43. Sushi.
1.613 palavras
Não se esqueçam de comentar e favoritar se gostarem do capítulo, obrigada!
COLOCO UM vestido, faço uma maquiagem bem básica, passo um batom vinho matte e prendo o cabelo. Pego o meu celular e coloco algumas joias, vou para a sala, onde Mike está sentado no chão e Arendelle está pulando dentre as pernas dele, sorrio e vou para lá.
— Vamos — murmuro.
Arendelle vem balançando o corpo para os meus pés e eu a pego no colo, Mike levanta-se atrás de mim, coloco ela na varanda, fecho as portas e ela se ajeita na caminha. A varanda tem uma grade na qual ela não passa então não me preocupo.
— Você está linda — ele diz, pegando a chave do carro.
— Obrigada. — Sinto as minhas bochechas queimarem novamente.
Pegamos o elevador e descemos até o estacionamento, ele abre a porta do carro para mim e eu entro, o salão fica há dez minutos do nosso condomínio. Abaixo o vidro ao meu lado e quase não sinto nada de brisa, Mike de vez em quando me encara engraçado.
Chegamos no salão. normalmente onde eles devem fazer todas as confraternizações da empresa. a Mônica está com o Joey na porta revendendo os convidados, ele mal olha na minha cara, a Mônica é mais simpática.
— Oi, meus amores, como vão? — Mônica pede, dando um beijo na minha bochecha e abraçando eu e o Mike.
— Estamos bem. — Falamos quase juntos. — Ficou maravilhosa a decoração. — Sei que ela tem muito bom gosto para algumas coisas.
— Que bom que gostou. — Sorri. — Já viu a sua mãe?
— Sim, ela fez a primeira quimioterapia, ela está bem, eu acho. Não sei dizer muito bem. Ela está com aquela aparência, mas não posso negar o fato de ter esperança.
— Isso mesmo. Ela vai sair dessa, meu amor, acredite em mim. Bom, precisamos falar com mais alguns convidados, posso roubar Mike um pouco? — Apenas assinto. — Fique à vontade.
Ando pelo salão e um garçom oferece-me champanhe. Pego uma taça, mas não consigo tomá-la por inteiro. Deixo-a em uma mesa. Avisto a Paty vindo em minha direção do outro lado. Ela está com um vestido azul incrível, nunca a vi tão bem em um vestido. Seus cabelos estão ondulados e a maquiagem está perfeita com um batom vermelho. Ela aproxima-se de mim.
— Oi! — ela diz, com uma empolgação desconhecida por mim.
— Oi — digo, dando um beijo em sua bochecha.
— Vem, vamos nos sentar. — Ela aponta para duas poltronas vazias e um canto do salão. Não quero nem saber o porque disso.
— Obrigada pela fita — digo. — Foi muito gentil da sua parte.
— Imagina. Eu não podia deixar o dia mais feliz das vida do meu irmão passar em branco. — Ela sorri.
— Pois é.
— Mas e aí, como foi a lua de mel? O que vocês fizeram? — A cara dela é com certeza de alguém que quer saber as coisas nos mínimos detalhes.
— Foi bem legal, o lugar parece um paraíso, Paty. E, não, eu não vou contar nada nos mínimos detalhes. — Ela abaixa o rosto e solta um risinho. Encarando-me por alguns segundos ela fala novamente.
— Vocês fizeram?
— Paty...
— O que foi? Eu quero saber. Eu quero muito ser tia logo. Por favor! — Ela une as mãos e as suas bochechas coram.
— Patrícia... — digo, revirando-me de vergonha.
— Me dê uma esperança de que você possa estar grávida!
De fato, não usamos preservativo, mas eu sempre tomo anticoncepcional e inclusive tomei uma pílula assim que cheguei em casa. Não é possível que eu esteja grávida, a não ser que esses dois remédios falhem. O que eu acho pouco provável.
— Eu sinto muito, Paty, mas não será dessa vez. Você pode ser tia, mas não por enquanto.
— Ah! — Ela parece estar triste. — Mas você quer ter filhos, não quer?
— Não sei, Paty, quem sabe um dia. Quem sabe.
— Clary?
— Sim.
— Como é?
— Como é o quê?
— Transar.
— Paty... — Olho em volta para ver se alguém está ouvindo. — Achei que não fosse virgem.
— Eu queria não ser, mas quando eu descobri que todos os garotos que ficavam comigo não queriam mais do que uma noite eu decidi esperar pela pessoa certa.
— Muito fofo da sua parte. Isso mesmo. — Sorrimos.
— Mas e aí? Como foi? Doeu? O que você sentiu?
— Calma, Paty. Uma pergunta de cada vez e eu nem sei se vou respondeu à todas.
— Certo.
— Não vou falar nada detalhado, mas é algo bom sim. Eu também nunca tinha feito, foi a minha primeira vez.
— Sério? — Ela parece abismada.
— Sim.
— Te decepcionaria muito se eu te dissesse que não foi a primeira vez do Mike?
— Eu imaginei. — Sim isso dói mais do que parece. Nunca pensei seriamente no fato de me casar virgem e ter a noite dos meus sonhos, mas eu queria que fosse especial. Não que não tenha sido, mas queria saber como ele se sentiu. Já que não falamos sobre isso. Inclusive acho que vamos conversar sobre isso depois.
— Eu sinto muito.
— Imagina, Paty. Não tem problema, mesmo. — Sorrio e ela se convence.
Mônica anuncia que a janta será servida e eu vou ao encontro de Mike. Nós sentamos ao lado dos pais dele, de Paty e de um tio dele. Nas mesas estão mil e um empresários, que provavelmente contribuem positivamente para o crescimento da empresa.
— Esse jantar é para oficializar a presidência do meu filho, Mike Zeiss — Joey diz, levantando-se. — A partir de hoje Mike é o mais novo dono e presidente da Beta Holding. — Joey abraça Mike.
O jantar é servido e durante todo ele aquilo que Paty me falou está plantado na minha cabeça, como se um martelinho estivesse batendo em mim.
Chegamos em casa às onze e meia da noite. Arendelle entra um pouco enquanto eu organizo tudo e logo depois coloco-a para fora de novo. Fecho tudo e apago as luzes e vamos para o quarto.
Mike coloca uma camisa e um shorts enquanto eu tiro a maquiagem e as joias. Por fim tiro o vestido e o sutiã, coloco a camisola e deito-me ao seu lado na cama. Só as luzes dos abajures estão ligadas.
— A gente pode conversar um pouco? — peço, antes que alguém caia no sono.
— Claro. — Ele ajeita-se mais um pouco e eu deito-me em seu ombro, encarando o quarto.
— Como você se sentiu? Quando fizemos aquilo pela primeira vez? Certamente não foi a sua primeira vez, mas foi a primeira comigo. Como você se sentiu? — Consigo ser direta e indireta ao mesmo tempo.
— Sinto muito por não ter sido a minha primeira vez também...
— Com quem foi? — o interrompo.
— Esquece, nada que veio antes de você me interessa agora, está bem, amor? — Ele passa a mão pelo meu ombro.
— Você gostou?
— Eu amo você, não tem como ser ruim se há amor. Acredite. — Viro-me para ele. — Você quer ter filhos? Bom, sei que quatro é muito, mas um, pelo menos, você quer?
— É lógico, meu bem.
— Vamos ter um planejamento familiar sobre isso.
— Por favor, só não trate nossa família como um gráfico de empresa.
— Imagina. Eu quero construir a família que você quiser construir. Seja para termos um ou seis filhos.
— Mike, você é incrível! — digo, beijando-o.
— Você é mais. — O beijo fica mais intenso, mas o sono toma conta de mim. — Eu amo você.
— Eu também amo você, mas seria pedir muito uma noite de sono bem dormida? Estou cansada.
— Tudo bem. Boa noite, amor.
— Boa noite, amor. — Viro-me para o lado e apago o meu abajur. Ele apaga o dele e então eu fico alguns minutos em claro.
Por um momento começo a pensar no que a Paty me disse, sobre dar um sobrinho para ela. Essa ideia fica na minha cabeça por horas, mesmo eu tentando impedi-las com a ideia de que tomei os remédios.
Mike fez uma reserva para um restaurante japonês da cidade. Pelo fato de ontem ter tido comida japonesa lá, mas eu não comi, já que não sou acostumada. Ele disse-me que hoje eu iria aprender um pouco e ir provavelmente iria gostar.
Como hoje é domingo e não fazemos nada pedi para que ele me ajudasse a limpar a casa. Não foi tão difícil — considerando o fato de que Arendelle não parou quieta por nenhum segundo. Limpamos um pouco e eu fiz almoço. Terminamos de limpá-la lá pelas três horas da tarde. Tomamos banho e fomos assistir Grey's Anatomy. Quando vimos no relógio já eram sete e meia — a nossa reserva é as oito. Nos trocamos rápido e fomos para o restaurante.
O restaurante é lindo, chama-se Wamaki. É todo revestido por madeira e luzes do lado de fora. Do lado de dentro as mesas são interligadas por uma mini esteira que fica passando os pratos com sushi para que a gente pegue. Pegamos uma mesa das que saem da cozinha.
— Esse é o melhor — Mike diz, pegando um pratinho. — Ele é de cream cheese, com casca de atum grelhada e um molho barbecue com gergelim. — Pego os hashis e coloco um na boca. Não começo não é muito agradável, mas depois é uma das melhores coisas que eu já comi na vida.
— Isso é maravilhoso! — indago, colocando mais um na boca.
— Esse aqui também é bom. — Ele pega outro pratinho. — É com patê de atum semi grelhado e Cani.
— Amei esse.
E o resto a noite foi assim, o Mike me dizendo do que eles eram feitos e se me recordava ou não. Comemos um pepino com vinagre e açúcar; hot roll philadelphia; uma espécie de crepe e um sushi de baunilha com avelã.
Vamos para casa novamente. Dou comida para a Arendelle e brincamos mais um pouco com ela. Assistimos mais alguns episódios de Grey's Anatomy e vamos dormir.
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