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Sebastian

Mesmo não estando na Noruega, acordo primeiro que todo mundo.

Nunca consegui dormir por mais de sete horas seguidas e depois que Amerie foi embora, esse número se reduziu a cinco horas. Nada com que eu não pudesse lidar, não tinha diferença para mim. A minha vida toda foi sobre esquecer as coisas que eu queria e gostava, não era tão ruim assim.

Adeline tinha saído do quarto poucas horas atrás, se esgueirando atrás do celular como sempre fazia. Talvez ela achasse que eu não percebesse, mas eu só não ligava. Não me importava se ela tivesse alguém, com toda a sinceridade do mundo, até me sentia meio feliz por ela. Esse casamento seria apenas mais um dos inúmeros contratos de conveniência, e talvez se nós decessemos sorte, poderíamos ser amigos.

Não como Amerie era, uma das poucas certezas que eu tinha nesse mundo é que o quê nós tivemos, nunca vou sentir de novo. Vivi tempo bastante e conheci pessoas o suficiente para ter a plena certeza disso. Ela é a única pessoa na face da terra que pode me vê como eu sou, e que me ama mesmo assim. Não sei como e nem sei o que fiz de tão bom para merecer isso. Mesmo que eu não tenha uma vida inteira o lado dela, saber que fui amado por Amerie, a pessoa mais bondosa que existia em toda a face da terra, me bastava.

— Sabia que você estaria acordado. — Norman revira os olhos de forma dramática enquanto entra no meu quarto e se joga na minha cama sem nenhuma cerimônia.

— E você ainda não dormiu? — Pergunto com uma sobrancelha arqueada.

— Estou treinando os tiques do Nash. — Ele estala a língua no céu da boca depois de falar. — Viu? Ele faz coisas estranhas.

Uma risada baixa sai da minha boca, era verdade. Nash era mesmo o mais estranho dos gêmeos. Neil era o bom garoto e Norman era o prodígio, mesmo que tentasse ao máximo esconder.

— Você devia se arrumar já que temos que estar naquela competição ridícula daqui a duas horas.

É impossível não fazer uma cara feia. Desde que eu e Adeline oficializamos o noivado, o pai dela tem pegado no meu pé para que eu fosse uma pessoa mais carismática. Era claro que ele sabia que o casamento seria por conveniência, mas não deixava de ser um imbecil por isso.

— A competição não é ridícula. — Norman diz imitando a minha cara feia. — Todo ganhador do Empire vira automaticamente o fodão com cinco estrelas Michelin.

— E daí? — Pergunto com uma cara de tédio. — Nem sei por que você insistiu em vir nessa palhaçada, e ainda mais fingindo ser seu irmão.

— Mamãe e papai estão em crise por seu irmão ter renunciado a coroa. — Ele revira os olhos e bufa de exaustão.
— Nash é quem mais sofre nisso tudo e precisa de um tempo, eles nem ligam para mim e Neil está amarrado debaixo da saia da Holly.

Ele diz com desdém, mas sei que está com ciúme por seu irmão estar sumido. No último ano nós mal vimos Neil, ele parece ter ficado numa posição terrível depois da minha separação com Amerie.

— Continuo achando uma idiotice. — Digo e Norman me ignora, começando a mexer no celular.

Dou graças a Deus que ele finalmente cale a boca e caminho até o banheiro. Uma amiga de infância de Adeline ia participar dessa competição, e logo, eu estava intimado a aparecer como um dos patrocinadores. Era uma tradição de família, uma tradição extremamente idiota no final das contas.

Me arrumo com calma e sem nem um pouco de entusiasmo para estar pronto. Acho a maioria das competições idiotas, e essa em especial, me lembrava bastante Amerie. Era o tipo de coisa que provavelmente faria ela falar por horas e horas.

Me convenço a parar de pensar nela. Por que sei que ela está mil vezes melhor do que estaria comigo. Amerie abriu o próprio negócio meses depois que sumi da vida dela, e tinha dois sócios que pareciam ser incríveis. Ela estava feliz, dava para ver isso. Conquistou coisas que eu nunca poderia dar a ela e fez isso sozinha, e de certa forma isso me deixava menos infeliz. Saber que o amor da minha vida seria feliz sem mim me deixava bem.

O tempo passa rápido depois que tomo banho e me troco. Norman sai do meu quarto assim que me vê pronto e vai correndo se fantasiar de Nash e antes que eu me desse conta estava no carro indo em direção a competição. Norman me lembra por SMS de não chamar ele de qualquer coisa que não seja Nash e aparece vestido igualzinho ao irmão.

— Oi Nash. — Adeline diz e abraça ele por cima de mim. — É uma honra saber que a Allie vai ter um adversário como você.

— Como eu? — Ele diz e ajeita os óculos exatamente como o irmão faz e eu me esforço para não cair na risada.

— Sim, Sebastian me disse que você era bom. — Ela diz e sorri para mim antes de beijar meus lábios. — Não é, bebê?

— Eu disse que ele não era tão ruim. — Digo e ignoro o impulso que sinto de afastar ela. — Mas e a Allie?

Pergunto querendo fazer pressão por que sei exatamente o que Allie significa para ela. Diferente do que ela diz para todo mundo, tenho certeza que essa garota não é só a amiga dela. Nada me tirava da cabeça que elas tiveram ou tem um caso. O que seria um escândalo considerando o pai homofóbico que tem.

— Allie é mais do que boa, ela é incrível. — Ela diz um pouco triste e se senta direito, afastando-se um pouco de mim.

Um sorriso vitorioso sai meus lábios por que sei que acertei em cheio. Era claro que eu tinha notado que ela gostava muito mais de garotas assim que gemeu "Annette" quando transamos na semana passada. Ela pensou que eu não tinha ouvido, era óbvio. Mas eu tinha certeza que estava pensando na garçonete que tinha nos atendido naquela noite.

Norman parece entender o que fiz, por que até ele que é o cara mais aéreo que eu conheço, notou que Adeline gosta de garotas.

— Eu viria mais a Espanha se soubesse que garotas gostosas andasse só de camisola na rua. — Norman diz e Adeline vira o olhar na direção que ele estava olhando na mesma hora.

Olho também mas sem muita fé no que seja lá que Norman esteja olhando. Ele chamava de gostosa qualquer garota que respirasse, então provavelmente seria alguma mulher com um vestido curto. Algo normal para um cara que não era maníaco.

— Aquela dali é a Allie. — Adeline diz com uma voz esganiçada.

— Allie é aquela gostosa? — Norman diz e solta uma risada. — Se for, eu acabo de perder a competição.

Adeline não responde só abre a porta e sai do carro. Nós ainda não chegamos na competição, estamos no meio da cidade onde os hotéis costumavam abrigar a maioria dos participantes do Empire. Praguejo mentalmente e vou atrás dela.

— Qual a sensação de estar noivo de uma lésbica? — Norman diz com um sorriso zombador no rosto.

— Vai se foder.

Ele me segue ainda rindo e me provoca mais uma vez antes de ficar completamente sério. Olho na direção do que seja lá que ele estava olhando e tenho a mesma reação que ele.

Vejo Amerie em carne e osso na minha frente. Com uma camisola azul minúscula e toda molhada. Adeline olha para ela de boca aberta, quase como se não estivesse acreditando no que estava vendo e me encho de raiva imediatamente. Amerie parece irritadissima e sequer percebe a multidão que está encarando ela, ou se percebe não liga. Ela torce o cabelo que está encharcado de água antes de gritar alguma coisa para um cara alto que também está todo molhado.

A minha raiva só faz crescer a cada segundo que passo olhando a cena e piora ainda mais quando ela se vira na minha direção.

— A gostosa de camisola é sua ex. — Norman sussurra. — Você vai me perdoar por ter visto os peitos dela? Com todo o respeito, é claro.

Olho feio para ele, que parece entender que não estou com um pingo de paciência no momento e cala a boca.

Amerie olha para mim no momento em que tiro os olhos do meu primo e diferente da afeição que eu sempre via, vejo indiferença. É impossível não percorrer o olhar pelo seu corpo, impossível não achar ela irresistível agora mas me forço o máximo para não ficar encarando. Adeline a puxa para um abraço estranho como se elas fossem amigas de décadas e Amerie fica dura como pedra, provavelmente odiando o contato.

— Quem é a cola velcro? — Ouço o cara que estava ao lado dela falar e Norman gargalha do meu lado.

— Cala a boca, Dean. — Uma voz feminina fala e uma garota branca e baixa aparece do lado de Amerie, entregando um sobretudo preto a ela que veste sem pensar duas vezes.

Ainda estou encarando Amerie mesmo que ela tenha desviado os olhos de mim, é impossível parar de olhar para ela depois de tanto tempo. E é incrível que eu ainda sinta a mesma coisa.




Quem votou em Adeline gostar de garotas ganhou, beijos!!!

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