

Falei ao notar, que talvez ele havia jogado o bolo no chão, e aquela teoria por si só, me quebrou por dentro.

- Quantas vezes preciso lhe dizer? Eu preferia mil vezes ver um animal morto na minha mesa que um bolo.
- Amor. Ele só quis lhe fazer uma...

- Cala boca, sua inútil, nem para me dar um homem alfa? Me deu justo esse omega inútil? Ele é uma vergonha não poderá me dar netos, apenas se ele sentar em outro homem, o que é mais vergonhoso e nojento ainda, se tenho que mentir ter um filho alfa, é sua culpa.

Naquele momento, meu mundo de conto de fadas, caía sobre minha cabeça. Ele não pagava aulas particulares por proteção, e ele tinha nojo de mim por ser um ômega. O que poderia fazer... Nunca seria um alfa, era a vergonha para ele.

- Mas ...papai, eu...
- Amor ele não tem...

Naquele dia, foi a primeira vez que vi uma arma, nem ao menos sabia como funcionava ou para o que servia. Aquele objeto estranho tinha um formato de sete se lhe virasse. Mas logo soube que não era bom, afinal, fez minha mãe sangrar aquele tal objeto.

- mamãe, mamãe, mamãe... Acorda ...

Falava entre meu choro.

- Já falei Alfas e homens não choram.
- Eu não sou um Alfa.
Falei alto, e lhe empurro pego a arma em minha mão ao ver ela cair.

- eu te odeio, vou te matar!

Falava tremendo segurando aquilo, nem ao menos sabia usar, minha mãe estava ali sem vida, pouco me importava.

- Para de blefar, você não sabe usar isso, é só um ômega sem utilidade.

- eu vou calar sua boca, vou te mostrar que o fraco é você.

No momento da raiva atirei e parou em seu ombro, jogo a arma no chão e sai correndo chorando. Como ele ousava tirar minha inocente em um dia.

Sentei na calçada, meus olhos estavam cheios de lágrimas.

- O que um menino bonito faz chorando assim?

Olhei para um rapaz alto, deveria ter seus 28 anos.

- Nada...

Falei limpando meus olhos.

- Não se preocupe, sou beta não vou lhe fazer nada.

Vejo o mesmo sentar ao meu lado. Enquanto me encolhi.
- pelo jeito está com raiva, deixa eu adivinhar... Seu pai?
- Como sabe, ele matou minha mãe...
- E está chorando por isso?

- Estou, e por não ter conseguido matar ele.

- Oh, pequeno, mas quer uma vingança ainda melhor? Por que não ? Deixar ele vivo e ser o melhor, sendo mafioso, essa sim é uma otima vingança.

- Como assim moço? Por que faria isso? Nem sei como começar, e conhece meu pai?

- Meu nome é YooMin, e digo que sou um inimigo dele, sendo verdadeiro sua vingança será minha vingança, o próprio filho destruir o pai... Isso sim é vingança.

- Jungkook volta aqui!

Meu pai saio de casa e estava usando sua voz de alfa, mas não fui atingido o rapaz do meu lado tampou meus ouvidos.

- Eu topo.
- Então, serei seu braço direito, vou lhe ensinar tudo.
- ok... Mas uma das regras... Se outro alfa usar sua voz, quero que mate ele.

O mesmo me olhou sorrindo.

- hum percebi que tem jeito para a coisa, vou seguir suas ordens mestre.

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Então, eu comecei a fazer o meu nome ficar na boca do povo, levava os alfas do meu pai para cama e era ativo com eles, e o velho ao saber disso despedia os alfas, dizendo que alfa ser passivo era uma vergonha e para piorar contratava quem ele chutava, usava contra ele e depois despedia, ficamos nesse circulo vicioso, até ele falir e vim em meu socorro.
- Filho... Eu preciso de dinheiro.
Nessa época tinha meus 21 anos, e havia recém começado na parte de emprestar dinheiro.
- Filho?

Erguei minha sobrancelha.

- Está me confundido com alguém, meu pai ômega, morreu de tanto dar o cu.

Deixo um riso irônico e vejo a cara do velho de raiva.
Logo me levanto.
- Gostou? Do show? Viu como um ômega pode ser mais poderoso que alfas? Está vendo? Se fosse tão bom ser alfa, não estaria me pedindo dinheiro! E não teria conseguido transar com todos seus caras, logo alfas podem ser iguais aos Ômegas! Homens assustados e com medo, e claro, Ômegas podem ser piores que alfas, vocês só não consegue admitir.

- Eu quero dinheiro agora!

Acabei rindo, ouvindo meu braço direito no meu fone de ouvido, no qual tampava a voz do velho e ouvia só do YooMin.

- Usando a voz de alfa? Parece que não conhece as regras da mafia do seu próprio filho? Oh, que tristeza.

Chamo meus homens.

- Espero que goste de laranja.

Logo ouvi o barulho do carro da polícia, tiro meus fones. Ele havia sido preso por seus crimes e principalmente pela morte de sua própria esposa, fiz ele sofrer, não ter mais nada, para depois ser condenado a prisão perpétua, estava enfim vingado.

Naquele mesmo dia, um rapaz veio me procurar.

- Preciso disso.

Pego a folha com uma quantidade pequena de dinheiro escrito, olhei para o mesmo, deveria ter seus 17 anos?

- Vai usar para que?
- Contas de Hospital.

Ouvi o mesmo e logo entregue o dinheiro, no qual sabia que era insuficiente para tratamento de qualquer doença. Vejo ele saindo, como um alfa, poderia ser tão farto, seu corpo seu rosto, tudo era maravilhoso no mesmo.

- Confirme se ele irá gastar no hospital, e se realmente for verdade, me coloquei em contato com o médico, seja lá quem for.

Naquele dia, acabei pagando o resto, que iria faltar era muito, e fiz o médico mentir, dizer que fazia parte do pacote que o rapaz havia feito.
- Mestre... O senhor não está gostando desse rapaz? Por que não faz como sempre faz?

- Não, com ele será diferente, sei que ele não vai conseguir pagar aquele pouco que ele pediu, deixarei ele livre, o mesmo vai conhecer e aproveitar sua vida, quando for cobrar ele... Nunca mais vou soltar, ele será meu apenas meu.

- Mas poderia...ter ele agora.

- Hum, ele precisa conhecer ... Os amores fracos e sem gosto, para quando for a minha vez, ele mesmo não querer ir embora.

- Senhor... Como isso aconteceu... Nem ao menos conhece o rapaz...

- Amor a primeira vista, YooMin, o que vi hoje foi o suficiente, e outra quero ter um dono...

- Fala da marca? Você? Vai ser passivo.

- Deixa de ser curioso.

Falei saindo em seguida, rindo da cara do mesmo, sem ao menos perceber YooMin tornou minha família, ele me entendia com um olhar, nem ao menos falei nada, ele já sabia, que estava amando aquele garoto. Taehyung, você... Será meu.

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