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31. Casamento Marcado.

996 palavras

Não se esqueçam de comentar e favoritar se gostarem do capítulo, obrigada!

FECHO O MEU livro, que já está no último capítulo, meus donuts acabaram e eu olho no relógio, são onze e vinte. Guardo o meu livro na bolsa, coloco a caixa vazia na lixeira e guardo o meu celular na bolsa também. Levanto-me e começo a andar pelas ruas de Atlanta. Sempre achei aqui um lugar lindo; calmo. Que traz paz. Nunca escolhi ou pensei em escolher outro lugar para morar. Levo mais ou menos vinte minutos para chegar em casa.

      Patrícia, Mike, Joey e Mônica estão sentados almoçando, deixo rapidamente a minha bolsa no meu quarto e desço as escadas, Mike puxa a cadeira para o lado e eu me sento. Patrícia me encanta um pouco e então eu como. Depois de ouvir Joey falando sobre algumas coisas da empresa e algo sobre uma maquete de Mike; Mônica começa a falar.

      — Fiquei sabendo que vocês compraram um apartamento? — Ela coloca o garfo na boca.

      — Pois é — concordo, sem saber como reagir ou o que falar. — Compramos. — Sei que, na verdade, ele é quem vai pagar por tudo.

      — Quando vão se mudar? — dessa vez Patrícia pede, olho-a com reprovação e Mike responde.

      — Em duas semanas. — Ele levanta e coloca o prato na pia, Mônica sorri e percebe que o clima não é o mesmo.

      — Bom, hum, Clary, na sexta-feira vamos provar o vestido de novo, está bem? — Mônica pede.

      — Claro — assinto, Mike atende o celular e sai para a varanda, voltando dois minutos depois.

      — Falei com o Greg, ele conseguiu agendar o casamento na praia, mas é mais perto do que imaginávamos. — Ele volta e fica em pé perto de mim.

      — Quando vai ser, afinal? — peço, como se eu realmente estivesse empolgada com tudo isso.

      — Dia nove de Abril, sábado. — Ele sorri.

      — Meu Deus, é em duas semanas. — Mônica se apavora.

      — Calma, mãe. Nem é muita coisa — Mike diz.

      — Como não? Tem decoração, vestido, cerimonialista, buffet...

      — A gente consegue — digo, bem baixinho, acho que ninguém ouve.

      — Eu tenho que passar comprar algumas coisas para a apresentação de hoje, quer que eu leve você no hospital, Clary? — Mike se vira para mim.

      — Claro, eu quero sim. Eu só vou trocar de roupa.

      — Tudo bem, vou esperar no carro.

      — Obrigada.

      Pego o meu celular e a a minha bolsa, passo uma água no rosto e me encaro um pouco no espelho; coloco um shorts jeans de cós alto, uma regata rosa bebê e um casaco. Desço as escadas e Patrícia está assistindo televisão, nenhum sinal de Joey ou Mônica por aqui. Coloco o celular na bolsa e vou para o carro, onde Mike está pacientemente me esperando.

      — Hoje tem uma janta lá na empresa — Mike diz, assim que saímos de casa. — Você está convidada, quer ir?

      — Claro, por que não? — Sorrio e volto a encarar a janela.

      Não conversamos quase nada depois, até que chegamos na frente do hospital e uma sensação estranha toma conta de mim, as minhas pernas tremem quando eu saio do carro, paro por alguns minutos, Mike vem até mim e me apoia no ombro dele. Então entramos no hospital. Ele fala com a enfermeira e nós vamos para o quarto. Lori está sentada no sofá e minha mãe está dormindo — como sempre. Sento-me ao lado de Lori e Mike fica em pé ao nosso lado.

      — Como ela passou? Está tudo bem? — peço.

      — Ela passou bem durante as noites, mas de dia ela sente muita dor. — Lori parece bem preocupada.

      — Sei. Será que a gente pode falar com o médico? — Parece que eu chamei ele, porque a porta abre e o médico entra.

      — Boa tarde, senhorita Clary. — Ele me cumprimenta.

      — Será que eu posso conversar um pouco com você? — peço.

      — Claro.

      Saímos do quarto de onde a minha mãe está e ele passa uma folha a prancheta.

      — Eu quero muito saber como está a minha mãe, ela vai demorar para sair?

      — Olha, Clary, para uma pessoa com câncer: ter dores no corpo não é um bom sinal, mas posso dizer a você que a situação dela não é crítica. Mesmo assim peço que ela fique mais alguns dias para observação e para mais alguns exames, para sabermos como lidar melhor com a situação. Tudo bem?

      — Sim, doutor, obrigada.

       Volto para a sala e digo à Lori e Mike o que eu conversei com o médico e depois converso um pouco com a minha mãe. Contamos à ela que o casamento é em duas semanas e ela diz que quer sobreviver até lá, isso é de uma certa forma demais para mim. Então eu me despeço deles e saio com Mike.

       Ele têm que comprar algumas coisas para uma maquete que ele tem que apresentar no tal jantar de hoje à noite. Voltamos para casa às quatro horas — já que eu fui com ele em todos os lugares.

      O tempo até o horário da janta passa voando, talvez porque eu decidi organizar os meus livros novamente e porque eu tinha algumas roupas para lavar. Fiz tudo isso e quando olhei no relógio já são seis e meia.

       Tomo um banho quente, saio e como já havia separado o meu vestido, apenas me troco. É um vestido preto curto simples, com um leve babado na ponta. Coloco um sapato prata, aliso o cabelo e faço uma maquiagem leve.

      Chegamos no salão da empresa, onde é a festa. Tudo está milimetricamente decorado, extremamente lindo. Eu e Mike conversamos com muita gente, na maioria das vezes ele está com a mão em volta da minha cintura, o que não chega a ser ruim, mas é engraçado. A festa realmente está sendo linda, até que alguém fala alguma coisa e Mike tem que sair de perto de mim para apresentar a maquete dele.

      Pelo o que eu entendi: é uma maquete sobre um hotel de luxo que vai ter perto do centro — consideraria uma concorrente caso eu ainda trabalhasse no GHH —, mas não é mais. Ele explica onde tudo vai ficar e mais um pouco.

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