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09. Nem Sempre Sozinha

— O Jack me ligou hoje — digo, enquanto descasco alguns legumes.

      — Como, quer dizer... o nosso irmão?

      — Pois é. Que milagre, não é? — Ela assente e dá risada. — Ele parecia tão diferente, se bem que faz muito tempo que eu não ouço a voz dele. Ele parece maduro.

      — Mas o que ele disse?

      — Ele falou que queria ver a gente, a mamãe, por que o casamento está perto e acho que ele deve trazer os convites, talvez, não sei, mas eu disse a ele que ele falaria comigo antes de falar com a mamãe.

      — O que você quer falar com ele primeiro? — A expressão de Lori é meio indecifrável. Não sei bem se ela está aceitando ou repreendendo aquilo. — Quer dizer... por quê?

      — Porque eu tenho que falar umas coisas para ele antes, relaxa, mana, são só uns assuntos particulares, mas eu prometo que eu trago ele aqui para ver vocês.

      — Tudo bem.

      — Agora, vamos. Nós temos que terminar a sopa para dar para a mamãe. — Me levanto com todos os legumes descascados. — Coloca esses aqui para refogar enquanto eu faço a carne.

      — Tá bom.

      É uma das primeiras vezes em que eu e a Lori estamos realmente conversando e nos dando bem. As minhas boas lembranças com ela são até quando tínhamos oito ou nove anos, quando brincávamos de casinha e ela amava ser a minha filha — porque eu me inspirava na minha mãe, ela se inspirava em mim —, e na maioria das vezes que nossa mãe saia para trabalhar, e o Jack não estava em casa, eu cuidava dela, fazia almoço e arrumava a casa. Não muito diferente do que eu faço hoje em dia.

      É engraçado o fato de eu ter vinte e quatro anos e não poder tomar as minhas próprias decisões sobre a minha vida. Ser mais do que adulta, formada, mas não poder tomar as minhas próprias decisões. Pode ser estranho e as pessoas podem pensar que é ridículo, mas com a família que eu tenho essa foi a minha única opção. Eu garanto que quase qualquer um na minha situação faria o mesmo. Seu pai sai de casa para morar com a amante. Sua mãe tem câncer. Seu irmão mais velho sai de casa e vai para o outro lado do país. Sua irmã mais nova não para em casa, e quando para: está bêbada. Eu poderia muito bem ter deixado a minha mãe de lado e ir viver a minha vida. Poderia ter achado um emprego e conseguido um dinheiro, mas não é nada fácil quando você é recém-formada. Ah, como eu queria que as coisas fossem mais simples, mas já que eu não pude escolher a minha família a dedo, eu só preciso aceitar tudo, tentar dar a volta por cima e pagar a cirurgia da minha mãe.

      — Clary? — Lori me chama.

      — Sim — respondo.

      — Você está longe, está pensando em quê?

      — Em tudo. Lori, se importaria de continuar a sopa sozinha? Eu preciso dar uma saída.

      — Claro, não tem muita coisa para fazer aqui, pode ir. Tem hora para voltar?

      — Na verdade não. Tome conta da mamãe. Obrigada.

      Lavo as minhas mãos na pia e volto para o meu quarto. Coloco uma calça jeans azul clara, uma blusa de lã branca, uma botinha marrom clara e solto o cabelo.

      Tudo o que eu preciso agora é andar um pouco, sentir a brisa leve em meu rosto, por mais que esteja um pouco frio. Andar por aí e respirar um pouco de ar puro: é uma das poucas coisas que eu faço desde a minha adolescência. Eu sinto que a brisa batendo em meu corpo e entrando pelos meus cabelos é bom. É uma sensação gostosa.

      Chego em uma praça que eu costumava vir quando eu fazia isso anos atrás. Sento em um banco branco meio de metal, que fica em baixo de uma Plátano vermelha e laranja.

      Conforme eu olho cada coisa que acontece aqui, eu vejo que a minha vida está indo de mal à pior. Eu não posso decidir nada por mim em que não tenha a minha mãe na frente. Nada que eu pense, eu consigo descartar a minha mãe. Eu já pensei em deixá-la em uma casa de repouso, até mesmo obrigar o Jack à cuidar dela, mas nada disso seria o certo. Nada. Eu não posso simplesmente largar uma pessoa em qualquer canto. Principalmente a pessoa quem me deu à luz. A pessoa que me colocou no mundo sendo colocada em um lugar aonde ninguém liga para ela. Não. Não é isso que eu quero para a minha mãe. Nem para ninguém.

      — Oi, Clary? — De olhos fechados ouço uma voz conhecida chegando aos meus ouvidos.

      — Oi — respondo, abrindo os olhos. — Vi! Oi, amiga. — Abraço ela.

      — Você por aqui à essa hora. Como está a sua mãe e a Lori?

       — Ah, a minha mãe está na mesma, não sei isso é bom ou ruim. Já não sei mais o que fazer, Vi, mas em breve eu vou saber como fazer isso dar certo. — Ela fica meio confusa quando eu digo isso, mas eu dou a volta por cima. — Ah, Vi, você nem sabe. A Lori está melhorando, eu não sei como nem quem está fazendo isso, mas ela está. Ela pede ajuda para cuidar da mamãe, faz comida, ela ainda faz pouca coisa, não trabalha nem estuda, mas pelo menos ela está fazendo algo.

      — Nossa, Clary, isso é muito bom mesmo. Eu me lembro quando a Lori começou com isso, você ficava tão preocupada com ela. Lembro que às vezes saímos atrás dela à noite e voltavamos sem nada. É bom mesmo ver ela desse jeito.

      — Você não sabe como eu estou feliz, amiga, de verdade, eu estou tão feliz.

      — Pois é. — Ela dá uma leve batidinha no banco e depois se vira para mim, como o olhar penetrante. — E sobre aquilo que você estava chorando aquele dia na calçada. Você disse que ia me explicar tudo. Será que essa é uma hora boa?

      — Pode ser, mas está tarde, não está? Eu juro que a gente conversa melhor sobre isso, eu te prometo que eu vou contar. Não é nada que vá definir muita coisa. Só o meu destino, mas o que é isso, afinal.

      — Como assim, Clary? Eu não estou entendendo nada, me conta agora. Quem sabe eu te ajude, nem está tão tarde. Você mesma disse que a Lori está bem com a sua mãe, te garanto que um minuto à mais ou à menos não vai fazer muita diferença.

      Assinto e então conto à ela do casamento. Conto tudo. Como meu pai chegou em casa, me falou da proposta, que tivemos que ir em um aniversário para nos conhecermos. Conto tudo nos mínimos detalhes, como ele é, como foi a festa.

      — Eu não sei como estou me sentindo em relação à isso, é complicado, eu sei que eu tenho maturidade e idade o suficiente para decidir a minha vida, mas me diz, Vi, me diz que você faria a mesma coisa se estivesse na minha pele?

      — Não querendo te confortar, nem nada. Muito menos passar a mão na sua cabeça, por que você sabe que eu não faço nada para agradar ninguém. Então... sendo sincera, eu faria a mesma coisa, e até talvez não saberia o que fazer, nem como lidar com essa situação como você está lidando. Eu juro por tudo o que é mais sagrado: eu tenho certeza que esse casamento é a melhor coisa que podia ter acontecido para você e para a sua mãe. Acredita em mim?

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