37. Eu Amo Você.
1.539 palavras
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— Pronta? — Mike pede, abrindo a porta do carro para mim assim que chegamos no salão.
É um salão enorme, nas mesas tem os nomes das pessoas que vão sentar. Por exemplo, eu, Mike, Mônica, Joey, Norman, Mary. São as pessoas da minha mesa. Finalmente chegamos na porta do salão. Mike e eu entramos de mãos dadas, percebo que ele está com um anel de noivado também, super lindo, sorrio para ele e Joey vêm em nossa direção. Preferimos ignorar a situação a fim de que não dê nada de errado justo agora que eu preciso ajudá-lo. Conversamos um pouco com a Mônica e com o Joey e vamos para a entrada principal. Aonde vamos receber os nossos convidados.
— Não faz nem meia hora que eu estou com esse sapato e ele já está me matando — murmuro, na espectativa de que Mike não ouça, ele parece não ouvir, ou ouviu e está me ignorando e rindo por dentro. Bastante inclusive.
Cumprimentamos cerca de cem pessoas, na verdade, não são todos os que vão não casamento. Esse é jantar de noivado, mas mesmo assim veio metade dos convidados, nem isso. Como só veio o meu pai, a Lori senta ao lado dele na nossa mesa. Sorrimos bastantes hoje, a maioria pode ter sido falso, mas nesse momento eu tenho certeza que é um número mínimo de pessoas que realmente estão fingindo.
— Que anel é esse? — Lori sussurra, vendo as minhas mãos por cima da mesa.
— O meu anel de noivado. — Sorrio. — Ganhei ele. — Nós damos risada.
— Ele é maravilhoso, mana! — Lori pega a minha mão, quase engolindo ela e o anel juntos. Ela se encanta um pouco com ele e então a Mônica se levanta.
— Bom, queridos convidados, esse simples jantar aqui foi feito com muito carinho para os nossos noivos. É mais um jantar para anunciar realmente o casamento e fixar que o grande dia será no próximo sábado, dia nove. Contamos com a presença de todos e vai ser o casamento do ano. — Mônica pega uma taça de champanhe a sua frente. — Um brinde aos noivos. — Ela levanta a taça e todos fazemos o mesmo movimento.
Achei que ela iria fazer a gente falar alguma coisa, algo como os votos de casamento que existem nos filmes, mas como nada disso acontece ela apenas faz o brinde e pede para que a gente se sente porque em breve a janta finalmente vai ser servida.
Em menos de dez minutos os garçons passam colocando os pratos com as comidas em cima da mesa. Todos nós comemos e tudo está muito maravilhoso, até que ao final da janta e das sobremesas eles decidem abrir uma pista de dança. Arrastamos algumas mesas que podiam ser movidas e fazemos um pequeno lugar. Como já tem som no local eles só começam a tocar a música.
Primeiro toca uma música bem agitada, a qual eu, Lori e Vi dançamos bastante. Por mais que os meus sapatos estejam me matando eu continuo aqui, de corpo e quase alma.
— Você está linda! — Vi diz. — Amei muito essa maquiagem.
— Aprendi em um tutorial na Internet — falo, ainda dançando e ambas dão risada.
— Nossa. Ficou perfeito! -a Vi leva as mãos à boca e dá um sorriso, então a música para e o ritmo fica mais lento ainda. — A gente já volta! — Vi puxa Lori e eu me viro, Mike está atrás de mim.
— Vamos dançar? — Ele estende a mão e eu levo a minha até a dele, assinto e coloco as minhas mãos em volta de sua nuca, ele coloca as mãos em volta das minha cintura e seguimos o ritmo lento da música.
Ficamos assim por uns quatro minutos, nada mais acontece, eu só consigo olhar nos olhos dele e sentir o meu coração flamejar toda vez que ele devolve o olhar. Ficamos tão próximos que sinto meus pés flutuarem, ele é bem mais alto do que eu, o que me obriga a inclinar bastante a cabeça com direito a levantar os pés, mas desta vez estou de salto.
Por um momento esqueço que isso nunca vai fazer parte da minha vida, sei que o meu final não é feliz, eu sei que eu não sou uma princesa da Disney. Que canta e dança e pronto: problema resolvido. Pena que nada disso vai ser real depois do casamento, é uma pena isso tudo ser uma farsa, ainda mais agora que tudo isso foi falado para nós. Essa merda de motivo real.
No último segundo da música eu acabo pisando com a ponta do salto no pé dele, nós nos afastamos e eu levo as mãos ao rosto.
— Mil desculpas, eu não sei fazer isso muito bem — peço, quase me abaixando.
— Imagina, acontece — ele diz, puxando a minha mão.
O jantar não foi tão péssimo assim, ficamos mais uma hora dançando e comendo algumas coisas que passavam pela gente, danço mais com as meninas e depois com o Mike — tomando um cuidado extremo para não machucar ele de novo.
Finalmente vamos embora — não que eu queira muito. Na verdade, conversamos mais uma meia hora com uma tia do Mike na entrada e depois ela nos libera. Vamos para o carro, chegamos em casa antes de todos.
— Será que a gente pode começar um pouco? — peço, assim que ele passa pela porta do meu quarto.
— Claro. — Então ele entra e me ajeito, sentando-me na cama e ele fica ao meu lado. — Sobre aquilo?
— Isso, mas o que você acha?
— Sinceramente? Não acreditei no começo, mas hoje eu recebi uma mensagem do banco dizendo que o dinheiro que eu eu retirei para pagar a cirurgia da sua mãe era quase impossível de ter pegado. Eles nem sabem como isso foi liberado e eu conversei com a minha mãe. Sobre o meu pai e a doença dele. — Ele abaixa a cabeça.
— O que ele tem? — Ele levanta a cabeça e me encara um pouco triste. — Câncer de pulmão, estágio quatro.
— Eu sinto muito. — Pego as mãos dele. — Eu sei como é, passei três anos da minha vida achando que a minha mãe não ia acordar no outro dia. É um medo incurável. Até hoje, depois dessa cirurgia, eu não sei se ela vai sobreviver ao próximo dia. Não sei se ela vai sobreviver à essa doença. Por mais que ela seja a pessoa mais forte que eu conheça. Não vou te dizer para acreditar em tudo sempre, mas é bom ter uma esperança, mesmo que ela seja mínima. Mesmo que eles tirem ela de você, está bem? — Nossos olhos se perdem uns nos outros e eu sorrio. — Eu vou ficar do seu lado porque eu amo você. — Não sei se eu ou ele acreditamos em tudo o que eu falei, abraço ele bem forte. Seguro a sua mão e o olho. — Acredita em mim. — Só não disse em qual parte, até porque nem eu sei direito.
Acordo cedo, antes do Sol nascer, mas fico na cama até as sete horas. Que é o horário que eu posso ver a minha mãe, se bem bem que, como a Mônica me disse ontem, eu e Mike precisamos comprar as coisas para o apartamento antes, não sei porque, mas mesmo assim vou.
Tomo um banho rápido, faço cachos nas pontas do cabelo. Coloco uma saia jeans vermelho escuro, uma blusinha preta, bem fofa. Calço uma sapatilha azul e passo uma maquiagem leve no rosto. Desço as escadas colocando o celular na bolsa.
— Não vai tomar café? — Mônica pede.
— Não, obrigada. Quero ir o mais rápido possível ver a minha mãe. — Sorrio, Mike está sentado, sem fazer nada. — Podemos ir?
— Claro. — Ele coloca o blazer, então vamos para o carro.
— Você quer ir em qual loja? — peço, colocando o cinto.
— Vamos nas que são mais perto do hospital, pode ser?
— Claro.
Compramos algumas coisas, realmente básicas e essencial, coisas específicas de cada cômodo. Conforme o casamento acontecer vamos ganhar mais coisas. Já que eu estou começando a ter um pingo de noção de que isso seja muito mais do que um contrato.
Achamos coisas muito fofas, que, de acordo com o Mike, combinam muito comigo. Tudo tem tom pastel, ele é ótimo para ver esse tipo de coisa, julguei que por ser homem ele ia sentar na poltrona e me ver comprando coisas e mais coisas, o que foi totalmente o contrário, é extremamente divertido.
— Podemos tomar sorvete antes de ir? — peço, saindo daqui última loja.
— Que coincidência, estamos na frente da melhor sorveteria da cidade. — Ele sorri, tranca o carro e nós atravessarmos a rua, de mãos dadas.
Chegamos no estabelecimento, todo rosa e azul bebê, bem fofo. Pedimos sorvete de creme e nata e ficamos sentados até a atendente trazer os nossos pedidos. Coloco bastante cobertura e leite ninho com paçoca, é a melhor coisa.
— Eu amo você, Clary — Mike diz, do nada, quando estou colocando a primeira colherada de sorvete na boca. — Como nunca amei ninguém.
— Mike. — Apenas sorrio, estendo a minha mão por cima da mesa e ele a pega, nossos olhos se encontram e eu sinto o meu coração sair pela boca novamente, nossos lábios se tocam por uma fração de segundos e segurar o sorriso é a coisa mais difícil do mundo. — Eu amo você, Mike — sussurro.
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