61. Tudo o que eu preciso.
1.272 palavras
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Dois anos depois
— Parabéns! — Ela sorri e eu mal consigo acreditar.
— Muito obrigada mesmo.
Volto para casa com um sorriso enorme no rosto e simplesmente não consigo segurar a notícia, mas logo viajamos e eu conto tudo lá, vai dar tudo certo. Coloco os envelopes dentro da bolsa e saio, coloco as coisas no carro e volto para casa.
Dois anos se passaram, já é quase Natal novamente. A Thea está com sete anos e a Maggie com um; O Jack tem dois filhos também: a Alanna, que tem dois anos e Charlie que tem cinco; Aaron, o bebê de Lori, tem um ano; a Paty também teve um bebê, Alex, está com um ano e a Violet se casou ano passado e tem uma garotinha, chamada Luma, que também tem um ano. Vai ser uma geração boa de adolescentes. Damos risada pensando nas chamadas na escola e as preocupações com as saídas aos dezesseis.
Desde Novembro do ano passado estamos organizando para fazermos uma grande viagem em família, vamos todos nós, alugamos uma casa na praia com dois andares, têm seis quartos, banheiro em todos os quartos, uma sala, cozinha e um quintal enorme. Mesmo as crianças ainda não brincando, apenas a Thea e o Charlie vão aproveitar, mas vai ser bom.
Todos estamos na frente da minha casa, são quatro horas e meia de viagem até a casa. Vai dar trabalho mantes todas essas crianças quietas, mas vamos tentar.
— Vamos, Thea, se não a gente vai se atrasar, já falei mais de mil vezes! — Bato à porta do quarto dela, ela está enrolada nas cobertas, mas já havia trocado de roupa. Ela está enrolando para ir para o carro. — Mike, por favor, leva ela para o carro, já estou ficando estressada — aviso-o, ele está passando com duas malas.
Pego as mesmas da mão dele e ele entra no quarto. Abro o porta-malas e as coloco lá. Eu não sei porque, mas tudo está me estressando, os meus nervos estão à flor da pele. Finalmente abri o meu pequeno escritório, é um escritório que trabalha com publicações secundárias, ajuda a cobrir matérias e as duas garotas que estão trabalhando comigo todos os dias aparecem com um problema novo. Acho que faz mais de uma semana que elas não vão juntas. Um dia uma vai, no outro dia ela falta e isso está me irritando. Me ligaram do plano de saúde falando que eu estou com uma dívida e não estou sabendo como lidar.
Vou até o andar de baixo e pego a Maggie do cercadinho que ela estava dormindo. Coloco-a na cadeirinha do carro e ela apenas resmunga, mas volta à dormir. Nesse tempo que quase fecho a porta do carro, o Mike vem com a Thea no colo, mais especificamente nas costas dele.
— Entra lá, meu bem... — Ele a desce de suas costas e ela corre para dentro do carro com o cobertor rosa.
— Pegou tudo? — peço.
— Sim, amor. Se acalma, está bem? Vai dar tudo certo. — Ele segura meus cotovelos e me dá um selinho.
— Acho que está faltando algo... — Olho em volta, mas nada.
— Deixa para lá...
— Tá. Vai arrumando o carro que eu vou trancar as coisas.
Pego a minha bolsa, tranco as portas e fecho todas as janelas. A Arendelle vai ficar em uma espécie de Hotelzinho para cachorros. Volto para o carro, vamos passar na casa da Paty, todos já estão lá.
Depois de quatro longas horas de viagem, chegamos na casa. Todas as crianças estão acabadas, mas mesmo assim, são cinco horas. Vai dar tempo de fazer uma coisa bem legal para nós adultos. Uma noite de queijos e vinhos e muita risada.
Já faz um tempo que a gente não sai, nem como casal, nem como amigos, nem nada porque todos estão trabalhando, e quando não estão, estão cuidando das crianças. Todos pequenos. Conseguimos esse pequeno período de férias para fechar uns cinco dias antes do Natal.
Depois de um tempo arrumando as coisas e colocando as malas nos quartos. Os rapazes foram assistir NBA na sala. Eu e as meninas estamos na cozinha.
— Aceitam? — A Lori ergue a taça de vinho.
— Claro. — Paty assente, na verdade, não posso, mas aceito.
Ela serve uma taça para cada uma e depois leva algumas para eles lá na sala. Todas as crianças já estão dormindo, mas dá para ouvir qualquer barulho feito nos quartos.
Depois de alguns minutos cortando queijos e arrumando os aperitivos, colocamos as coisas na mesa lá de fora, que tem uma vista linda para o mar. Uma maresia fresca que da vontade de se jogar.
— Vamos propor um brinde? — Andrew sugere.
— Posso falar uma coisa antes? — peço.
— Claro — ele assente.
— Bom, gostaria de dar uma notícia para vocês. — Pego os envelopes ao lado de mim e tiro os papéis de dentro.
— São ultrassonografias? — Mike se engasga. — O quê?
— Gostaria de anunciar que: eu e o Mike teremos gêmeos dessa vez! — Na mesma hora a Paty toma os papéis da minha mão e o Mike fica em pé e me abraça. Sinto uma lágrima no meu rosto.
— Amor? Por que não me contou?
— Exatamente porque é uma surpresa.
— A melhor surpresa.
— Gêmeos? — Lori indaga. — Gêmeos. — Ela parece petrificada.
— Parabéns — Jack me encara. — Você é a melhor mãe do mundo, Clary.
Às quatro e dez da manhã estou sentada na varanda do único quarto vazio na casa. Um copo de água gelada e um casaco.
— Isso vai ser loucura — Lori sussurra, arrastando uma cadeira para o meu lado.
— Uma verdadeira loucura. — Sorrio para o nada e depois encaro Lori.
— Clary, eu te admiro demais. Sério. Eu com o Aaron, ele tem só um ano e está deixando eu e o Thomas loucos; e olha vocês, vocês dois trabalham e vão ter quatro filhos. Sabe o que eu penso? Você é um outra versão da mamãe. A mesma, mas em outro corpo...
— Que tenebroso, Lori...
— Mas é verdade, eu estou feliz por você. Muito feliz mesmo. Eu te amo, Clary.
— Também amo você, mana. — Levanto da cadeira com cuidado, dou um beijo na testa dela e volto para o meu quarto.
— Acordada ainda, Amor? — Mike se vira na cama.
Sento-me ao lado dele na cama, com as pernas cruzadas e olhando para as meninas na cama ao lado.
— Fico me imaginando se eu não estou adiantando as coisas. Quatro, Mike. Quatro! Achei que aquilo que você tinha dito para a sua mãe há alguns anos, sobre dois casais. Fosse... sei lá, coisa de momento. Se fosse um, com certeza não teríamos quatro.
— Está desistindo, Clary? — Ele me olha perdido.
— Eu não sei, temos a casa, temos dinheiro, temos amor. Nada nos impede de criá-los, nada nos impede de sermos felizes e você sabe disso. A Mag tem só um ano e daqui cinco ou seis meses teremos mais dois de uma vez. Eu vou dar conta?
— Nós vamos.
Deito-me no ombro dele, ele mexe no bolso e pega uma pétala de Rosa. Uma pétala até bem conservada. Observa ela e guarda de novo, não sei o que aquilo significa, mas eu o amo. Pelos pequenos detalhes. Amo pelo fato de lutar comigo e de estar comigo em todas as horas que eu preciso. Amo o fato de me encaixar no seu abraço e de que, ali, naquele momento, eu sei que não preciso de mais nada. Nem material, muito menos isso. Aqui nesse momento, onde os nossos corações estão em total sincronia, e a mão dele desliza pelo meu ombro, assim como meus cabelos caem perfeitamente pelo ombro dele, ali, naquele momento, eu sei que eu não preciso de mais nada.
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