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24. Sinto Muito.

1.051 palavras

Não se esqueçam de comentar e favoritar caso tenham gostado do capítulo, obrigada!

A FESTA ESTÁ sendo incrível, eu danço mais um pouco com o Mike e depois com a Lori. Já são quase quatro horas da manhã. Jack e Myllena finalmente sentam na nossa mesa.

      — Não é porque vocês chegaram, mas a gente já está indo — digo, Mike já está de pé. Então eu abraço o Jack. — Ah, Maninho, espero que você seja muito feliz, de verdade, eu te amo muito.

      — Valeu, mana. Também amo você. — Ele me dá um beijo na testa.

      — Myh! — digo, histérica, abraçando ela. — Parabéns, minha linda. Que você seja muito feliz, sempre. Qualquer coisa que o Jack fizer, por favor, me fala. — Ela dá risada e Mike se despede deles.

      — Tchau, mãe. — Dou um beijo e um abraço nela. — Tchau, pai. — Faço a mesma coisa com ele.

       Então eu e Mike vamos para o carro, que está há três quadras do salão.

      Entramos no carro e ele liga o aquecedor, me sinto na obrigação de falar alguma coisa, mas o quê? Eu não sei nem porque eu estou aqui, na verdade, eu sei, mas isso não vem ao caso. Eu percebo que ele caminha lentamente, sua cabeça está baixa e ele está com as mãos no bolso do blazer.

      — Sabe, Clary, esse casamento pode ter todos os defeitos do mundo, mas eu gostei de você — ele começa. — Pode ser um contrato, uma farsa, seja lá qual for a palavra que você use, mas eu acredito que isso vai dar certo. Eu sei que eu não posso obrigar você a fazer nada, muito menos me amar. Eu sei disso. E nem você aquele dia, nem eu agora a pouco fizemos por pensar, por mais que a gente fale que seja uma defesa pessoal, eu sei que nem sempre é isso.

      — Mike, você é uma pessoa incrível. Não posso negar isso, mas eu não acredito que isso vá muito longe, é só um mês, é impossível surgir um amor em menos de um mês. Quem sabe depois do divórcio a gente se encontre anos depois e talvez tenha uma vida juntos...

      — Divórcio?

      — Você não achou que eu ia ficar com você depois do casamento. Esse casamento não é nada mais do que interessa monetário.

      — Nossa. — Tenho certeza de que eu magoei ele, mas não falei nada mais do que a verdade.

      — Me desculpa, eu tenho que aprender a pensar antes de falar. Não liga.

      Ele se aproxima e eu inclino minha cabeça em seu peito, suas mãos se envolvem em minha cintura e eu sinto lágrimas descerem pelo meu pescoço. Quando levanto meus olhos ele coloca o polegar do almoço embaixo do meu olho e seca algumas lágrimas.

      — Eu sinto muito — digo. — Sinto muito mesmo. Eu não devia ser assim, grossa. Eu sei que você não tem culpa. Nem eu nem você temos culpa de tudo isso. A culpa é do meu pai.

      — Vai me dizer que eu e você sabemos de coisas diferentes. — Nessa hora eu percebo que nada disso é realmente verdade.

      Os meus motivos para estar com ele são diferentes dos motivos para ele estar comigo. Vai lá saber o quê o meu pai me disse é o que disseram para ele?

      — O que te falaram?

      — Sobre o quê?

      — O motivo do casamento.

      — Vamos para casa, amanhã a gente conversa melhor, estamos muito cansados.

      De uma certa forma eu percebo que ele muda de assunto. Então entramos no carro e ele liga o aquecedor. Ligamos o rádio e ele pega um caminho diferente.

      — Aonde estamos indo? — peço.

      Ele não responde nada, apenas para na frente de uma espécie de prainha que tem aqui por perto.

      — Você vai entrar?

      — A gente vai — diz ele, tirando o blazer e a camisa. — Vamos.

      — Eu estou com um vestido de festa e está frio demais, você é louco, Mike?

      — Sou, vamos logo — manda. Então ele desce do carro.

      — Você é doido. — Abro a porta do carro e prendo meu cabelo em um coque e desço o zíper do vestido. Ficando de sutiã e calcinha. Duas vezes em um mesmo dia. — Você é definitivamente doido — digo, quando estamos na água.

      Damos alguns mergulhos — na verdade, tento não molhar o cabelo —, quando sinto que já vou flutuar como um cubo de gelo em um copo de água eu saio correndo para o carro, pego o vestido e me enrolo nele.

      — Por que você fez isso? — peço.

      — Distração.

      — Você é louco.

      Então ele nos leva de volta para casa. Quando chegamos as luzes estão todas apagadas, fazemos o mínimo de silêncio possível para subir as escadas e irmos até os nossos quartos.

      — Boa noite, Clary.

      — Boa noite, Mike.

      Sinto meus pés queimarem e meu estômago revira e eu entro no quarto. Jogo o vestido na cama e me jogo ao lado dele, de sutiã e calcinha pretos. Juro, se eu tivesse somente mais um pingo de coragem eu iria para o quarto dele agora. Agora mesmo. Eu abriria essa porta na hora e me jogaria nos braços quentes dele, nesse exato momento.

      A porta do meu quarto se abre lentamente e ele entra, com uma calça moletom preta, seus olhos estão fixos em mim e cada parte do meu corpo treme, ele se aproxima e sinto suas mãos grandes invadirem a minha cintura, eu pulo em seu colo e minhas pernas o envolvem, ele beija meu pescoço e eu sinto que a qualquer momento eu vou parar de respirar. Então ele me deita levemente na cama e eu sinto seu peso sobre mim. Seus beijos ficam cada vez mais quentes e a pressão aumenta. Ele abre o meu sutiã e eu tiro a minha calcinha. Nossas peles estão definidamente em contado, agora mais do que nunca. Nossos olhos se cruzam e mais uma vez eu me perco completamente no que eu estou fazendo. Por um momento tudo o que eu consigo pensar é em como eu amo e sou amada. Como é bom ter ele só para mim.

      Então ele para de me beijar, pega a minha mão e beija o meu anel, passo a minha mão pelo seu abdômen e ele me beija com mais intensidade passando as mãos pelas minhas costas, eu acabo beijando seu ombro e sinto ele fazendo parte de mim, sua respiração fica ofegante, na eu não quero deixá-lo ir, seguro suas mãos e ele me beija novamente.

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