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47. Sentirei saudades.

1.947 palavras

Música do capítulo: Angel By The Wings — Sia (mídia)

Não se esqueçam de comentar e favoritar se gostarem do capítulo, obrigada!

ACORDO na manhã seguinte com a sensação de que um trator passou por mim durante a noite inteira. Considerando o fato de que eu dormi lá pelas cinco da manhã. Nada que eu tentava fazer tirava tudo isso da minha cabeça. Eu passei a noite toda acordada e nada fez a minha ficha cair.

De fato, eu ainda não sei o que é perder alguém. Passei a noite inteira pensando que a minha mãe não estava do meu lado nesses últimos dias, e eu também não dei muita atenção à ela. Já que eu estava quase cem por cento em função do casamento. Daí veio a casa, o casamento, a minha vida profissional. E eu infelizmente não tive tempo de ficar com ela.

Eu devia ter ficado mais com ela. Eu queria ter estado em todos os últimos momentos dela. A Lori teve sorte. O Jack teve sorte. Eu não acredito que eu — justo a pessoa que cuidou dela por três anos —, não estive presente nos momentos mais difíceis dela. Eu não acredito que eu fui tão idiota assim.

O Mike ainda está dormindo, são oito e vinte. Levanto-me da cama. Já que eu não tenho sono e nem porque ficar na cama, então eu cuido para não fazer barulho nenhum. Coloco um roupão de seda por cima na minha camisola, solto o coque mal feito e pego meu celular. Saio do quarto fechando a porta.

Vou para a varanda, solto a Arendelle e até brinco um pouco com ela. Ligo a televisão e vou para a cozinha, eu geralmente faço café da manhã por causa de Mike. Já que eu só como cereal ou algo do tipo. Eu sei que preciso aprender a ser mais saudável, mas não consigo. Não sou dessas, apenas separo o meu cereal em uma tigela, faço o café da manhã do Mike, que não demora muito, e coloco leite no meu cereal. Vou com a tigela para a sala e me sento no chão,não há nada de interessante passando na televisão. A Arendelle brinca com a cordinha que amarra o meu roupão enquanto eu como. Olho para o porta retrato quebrado em cima de mesinha, o aperto no meu coração volta de novo.

— Bom dia, amor — a voz de Mike ecoa pelos meus ouvidos,não olho para ele.

— Bom dia, o seu café está na cozinha. — Sei que eu não quero ser grossa, mas nessa situação eu não sei como ser gentil.

Ele vai até a cozinha, em menos de um minuto se senta ao meu lado no chão da sala. Apenas sorrio para ele, intercalo o olhar entre ele e o porta retrato. Sei que ele deve me entender, de algum jeito ele me entende. Eu sei disso. Eu sinto isso. Roubo um pedaço do seu sanduíche.

— Como passou a noite?

— Não dormi quase nada e quando consegui dormir parece que um trator ficou em cima de mim... — Sinto que vou chorar, então reverto a situação. — Isso vai passar, é uma ferida que vai acabar sarando. Vai ficar um tempo aberta, mas uma hora ela para de doer ou, pelo menos, cicatriza, não é?

— Com certeza, meu amor. — Ele dá um gole no suco.

O meu celular vibra e é uma mensagem de Jack.

— Vai ser hoje.

— O quê?

— O enterro. — Dou de ombros. — Mas eu não vou.

— Como não, Clary? É lógico que você vai. Ela é a sua mãe.

— Eu não vou a velórios.

— Mas é a sua mãe, é claro que você vai. Nem que seja só dez minutos, mas você vai.

— Eu não vou a velórios.

— Você só vai ir nesse, eu não vou obrigar você a ir a lugar algum, mas você vai no da sua mãe. Está bem?

— Claro. — Reviro os olhos, pego a bandeja e a minha tigela e fico em pé.

— Olha aqui! — Ele se levanta atrás de mim. — Eu entendo que você está passando por uma coisa muito delicada. Eu sei, eu já senti isso. Pode acreditar. Você não quer sair, não quer se arrumar, não quer ir ao velório, mas você vai. — Em pega as minhas mãos. — Sabe por quê? Porque eu vou estar ao seu lado em todos os momentos, te apoiando e te ajudando. Porque eu amo você e eu quero ver você bem. E só assim você vai conseguir superar isso, com pessoas que te amam, eu, os seus irmãos, os seus amigos. Está bem?

— Mike... — Abraço ele o mais rápido possível e me desmancho em lágrimas, ele passa as mãos pelas minhas costas e pelos meus cabelos. — Eu te amo cada dia mais. — Levanto a cabeça e dou um selinho nele.

— Você faz eu me apaixonar cada dia mais. — Ele passa a mão pelo meu rosto e me beija.

— Lori já deve estar em casa agora, eu acho que vou passar o dia lá. Você me leva?

— Levo sim. Toma um banho, se troca, que eu arrumo tudo aqui e te levo.

— Você vai a algum lugar?

— Vou passar lá em casa, ver se eles já sabem, conversar um pouco com o meu pai.

— Tá bom. Eu já volto. — Dou mais um selinho nele e vou para o quarto.

Tiro toda a roupa e entro no box do banheiro, fico uns dez minutos parada em baixo da água chorando. Eu sei que tudo o que Mike me disse é verdade. Não apenas sei, eu sinto. O difícil é aceitar tudo isso. Todas as pessoas que eu amo me ferem de um jeito ou de outro. Tenho medo de que ele me machuque, mesmo sem intenção. Todos fazem isso.

Saio do banho e coloco um shorts jeans claro e uma regrinha bem solta. Prendo o cabelo com uma bandana vermelha e calço uma rasteirinha. Pego a minha bolsa, coloco celular, óculos de sol e a carteira. Mike está na cozinha, lavando a louça do café — na verdade, ele está colocando a louça do café na máquina.

— Pronto? — peço, sorrindo.

— Claro. — Ele lava as mãos na pia e pega as chaves.

Fechamos a porta da varanda, deixado Arendelle dormindo. Fechamos a porta de casa e vamos para o carro. Converso com Vi pelo telefone durante o trajeto. Até que chegamos na frente da minha ex casa.

— Eu busco você depois do almoço. — Ele me dá um selinho.

— Tá bom. Até depois então. — Saio do carro.

Fico no portão, dou um toque para a Lori e ela abre tudo. Despeço-me do Mike e entro em casa. Ele sai com o carro e vai para a casa dos pais dele. A Lori está de pijama, com o cabelo amarrado e olheiras extremamente profundas. Assim que ela toca em mim ela desaba. Tento ser o mais forte possível, lembro das palavras de Mike e consigo.

— Vem, vamos entrar. — Fecho a porta e vamos para o sofá, me sento e fico esperando ela vir, ela se senta no sofá de frente para mim, nos encaramos por alguns minutos.

— Não dá para acreditar que isso está realmente acontecendo, não é?

— Pois é, mas é vida que segue, meu amor. As pessoas são passageiras na nossa vida. Assim como nós somos passageiros na vida das pessoas. — Foi a coisa mais calma que eu consegui dizer desde ontem à noite.

— Eu só queria ter mais um tempo com ela. Queria era ficado mais tempo com ela assim que o papai e o Jack saíram de casa. Sempre sobrecarreguei vocês duas de problemas. Eu sinto muito, por você e por ela, por ter feito vocês duas passarem por isso comigo. Eu só queria ter mais um minuto para dizer eu te amo à ela. Só mais uma vez. — Lori está com os olhos encharcados.

— Não vamos pensar nisso agora. Vamos só pensar nas coisas boas que vivemos com ela. Só uma coisa: você vai ficar aqui?

— Sim, não tenho muita escolha, tenho?

— É. — Apenas concordo. — Você vai ficar bem? Qualquer coisa eu converso com o Mike, para ver se você pode ficar uns dias lá em casa.

— Imagina, mana. É lógico que não, eu vou estragar a rotina de vocês, esquece, eu vou ficar bem aqui. É sério, quando eu conseguir um dinheiro eu vou para um lugar menor, um apartamento talvez. Não se preocupe. — Ela sorri.

Saí de lá depois do almoço. Lá pela uma hora da tarde. Mike buscou-me e voltamos para casa. Lori nunca aparentou se importar muito com as pessoas, mas dá para claramente perceber o quanto a morte da nossa mãe afetou a vida dela. Ainda mais nesses último dias em que ela ficou com a mamãe. Ela a ajudou. Inclusive começou o curso de Enfermagem por causa dela.

Coloco um vestido preto, faço um rabo de cavalo e calço uma sapatilha bege. Olho-me no espelho e eu estou completamente pálida e o meu rosto está quase suando. Não deixo transparecer, então eu e Mike vamos para o cemitério.

Tudo aqui está lindo, bem arrumadinho do jeito que a minha mãe costumava ser. Por mais que ela passou por muitas coisas na vida, ela sempre teve esse jeito amoroso, quieto e delicado. Eu e Mike conversamos com algumas pessoas, familiares e amigos. Então eu converso um pouco com o Jack e com a Lori, então finalmente começa.

Não sei descrever a minha sensação enquanto tudo isso está acontecendo. As palavras saem da boca do Pastor, mas não são capazes de chegar aos meus ouvidos, ou se chegam, elas não são capazes de serem compreendidas. Sinto um vontade enorme de vomitar, bato na mão da Lori e ela vai comigo ao banheiro. Por mais que eu não tenha comido nada, ainda tem algo para botar para fora. Quando termino, lavo a minha boca e tomo um gole de água, esperando que ela consiga ficar no meu estômago, a Lori me guia de novo para o lugar.

Você está bem? Mike pergunta, baixo, pegando minha mão. Apenas assinto.

Bom, algum dos familiares de Mary gostaria de falar alguma coisa? o Pastor pede.

Por um momento fico em pé, cambaleando, tremendo e suando por cada poro, ando para perto do caixão e o Pastor sorri para mim.

Todos aqui devem saber, mas eu vou falar mesmo assim, o meu nome é Clary, eu sou a filha do meio do Norman e da Mary. Hoje é um dia difícil para mim; para a minha irmã mais nova, Lori; e para o meu irmão mais velho, Jack. Tanto quanto deve ser para muitos de vocês que estão aqui hoje. Não vou ficar aqui chorando na frente de vocês, até porque isso não vai passar o que eu quero. Eu só me levantei para dizer que eu tenho muito orgulho da pessoa que a minha mãe era. Uma mulher forte, que passou por mais coisas do que ela merecia. A vida dela não foi a melhor, quando pensamos que o pesadelo lá em casa havia passado, ela foi diagnosticada com essa doença, mas o que mais me marcou foi que ela nunca agiu como se fosse realmente morrer, o que me marcou foi o fato de ela ter tratado tudo com uma leveza enorme e com aquele coração, que por mais que estivesse afetado nos últimos tempos, era puro. Continuou puro até o último dia de sua vida. Deixo uma Rosa vermelha em cima do caixão e me sento perto de Mike.

No final converso mais um pouco com algumas pessoas, então, finalmente, vou com Mike para casa. Não tenho mais forças. Tudo o que eu consigo fazer é me jogar no sofá. Mike se senta ao meu lado e eu deito a minha cabeça no colo dele. Sinto várias lágrimas seguirem em sequência até que ele aperta forte a minha mão.

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