49. Felicidade.
2.280 palavras
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FAZ MAIS DE meia hora que a Clary saiu de casa. Talvez a minha mãe tivesse pedido para ela comprar algum remédio, mas o que será que ela pode ter? Será que ela está com alguma doença que eu não sei, ou ela não quer me contar? Enquanto ela estava fora eu pensei em mil e uma situações que poderiam estar acontecendo.
Até que na hora em que eu pego o meu celular para ligar para ela a porta se abre. Ela está com uma sacola na mão, na verdade, está mais para uma bolsa de tecido, mas tudo bem. Ela corre para o quarto e volta sem a sacola.
— O que você comprou? — peço, quando ela volta.
— Um presente.
— De quem é o aniversário?
— Não sabia que precisava de aniversário para dar presentes. — Ela mexe a cabeça e passa por mim.
Eu não falo nada, nego com a cabeça e ela dá risada. Recebo uma mensagem da secretária da empresa. Surgiu uma reunião que eu preciso ir aparentemente urgente.
— Preciso ir para a empresa. — Vou até a cozinha, onde a Clary está preparado alguma coisa. — Tudo bem?
— Ah, sim. Claro. Até depois. — Ela ainda não me olha, vou para perto dela e dou um beijo em sua bochecha. — Vai voltar para o almoço?
— Pretendo. — Ela dá risada.
— Tá bom... Até depois, amor.
Coloco uma roupa mais formal, não chega a ser um terno, mas também não é algo relaxado. Penteio o cabelo e pego as chaves do carro. Fecho a porta e vou ao elevador. Que demora para subir. Depois de alguns minutos eu chego até o carro, dou partida no carro, acabo pegando um trânsito de meia hora, mas chego.
— Bom dia, senhor Zeiss — a recepcionista diz, apenas assinto e sigo pelo salão até a minha sala.
Tudo está no mesmo lugar, os meus papéis e a minha maquete mais recente do outro lado. Abro as cortinas e ligo o telefone, ativo ele mais especificamente.
Em menos de meio minuto vou para a sala de reunião, onde tem uma mesa enorme, vários homens de terno preto estou sentados à ela. Eles estão com pastas e canetas à mão.
Depois de mais ou menos duas horas falando sobre os investimentos para a construção de um resort de luxo na Baía de San Anders, há uns cem quilômetros daqui, eu finalmente saio daquela sala. Volto para o meu escritório, ainda fico uma hora resolvendo mais alguns papéis, nada muito importante, mas que em hipótese alguma podem ser deixados para amanhã.
Saio daqui às onze e vinte. Levo vinte minutos para voltar para casa. Tomara que não tenha acontecido nada com Clary.
Chego em casa, não há barulhos de ninguém.
— Amor? — Tiro o paletó e coloco no cabide ao lado da porta, vou adentrando a casa e chego na sala de jantar.
A mesa está linda. Com várias coisas. Coisas que eu nunca pensei que Clary pudesse cozinhar. Ela está com o cabelo solto, uma calça preta por baixo daquele vestido moletom que estava hoje de manhã.
— Oi, meu amor — ela diz, vindo na minha direção e depositando um beijo leve na minha bochecha.
— Oi, amor. Está melhor? — peço, por mais que pareça que sim.
— Sim, tenho até uma notícia.
— Sério? O que é?
— Hum... Vamos almoçar e daí eu conto. Vem.
Vou rápido para o quarto me trocar enquanto ela termina de arrumar os talheres.
ASIM QUE o Mike sai da cozinha eu termino do arrumar todas as coisas e todas as surpresas. Preciso fazer isso o mais rápido possível porque eu sei que ele ficou preocupado comigo hoje de manhã. Então eu vou agilizar logo essa situação. Deixo tudo no lugar e começo a colocar as comidas à mesa quando Mike reaparece. Então dou um beijo nele.
— Você vai realmente me contar o que aconteceu? — ele pede, se sentando na cadeira.
— Nada de mais. Só um mal-estar. — Sento-me também. — Mas, como vai o trabalho? — peço, servindo comida a ele. — Espero que tenha ficado bom, eu só segui a receita.
— Claro, hum... Está ótimo, digo, cem vezes mais trabalho, mas está tudo ótimo. Hoje fechamos um negócio para a construção de um resort. Bem legal. — A expressão dele é de desconfiança.
Enrolo ele por mais dez minutos. Então está na hora da surpresa. Tiro o jantar da mesa e coloco algumas tigelas com frutas na mesa junto com um pote de sorvete de morango. Sento-me na mesa.
— Amor, eu esqueci de pegar a colher de tirar o sorvete. — Coloco alguns mirtilos na tigela dele. — Pode pegar para mim?
— Claro. — Então ele levanta e vai até a gaveta.
— Não, não! Está dentro daquela caneca. — Aponto para uma em cima da pia.
— Verdade. — Ele vira de costas e eu não consigo deixar um sorriso enorme escapar. Ele pega o que eu quero. Um teste de gravidez.
— Amor...
— Clary, o que é isso? Eu... — Ele se vira para mim.
— Pegas as colheres. — Sorrio mais ainda, então ele pega duas colheres, em que eu escrevi com caneta permanente: Você vai ser papai e Positivamente grávida.
— Meu Deus... — Ele deixa tudo em cima da mesa e me abraça forte. — É sério isso, meu amor?
— Olha, eu fiz dois testes, e os dois deram positivo, a minha menstruação não vem há alguns dias, então, provavelmente sim. — Ele me dá um beijo e passa a mão pela minha barriga.
— Eu amo vocês. — Ele me dá mais um beijo no pescoço. — Você me assustou muito, está bem?
— Prometo não fazer isso de novo. — Dou mais um selinho nele e nós vamos para a mesa. — Bom, eu comprei uns presentinhos para a Mônica, a Lori e a Paty. Será que antes de irmos para a janta de inauguração da casa da Lori podemos passar na casa da sua mãe?
— Óbvio.
Passamos a tarde conversando sobre a gravidez. Mais especificamente discutindo como vai ser. Se já vamos começar a ver as coisas para o quarto do bebê. Eu não sei como estou me sentindo. É estranho e legal ao mesmo tempo. Tem uma vida dentro de mim. Que depois vai virar um bebê aqui fora. Eu sempre tive aquele receio em ser mãe. Já que eu morria de medo de ter uma marido como o meu pai. Eu sempre disse para mim mesma que eu não ia ser mãe porque na minha cabeça todos os homens seriam como o meu pai. Todos os homens iriam bater em mim, me obrigar a ter um filho e bater nele também, mas agora eu não estou com esse medo. Já que eu sei que Mike não vai ser assim comigo, muito menos com o nosso bebê. Nosso bebê. É estranho pensar sobre isso.
São seis horas, ontem a Lori fez a mudança dela para a casa nova. Onde ela vai morar com o namorado dela. Ela vai apresentar ele para nós hoje. Eu até ia ajudar ela, mas eu não estava me sentindo muito bem, então disse que eu iria para a janta.
Vou para o banheiro, tomo banho antes do Mike e enquanto ele está no banho eu me arrumo. Seco o cabelo e deixar liso, coloco um vestido vermelho solto, meio rodado na ponta. Coloco uma sapatilha branca e uma tiara dourada. Passo um batom vermelho e rímel. Mike sai do banheiro e coloca a roupa dele.
Enquanto isso vou até a cozinha e pego os três pacotes de presente. Eu comprei três canecas na volta das farmácia. Tipo para anunciar a minha gravidez de um jeito legal. Não só chegar e Ah, então, estou grávida. É isso. Não quero ser só isso. Então decidi comprar algo que eu acho que elas vão achar bem legais.
Pego os presentes e o meu celular. Dou um tchau para a Arendelle e então o Mike sai do quarto e finalmente vamos para a casa dos pais dele.
Depois de vinte minutos chegamos, a Mônica nos atende na porta. Tecnicamente ela foi a primeira a saber disso tudo. Então quando vê o presente ela não se impressiona muito. Eu e o Mike cumprimentamos ela e nos sentamos no sofá, onde o Joey se encontra. Também cumprimentamos ele e a Paty chega. Abraçando eu e o Mike.
— O que é esse pacote? — ela pergunta, sentando do meu lado.
— Um presente.
— Para mim?
— Também.
— O que é, Clary? — Mônica pergunta.
— Hum, só quero dizer uma coisa, Joey, eu prometo que acharei uma para você, na loja não tinha nenhuma. — Então entrego o pacote de Mônica para ela e o de Paty fica em meu colo.
— Esse é meu?
— Sim. — Entrego.
Na caneca da Mônica tem um pequeno pássaro e está escrito: Um passarinho me contou que você vai ser avó. Na de Paty está escrito Melhor tia.
— Ah, meu Deus, as minhas preces foram atendidas! — Paty pula em mim, me abraçando forte. — Ah! Eu amo vocês, muito! — Ela coloca a mão na minha barriga. — Tem que ser uma menina. Uma menina linda.
— Parabéns, Clary — Joey diz. — Parabéns, filho.
— Obrigado — Mike responde, enquanto segura a minha mão.
— Obrigada digo eu, sério, Clary e Mike, essa foi a melhor notícia que eu pude receber nesse mês — Paty diz, histérica, ela pula mais uma vez em mim e acaricia a minha barriga. — Eu posso ser a madrinha?
— Patrícia... — Mônica a encara com um olhar mortal. Eu e Mike nos entreolhamos e sorrimos.
— É claro que sim... — Mike a abraça.
Como a janta na casa de Lori começa em pouco tempo nós nos despedimos deles. Entramos de volta no carro e eu pego o pacote de presente de Lori. É o mesmo que o de Paty. Eu sei que Paty vai ser a madrinha do nosso filho, eu espero que Lori não fique chateada. Porque eu realmente não sei que desculpa dar à ela.
Chegamos no endereço. É uma casa linda, de dois andares, cinza com branco. Um jardim imenso na frente. Seguro o presente em uma mão e o celular em outra, Mike toca a campainha e Lori vem nos receber. Ela está linda. Com o cabelo mais curto e uma maquiagem escura. Está com um vestido azul claro curto e um sarpin preto. Ela sorri e seus olhos brilham.
— Oi, meu amor! — digo, abraçando ela. Eu e a Lori não nos vemos há mais ou menos duas semanas.
— Oi, como está? — Ela dá um beijo na minha bochecha.
— Muito bem, e você?
— Vida que segue. — Ela sorri e cumprimenta Mike. Depois fecha o portão e nós vamos para dentro.
— A sua casa é linda, mana. — Olho a casa maravilhada.
— Obrigada. A janta já está pronta, depois eu mostro tudo para vocês. — Ela me encara. — Por que o presente?
— Abre. — Entrego o presente.
— Meu Deus, é para mim?
— Sim. — Sorrio enquanto ela o abre.
— Ai-meu-Deus-ai-meu-Deus. É sério isso, mana? Mike? Meu Deus, que notícia maravilhosa. Você é incrível, Clary. — Ela me abraça.
— Sim, meu amor. É sério. — Abraço ela de novo.
— Amor? — Ouço uma voz diferente.
— Thom... — Lori olha para trás e ele se aproxima, é namorado dela. — Thom, essa é Clary, a minha irmã, e esse é o Mike, o marido dela. — Então ele sorri e nos cumprimenta. Ele é lindo, tem os cabelos castanhos e é mais alto que ela. Eles formam um casal lindo.
— É um prazer conhecer você — digo, sorrindo.
Então todos nós vamos para a mesa, onde o meu pai está, junto com os pais do Thom, a Violet e duas amigas de Lori do curso. O meu pai está com uma cara estranha, mas tudo bem, cumprimento todos.
A mesa está incrivelmente arrumada. Branca com alguns guardanapos rosa claro. Todos nos sentamos e Lori serve a janta. São espécies de panquecas e algumas saladas exóticas.
— Clary, será que eu posso contar a novidade para eles? — peço, assim que as duas amigas de Lori foram embora e só restam as pessoas da família à mesa.
— É claro que pode, meu amor.
— Bom, hoje eu recebi uma notícia incrível, que uma hora ou outra todos vão ficar sabendo. Eu estou grávida — disparo, sem mais nem menos.
— Meu Deus! — a Vi se pronuncia. — Amiga, isso é incrível, que lindo!
— Parabéns, filha. — Eu sei que o meu pai pode e não pode ser verdadeiro agora. Só espero que o fato de eu estar grávida mude alguma coisa na vida dele. — Bom, hum... Eu também quero dizer que vendemos a casa e que eu vou morar em um apartamento.
Eu sei que mesmo não querendo falar dela, isso sempre vem à tona. Seguro-me muito para que as lágrimas continuem dentro de mim.
— Que bom. — É a única coisa que eu consigo dizer antes de fechar o rosto.
— E... Vai fazer alguma coisa especial para o seu aniversário? — Eu não acredito.
— Aniversário? — Mike pede, e eu engulo em seco.
— Sim, amanhã é meu aniversário.
— Verdade! — Lori diz, empolgada.
— Não, não faremos nada de especial, eu acho... — Olho para Mike e ele retribui com um sorriso.
Eu e a Lori vamos pela casa para conhecer enquanto eles ficam conversando lá fora.
— Você não contou a ele sobre o seu aniversário?
— Digamos que não.
— Tá bom, mas acho que ele devia saber, não acha?
— Pois é.
— Enfim... Como vai o bebê? Como descobriu? — Lori me bombardeia de perguntas.
— Digamos que dois testes e uma suspeita da minha sogra me disseram hoje de manhã. E, eu não sei como vai o bebê, vou esperar um pouco e daí vou no hospital.
— Não demora muito, quero saber sobre o meu sobrinho, ou sobrinha... — Ela sorri e passa a mão na minha barriga.
Descemos as escadas e ficamos mais um pouco conversando lá em baixo, até que eu e o Mike decidimos voltar para casa.
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