LXXV- Certa Incerteza
Acho que as coisas estão bem por hoje
Por agora;
E não quero que o dia acabe
Tenho medo do amanhã
Tenho medo do que é incerto
E não posso crer que nada está certo
Eu tô tentando arrumar a bagunça que causei
Mas não se pode mexer no que é desajeitado por si só
Eu não tenho o poder de consertar meus pensamentos quebrados
Estou andando numa linha torta
Eu não sei seguir em linha reta
Porque eu nunca traço metas
Eu vivo do acaso que é o agora
E o instante é tudo o que se tem
E tudo que não se pode ter nas mãos
O instante escorre feito água pelos dedos
E seca a ferida cicatrizada no tempo.
E o amanhã é tudo o que se pode esperar
É a certa incerteza
É o meu maior medo.
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