44. Rosas.
1.840 palavras
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HOJE É segunda-feita, é o primeiro dia do Mike na presidência da empresa. De manhã ele estava radiante. de verdade, ele estava muito feliz. Fiquei feliz por ele. Bom, a manhã foi consideravelmente chata, já que eu estou sem emprego já que, na verdade, fui obrigada a ficar sem emprego. Dei uma organizada em algumas coisas; fui ao mercado comprar algo descente para comer e depois brinquei um pouco com Arendelle enquanto assistíamos Grey's Anatomy.
A síndica do prédio bate à minha porta lá pelas oito e meia da manhã, como acabei de sair o banheiro atendo-a apenas por uma fresta. Ela entrega-me uma caixa média e despede-se com um sorriso no rosto. Deixo a caixa em cima da mesa e troco-me. Como alguma coisa e lembro-me de que preciso passar as fotos do casamento para a minha câmera nova. Então, já que Mike deixou o notebook, pego-o e abro, tem uma foto nossa do casamento como plano de fundo. Acho fofo da parte dele, as fotos demoram um pouco para baixar, mas por fim é rápido.
Mike me manda uma mensagem às dez e quarenta dizendo que terá um almoço na empresa, então não vem para o almoço. Apenas dou comida para a Arendelle e deixo-a novamente na varanda. Lembro-me de que a minha habilidade na cozinha é zero então ligo para um restaurante delivery de comida chinesa no baixo. Enquanto a comida chega eu começo a lavar a roupa.
O almoço chega e eu como com Arendelle do meu lado. Assisto todo o filme A Vida é Bela e limpo a cozinha. Volto para a lavanderia já que tem muita coisa aqui para mim fazer. Já são meio-dia e vinte, penso em mandar mensagem para o Mike, mas ele provavelmente deve estar em uma mesa cheia de pessoas com ternos pretos e papéis cheios de regras e tinta. Não seria muito oportuno chamá-lo agora.
— Oi, amor! — ouço a voz de Mike ecoando pela lavanderia, ele coloca as mãos em volta da minha cintura e me dá um beijo.
— Oi — digo, retribuindo o beijo. — Achei que estava no almoço ainda. — Viro-me para ele.
— Já acabou. — Ele sorri, me soltando. — Como foi o seu dia?
— Fiz várias coisas. — Dou risada. — Você sabe, limpei a casa, pedi comida, fiquei um pouco com a Arendelle e agora estou lavando roupas.
— Magnífico. — Ele me dá outro selinho.
— Como foi a sua manhã como presidente? — Dou um sorriso sarcástico enquanto ele abraça a minha cintura.
— Foi bem legal, só ganhei mais trabalho e reunimos todos os dias a partir de agora. Nada muito extraordinário. — Sorrio enquanto ele fala mais um pouco sobre como é a sala e como é a rotina eu me perco em seu rosto e imagino como seria se eu estivesse exercendo a minha profissão. Como seria legal contarmos um ao outro sobre o nosso trabalho e as coisas legais que vivemos lá. — Clary... — ele me chama, me tirando dos meus devaneios. Passando uma das mãos na frente dos meus olhos.
— Eu... — Sorrio na mesma hora.
— Está tudo bem?
— Você acharia ruim se eu trabalhasse?
— Do que você está falando? Você só não quer trabalhar por minha causa?
— Você nunca se perguntou o fato de eu nunca falar do meu emprego?
— Já, sempre achei estranho, mas achei que não estava indo por causa do casamento. — Ele arqueia uma das sobrancelhas.
— Eu me formei, mas sempre trabalhei como camareira em um hotel. Não tinha oportunidade de trabalho na minha área, além do mais, era eu quem cuidava da minha mãe, então não tinha tempo. Eu ia trabalhar durante à noite.
— Nossa, mas por que me pediu se eu me importo que você trabalhe? — Ele ainda está com as mãos na minha cintura e nos olhos se cruzam fixamente.
— O meu pai sempre foi muito dominador, nunca deixou a minha mãe fazer outra coisa que não fosse limpar a casa; fazer comida; cuidar dele quando estava bêbado e fazer tudo isso de novo e de novo. Ela mal tinha tempo de sentar um minuto. Enquanto ele estava em casa ela não parava. Sempre tinha alguma coisa para fazer, às vezes ele chegava em casa, batia nela e subia para o quarto do Jack, onde eu me escondia com ele, então ele batia no meu irmão enquanto ele chorava, então ele batia em mim... — Sinto as minhas mãos tremerem e de repente as lágrimas brotam dos meus olhos sem eu ter como parar. Ele puxa a minha cabeça para perto de seu peito e acaricia os meus cabelos.
— E o que ele fazia com a Lori? — Os meus olhos se enchem mais ainda e nós nos sentando, ainda estou abraçada nele.
— A Lori era a única pessoa que ele não encostava um dedo. Por mais que ele estivesse bêbado ele sempre ia para o quarto dela e dava um beijo em sua testa. — Não sei como parar de chorar. — Teve um dia que o meu pai bateu tanto na gente, que eu chorei, eu nunca chorava, por mais que eu via a minha mãe e o Jack apanhando, eu nunca chorava. Um dia, mais ou menos um ano e meio antes dele ir embora de casa, ele chegou mais bêbado do que o normal, bateu na minha mãe, no Jack, mas eu não estava no quarto. Ele foi para o quarto da Lori, eu estava deitada ao lado dela; ele me puxou pelo braço e ela não acordou, ele me bateu com uma cinta, a fivela fez um corte em minha mão... — Mostro para ele a cicatriz que guardo até hoje, ele levanta a mesma e deposita um beijo. — Ela levantou na hora, apavorada, gritou com ele, mas ele estava tão bêbado que apenas saiu do quarto. O nosso quarto tinha um banheiro, então eu fui e comecei a limpar o corte, eu precisava dar pontos, mas não tinha como, então fiquei pressionando com um papel. A Lori veio até mim, com lágrimas nos olhos, e me guiou para a cama, ela me disse: Mana, pode dormir, eu seguro pra você. Eu vou cuidar de você. Naquele momento eu senti que nada no mundo era mais puro do que ela, acredite ou não, ela passou a noite em claro, segurando o meu curativo. Quando acordei ela estava segurando ainda. Ela disse para mim que não imaginava que isso poderia ter acontecido, mas mais um ano se passou e eu apanhava sempre. Até que um dia ele saiu de casa, mas a Lori via eu e a mamãe apanhando, quando o Jack saiu de casa eu fiquei com medo de que ele começasse a bater nela, mas ele só batia em mim e na mamãe. Nunca nela. Talvez a Lori fosse tão pura que nem um ser monstruoso como ele seria capaz de machucá-la.
— Clary, eu... Eu sinto muito mesmo. — Sinto o seu abraço cada vez mais forte e a sua respiração me tranquiliza. — Está tudo bem, meu amor. Tudo bem agora. — Ele pega em meu rosto. — Isso nunca mais vai acontecer, está bem? Você pode trabalhar no que quiser, eu ajudo você com a casa, filhos ou que seja com a Arendelle. Você pode trabalhar quando e onde quiser. Inclusive tenho um amigo que trabalha no jornal matinal, vou enviar o seu currículo, está bem? Pode ser?
— É claro que pode, meu amor, muito obrigada! Eu te amo demais mesmo. — Quero beijá-lo, mas não tenho forças para isso. Então apenas abraço-o e nós nos levantamos. Ele me dá água e sentamos no sofá.
— Eu só vou para a empresa à uma hora, vamos ver a sua mãe, depois de tudo isso que você me contou eu não quero que você fique um segundo longe dela e da Lori. Tudo bem? — Assinto, limpando as lágrimas do rosto.
— Eu preciso só trocar de roupa — digo, me levantando.
Ele sorri e eu vou para o quarto, coloco uma blusa estilo ciganinha bege, um shorts de malha branco, coloco uma sandália bege também. Penteio o cabelo e pego minha bolsa e o celular.
Saímos do apartamento e vamos para o carro. Há duas quadras do hospital Mike desce o carro, não consigo enxergar aonde ele está indo, até que volta com duas rosas na mão. Sorrio automaticamente.
— Acho que a sua mãe e a sua irmã vão gostar dessas flores. — Ele me entrega as flores.
— Com certeza! — afirmo.
Então ele vai para o hospital. Falamos com a recepcionista e entramos no quarto. A Lori está sentada no sofá mexendo no celular e a minha mãe está assistindo televisão.
— Oi — ela diz, vou em sua direção com a rosa. Entregando-a. Um sorriso enorme abre-se em seu rosto.
— Essa é para você — Mike diz, entregando a outra Rosa para Lori.
— Ah, meu Deus! — Ela pega a Rosa e leva até os olhos. — Obrigada!
— Imagina.
Ficamos mais alguns minutos conversando com elas. A minha mãe está melhor, amanhã é a sua segunda quimioterapia. Ela parece realmente forte, mas os cabelos estão cada vez mais fracos. Ela coloca a Rosa em um vaso ao seu lado, junto à da Lori.
— O meu pai dava uma brecha para a minha mãe cultivar as plantas dela de vez em quando. Obrigada por isso — agradeço Mike, entrando no carro. — Tenho certeza que ela ganhou o dia com isso, meu amor.
— Eu realmente espero.
— As flores favoritas dela são Rosas e Margaridas. Sério, Mike, você não faz ideia do quão isso foi importante para ela.
Ele não fala nada, apenas se aproxima de mim e me dá um beijo. As minhas bochechas ardem e ele dá partida no carro.
O resto do dia não tem nada de mais, montei meu currículo e mandei para o Mike. Durante a tarde nos falamos pouco, já que está extremamente corrido para ele. Conversei um pouco com Vi pelo telefone e então dei um passeio com Arendelle.
Mike chega às sete da noite. Pedimos a janta no mesmo restaurante que eu pedi meu almoço, quando ele chegou vamos para a sala, Mike coloca jornal e eu pego o notebook, coloco-o em meu colo e cada um pega a sua caixinha com macarrão.
— Eu prometo que vou aprender a cozinhar — digo, colocando uma garfada de macarrão na boca.
— Tudo bem. — Ele dá risada.
Quando estou atualizando o e-mail um desconhecido emerge na tela, o meu coração acelera.
— Mike?
— O quê?
— Acho que o seu amigo do jornal me respondeu.
— É sério? E o que ele respondeu?
— Prezada senhorita Highgate, adoramos informá-la de que analisamos o seu currículo. Devido à todas as circunstâncias apresentadas e à todas as referências, gostaríamos de que respondesse esse e-mail para marcarmos um dia para fazer a sua entrevista de emprego. Se possível no dia vinte de Abril às três e vinte. Aguardamos a sua resposta, JMA.
— Isso é maravilhoso! — ele diz, coloco o notebook na mesa de centro e ele pula em cima de mim, me beijando.
— Muito obrigada, mesmo. Eu te amo. — Beijo ele.
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